segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Terceirização afeta qualidade da comida em hospitais

Ao terceirizar alimentação, hospitais servem comidas industrializadas, pobres em nutrientes, que comprometem a recuperação do paciente

Fonte: Rádio Brasil Atual por Redação RBA publicado 14/11/2016 10:34



Do congelador ao microondas: para cortar custos, hospitais servem comida industrializada aos pacientes

São Paulo – A especialista em alimentação orgânica Nádia Cozzi ressalta a importância de dieta saudável para a recuperação dos pacientes, mas alerta que devido ao processo de terceirização que avança no setor da saúde hospitais vêm servido produtos industrializados, pobres em nutrientes.


"O problema é que os hospitais, na sua maioria, estão terceirizando a alimentação. Então, vem tudo em potes plásticos que vão direto ao micro-ondas, que chegam direto ao paciente. Ninguém nem abre para sentir o cheiro e ver o que tem dentro", afirma a especialista em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Idealizadora da página Comida de Hospital é Alimento?, Nádia conta que ficou espantada quando, convalescendo de uma cirurgia de vesícula, recebeu um bolinho de chocolate industrializado no hospital em que estava internada. "Se eu comer isso, vou morrer", pensou ela, que já trabalhava com consultoria em alimentação orgânica.

"Comida de hospital não é alimento, na maioria dos casos, porque é baseada, quase que exclusivamente, em alimentos industrializados. O que tem de nutriente num alimento industrializado, cheio de aditivos químicos, cheios de conservantes etc.?", questiona a especialista.

Nádia comenta que até mesmo os sucos, que deveriam ser naturais, preservando assim seus nutrientes, foram substituídos pelos de caixinha, que contam com altos níveis de sódio e açúcares.

Para ela, além da terceirização, outra parte do problema está na formação de nutricionistas e especialistas em gastronomia que depois vão atuar nos hospitais. Nádia afirma que esses profissionais se distanciaram da "comida de verdade" porque os cursos também são patrocinados pela indústria alimentícia, interessada, portanto, no consumo de alimentos processados.

Ouça a entrevista

Venha discutir conosco esse problema em nossa página no Facebook  Comida de Hospital é Alimento?

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Agricultores convencionais passam a cultivar produtos orgânicos.



Vale a pena assistir o vídeo do Globo Repórter sobre o assunto.

Certificação de produtos orgânicos: é possível baratear os custos



Certificação dos orgânicos é sempre polêmica, vamos entender melhor 
os tipos de certificação existentes no mercado? Assista a reportagem do Globo Rural.


Saiba como funciona a produção de ovos orgânicos

Fonte: Programa Globo Rural
Ana Dalla PriaRio das Pedras, SP

Cuidados com alimentação e criação das galinhas são exigentes.
Ovo orgânico chega a valer quase 100% mais que o ovo convencional.


Uma fazenda em Rio das Pedras em São Paulo se especializou na criação de galinhas para produção de ovos orgânicos. O negócio que começou pequeno, agora conta com quatro granjas em 2 hectares com 5.200 aves.

No local, boa parte da fazenda está coberta com pasto. Segundo a legislação, galinhas poedeiras orgânicas precisam ser criadas soltas em vez de gaiolas, como acontece nas granjas convencionais.

Na prática, cada aviário tem um galpão equipado com coxes, bebedouros, ninhos para as galinhas botarem e poleiros, porque as aves dormem no local. Além disso, cortinas nas laterais para barrar o vento nos dias mais frias e que ficam abertas quando faz calor.

"Com o último barracão que a gente construiu, a gente calculou uma média de estrutura de R$ 50 reais por ave", explica o agrônomo Leonardo Pierre.

As aves alternam entre dois piquetes na fazenda, que descansam a cada 45 dias para que a plantação se recupere. No sistema orgânico, os animais devem ficar em ambientes em que possam expressar seu comportamento animal natural. No caso das galinhas, isso inclui espaço para andar e ciscar à vontade.

A criação de animais no sistema orgânico tem um gargalo, que é a alimentação, que deve ser preferencialmente orgânica. Porém, a oferta destes alimentos no Brasil ainda é pequena e os preços são altos. A legislação permite que o produtor coloque até 20% de produtos convencionais na formulação da ração, mas não podem ser transgênicos e ainda é preciso pedir autorização do órgão certificador para poder usar.

Outra questão importante é a saúde das aves. Vacinas são obrigatórias, mas o uso de medicamentos alopáticos deve ser evitado ao máximo. Homeopatia e fitoterapia são liberados.

"Até hoje não fizemos uso de nenhum medicamento, nenhum tratamento alopático aqui", diz Leonardo, que usa tronco de bananeira para combater a verminose nas galinhas.

Com saúde e bem alimentadas, as 5.200 aves do local produzem cerca de 4.800 ovos por dia. No mercado, eles chegam a valer quase 100% mais que o ovo convencional.

