domingo, 30 de junho de 2013

Produtores de Piracaia se unem para a certificação de produtos orgânicos

Fonte:   G1



Experiências bem sucedidas incentivaram a criação de uma entidade.Cultivo de alimentos orgânicos exige mudanças no sistema de plantio.

Para aumentar a oferta de produtos orgânicos no mercado, produtores de Piracaia (SP) se uniram para fundar uma associação participativa. A ideia da nova entidade é que cada um ajude a cuidar da produção do outro para que a qualidade dos alimentos seja mantida.

O casal de biólogos, Milena Silva e Arthur Bernardes, resolveu morar no sítio para viver perto da natureza. Os produtos orgânicos fazem parte da rotina e são a fonte de renda para o casal. "Eu saio para o campo e trabalho aqui mesmo e é daqui mesmo que eu obtenho meu alimento e é daqui mesmo que eu obtenho meus amigos e tudo se integra em um sistema só", diz Milena Silva, produtora e bióloga.

Cultivar alimentos orgânicos exige uma série de mudanças no sistema de plantio. Antes, tudo era feito em um terreno mais limpo para facilitar a aplicação dos produtos químicos. Agora, o terreno é mais bagunçado - e de propósito. "Nós deixamos a natureza desenvolver de forma natural. Isso aumenta a diversidade de espécies e atrai outros animais, microorganismos que facilitam o manejo do solo", diz Arthur Bernardes.

Uma fossa especial foi instalada pra que o esgoto produzido por eles se transforme em água limpa - para irrigar a plantação. Com tanto empenho, o casal conseguiu uma certificação do Ministério da Agricultura para produzir orgânicos.

Essa certificação só foi possível depois que foi criada a entidade Piracaia orgânica. "A entidade visa ajudar os produtores, a comercialização, mas visamos também o consumidor. A associação busca fazer esta ponte", diz Jair Ramos Daniel, um dos produtores responsáveis pela entidade.

Outros produtores estão em busca da certificação. É o caso de Celso Luiz Moro, ele faz parte da associação, tem uma criação de gado, uma plantação de amora e de babosa. "Eu tive, por exemplo, que mudar cercas para impedir que o gado chegasse perto do curso d'água. Tudo o que é feito aqui tem que ser comunicado, tudo tem que ser rastreado", diz Celso Luiz Moro, médico e produtor.

Celso não está sozinho nesta busca. Ele recebe a ajuda de outros produtores com o mesmo objetivo. Cada um é responsável por fiscalizar a propriedade do outro, é a chamada certificação participativa. "É uma troca de experiências e serve até para o desenvolvimento de técnicas para aprimorar o produto agrícola", diz Jair Ramos.

Veja o vídeo.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Coletiva da Imprensa do Encontro com fontes do Setor de Orgânicos

O nosso Grupo CoCriação, (representado por Adriana Zamberlan do Portal Webfilhos e por mim Nadia Cozzi do Site Alimento Puro), esteve nesta 5ª. Feira dia 27/05 na Coletiva da Imprensa do Encontro com fontes do Setor de Orgânicos promovida pela AAO - Associação deAgricultura Orgânica de São Paulo, juntamente com o Instituto Kairós de ConsumoResponsável e o Instituto 5 Elementos.




Foi uma manhã excelente com um brunch super saudável, gostoso e claro, orgânico. Na presença de nossa Mestra Ana Primavesi, pudemos aprender muitas coisas e relembrar outras tantas. Os convidados foram profissionais especiais com uma enorme vontade de transformar o Mundo e que passam seus conhecimentos com a leveza de quem vive aquilo em seu dia a dia e por puro prazer.

Esse encontro estará disponível no Site da AAO, mas anotei algumas coisas que achei interessantes para dividir com os que nos acompanham, vamos lá?



Guaraci Diniz - Presidente da AAO-SP e produtor rural agroecológico há 25 anos no Sítio Duas Cachoeiras, em Amparo (SP), além de professor de educação ambiental.

O que é agricultura orgânica?



Ele nos chama a atenção de que sempre ao ouvirmos essa pergunta respondemos: é a que não utiliza agrotóxico!

