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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG
Por Sandra M. Pinto 14:51, 6 Maio 2022

Conheça-os aqui e ponha-os de lado

Peito de peru processado: Tem uma grande quantidade de sódio, conservantes e aditivos.

Barra de cereais: 
A maioria delas contém como principal ingrediente o açúcar.


Gelatina: O açúcar é seu principal ingrediente, além do alimento possuir edulcorante artificial, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio e sacarina sódica, que tem forte poder de adoçar.

Bolachas de água e sal: Estas bolachas são carboidrato refinado puro, ou seja, têm farinha de trigo, soro de leite, sal, fermento (bicarbonato) e gordura vegetal.

Iogurte com sabor: Composto por açúcar, frutas artificiais, aditivos, amido modificado (para ter uma textura mais agradável e consistente), deve estar fora da alimentação diária.

Sumo embalado: Tem baixa concentração de fruta, além de serem adicionados à sua composição muita água e açúcar.

Refrigerantes zero açúcar: O problema da bebida zero açúcar é a variedade e a quantidade de adoçantes presentes. Elas possuem muito mais sódio do que as normais.



Sopa instantânea: 
O seu consumo recorrente pode ser muito prejudicial, pois é um produto que possui uma alta carga de sódio e aditivos como espessantes, realçadores de sabor, aromatizantes e corantes.


Molhos para salada industrializados: possuem conservantes, além de sal e açúcar.


Saiba por que os alimentos orgânicos custam mais, embora sejam mais saudáveis para a saúde

Fonte: Capital News
Por Laura Fassina
Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Os alimentos orgânicos necessitam de uma série de cuidados, tanto no plantio quanto no manuseio dos alimentos diferentes da agricultura em larga escala

iStock


Comer alimentos orgânicos não é novidade; afinal, o ser humano já fazia isso desde os tempos pré-históricos. O que mudou foi que após o boom da produção em larga escala de alimentos in natura, exportados para o mundo todo, a monocultura e a utilização de agrotóxicos passou a ser normalizada na agropecuária, como meio de tornar as etapas de produção mais eficientes, desde a semeadura até a colheita.

Com o passar dos anos, o excesso de agrotóxicos e a monocultura passaram a apresentar algumas consequências para o meio ambiente e para a saúde do ser humano. Com isso, vários países do mundo, incluindo o Brasil, passaram a incentivar a produção de alimentos orgânicos, como uma forma de agricultura extrativista sustentável, que não poluísse o solo, a água e o ar. É um ramo econômico em crescimento, principalmente durante a pandemia, quando as pessoas passaram a se preocupar mais com a saúde. No Brasil, em 2021, o aumento do consumo de orgânicos foi de 63%, se comparado ao ano de 2019.

Mas se engana quem pensa que plantar orgânicos é só semear e deixar a natureza se virar “naturalmente”. Ao contrário, os alimentos orgânicos necessitam de uma série de cuidados, tanto no plantio quanto no manuseio dos alimentos, e para serem vendidos como orgânicos, precisam se adequar a uma série de exigências, que estão previstas na Lei 10.831/2003.

Dentre as principais exigências estabelecidas na lei dos orgânicos, estão: o compromisso socioambiental, o não cultivo de transgênicos, a não utilização de produtos químicos, como os agrotóxicos, e respeitar os direitos dos trabalhadores. Para que as empresas cumpram as regras, elas são fiscalizadas por empresas certificadoras privadas, autorizadas pelo Ministério da Agricultura, que emitem o selo de “Produto Orgânico Brasil”.

De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), atualmente, o país possui cerca de 25 mil produtores cadastrados no MAPA, e em sua maioria, são agricultores familiares.

Por que os orgânicos custam mais?
Para conseguir se enquadrar como um produtor de orgânico, o agricultor tem que seguir diversas normas que fazem com que a produção seja mais lenta e o processo, bem mais custoso. Por não utilizar agrotóxicos, os alimentos demoram mais para crescer e chegar ao ponto de colheita; não pode plantar muitos hectares de uma única espécie, pois isso prejudica o solo, que precisa de um tempo de descanso maior do que na monocultura.