O Brasil precisa incrementar, em nível global, a promoção de sua biodiversidade e riqueza alimentar.

Fonte: CI ORGANICOS

Brasil perdeu boa chance de promover sua riqueza alimentar nos Jogos Olímpicos



Feira RJ, Circuito Carioca, Essência Vital, Foto CI Orgânicos

O Brasil precisa incrementar, em nível global, a promoção de sua biodiversidade e riqueza alimentar. A constatação é de Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Segundo ela, o saldo não é satisfatório quando se trata de alimentação saudável; e cita como exemplo os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

De acordo com a especialista, o País perdeu uma boa chance de promover seus alimentos, quando esteve no centro das atenções do mundo. “Desde o momento que o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o foco das autoridades ficou limitado à infraestrutura, à mobilidade das pessoas e à preocupação em deixar um legado. Já os alimentos como divulgação de nossa brasilidade, como parte integral da saúde de sua população e dos atletas, não foram considerados prioritários”, observa.

Sylvia também comentou o balanço divulgado pelo programa Rio Alimentação Sustentável, que apoiou o Comitê Rio 2016 na viabilização da oferta de alimentos saudáveis e sustentáveis nas Olimpíadas e Paralimpíadas. “De um total de 14 milhões de refeições servidas para atletas e mídia durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, somente 200 mil foram vieram da agricultura familiar do Estado do Rio de Janeiro. Isso é muito pouco”.

A coordenadora do CI Orgânicos disse que nos cardápios de alimentação dos atletas, pouca importância foi dada à riqueza gastronômica, à biodiversidade e à produção nacionais: “Nas arenas esportivas, os food trucks comercializavam comida rápida (fast food), com produtos calóricos, pouco diversificados e pouco identificados como saudáveis e nutricionais”.

OMS alerta para exposição de crianças a propaganda digital para alimentação ruim





LONDRES (Reuters) - Crianças na Europa estão sendo bombardeadas com propaganda digital subliminar encorajando consumo de alimentos gordurosos, excessivamente doces ou salgados que comprometem a saúde, alertaram especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Eles afirmam que a publicidade contribui para o aumento do problema de obesidade na região e pedem que representantes do governo intensifiquem os esforços para proteger as crianças de mensagens favoráveis ao consumo de alimentos prejudiciais à saúde em sites, jogos e outras mídias sociais.

"Nossos governos deram à prevenção de obesidade infantil a mais alta prioridade. Ainda assim consistentemente constatamos que crianças estão expostas a incontáveis técnicas de marketing digital subliminar promovendo alimentos ricos em gordura, sal e açúcar", disse Zsuzsanna Jakab, diretora geral da OMS na Europa.

Ela ressaltou que, na ausência de uma regulação efetiva da mídia digital em muitos países, as crianças estão cada vez mais expostas a estratégias de publicidade persuasivas subestimadas ou desconhecidas pelos familiares.

Cerca de dois terços das crianças com sobrepeso antes da puberdade estarão acima do peso no início da fase adulta, aponta o relatório. O documento afirma que quase um quarto das crianças em idade escolar estão acima do peso ou obesas na região.

Aqueles com sobrepeso ou obesidade estão propensas a continuarem obesas na fase adulta e a desenvolverem doenças cardíacas e câncer ainda jovens.

Comida pronta para bebês pode ser problema e pais precisam tomar cuidado


Fonte: Correio do Estado
6/11/16  -  RODOLFO CÉSAR






As crianças que completam seis meses de vida passam por uma profunda mudança, principalmente que envolve a rotina dos pais. Essa fase é a que os bebês são introduzidos a novos alimentos e a amamentação deixa de ser a exclusiva "refeição".

É hora de oferecer frutas, sucos e papinhas. A recomendação de pediatras e outros especialistas é que os produtos a serem oferecidos precisam ser naturais, alimentos estritamente orgânicos. Mas a verdade é que para quem tem a vida agitada, fazer comida, ir ao supermercado comprar sempre algo fresco e comer bem nem sempre é possível porque acaba dando mais trabalho.

Recorrer a algo industrializado ou ir direto a um restaurante fica bem mais fácil. Fazer isso para um adulto é até possível, ao mesmo tempo forçar essa rotina para um bebê pode causar prejuízos graves à saúde e ao desenvolvimento.

"A criança precisa de alimentação balanceada e saudável. Precisa ser o mais natural possível e evitar algo industrializado é muito recomendável", explicou o pediatra com 30 anos de experiência, Alberto Jorge Félix.

Então, o dia que não há tempo para nada, procurar uma papinha de prateleira pode resolver? O pediatra esclareceu que qualquer alimento que tenha prazo de validade extenso e fica sem refrigeração foge às regras de bom hábito alimentar para bebês. "O que fica na prateleira não é mais natural. Quando se tem uma confecção caseira, a duração é curta", informou o especialista.