Não, é aquela que promove a vida. Que vê o solo como um organismo vivo, e como tal deve ser cuidado em sua totalidade (terra, trabalhadores, biodiversidade, comunidade entorno)


Eric Slywitch - médico e mestre em nutrição. Especialista em Nutrologia, nutrição parenteral e enteral, pós-graduado em Nutrição Clínica e diretor do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira e autor de vários livros sobre o tema.

Alimentos orgânicos são mais nutritivos?

90% dos estudos são unânimes em comprovar que os alimentos orgânicos têm mais nutrientes que os convencionais. E ainda afirma que não é pouco, até 150% mais em alguns nutrientes. Compara a Agricultura convencional aos cuidados de uma criança super protegida, que se torna fraca.

A Agricultura orgânica tem que vencer suas dificuldades o que estimula seu sistema imunológico. A planta se protege e nós ganhamos os antioxidantes.


Carlos Armênio Khatounian - engenheiro agrônomo e professor-doutor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) nas áreas de agroecologia e agricultura orgânica.

Orgânicos podem alimentar o mundo?

Se for pela dieta norte americana não há solução com nenhum padrão tecnológico. Precisaremos de mais planetas disponíveis.

Se for uma alimentação saudável e localmente adaptada a Agricultura Orgânica pode sim alimentar o mundo. Com uma alimentação saudável um estudo da FAO aponta que a Alimentação Orgânica é capaz de alimentar 10 milhões de pessoas.



Rogério Dias – coordenador de Agroecologia do MAPA -Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Legislação de orgânicos e os números do setor no BrasilO afastamento entre o Consumidor e o Produtor nas grandes cidades impede que se identifique o sistema de produção, por isso é necessária a certificação dos orgânicos. 85% da população mora nas zonas urbanas. A certificação é um mal necessário. A certificação foi feita para valorizar o produtor que planta orgânicos.


Ana Flávia Borges Badue - educadora ambiental, conselheira da AAO e membro do Instituto Kairós de Consumo Responsável.

Alimentos orgânicos são realmente mais caros?

Se um pé de alface custa R$1,50 e um convencional R$ 2,90, qual é o mais caro? Temos que pensar no custo benefício do alimento. Nesse caso, se considerarmos os impactos no meio ambiente e na saúde o pé de alface convencional tem um custo real de R$ 7,00.



"A Terra provê o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens,mas não a sua ganância." (Mahatma Gandhi)

Alimentação saudável é um dos principais cuidados no pós-operatório A recuperação pode ser muito mais rápida com os alimentos certos

As cirurgias plásticas trazem resultados compensadores, mas, para garantir o sucesso do procedimento, é importante que o pós-operatório seja cercado de cuidados. Nos primeiros dias, o repouso é obrigatório e a alimentação merece atenção especial, afinal ela fornecerá os nutrientes necessários para que o corpo se restabeleça.

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“Após a operação, o corpo permanece inchado e dolorido durante algum tempo, dependendo do procedimento que foi realizado. Para fazer com que o inchaço diminua, além das sessões de drenagem linfática e do uso de malhas de compressão, o ideal é manter uma dieta balanceada”, explica Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo.

Alimentos que ajudam a recuperação

O especialista afirma que com os alimentos certos, o período pós-operatório se torna menos incomodo e dolorido. Beber bastante água é fundamental para compensar a perda de líquidos e diminuir o inchaço causado pela cirurgia. Sucos naturais e frutas como melancia, melão e abacaxi também ajudam a hidratar o organismo. Que tal testar um shake para desinchar, que leva abacaxi, chá verde e gengibre?

O período em repouso pode deixar o intestino preguiçoso, por isso é importante consumir alimentos ricos em fibras. Aposte neste shake para fazer o intestino funcionar.

Iogurtes, ovos, abacate, cenoura, beterraba, abóbora, cenoura, damasco, manga, espinafre, couve, tomate, uva, goiaba, castanha-do-pará, salmão e atum são outros alimentos benéficos para este período. “Cada alimentos possui uma função importante. O iogurte ajuda no equilíbrio da flora intestinal. O ovo fornece proteínas e é de fácil digestão. O abacate acaba com o mau colesterol, regula o intestino, além de ser fonte de vitaminas. O suco de limão, retém a hemoglobina, evitando a anemia”, comenta o especialista.