Ainda, como os remédios utilizados contra as pragas têm que ser naturais, é mais recomendado manter uma produção pequena, que consiga ser controlada mais de perto. Além disso, todas as pessoas que trabalham com orgânicos precisam estar registradas formalmente, o que também pode sair mais caro para o empresário.

Tem ainda o fator do próprio supermercado que supervaloriza os preços dos orgânicos, como uma estratégia de venda para um público seleto, que investe em alimentos mais saudáveis, suplementos alimentares e outros produtos para se manter em forma. Outro ponto é que, por serem mais integradas a esse meio, essas pessoas entendem melhor o uso da suplementação em seu dia a dia, pois superou questões como “creatina engorda?” ou “devo tomar whey todos os dias?”.

Todavia, não é preciso pagar tão caro para se alimentar bem e saudável. Existem diversas formas de adquirir os produtos orgânicos, atualmente, fora dos supermercados, como em feiras de bairros, feiras online e assinatura de cestas compradas direto dos produtores.

Nutricionista do HSJosé fala sobre a importância da alimentação saudável

Cuidado na alimentação é essencial para garantir a saúde, 
qualidade de vida e bem-estar
Fonte: ENGEPLUS


Por Redação Engeplus Em 27/06/2022 às 10:25

Já parou para pensar o quanto uma alimentação saudável contribuiu para a saúde e a qualidade de vida? Ela é fundamental para evitar o aparecimento de doenças, como o diabetes, hipertensão, problemas do coração e AVC. Além disso, uma alimentação saudável garante uma ingestão adequada de nutrientes que ajudam a manter todos os sistemas do corpo funcionando bem, melhorando a imunidade, favorecendo uma boa memória, auxiliando a manter unhas e cabelos fortes, uma pele saudável e um intestino funcionando no ritmo certo.

Mas de que forma é possível fazer uma mudança na alimentação e promover a saúde, já que a troca de hábitos é tão difícil? “O recomendado é começar aos poucos, sempre pensando que o objetivo é a constância e não a perfeição. Observe na sua alimentação qual a sua maior deficiência em relação a uma alimentação saudável. Talvez seja um baixo consumo de frutas e verduras ou um excesso de lanches e industrializados ou a baixa ingestão de água”, explica a nutricionista do Hospital São José de Criciúma, Vanessa Gonçalves.

De acordo com a especialista, o ideal é escolher de duas a três metas para iniciar este processo. “Por exemplo: comer três frutas por dia. E, após isso, pense em como você poderá colocar em prática isso. 
No exemplo, poderia ser se organizando para fazer compras semanais de frutas e levar ao trabalho para não esquecer. E, por fim, o mais importante, monitore! Muitas vezes, temos dificuldade para mudar, pois não insistimos pelo tempo necessário para que a mudança se torne um hábito. Por isso, é muito importante acompanhar diariamente e semanalmente como você está indo com as suas metas e o que ainda precisa melhorar mais”, enaltece.

Café da manhã ainda é a refeição mais importante do dia?

Segundo a nutricionista do hospital, sim, mas em partes. “O café da manhã é sim umas das refeições mais importantes do dia, isso porque alguns estudos vêm associando o ato de consumir o café da manhã com redução de riscos cardiovasculares, melhora do controle glicêmico, melhora da cognição e até mesmo redução de peso ou gordura corporal, mas tudo ainda muito inconclusivo”, aponta. Com a ingestão do café da manhã, podemos garantir uma maior oferta de nutrientes e melhorar a saciedade, evitando “uma fome de leão” na próxima refeição. Porém, considero que as demais refeições principais (almoço e jantar) também possuem o seu valor e pular qualquer uma delas frequentemente poderá trazer prejuízos em relação ao consumo diário de nutrientes e causar um desbalanço no seu consumo e gasto energético”, complementa a profissional.