O planejamento dos pais precisa funcionar a partir dessa idade da criança. Fazer a comida na véspera e deixar na geladeira não atrapalha a qualidade do alimento. "É mais saudável (fazer isso) do que oferecer os industriais", esclareceu Félix.

A nutricionista Gislaine Donelli, que trabalha em uma proposta relativamente nova no Brasil que oferece "restaurante" para bebês, afirmou que aos poucos o mercado vai criando opções saudáveis. É necessário, antes, que os pais consultem a origem dos produtos.

"Atualmente encontramos desde cereais, frango, toda linha de laticínios e até papinhas e comidinhas para bebês, totalmente orgânicos, além de outros produtos de mercearia seca que são comercializados em redes de supermercados e diversas lojas", indicou.

RESTAURANTE PARA BEBÊ?

Quando o planejamento fura e o tempo fica curto para fazer a comida certa para o filho, hoje já existe opções que funcionam praticamente como um restaurante para bebê.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, há algumas empresas que oferecem esses produtos orgânicos e criaram concorrência nesse nicho de mercado.

Em Campo Grande, as opções são mais restritas, mas existe hoje pelo menos um local que oferece produtos naturais. É uma franquia criada há sete anos em São Paulo e veio para a Capital em 2014. "Pesquisei e descobri que no Brasil não existia nenhuma marca assim, mas nos outros países era muito comum. A partir de então me aprofundei no assunto e criei a primeira marca brasileira de alimentos orgânicos infantil", contou Maria Fernanda, que fundou o Empório da Papinha, que tem uma franquia na cidade.

O pediatra Alberto Jorge Félix reconheceu que esses alimentos tem garantia de serem naturais funcionam bem, o que pode pesar é na hora de colocar na balança o custo.

"É uma opção boa (papinhas orgânicas vendidas em lojas especializadas). O que pode pesar é o custo, mas funciona muito bem como um plano B. Em geral, elas são feitas de produtos orgânicos, produção caseira", analisou.

Quem decide comprar, acaba desembolsando entre R$ 9 e R$ 13, dependendo da opção escolhida entre os 25 tipos de papinha que a loja de Campo Grande oferece, por exemplo.

PESQUISAR ANTES


Maria Elisa Rettore Santaluccia é mãe de duas meninas, hoje com 2 e 4 anos, e disse que quando estava com o tempo apertado, recorria à papinha orgânica. Morando em Corumbá atualmente, ela comentou que quando viaja para Campo Grande costumava comprar algumas opções.

"Primeiro pesquisei na internet para saber se era mesmo natural. Descobri esses produtos quando passei na frente de uma loja. Minha preocupação era não ter açúcar, amido, glutamato monossódico, etc", contou.

Gerusa da Cruz, que decidiu dar papinha industrializada, mas apenas no período que não conseguir fazer comida, na viagem de final de ano. Foto: Arquivo Pessoal

Gerusa Ferreira da Cruz, servidora pública estadual, disse que tenta sempre produzir comida no dia para o filho de 6 meses. Como ela e o marido decidiram viajar no final do ano, ela comentou que pesquisou e vai comprar papinha apenas para essa ocasião.

"Como irei viajar em dezembro, optei em comprar papinha pronta industrializada para levar porque na praia é complicado A criança no começo come bem pouquinho, então dá menos trabalho", contou.

PRODUTOS QUE PREJUDICAM


O especialista Alberto Jorge Félix pontuou os principais problemas causados por uma má alimentação:

  • Futuro desenvolvimento de alergias intestinais, de peles;
  • Saúde mais frágil;
  • Deficiências no crescimento.
Entre os produtos que devem sempre ser evitados:
  • gelatinas
  • iogurtes com cor
  • sucos de caixinha
  • alimentos com corantes em geral.
DICAS VALIOSAS

Veja 10 dicas que a nutricionista Gislaine Donelli elenca para os pais de crianças de até dois anos:

DICA 1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

DICA 2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais, quando possível.

DICA 3 – A partir dos seis meses, dar alimentos complementares como cereais, tubérculos, carnes, legumes e frutas, três vezes ao dia se a criança receber leite materno e, cinco vezes ao dia se estiver desmamada.

DICA 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.

DICA 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas / purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.

DICA 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada e uma alimentação colorida.

DICA 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

DICA 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal a partir de 12 meses e com muita moderação.

DICA 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

DICA 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

A cidade que come local

POR SUSANA BERBERT, DE MADISON (ESTADOS UNIDOS)

Madison, nos Estados Unidos, tem a cultura de consumir o que é orgânico, sustentável e produzido na própria região

Mulher compra verduras durante a Dane County Farmers' Market, em Madison (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

“Esse é meu jardim. Foi assim que eu comecei minha manhã”. A fazendeira Jeane Martin segurava orgulhosa o celular. Na tela do equipamento, aparecia a imagem do vale onde fica sua fazenda, e com as unhas sujas de terra ela apontava os detalhes da paisagem. 