Alimentos que devem ser evitados no pós-operatório

Doces e chocolates devem ficar de fora da dieta, pois podem dificultar a recuperação. “Além de não contribuir para a digestão, esta dupla é fonte de gordura e açúcar em grande quantidade”, diz.

Alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans (salgadinhos, batata frita, margarinas, pipoca de micro-ondas, bolos e tortas industrializadas, bolachas recheadas), cafeína, carne vermelha, bebidas alcoólicas, sal em excesso e alimentos fermentativos (feijão, lentilha, grão-de-bico e repolho) também não devem ser consumidos por um período.

Greenpeace: pesticidas contaminam ervas da medicina tradicional chinesa Produtos químicos tóxicos no organismo provocam dificuldades de aprendizagem, disfunção hormonal e anomalias reprodutivas

Terra -  24/06/2013

Ervas da medicina tradicional chinesa são contaminadas por um coquetel tóxico de pesticidas, que representam um risco à saúde do consumidor e ao meio ambiente, indicou nesta segunda-feira o grupo ambientalista Greenpeace.

Segundo testes realizados para o estudo do Greenpeace "Ervas chinesas: elixir da saúde ou coquetel de pesticidas?", o mais recente a abordar os efeitos nocivos da indústria agropecuária chinesa de larga escala, alguns níveis de resíduos superaram em centenas de vezes os padrões de segurança da União Europeia.

"O atual sistema de agricultura industrial é amplamente dependente de produtos químicos às custas da saúde humana e ambiental."
Jing Wangativista de agricultura ecológica do Greenpeace

"Estes resultados expõem as falhas do atual sistema de agricultura industrial, que é amplamente dependente de produtos químicos às custas da saúde humana e ambiental", informou o ativista de agricultura ecológica do Greenpeace, Jing Wang.

"As ervas chinesas são usadas como ingredientes alimentares para fins curativos por milhões de pessoas em todo o mundo. São parte simbólica do nosso patrimônio que precisamos preservar. As ervas chinesas devem curar e não prejudicar as pessoas e devem ser livres de pesticidas", acrescentou.

Segundo o Greenpeace, a exposição a resíduos de pesticidas faz com que produtos químicos tóxicos se acumulem no organismo, provocando dificuldades de aprendizagem, disfunção hormonal e anomalias reprodutivas.

A organização coletou amostras de 65 produtos derivados de ervas e encontrou 51 diferentes tipos de resíduos de pesticidas. Vinte e seis amostras continham pesticidas ilegais na China.

Alguns pesticidas foram encontrados em "concentração extremamente alta". Os resíduos na flor de San Qi estavam 500 vezes acima dos limites de segurança e mais de cem vezes superior na madressilva.

"As ervas chinesas devem curar e não prejudicar as pessoas e devem ser livres de pesticidas."
Jing Wang

A publicação do relatório segue uma pesquisa realizada pelo Greenpeace em abril, que revelou que montanhas de lixo perigoso da enorme indústria de fertilizantes fosfatados da China estão poluindo comunidades e reservas hídricas vizinhas.

A China, maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, viu a produção mais que dobrar na década passada para 20 milhões de toneladas no ano passado, gerando 300 milhões de toneladas de um subproduto denominado fosfogesso, que pode conter substâncias nocivas.

O setor agrícola chinês expandiu-se rapidamente nos últimos anos e métodos "intensivos" de agricultura têm sido responsabilizados pela mídia estatal pelos recentes casos de alerta relacionados à indústria alimentar, incluindo um surto mortal de gripe das aves, no começo deste ano.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Club Social INTEGRAL?


Já falei para vcs que o site Fechando o Zíper (agora é Desrotulando) é demais não é? Pois bem agora eles desmascararam o Club Social Integral que eu sempre aviso sobre o 0% de gordura trans que é mentira!
Vamos ver a análise deles?

Chega a hora do lanche e sempre rola aquela indecisão sobre o que comer. Diante disso, o biscoito Club Social virou o melhor amigo das bolsas e gavetas no trabalho. Fácil de armazenar e de consumir, ele acaba sendo uma alternativa. Mas será que é uma BOA alternativa?