Além disso, mais importante do que consumir ou não o café da manhã, é a composição deste.

“Quais os alimentos que fazem parte do seu café da manhã? Um café da manhã ideal terá sempre a presença de uma boa quantidade de proteína (ovos, leites, queijos, iogurte, patê de atum ou frango), além de frutas e alimentos integrais (aveia, pão integral, linhaça, chia), o que nem sempre é visto no café da manhã padrão do brasileiro (o bom pãozinho com manteiga e café com leite)”, enaltece.

Importância da alimentação saudável na infância

O processo de garantir uma alimentação saudável deve iniciar ainda na infância, especialmente na fase da introdução alimentar. “Uma alimentação saudável nessa fase da vida é essencial para garantir a quantidade necessária de nutrientes para permitir o crescimento e desenvolvimento da criança. Além disso, os primeiros anos de vida são os mais importantes para a formação de hábitos alimentares e a construção do paladar. Se uma criança é incentivada desde pequena a consumir frutas, verduras e legumes, por exemplo, será muito mais fácil manter este hábito na vida adulta”, explica a nutricionista.

Segundo ela, da mesma forma, se a criança não for exposta regularmente a produtos industrializados e com excesso de gorduras, açúcares e sal (macarrão instantâneo, achocolatados, salgadinhos, etc) também não levará estes hábitos para o futuro. “Assim, esta criança terá menos chance de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e AVC na fase adulta. Ter uma alimentação saudável na infância é uma maneira de regar a saúde da criança, para que ela possa crescer e se tornar um adulto mais saudável e sem doenças”, esclarece.

Atuação importante na prevenção de doenças

De acordo com a nutricionista do HSJosé, uma alimentação saudável garante a oferta de nutrientes adequados para garantir o funcionamento correto do organismo e também está entre os principais fatores para prevenir as doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão, doenças do coração e câncer.

“Isto é possível por meio da inclusão de alimentos que atuam como protetores, por apresentarem nutrientes importantes para o nosso corpo (frutas, verduras e legumes, por exemplo) e redução do consumo de alimentos que podem aumentar o risco de desenvolver estas doenças, quando consumidos em excesso (como doces, embutidos, gorduras e sal)”, finaliza.

Colaboração: Jessica Pereira / Assessoria de Imprensa Hospital São José

Orgânicos não é um “agronegocinho”

Fonte: Negócio Rural
Publicado em 25/06/22

O consumo de produtos orgânicos tem crescido nos últimos anos, principalmente durante a pandemia da Covid-19. Da mesma forma, tem aumentado a variedade de itens. Para falar mais sobre esse setor que tem atraído cada vez mais consumidores, o diretor executivo da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), Cobi Cruz, concedeu uma entrevista à Revista Negócio Rural.

De acordo com o representante da Organis, em 2020 o setor teve um salto de 30%, e a expectativa é de que a demanda se mantenha firme. “Esse setor movimenta cerca de 120 bilhões de dólares em todo o mundo, e o Brasil representa apenas 1% desse movimento financeiro. Não se trata de um ‘agronegocinho’, como dizem”, destaca.

Revista Negócio Rural – Como surgiu a Organis e quais são os objetivos da entidade?

Cobi Cruz – Temos um histórico de promover os orgânicos fora do Brasil desde 2005, em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Federação das Indústrias do Paraná, já que a nossa sede é em Curitiba. Foram 12 anos levando brasileiros para fora do Brasil, montando estandes em feiras e vendendo o conceito de um Brasil orgânico.

Até que nos demos conta de que, para o Brasil crescer lá fora, precisa crescer aqui dentro. E aproveitando essa expertise, começamos a desenvolver ações no Brasil. Então, há seis anos nasceu a Organis, que é uma entidade de marketing dos produtos orgânicos brasileiros.


“Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total”

Nosso trabalho é criar, viabilizar e executar ações em diferentes frentes, com o objetivo de fortalecer toda a cadeia produtiva dos orgânicos (produtores, prestadores de serviço, processadores, indústria e varejistas). Reunimos mais de 70 empresas, que oferecem mais de mil produtos criados em respeito aos princípios, valores e melhores práticas orgânicas.

Durante a pandemia da Covid-19, cresceu a procura pelos produtos orgânicos?

Em 2020, o mercado de orgânicos cresceu cerca de 30%, com uma movimentação financeira de cerca de R$ 5,8 bilhões. Ainda estamos contabilizando os dados de 2021, mas o crescimento foi menor. Infelizmente esse crescimento veio muito por uma questão do medo em relação à doença, além da busca por alimentos mais saudáveis.

Com certeza o Brasil ainda tem muito a crescer. Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total. Não se trata de um “agronegocinho” como muitos ironizam. Os maiores produtores são Estados Unidos, Alemanha e França. A quarta posição fica entre Inglaterra, Canadá e Itália, e em seguida vem a China.



Eu não conheço um lugar do mundo onde o orgânico não passou a crescer. E essa pressão por saúde já acontecia antes da pandemia no mundo inteiro. E isso não tem volta. O Brasil é o celeiro do mundo e tem toda uma história agroecológica desde os anos 70, e tínhamos que estar muito mais avançados.

Muita gente que não se dispunha a pagar o preço dos orgânicos, até quem sempre criticou, mesmo tendo condições de pagar, começou a entender o valor, e consequentemente ter uma predisposição de pagar pelo seu preço.


“Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica”

Nosso site oficial, que tinha de 10 a 12 mil visitas por mês, saltou para 25 mil durante a pandemia. Muita gente no interior do Brasil passou a querer saber como distribuir orgânicos para atender a uma demanda que surgia.

E o número de produtores de orgânicos tem conseguido acompanhar a demanda?

Mesmo com o crescimento de 30% no consumo em 2020, tivemos um aumento de cerca de 5% de novos registros no Ministério da Agricultura. Isso demonstra que os produtores estão prontos para atender a essa demanda, e alguns tiveram que triplicar ou até quadriplicar a sua produção.

Até hoje a oferta tem atendido bem o mercado, mesmo que de uma forma um pouco desorganizada. Temos o varejo, com uma certa dificuldade em achar produtores de orgânicos, e temos produtores com certa dificuldade de escoar seus produtos. O que acontece muito é que muitos produtores não têm um preparo para atender a formalidade e as exigências do varejo, e às vezes ele se frustra e passa raiva.

Quais os Estados que mais produzem orgânicos no Brasil e quais são os principais produtos?

Os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná são os maiores produtores de orgânicos do Brasil. Em cada um desses Estados há mais de quatro mil agricultores cadastrados no Ministério da Agricultura. Esses dois lugares representam quase 30% de todas as unidades produtivas de orgânicos do Brasil.

Cerca de 70% da produção orgânica é de pequenos produtores, e depois vem os médios e os grandes. E apesar de o Brasil representar apenas 1º do mercado de orgânicos no mundo, um dado interessante é que o país é o maior produtor mundial de acerola orgânica, devido a um trabalho feito no Nordeste. E esse trabalho é feito em comunidades de várias cidades.

Outro importante destaque é a produção de açúcar. A maior fazenda de cana-de-açúcar orgânica está no Brasil. E por ser produzida por grandes indústrias, a diferença do preço do açúcar convencional não é tão grande, e esse é um dos produtos orgânicos mais consumidos no país.

Também temos o café, a erva-mate, as castanhas, a noz-pecã, o açaí, entre outros. Sem dúvida as verduras, legumes e frutas são os mais consumidos, com destaque para as verduras, até mesmo pelo tempo mais curto de produção. Também é produzida matéria-prima para cosméticos, e a Amazônia é o destaque.

Por serem mais caros se comparado com os produtos tradicionais, a crise econômica que o país atravessa pode prejudicar a comercialização dos orgânicos?