As flores que podíamos ver em primeiro plano haviam brotado há algumas semanas, ela disse, e já estávamos no meio da primavera. Ao fundo da fotografia, duas montanhas se encontravam e o espaço entre elas formava um "V", mostrando o céu e a luz do sol ainda tímida que surgia com o crepúsculo. “Esse lugar é lindo. Eu sou muito grata pela vida que tenho.”

De abril até novembro, mais de 300 produtores se revezam na Dane County Farmers' Market

Naquele sábado, Jeane e o marido, Michael Martin, haviam acordado às três horas e meia da manhã para chegarem até a Dane County Farmers' Market, a feira de produtores locais mais famosa de Wisconsin, Estados Unidos, localizada na cidade de Madison, a capital do Estado. 

Há vinte anos, durante o verão, eles repetem a mesma rotina: às quintas começam a se preparar para ir à feira, separando beterrabas, cenouras e realizando a colheita do alface. Nas sextas, colhem mais folhagens e verduras. Vendem tudo aos sábados, das seis da manhã às duas horas da tarde.

Jeane e o marido acordam às três horas e meia da manhã para chegarem à feira (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A barraca da fazenda Jones Valley Farm é uma das cerca de 160 que cercam o capitólio da cidade quando o inverno passa e a temperatura se aproxima dos 20 graus celsius. De abril até novembro, mais de 300 produtores se revezam no espaço, provendo aos moradores da cidade e região produtos alimentícios, artesanatos e flores locais e de alta qualidade, enquanto preenchem a paisagem, antes branca e vazia, com cores vivas e movimentos.

A feira encanta desde os que passam por ela pela primeira vez até os que já a frequentam por décadas.“Temos compradores que nos acompanham desde que começamos na feira, em 1996, e que não faltam nenhum sábado”, conta Jeane. “Aqui as pessoas preferem comida local e são dedicadas ao fazendeiros. Elas querem saber o que temos de diferente e de novo, então chegam logo cedo porque têm medo que alguém compre e nosso produto acabe.” 

Enquanto conversávamos, a mulher ocasionalmente interrompia a fala para abraçar compradores conhecidos e me oferecia diferentes tipos de alfaces para experimentar. “Nós trazemos o melhor que temos. Nós investimos em coisas diferentes, que crescem em diferentes locais, como no mediterrâneo.”

A barraca de Wili Lehner é uma das mais disputadas do local 
(Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A algumas barracas de distância, Willi Lehner conversava animado com os clientes enquanto vendia seus queijos. Quando perguntei se ele poderia me contar um pouco sobre sua experiência como vendedor na feira, ele respondeu: “É claro! Essa é a melhor parte!”. 

O senhor de 60 anos oculta de seus compradores a idade com disposição de menino durante todo o dia de venda, em que comanda sozinho sua barraca, uma das mais disputadas do local. “Faço yoga todas as manhãs. Hoje acordei às três e meia e fiz antes de vir”, contou. 

Há 30 anos na Farmers Market, Willi é um dos produtores de queijo mais respeitados de Wisconsin, que é conhecido mundialmente pela sua imensa variedade do laticínio: com mais de 600 tipos, em 2015 o Estado produziu 1,5 bilhão de quilos do produto, que dominam cardápios de restaurantes locais e supermercados.

Wisconsin é conhecido mundialmente pela variedade de queijos, com mais de 600 tipos

Comprar queijo local, mais do que qualquer outro item, é uma obrigação e um orgulho para os naturais do Estado. O prazer em consumir o que vem de casa ficou claro quando, em meio à nossa conversa, uma compradora interrompeu a fala do homem, dando-lhe um abraço efetuoso, e disse: “Eu comprei queijo aqui com o Willi por 25 anos. Hoje moro na Califórnia e quando venho pra Wisconsin levo o produto dele pra casa. Ele é um mestre. Há bons produtores de queijo na Califórnia, mas não chegam perto dos que são feitos aqui. E o Willi é o melhor! O melhor!”

+ Veja a galeria de fotos sobre a cidade

A excelência do homem vem de herança familiar. Filho de suíços que se mudaram para Wisconsin em 1952, Willi aprendeu o ofício com o pai, que era produtor de queijo, e aprimorou suas técnicas quando, na juventude, viveu por 10 anos no país europeu. 

Hoje, ele produz seus queijos utilizando espaço e equipamentos de fábricas de terceiros e utiliza apenas leite local. “Não ter minha fábrica pessoal me permite ter flexibilidade.Eu tenho tempo para vir aqui e vender direto para os consumidores. Eu amo estar aqui. Eu sou grato por ter um mercado como esse. Eu não conseguiria fazer meus queijos e apenas os vender em lojas, sem saber quem vai comprar. Eu preciso dessa conexão, conhecer os fazendeiros que me fornecem o leite e conhecer os consumidores, que estão felizes com meu trabalho.”