O leitor Mário nos enviou fotos da embalagem do Club Social Integral, dizendo que hoje em dia não o compra muito, mas que sempre o preferiu pelo gosto.

A partir de agora, o Club Social Integral está na mira do Fechando o Ziper! Vamos para mais um post da série “Desvendando Rótulos”.

Primeiramente, daremos aquele ~look~ no comercial que circulou quando a linha integral foi lançada:



No vídeo, eles alegam que os ingredientes integrais (centeio, aveia e trigo) estavam super entendiados – tipo nós, naqueles minutos finais do domingo – até que um dia o Club Social caiu de pára-quedas na vida deles. Então agora você pode consumir “os melhores ingredientes integrais com todo sabor de Club Social, crocante e salgadinho”.

Ok, olhando assim até parece que são ingredientes integrais COM Club Social neles. Pena que a embalagem nos diz o contrário e provavelmente os integrais ainda estejam lá, chateados
Ta aí gente, um produto que parece super integral e com mil benefícios, mas que na verdade não é NENHUMA maravilha. Leiam sempre os rótulos pra não bancarem os bobos.
Classificação do Fechando o Ziper: Fique esperto!
O que acharam? Vocês consomem outros biscoitos integrais nesse “estilo”?

Que ler mais sobre biscoitos? Clica aí:
Cookies Kobber: integrais de verdade ou de mentirinha?

Cookie Aveia Quaker® 25% menos gordura total! E quanto de gordura saturada?

Leite e Carne de soja! Saudáveis?

Por PortalOrgânico - Elaine Azevedo

O uso da soja como fonte de proteína sempre foi enfatizado entre os adeptos da alimentação natural e do vegetarianismo, substituindo formas animais de proteína – carne, leite e ovos.

Porém, é bom lembrar que além da problemática que envolve o uso de agrotóxicos e de sementes transgênicas na sojicultora, tanto o extrato (“leite de soja”) como a proteína texturizada de soja (“carne de soja”) são produtos manipulados industrialmente e estão muito distantes da imagem de natural que a eles é conferida.

No caso do extrato de soja, após a extração do líquido, flavorizantes, corantes e adoçantes artificiais são adicionados ao produto final para mudar seu gosto (amargo, com gosto de feijão) e cor (acinzentada) originais.

A proteína texturizada de soja, considerada um resíduo da indústria de óleo, tornou-se hoje ingrediente chave em muitos produtos industrializados e em alimentos à base de soja que imitam a carne. Sua produção tem lugar em complexos industriais onde uma pasta fluida de soja é misturada com uma solução alcalina para remover sua fibra, que é então precipitada e separada utilizando-se um banho ácido em tanques de alumínio, sendo finalmente neutralizada numa solução alcalina.

Os coalhos resultantes são borrifados para serem secados sob altas temperaturas para a produção de um pó rico em proteína. O processo final de extrusão da proteína isolada da soja, sob altas temperatura e pressão, produz então a proteína vegetal texturizada.

Lembre-se que um produto realmente natural é aquele que está mais próximo da forma fresca e natural do alimento.


Nota do Blog: 93% da plantação de milho e soja no Brasil é transgênica.

Jornalistas: querem saber mais sobre orgânicos? Não percam esta coletiva.

De: Orgânicos Brasil
25/06/2013




Uma entrevista coletiva para dar um panorama sobre a atual situação da agricultura orgânica no Brasil e responder a algumas questões essenciais para entender o setor.

A entrevista coletiva está sendo promovida pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO-SP), pelo Instituto 5 Elementos e pelo Instituto Kairós de Ética e Atuação Responsável e será realizada no dia 27 de junho, no Auditório da Escola de Astrofísica, no Parque do Ibirapuera, a partir das 9h30.

Para pedestres, a entrada para o Auditório da Escola de Astrofísica é feita pelo portão 10, na Av. Pedro Álvares Cabral. De carro, pelo Portão 3, com estacionamento Zona Azul. Além da coletiva, os jornalistas contarão com um delicioso brunch orgânico, oferecido por produtores parceiros da iniciativa.

Os organizadores convidaram cinco especialistas para responderem às seguintes questões:

O que é agricultura orgânica?
Alimentos orgânicos são mais nutritivos?
Orgânicos podem alimentar o mundo?
Alimentos orgânicos são realmente mais caros?
Legislação de orgânicos e os números do setor.