Em uma pesquisa recente que realizamos com consumidores de orgânicos, 79% dos entrevistados consideram o preço dos orgânicos mais caros ou muito mais caros, comparado com os convencionais. Entretanto, desse público, 71% disseram que é um preço justificável, porque eles entendem que o processo produtivo é diferente, demanda mais mão-de-obra e que há um trabalho de conservação do meio ambiente e de benefícios para a saúde.

Eu classifico o consumidor em quatro perfis: um é o consumidor engajado, que é aquele que entende, conhece o orgânico e levanta essa bandeira. Entretanto, nesse perfil existe o protegido e o restrito. O restrito está com mais dificuldade financeira, seja porque está desempregado ou devido ao aumento dos custos. Os protegidos são aqueles em que o poder de compra não foi muito afetado.

Há ainda aquele perfil “o melhor para a minha saúde”, que é a porta de entrada, que é quem entra para o orgânico pensando no benefício individual, mas depois vai entendendo o benefício coletivo, ambiental e social. Outro perfil é de quem consome parte de orgânico e parte convencional. E tem o outro público que é o “nem aí”. E podemos trazer esse público ao orgânico? Podemos!


“Se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime”

A Organis ouviu produtores rurais, indústria, distribuidores, feirantes, varejistas de todas as regiões do país e a análise dos dados demonstra que os orgânicos conseguiram se adaptar aos impactos sociais e econômicos provocados pela pandemia.

O levantamento confirma a adaptação dos orgânicos ao cenário atual e a persistência do consumidor na escolha dos produtos saudáveis, provando que o crescimento de 30% em 2020 não foi apenas um movimento fora da curva, mas a demonstração de uma tendência.

Os dados mostram que os orgânicos ainda têm muito espaço para se movimentar. A demanda continua alta, o que abre oportunidades de negócios. A gente vê que o mercado ganha corpo ano a ano, com aumento de produção e entrada de novos players neste movimento orgânico.

Podemos dizer que está cada vez mais fácil produzir orgânicos, devido às novas tecnologias e mais conhecimentos do setor?

Sem dúvida as tecnologias e o conhecimento avançaram muito. A variedade de produtos também cresceu. Hoje é possível produzir alimentos mais bonitos e ter uma produtividade bem melhor que anos atrás. Atualmente vemos um preconceito ao contrario de antigamente. Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica.

Mudar a produção convencional para o orgânico requer dedicação, e uma mudança de conceitos. É preciso entender que durante o processo de transição, a renda vai cair, porque há uma mudança na produtividade e não é possível vender como orgânico durante esse período, que pode levar um ano ou até mais, dependendo do tipo de produção.

Se quisermos contar com um Brasil cada vez mais orgânico, temos que contar com os convencionais de hoje, que vão fazer a sua transição para os orgânicos. Temos que trabalhar melhor o tema com o produtor. Temos que mostrar um caminho de segurança e dar apoio técnico para essa mudança de cultura e da forma de trabalhar.

Onde vemos que o crescimento flui de uma maneira mais orgânica, é onde tem estrutura de conhecimentos mais desenvolvida, ou seja, uma boa extensão rural. Não é apenas levar assistência técnica, mas é entender e trocar conhecimento.

O consumidor pode confiar que o produto orgânico é de fato orgânico? Como ter essa segurança?

Há órgãos fiscalizadores em todos os Estados brasileiros, mas um dos pontos centrais do orgânico é que ele é uma lei, a Lei dos Orgânicos, que é a 10.831. E por isso existem normativas. Portanto, se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime. O consumidor também deve fazer a sua parte, e existem mecanismos para saber se o que ele está comprando é de fato orgânico.

No supermercado é mais fácil, porque normalmente tudo é embalado e é só verificar o selo de certificação. E se o produto não for embalado, deve haver uma informação que permite identificar o produtor. E o consumidor tem o direito de pedir a nota de compra do estabelecimento, inclusive de restaurantes de alimentos orgânicos.