Um dos vendedores da Dane County, em Madison (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A cidade

Foi no meu último final de semana em Madison, depois de viver na cidade de janeiro a junho, que fui até a Farmers’ Market decidida a conversar com alguns produtores para saber mais sobre suas experiências de troca direta com os consumidores. O mercado ao ar livre, que já foi considerado o maior dos Estados Unidos em número de produtores locais, é só uma visão ampliada da cultura de consumo da cidade, voltada aos pequenos fazendeiros.

Nas primeiras impressões que tive sobre a região que me acolhia, ficou especialmente marcada essa peculiaridade do hábito de seus habitantes. Em minha estreia no supermercado, por exemplo, Mariana Vieth, prima que me recebeu no país, avisou: “Eu escolho o supermercado pela quantidade de produtos locais e orgânicos que ele oferece. Eu amo abastecer minha casa, vamos fazer isso sempre juntas!” No fim, a atividade tornou-se uma de minhas favoritas. 

A preferência pelo local entre as pessoas ficou ainda mais clara quando, em nossas idas aos restaurantes, escolhíamos estabelecimentos que tinham o cardápio alterado de acordo com os produtos oferecidos pela região e que, por isso, eram os mais disputados. Os ingredientes eram cuidadosamente comprados pelos chefs diretamente dos fazendeiros locais e apresentados aos clientes. “É capaz deles nos dizerem o nome da galinha que iremos comer”, brincava Mariana toda vez que nos traziam os pratos.

"Fomos muito longe com a industrialização e tudo está no controle de poucas pessoas"

É principalmente na região do capitólio, onde fica a feira, que esses estabelecimentos se concentram. De restaurantes sofisticados a simples cafeterias, a mensagem do “Eat Local” (coma local), “Drink Local” (beba local) e “Locally Owned” (proprietário local) são vistas, seja em quadros nas paredes, em avisos no menus que dizem “este estabelecimento apoia produtores locais” ou em placas na frente das lojas convidando os que passam a entrar. 

A demanda é pelo que é feito em casa, então a oferta é grande. E foi pensando exatamente nela, que André Darlington, com mais dois sócios, abriu em maio deste ano o “The Field Table” (A Mesa do Campo) em frente ao prédio do Estado.


André Darlington, sócio do The Field Table (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

Do campo para a mesa


André me recebeu no restaurante em uma manhã de sexta-feira. No fundo do estabelecimento, a mesa vinda direto da fazenda de uma das sócias e que passou por três gerações estava cheia de papeis. “É aqui que trabalho. Ruim, não?” me disse com um sorriso. O dia mal havia começado e os produtos locais que ficam na pequena venda no estabelecimento já estavam quase no fim.“Essa foi uma das razões de abrir um restaurante com ingredientes locais junto a um pequeno mercado desses produtos. Tirando a Farmer’s Market, não temos como comprá-los no centro da cidade, só temos restaurantes que os oferecem em seus pratos. Então, além de virem aqui para comer, as pessoas vêm aqui para comprar”, contou.

Jornalista que atuou por 15 anos na área da indústria alimentícia avaliando restaurantes e escrevendo livros sobre gastronomia, André aprofundou-se na temática local e soube que não haveria erros ao abrir seu primeiro restaurante com essa filosofia. “Antes, inaugurar restaurantes com a lógica da fazenda para mesa era o começo de um movimento, uma tendência. Hoje é algo esperado.” 

Para o jornalista, há um apelo da população por esses alimentos porque os consumidores querem trabalhar com produtos e fornecedores que confiam e estão preocupadas com questões ambientais. “Além disso, após a crise em 2008 eu acredito que cresceu a ideia de que se apoiarmos nossos fazendeiros locais, apoiaremos nossa economia local. Fomos muito longe com a industrialização e tudo está no controle de poucas pessoas. É basicamente comida de fábrica e nós queremos retomar isso para perto de nós, e retomar de forma mais sustentável.”

A equipe do The Field Table (Foto: Susana Berbert/Editora Globo)

A noção de comunidade vai para dentro da cozinha. Quando perguntei para a chef do restaurante, Trísh Davis, se eu poderia tirar um retrato seu, ela respondeu “Sim, mas eu prefiro que seja uma foto de toda a equipe. Eu não faço nada sozinha.” Segundo ela, estar em contato com os fazendeiros e seus funcionários é o mais importante para a finalização bem-sucedida de um prato. “Não é só cozinhar. 

Eu me relaciono com os 38 fazendeiros locais dos quais compramos, digo o que espero da comida que será colhida, como quero fazer o menu. Para mim é muito prazeroso ver o ingrediente saindo da terra e se transformando em um prato e eu passo isso para as pessoas que trabalham comigo.”