Os convidados para abordar os temas são Guaraci Diniz, presidente da AAO e produtor rural agroecológico; Eric Slywitch, médico e mestre em nutrição; Carlos Armênio Khatounian, professor de agroecologia e agricultura orgânica na Esalq/USP; Ana Flávia Borges Badue, educadora ambiental e membro do Instituto Kairós, e Marcelo Silvestre Laurino, coordenador da Comissão da Produção Orgânica de São Paulo, engenheiro agrônomo e fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura. Cada um falará por 15 minutos e depois o espaço será aberto a perguntas.

Além disso, estará presente, como convidada, a engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi que, aos 92 anos, continua com toda a disposição para difundir os princípios agroecológicos Brasil afora. Dra. Ana é a sócia número 2 da AAO, especializada em vida do solo e precursora da retomada da agroecologia no País. No ano passado, foi agraciada com o principal prêmio mundial da agricultura orgânica, conferido pela Ifoam, o One World Award.

No mesmo dia começa a Bio Brazil Fair e a Biofach América Latina, as mais importantes feiras do setor de orgânicos, que serão realizadas entre 27 e 30 de junho, também no Parque do Ibirapuera, no Pavilhão da Bienal. Da coletiva, prevista para se encerrar ao meio-dia, os jornalistas poderão ir direto a esses eventos, prestigiar e verificar toda a diversidade e evolução do setor de orgânicos no País.

Para confirmar presença na coletiva, deve-se entrar em contato pelo e-mail atendimento@aao.org.br.

Mais informações, com Márcio Stanziani, secretário-executivo da AAO, tel. (11) 3875-2625 e 9 6864-4349, e-mail marcio@aao.org.br

Festa junina transgênica


Transgênicos IDEC

É no mês de junho que acontecem as tão típicas e esperadas festas juninas, com suas danças, roupas típicas e comidas únicas. Pensando nisso, o IDEC realizou uma pesquisa, avaliando a rotulagem de alimentos à base de milho usados para preparo de comidas tradicionais de festa junina.

A pesquisa do IDEC avaliou se o direito à informação ao consumidor está sendo cumprido em relação à presença de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) nos alimentos, principalmente em relação ao acesso à informação correta nos rótulos e se os estabelecimentos comerciais cumprem a legislação estadual de São Paulo sobre a disposição de alimentos transgênicos. A pesquisa foi realizada em duas partes:

1) Foram avaliadas quatro marcas diferentes (Mestre Cuca, Hikari, Yoki, Kisabor) de cinco produtos à base de milho (farinha de milho amarela, fubá, milho para pipoca, milho para pipoca de micro-ondas e canjica de milho branca). Os produtos foram avaliados em relação à presença do símbolo transgênico, de uma das expressões que devem acompanhar o símbolo e da espécie doadora dos genes nos rótulos de todos os produtos (conforme Decreto Federal nº 4.680/2003, Lei Estadual nº 14.274/2010 e Portaria nº 2.685/2003 do Ministério da Justiça). Quando necessário, foi realizado contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) dos fabricantes;

2) Foram visitados sete estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo, que foram avaliados em relação à segregação dos produtos transgênicos nas prateleiras, bem como o aviso correspondente.

Na ausência de indicação no rótulo da presença ou ausência de OGMs, foi realizado o contato com o SAC dos fabricantes solicitando a comprovação de que os produtos não contém transgênicos. Outro ponto importante foi a avaliação sobre a maneira que a informação sobre OGMs está sendo transmitida, ou seja, a presença de práticas de disfarce das informações, como por exemplo:
- Se o Símbolo T está em local e tamanho adequados, segundo disposto na legislação;
- Se a descrição obrigatória da espécie doadora está presente, segundo disposto na legislação;
- A presença de mensagens que podem confundir o consumidor, como “Aprovado pela CTNBio” abaixo do Símbolo T.
Foi verificado nos estabelecimentos comerciais o cumprimento da Lei Estadual nº 14.274/2010, sobre a disposição em local específico dos produtos alimentícios com OGM, de modo a não confundir os consumidores.