Hoje existem três mecanismos de garantias. São duas certificações e uma declaração. Há a certificação por auditoria, que é feita por uma empresa credenciada, e a certificação participativa, essa que pode ser feita por um grupo, em que todos se responsabilizam mutualmente. Nas embalagens dos produtos há a informação se a certificação é por auditoria ou participativa.

A terceira maneira é por declaração. Nesse caso, o produtor precisa fazer parte de um mecanismo de controle social, que normalmente é ligado a um centro de organizações estaduais. Ele declara que está seguindo as regras, mas essa declaração serve apenas para a venda direta do produtor ao consumidor final ou para compras governamentais. Eu digo que esse é uma passagem transitória.








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Publicado em 25/06/2022

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Cientistas alertam para os perigos e pedem o fim dos transgênicos em todo o mundo

 


Pesquisadores de todo o mundo, preocupados com os perigos que os transgênicos podem levar para a sociedade, lançaram uma carta aberta exigindo a proibição de qualquer tipo de cultivo desses alimentos por, pelo menos, cinco anos – período para que eles façam novos estudos.


No documento, que conta com 29 pontos, eles denunciam os problemas sociais, econômicos e de saúde relacionados ao consumo e ao cultivo de organismos geneticamente modificados.

A carta defende que as patentes dos organismos vivos, dos processos, das sementes, das linhas de células e genes devem ser revogadas e proibidas, e exige uma pesquisa pública sobre o futuro da agricultura e a segurança alimentar para todos.

Os pesquisadores acreditam que os produtos transgênicos não oferecem benefícios aos consumidores e ameaçam a segurança alimentar e violam os direitos humanos básicos.

Além disso, o texto também defende o incentivo a pesquisa e aponta que o cultivo dos transgênicos intensifica o monopólio corporativo, aumentando as desigualdades, ameaçando a agricultura familiar e impedindo a mudança para uma agricultura sustentável.

Dentre as consequências para a biodiversidade e para a saúde, a carta defende que há o perigo da difusão de genes e mudanças nos mesmos, tornando eminente a presença de doenças infecciosas incuráveis, a criação de novos vírus e bactérias que causam doenças e mutações danosas que podem provocar o câncer.

Para confirmar as afirmações, diversos estudos já foram feitos e revelaram a relação entre o consumo desses alimentos e o aumento nos casos de câncer e problemas reprodutivos.

Fonte: Coripa https://www.coripa.org.br/noticias.php?id=673


sábado, 27 de novembro de 2021

Idec critica liberação de venda de farinha com trigo transgênico no Brasil

Instituto vai se reunir com outras entidades representativas do consumidor para definir as ações contra decisão da CTNBio


O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) se posiciona contra a liberação da comercialização de farinha feita com trigo geneticamente modificado, aprovada pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), no último dia 11 de novembro. A autorização foi solicitada pela Tropical Melhoramento & Genética (TMG), parceira da argentina Bioceres, que produz o trigo transgênico.

Para o nutricionista e analista em regulação do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Rafael Arantes, é difícil saber a quem interessa essa autorização, já que “sociedade civil, cientistas e até mesmo indústrias que usam farinha são contrários a ela”. De acordo com Arantes, o receio é o aumento do volume de resíduos agrotóxicos em produtos derivados dessa farinha, como o glufosinato de amônia.

O trigo HB4 tem sido alvo de protestos das indústrias e consumidores argentinos e brasileiros. Algumas entidades brasileiras, como a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados)) e a Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria), alegaram ser contra a liberação da variação do trigo transgênico por não haver motivos comerciais ou de saúde para aceitá-lo no mercado.

Além dessas associações, outras organizações de direitos humanos, como a Terra de Direitos, a Campanha Contra Agrotóxicos e o Movimento Ciência Cidadã, também se posicionaram contra a aprovação dada pela CTNBio. Isso porque não houve transparência durante o processo de aprovação, que isentou a opinião da sociedade civil sobre o tema. Sem contar, também, a insuficiência da única pesquisa da Bioceres em demonstrar que o produto seja confiável.