Mesmo com todo o cuidado na escolha dos alimentos e no acompanhamento do processo, o preço do restaurante é bem acessível. Isso porque, para André, trabalhar com local é mais do que um negócio, é o estilo de vida de quem sonha com mudança. “Queremos chegar até as pessoas. Eu acredito que posso mudar algo, que posso mudar a maneira como elas comem. Ser orgânico, sustentável e local não é caro. Temos que ser acessíveis”, disse. 

No "compre local", grandes redes de alimentos saem perdendo em Madison

Nessa filosofia de suporte ao que vem de casa, grandes redes de alimentos saem perdendo em Madison. McDodanlds e Starbucks dão lugar ao fast food de hambúrgueres, o Culver´s, e à cafeteria Colectivo, ambos do Estado. 

O Culver’s foi criado em 1984 por uma família de fazendeiros de Wisconsin e tem seus bifes todos produzidos por produtores do Meio-Oeste e queijos oriundos apenas do Estado. Já o Colectivo, inaugurado em 1993 na cidade de Milwakee, além de grãos de Wisconsin, utiliza lotes do mundo inteiro e mensalmente produz um jornal contando um pouco sobre as fazendas que fornecem os produtos. A brasileira “Fazenda São Domingos”, de Araponga (MG) está entre elas.

+ Veja a galeria de fotos sobre os costumes da cidade

Até loja voltada aos animais de estimação com produtos sustentáveis faz sucesso em Madison. A Bad Dog Frida oferece alimentos orgânicos e locais para cachorros e gatos e tem até um espaço a granel para os donos escolherem os melhores aperitivos para seus bichos. “Tudo que conseguimos encontrar de local, oferecemos. 

Temos que nos ajudar”, disse a funcionária Kaitlyn, quando fui até a loja com minha prima para comprarmos comida para o Drake, cachorro de Mariana que me acompanhou nesses meses fora.

Nas paredes, há placas que convidam o comprador a conhecer mais sobre o fazendeiro (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

O coletivo em primeiro lugar

O espírito coletivo da cidade, além da feira, tem sua expressão máxima na Willy Street Co-op, supermercado aberto há 40 anos por moradores do bairro onde é localizado e gerenciado pelos próprios clientes. 

Quem compra no local pode adquirir um “ownership”, título de dono, por 58 dólares anuais, o que confere descontos e poder de voto no estabelecimento. “Hoje temos mais de 30 mil donos em nossas duas lojas, uma aqui em Madison e outra em Middleton. Essas pessoas votam em nove representantes que tomam decisões administrativas da cooperativa”, explicou Kirsten Moore, diretora de serviços da Co-op.

"Quando eu compro local, orgânico, eu não cuido apenas de mim, mas da Terra"

Tudo que é vendido no supermercado vai de acordo com pedidos dos compradores e na entrada há um aviso dizendo quanto dos produtos disponíveis no dia são locais e quantos são orgânicos. “Nós apoiamos nossos fazendeiros e produtores sustentáveis. A demanda por isso é muito grande. 

As pessoas estão preocupadas se os trabalhadores que fazem seus produtos vivem em condições dignas e se esses produtos respeitam o meio ambiente. Elas também querem apoiar a economia local”, disse Kirsten. Ela mesma só consome esse tipo de alimento. “Na verdade eu dou preferência ao local. Se tem uma alface certificada como orgânica, mas da Califórnia, eu vou comprar de nossos fazendeiros”, contou, antes de declarar seu amor pelo trabalho. “Nós somos muito abençoados de termos um local como esse.”

“Eu amo estar aqui porque estou em um lugar que vai me oferecer os melhores produtos" (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

São mesmo. Ao entrar na loja fica evidente que você está comprando em um lugar preocupado com o outro. Pelas paredes do estabelecimento há fotos dos fazendeiros seguidas de pequenos texto sobre eles, convidando os compradores a conhecê-los. 

Todos são gentis, todos estão dispostos a ajudar, e foi com esse espírito que Yaani Drucker, compradora, conversou comigo em meio às prateleiras. “Eu amo estar aqui porque estou em um lugar que vai me oferecer os melhores produtos, vindo de pessoas que se preocupam em os fazer com qualidade e cuidar da natureza. São coisas que farão bem ao meu corpo, ao meio ambiente e à economia do meu Estado. 

Aqui estão pessoas que não querem beneficiar apenas a própria vida. Quando eu compro local, orgânico, eu não cuido apenas de mim, mas da Terra. Eu transformo muitas coisas além da minha vida”, me contou.

+ Veja a galeria de fotos sobre os hábitos de Madison

Assim como a Farmers' Market e a Willy Street Co-op é uma visão ampliada da cultura local da cidade, Yaani é um exemplo individual de seus moradores. 

Em um mundo em que o "eu" está na frente do "nós", aprendi com os habitantes de Madison que o consumo é bom quando feito pensando no coletivo. 