“A pesquisa é de grande importância para o consumidor, pois a informação é essencial como meio de garantir aos cidadãos seu poder de escolha, que já foi declarado em diversas pesquisas de opinião. Tendo como pressuposto a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo, o CDC (Código de Defesa do Consumidor) garante o direito à informação, impedindo que as falhas no mercado de consumo que prejudicam ou negam informações claras, completas e adequadas aos consumidores limitem sua liberdade de escolha. Para o consumidor, esse direito é garantido em duas etapas: a primeira e mais importante, precede a compra com a publicidade e/ou embalagem do produto e a segunda é no momento de aquisição. Em ambos os casos, o rótulo dos produtos é fundamental”, explica a pesquisadora em alimentos do Idec, Ana Paula Bortoletto Martins.

Resultados
Entre as cinco categorias de produtos estudados, constatou-se que todas as marcas de farinha de milho amarela e de fubá são produzidas com milho transgênico. Dentre as quatro marcas de farinha de milho e de fubá analisadas, duas foram reprovadas em relação à adequação da rotulagem de alimentos transgênicos (Mestre Cuca e Yoki) por não apresentarem a informação da espécie doadora na embalagem.

Em relação ao milho para pipoca e ao milho para pipoca de micro-ondas, três das quatro marcas declararam no rótulo não ser de origem transgênica. A única empresa que declarou possuir milho transgênico informou de forma correta no rótulo (Kisabor). Ao entrar em contato com o SAC das empresas, a Hikari informou que garante que o milho não será transgênico até o final de 2013. A Yoki informou que todos os produtos da marca são transgênicos, porém não possui nenhuma informação no rótulo; por isso, foi reprovada na análise da rotulagem.

Duas das quatro marcas de canjica branca declararam possuir milho de origem transgênica (Kisabor e Hikari) e foram aprovadas na análise da presença de informações sobre transgênicos no rótulo. A Yoki foi reprovada novamente, por não declarar no rótulo que o produto é transgênico, porém o SAC declarou o contrário. A marca Mestre Cuca declarou tanto no rótulo quanto no SAC que o produto não é transgênico e, por isso, foi aprovada.

MarcaProdutoInformação sobre a
presença de transgênicos
Mestre Cucatransgênico: farinha de milho amarela e fubáreprovada
não transgênico: milho para pipoca e canjicaaprovada
Yokitransgênico: farinha de milho amarela e fubáreprovada
não transgênico: milho para pipoca e canjicareprovada
Hikaritransgênico: farinha de milho amarela, fubá e canjicaaprovada
não transgênico: milho para pipoca e canjicaaprovada
Kisabortransgênico: farinha de milho amarela, fubá, milho para pipoca e canjica transgênicosaprovada


A FFAMM, responsável pela marca Mestre Cuca, informou que: “Em relação a falta de informação do gene doador. esclarecemos que foi devido a uma questão técnica de interpretação, entretando, esta informação já estará constando em nossos próximos lotes de embalagens(sic)“. YOKI não localizou o e-mail nem a resposta obtida pelo SAC da empresa e ainda informou que “nem todos os produtos à base de milho fabricados pela empresa são transgênicos”. As empresas Hikari e a Kisabor não enviaram resposta até a data de fechamento da pesquisa.

Conclui-se, portanto, que a legislação referente à informação da presença de OGMs nos alimentos não está sendo cumprida por parte das empresas de produtos derivados de milho. Os problemas encontrados foram: a ausência da declaração no rótulo de que o produto é transgênico e a ausência da informação da espécie doadora dos genes.
Em relação ao cumprimento da Lei Estadual nº 14.274, todos os estabelecimentos estavam em desacordo, ou seja, não apresentavam segregação de alimentos com ou sem OGMs.

Vale ressaltar que não foi realizada a análise laboratorial da presença de organismos geneticamente modificados para a comprovação de que o que foi declarado pelas empresas está correto. A pesquisa baseou-se no princípio da boa-fé das empresas em cumprir a legislação referente ao direito à informação sobre a presença de OGMs nos alimentos.

Quanto à observação dos estabelecimentos comerciais, nenhum dos sete supermercados da cidade de São Paulo (Zona Oeste) visitados pela equipe técnica do Idec cumpria a Lei Estadual nº 14.274/2010, sobre a disposição dos produtos alimentícios com OGM. Os estabelecimentos foram visitados no mês de maio de 2013.