É importante destacar que o Idec possui uma petição contra a liberação do trigo transgênico, com mais de 16 mil assinaturas de consumidores e entidades. Ela continua aberta e tem o objetivo de conseguir ainda mais assinaturas para continuar pressionando a CTNBio. Isso porque a Bioceres afirmou que buscará a aprovação de outros grandes importadores antes de começar, de fato, a comercialização do HB4.

Como próximo passo, o Instituto vai se reunir com outras entidades representativas do consumidor para definir as ações contra essa liberação da CTNBio.

sábado, 4 de setembro de 2021

Faça sua parte para prevenir a obesidade infantil e acabar com a publicidade infantil

Fonte: Criança e Consumo

No Brasil, a obesidade infantil já atingiu números de uma epidemia. E há diversos fatores que influenciam para que esse cenário seja assim.

A publicidade infantil de produtos alimentícios é um deles, já que, na sua grande maioria, o que é anunciado diretamente para crianças são refrigerantes, fast foods, salgadinhos e guloseimas.

Mas você pode ajudar a mudar essa realidade. Junte-se a nós, ao Instituto Desiderata, à Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e a outras organizações para apoiar medidas que restringem a venda de ultraprocessados nas escolas e que buscam dificultar o acesso das crianças a esses produtos nos mercados. Apoie a aprovação do PL 1662/2019 que está em pauta na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Assim, você ajuda a prevenir a obesidade infantil e a garantir infâncias mais saudáveis.


Apoie o PL 1662/2019





O projeto estabelece que escolas não poderão vender nem oferecer refrigerantes, sorvetes industrializados, salsichas, salgadinhos de pacote e outros ultraprocessados. Além disso, em estabelecimentos comerciais, esse tipo de produto terá que ficar em prateleiras fora do alcance das crianças e avisos sobre a lei precisarão ser instalados.

Como prevenir a obesidade infantil: uma responsabilidade compartilhada

Não há, de fato, apenas uma razão única para o aumento dos níveis de obesidade em crianças e adolescentes. Alimentos saudáveis não serem acessíveis para todos ou cidades pouco propícias à atividade física, fazem parte do problema. E, inegavelmente, a publicidade infantil também está entre essas causas. Afinal, grande parte dos anúncios direcionados a crianças são de produtos alimentícios ultraprocessados, de baixíssimo valor nutricional e não saudáveis. Mais do que isso, a mensagem publicitária, quando direcionada diretamente a crianças, cria desejos de consumo no público infantil à revelia da mediação de mães, pais e responsáveis. E abordamos isso no infográfico, produzido em parceria com o Instituto Desiderata e o programa Criança e Natureza, “Obesidade em Crianças e Adolescentes: uma responsabilidade compartilhada“.

Crianças têm o direito ao desenvolvimento pleno, saudável e livre de publicidade infantil. Portanto, é responsabilidade de todos – Estado, sociedade e empresas – garantir isso. Faça sua parte para prevenir a obesidade infantil, mostre seu apoio ao PL 1662/2019. Por infâncias mais saudáveis!

domingo, 8 de agosto de 2021

Interesse por alimentação saudável aproxima pequenos produtores e consumidores

Iniciativas se adaptam para atender alta na demanda; entenda o papel da agricultura familiar na promoção da segurança alimentar

A Tribuna
Por Nayara Zanetti, estagiária sob supervisão do editor Eduardo Valente

Com o cultivo livre de componentes químicos, como agrotóxicos, antibióticos e fertilizantes, os alimentos orgânicos e agroecológicos têm sido, cada vez mais, inseridos na alimentação. De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), a venda de produtos orgânicos aumentou em mais de 50% no primeiro semestre de 2020 no Brasil. Além de proporcionar alimentos mais nutritivos com um maior benefício para a saúde, seu cultivo contribui com o manejo correto das culturas, respeitando os recursos naturais.