Comprar é um ato político, e a cidade todos os dias me lembrou da importância de olhar para o ambiente, para os pequenos, para o futuro.

Como é a alimentação dos estudantes da USP?

Fonte: Jornal do Campus USP
07?11/16


De acordo com pesquisa realizada pelo JC, um terço dos alunos gostaria de se alimentar melhor



“A correria da vida acadêmica não deixa a gente tomar muito cuidado com a nossa alimentação”, diz Thiago Ferreira Vieira, estudante do Instituto de Relações Internacionais. Essa tem sido a restrição de muitos alunos da Universidade sobre sua alimentação. 

A pesquisa realizada pelo Jornal do Campus com alunos da USP revelou que cerca de 40% dos entrevistados não regulam a própria alimentação e 32% gostariam de se alimentar de maneira mais saudável. A reportagem investigou os perfis de alimentação que há na Universidade e as motivações dos alunos para seu planejamento alimentar.

O Bandejão é uma opção predominante para os alunos da USP durante o almoço: quase metade dos participantes da pesquisa dizem almoçar predominantemente no local. Já durante o jantar, o número é expressivamente menor, com cerca de 22% dos alunos. Para os entrevistados, essa escolha é consequência do número de atividades acadêmicas e extracurriculares do dia. “Esse negócio de você ter pouco tempo, e também das atividades extras que a gente faz – seja com o CA ou com atividades de extensão, muitas vezes na janta, ou no almoço. Então, fica muito mais difícil, e aí tem vezes que não dá pra ir pro Bandejão, pega só um lanche, um salgado e come na aula ou na reunião”, afirma Maria Caroline Santos, aluna do Instituto de Biociências.

Como são os hábitos alimentares dos alunos? | Infográfico: Vitor Andrade

De acordo com os dados coletados, a grande parte dos alunos que pratica refeições nos Bandejões o faz pelo fator econômico, mas não se sentem satisfeitos nutricionalmente com a variedade do cardápio. Estruturalmente, muitos reclamam das longas filas e da distância dos restaurantes para institutos mais afastados. “Muitas vezes você tá na correria e não tem tempo de bandejar, porque tem fila, porque falta funcionário. Só quatro bandejões é pouco pro tanto de gente que tem aqui. Antes, quando a gente entrou aqui em 2014, tinha sempre um funcionário pra cada setor, agora acontece de ter um só e a pessoa mesma se serve. E isso demora, é mais tempo, mais fila” relata Maria.

Para Clarissa Fujiwara, nutricionista graduada pela Faculdade de Saúde Pública e pesquisadora da USP, os dados da pesquisa reforçam a importância de haver um restaurante universitário. “O bandejão garante uma refeição com custo acessível, nutricionalmente variada, propicia grupos alimentares diferentes. Então o almoço, sendo o pilar das refeições desse jovem, já que grande parte não faz o café da manhã, é de extrema importância para que ele tenha um bom desempenho nas suas atividades ao longo do dia”, explica.

Quando questionada sobre a falta do café da manhã na dieta do uspiano, Clarissa diz ser consequência de diversos fatores. “Um deles, que acaba se misturando a todos os outros, é a falta de tempo. Lembrando que o universitário sai do período da adolescência, alguns saem da casa dos pais, e começam a adquirir mais independência e aí a responsabilidade da alimentação, dentre outros compromissos, acaba sendo só dele. Por isso talvez tenha essa reclamação de que a qualidade alimentar não seja a melhor.”, diz, citando também a porcentagem de alunos que mostram insatisfação com a atual alimentação.

Infográfico: Aline Naomi

Jefferson Viana, aluno de Educação Física na EEFE-USP, mora no Crusp, almoça e janta no Bandejão regularmente. “Faltam mais opções pra quem não tem uma renda grande, mas isso é reflexo de quem ingressa na USP de fato. Pra quem precisa se alimentar no fim de semana, mora no CRUSP ou ou em repúblicas, a região é péssima por causa dos preços altos e a quantidade de locais para se alimentar. Melhor opção nesse caso é fazer sua própria comida.”

Essa é uma recomendação da própria Clarissa. De acordo com a nutricionista, “considerando que o universitário está adquirindo mais responsabilidade com a alimentação, uma opção é se programar para cozinhar num fim de semana ou num dia que ele tenha mais disponibilidade, e congelar essas porções.” 

Para ela, há um impacto muito grande na vida do universitário quando ele sai dos cuidados de alimentação da família e tem a autonomia de decidir o que comer, tornando essa rotina mais desorganizada. Cozinhar os próprios alimentos auxilia neste ponto, além de dar maior controle às pessoas com algum tipo de restrição alimentar, seja ela movida por questões de saúde ou ideológicas.

Bruno Backes, aluno do Instituto de Física, diz que a escolha de ser vegano torna mais difícil comer na USP. “Existem [opções]. Na Física, só tem comida vegana cara em uma das lanchonetes, e na outra não. Seis reais por um salgado pequeno, só porque é vegano”. 