O consumidor deve ficar atento às informações sobre a presença de transgênicos dos rótulos dos produtos, principalmente à base de milho e de soja. Participe e divulgue a Campanha: Diga não ao fim da rotulagem de transgênicos!

O Idec e os Transgênicos
Transgênicos são alimentos modificados geneticamente com a alteração do código genético, isto é, são inseridos no organismos genes provenientes de outro. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos de espécies diferentes (inserção de um gene de um vírus em uma planta, por exemplo) . O procedimento pode ser realizado com plantas, animais e micro-organismos. Existem riscos para a agricultura eriscos para a saúde.

Mesmo assim, no Brasil, há alimentos transgênicos autorizados para consumo. O Idec defende a rotulagem diferenciada dos alimentos transgênicos desde 1998. Para ajudar o consumidor a entender os riscos associados aos organismos geneticamente modificados (OGMs), o Idec produziu a cartilha Transgênicos: feche a boca e abra os olhos. (2010)

Campanha pela informação
Somente em 2012, cerca de 89% da soja e 76% do milho plantados no Brasil eram transgênicos, sendo que é obrigatória a rotulagem de produtos alimentícios que contenham ou sejam produzidos a partir de OGMs, com presença acima do limite de 1% do produto.

Isso está estabelecido textualmente pelo decreto federal nº 4.680/2003, mas um projeto de lei da Câmara dos Deputados (PL 4148/2008), de autoria do deputado Luiz Carlos Heinze (PP/RS), propunha a não obrigatoriedade de rotulagem de alimentos que possuam ingredientes transgênicos, independentemente da quantidade.

Diante dessa ofensiva, o Idec em parceria com diversas entidades lançou a Campanha Fim da rotulagem dos alimentos transgênicos: diga não! contra a aprovação do PL 4.148/08, que entrou para votação na Câmara dos Deputados em regime de urgência em 2012.

Saiba mais:

> Mapa de feiras orgânicas
Buscando alimentos orgânicos os consumidores ficam livres de transgênicos e agrotóxicos. Procure a feira mais próxima de você.

> Entrevistas com Michael Hansen (2009 e 2010)
Doutor em ecologia e biologia evolutiva, com pós-doutorado sobre os impactos da biotecnologia na pesquisa agrícola, Michael Hansen é um dos principais cientistas da Consumers Union, maior organização de consumidores dos Estados Unidos. Em 2009, Hansen veio para um workshop organizado pelo Idec sobre biossegurança e deu uma entrevista para nossa Revista. Confira aqui. Em 2010, O especialista em biotecnologia comentou a rotulagem dos alimentos geneticamente modificados e o uso de agrotóxicos. Leiaaqui.

> Saiba tudo que o Idec faz contra os alimentos transgênicos e pela devida rotulagem destes. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Chef na Feira no sábado dia 22 de junho Feira de Orgânicos no Modelódromo do Ibirapuera



Para incentivar os consumidores, de todas as idades, a valorizarem o ato de cozinhar aprendendo receitas fáceis, a cada mês um Chef de Cozinha é convidado a participar da feira de orgânicos. A atividade, que acontece entre 10h e 12 horas, pode ser acompanhada desde a escolha e compra dos produtos, na própria feira, até a preparação da refeição que será oferecida para degustação, por meio de vales, gratuitos, distribuídos pelos feirantes para 200 clientes.
O Chef convidado para o sábado, 22 de junho, é Diego Silva dos Santos.

Formado em Eventos na Faculdade de Hotelaria e Turismo Hotec e finalizando o MBA em Gastronomia, Diego se destaca atuando no Bistro ZYM – Senac Santo Amaro, no Buffet Piece of Cake e no Buffet Gastromotiva. Atua, ainda, como professor em cursos livres de Reaproveitamento Alimentar com apoio da ONG Gastromotiva Brasil, da Cozinha Vegetariana – Senac SP e da Rota do Cambuci da Prefeitura da cidade de São Paulo.

“Chef na Feira” integra as ações de Segurança Alimentar e Nutricional implementada pela Supervisão Geral de Abastecimento e conta com o apoio do Slow Food, do Instituto Kairós e de produtores da feira.

Serviço: a Feira de Orgânicos acontece todos os sábados, das 7h às 13h no CDC Modelódromo do Ibirapuera, Rua Curitiba nº 292, Vila Clementino (próximo ao Clube Circulo Militar) - Estacionamento no local

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS - SUPERVISÃO GERAL DE ABASTECIMENTO

Assessoria de Comunicação e Eventos - telefone 11 3229-0028
www.prefeitura.sp.gov.br/abastecimento

AGUARDAMOS VOCE NOS PRÓXIMOS CHEFS NA FEIRA: 20/7, 17/8, 21/9, 19/10, 16/11 e 14/12
Mais informações: https://www.facebook.com/feira.ibirapuera

quinta-feira, 6 de junho de 2013

MERCADO MUNICIPAL PAULISTANO 2013 Programação Virada Sustentável


                                                              
                                                                  SÁBADO – 08/06
Horário
Responsável
Tema
Local
09h00–10h00
Dr. Eric Slywitch (nutrólogo)
Proteína: Você precisa de carne?*
Sala de Reuniões (mezanino)
10h10-11h10
Dr. Eric Slywitch (nutrólogo)
Ferro e Alimentação: tudo o que você precisa saber*
Sala de Reuniões (mezanino)
11h30–12h00
Embatucadores
Orquestra Sustentável
Salão de Eventos
12h00–16h00
Nectare ( Casa Jaya)
Almoço (optativo)**
Mercado Gourmet
13h30–14h30
5 Elementos
Jardim Aromático Vertical*
Sala de Reuniões (mezanino)
14h30–15h00
Desfile Ecológico
“Brasil: a bola da vez” / som DJ’s Unidos (def. visuais)
Corredor Principal
15h00–16h30
PMSP/ Supervisão Geral de Abastecimento
Alimentação & Sustentabilidade*
Sala de Reuniões (mezanino)
                                                                
                                                             DOMINGO – 09/06
Horário
Responsável
Tema
Local
09h00–10h00
Claudia Mattos (Chef de biogastronomia)
Valorização do ingrediente brasileiro*
Sala de Reuniões (mezanino)
10h15-11h15
Gastromotiva
Desperdício zero: a mágica do aproveitamento total de alimentos
Sala de Reuniões (mezanino)
11h30–12h00
Celyh Rodrigues
Harpa Sustentável
Salão de Eventos
12h00–16h00
Nectare  (Casa Jaya)
Almoço (optativo)**
Mercado Gourmet
13h45–15h00
5 Elementos
Minhocas recicladoras*
Sala de Reuniões (mezanino)

ATIVIDADES PERMANENTES – 08 e 09/06
Atividade
                                                            Responsável
Local
Feira de Produtos Naturais e Artesanais
Diversas empresas, produtores e artesãos.
Salão de Eventos
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terça-feira, 4 de junho de 2013

Biblioteca da Agroecologia

BIBLIOTECA DA AGROECOLOGIA CONHECIMENTO E HARMONIA


Este espaço é destinado a difusão da sustentabilidade por meio da agroecologia, disponibilizando uma série documentos para estudo. Além disso, procura demonstrar uma série de trabalhos existentes e autores que trabalham com o tema.

Liberdade de expressão e acima de tudo, contribuir para o fluxo de informação procurando com isso, ajudar a transformar o mundo em um lugar mais justo e equilibrado para se viver faz parte dos nossos compromissos.

Procuramos arquivar uma série de documentos que são obtidos e organizados através de site de busca pela internet, por colabodores interessados na difusão de temas e alguns materiais de autoria própria e coletiva. Além disso, documentos protegidos são previamente analisados e sendo observado isto, procuramos não arquivar. Caso, aconteça de um documento invadir as politicas de privacidade ou, algum autor achar que o seu material não deveria estar neste espaço, por favor entre em contato e imediatamente este será suprimido.

Nosso maior objetivo, é contribuir para a construção do conhecimento agroecológico e trabalhar em prol da sustentabilidade por meio da difusão de experiências, estudos, etc.

Biblioteca digital sobre Agroecologia com mais de 1241 publicações.

http://pt.scribd.com/BIBLIOTECADAAGROECOLOGIA

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