Além disso, o estudante revela que as opções para veganos no Bandejão são limitadas. “Gosto das misturas quando não têm leite e margarina, e podia ser substituída por óleo. Macarrão, algumas vezes é só de sêmola de trigo, alguns tem ovo, tenho sempre que perguntar.”, afirma. “Mas o pior mesmo é o composto PVT (Proteína Vegetal Texturizada), que raríssimas vezes está bom mesmo. É sempre PVT, todo dia.”

Por conta dessas questões, muitos dos alunos optam por jantar em casa. Dentre os entrevistados, a maior parte afirma não fazer refeições estruturadas no período noturno, consumindo lanches mais leves e pratos menores. Clarisse vê que há uma tendência, não só dos universitários, de optar por uma refeição mais prática de montagem, como um sanduíche, pela falta de disponibilidade de cozinhar. “Se nós fôssemos desmembrar esse sanduíche, poderíamos ter um carboidrato bom, complexo, pão de forma integral, por exemplo. A gente poderia incluir também, ao invés de ser só um pão com manteiga ou um pão com queijo, poderia ser um patê de atum, de frango. Há a opção de um hambúrguer caseiro assado, dá pra pensar em algumas alternativas, incluindo nesse pão também alguns vegetais”.

Para a nutricionista, esse cenário pode ser alterado com pequenas mudanças possíveis no cotidiano, seja com atividades físicas leves (como descer um ponto antes do ônibus, caminhadas curtas e a limpeza da casa) ou com a própria conscientização, o que ela encara com positividade nos dados, considerando o número expressivo que gostaria de mudar seus hábitos alimentares ou que já os regula de algum modo. Entretanto, a nutricionista não deixa de pontuar que esse perfil de alimentação não é pessoal. “Eu entendo que essa questão em torno da má qualidade da alimentação não é algo que é só individual, a gente não quer culpabilizar, não é a pessoa que está decidindo não comer aquilo. A gente tem n fatores e eles estão colocados aqui [na pesquisa] também: o custo, a disponibilidade e o acesso”.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Mais de 70 marcas de comidas e bebidas se reúnem em feira

Fonte: Paladar Estadão
02 novembro 2016 - por Redação Paladar

Com foco em pequenos produtores, segunda edição do Sabor Nacional ocupa o jardim do Museu da Casa Brasileira nesta sexta (4) e neste sábado (5); a entrada é gratuita.

O jardim do Museu da Casa Brasileira está se tornando um ponto de encontro frequente para quem gosta de comer e beber. Nesta semana, o local receberá a segunda edição da Feira Sabor Nacional, nos dias 4 e 5, com foco em pequenos produtores e artesãos que vão levar seus queijos, chocolates, catchups, geleias, granolas, pães, chás e outros produtos.

Em setembro, o lugar recebeu a terceira edição do Mercado Manual, evento que também reúne marcas artesanais de comidas e bebidas, além de trabalhos em moda e decoração. Intercalando Mercado Manual e Sabor Nacional, cuja primeira edição foi em julho, o museu tem movimentado o jardim com os estandes e food trucks, para quem quiser comer e beber ali mesmo, além de levar embalagens para casa.



Vista do jardim do Museu da Casa Brasileira Foto: Victor Neco|Divulgação

Entre os 78 estandes e food trucks confirmados até agora estão marcas como:

- Borriello (azeites feitos em Andradas-MG)

- Capitu (cervejas)

- Capril do Bosque (queijos feitos em Joanópolis-SP)

- Cia dos Fermentados (kombuchas e conservas)

- Empório Poitara (farinhas, tucupi e temperos do Norte)

- Il Casalingo (utensílios para mesa e cozinha)

- La Mitad (geleias)

- Maní Sorvetes (sabores como chocolate, gengibre, manga e goiaba)

- Mocotó (receitas nordestinas)

- Santa Adelaide (legumes e hortaliças orgânicos)

- Strumpf (catchups)




Carrinho de sorvetes do Maní Foto: Roberto Seba|Divulgação

Entre os produtos, destaque para marcas de chocolates como Amma, Amado e Isidoro (todas da Bahia) e Java (feita em Belo Horizonte com cacau do Pará). Amado e Java, especificamente, estarão representadas no estande da Chocolatar, enquanto as outras terão estande próprio.

A feira, com entrada gratuita das 10h às 20h, ainda terá palestras, como a de horta caseira em pequenos espaços (com a Sabor da Fazenda, sexta às 17h30) e a de como tratar o queijo em casa (com A Queijaria, sábado às 12h).
SERVIÇO
2ª edição da Feira Sabor Nacional
Museu da Casa Brasileira
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.705, Jd. Paulistano
Dias 4 e 5/11, das 10h às 20h, entrada gratuita

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