Em Juiz de Fora, iniciativas tiveram que se adaptar na pandemia de Covid-19 para facilitar o acesso a alimentos orgânicos. As redes sociais se tornaram o principal meio de conexão entre pequenos produtores e consumidores, que compartilham informações na intenção de conscientizar a forma como nos relacionamos com a comida e fortalecer o consumo sustentável.

O hábito de destinar uma parte da manhã para ir na feira, realizar as compras da semana ou até mesmo tomar um suco natural enquanto observa o movimento ao redor, foi mais um dos comportamentos interrompidos pela pandemia. As tradicionais feiras locais, que fazem parte da história cultural e gastronômica de Juiz de Fora, foram suspensas por um período, acatando às medidas restritivas para conter a transmissão do coronavírus. Porém, o seu propósito de aproximar pequenos produtores a consumidores e conscientizar sobre o consumo de alimentos saudáveis se propagou durante esse tempo.

Esse foi o caso da associação Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico (MOGICO), uma iniciativa de comercialização conjunta oficializada em novembro de 2013. Com o objetivo de incentivar a produção e o consumo de produtos orgânicos, além de promover ações orientadas para a sustentabilidade, surgiu a feira orgânica Mogico, que, atualmente, acontece todos os sábados, de 8h ao meio-dia, na Praça Bom Pastor.

Antes da pandemia, a feira também era realizada no estacionamento do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, mas, em março de 2020, foi suspensa. Dessa maneira, o coletivo criou a Cesta Coletiva Mogico, como alternativa para apoiar os produtores associados e os clientes neste período de distanciamento. Os pedidos das cestas são feitos pelo site do projeto. O cliente monta sua própria cesta de acordo com os produtos disponíveis no intervalo de 17h de sábado até as 20h de domingo e a entrega acontece na terça-feira entre 9h e 16h em toda Juiz de Fora. Até o momento, já foram entregues mais de 5.300 cestas coletivas.

O presidente da associação, Waltencir Carlos da Silva, conta que o contato com o cliente mudou bastante. “A feira era um espaço de bate-papo, aprendizado, troca de informações, de abraços, e, com os protocolos acerca da pandemia para evitar aglomerações, o tempo de permanência dos clientes automaticamente foi se reduzindo. Sendo assim, o contato com o produto tornou-se limitado.”

Mesmo diante desses impactos, muitos clientes se mantiveram fiel à Mogico. “Nós notamos uma mudança de hábitos dos consumidores e, entre as ondas Roxa, Laranja e Amarela, alguns clientes se adaptaram ao delivery, outros no processo de compra na feira e teve os que utilizaram as duas operações conforme disponibilidade”, comenta Waltencir.

Além disso, o coordenador informa que a associação conseguiu alcançar clientes que anteriormente não participavam de nenhum processo de compra, buscando os produtos benéficos à saúde e ao meio ambiente, o que aumentou a demanda do coletivo.

Frutas, verduras, legumes, queijos, broa, plantas alimentícias não convencionais (PANCS), entre outros produtos orgânicos são comercializados no Mogico, que é composto por 12 unidades produtivas distribuídas em Juiz de Fora e municípios ao entorno. “Acreditamos que a valorização local é um grande incentivo ao pequeno produtor.”



Tradicional Feira do Mogico movimenta Praça do Bairro Bom Pastor, aproximando produtores de alimentos orgânicos com consumidores em busca de frutas e verduras mais saudáveis (Foto: Leonardo Costa)


(Foto: Leonardo Costa)
Cada vez mais conectados

As redes sociais conectaram os produtores rurais aos interessados em consumir uma alimentação mais saudável. O aumento da procura de produtos orgânicos e agroecológicos foi percebido pelo projeto Cestas Agroecológicos JF, uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

domingo, 21 de fevereiro de 2021

México avança com plano de proibir milho transgênico e glifosato, diz autoridade

Por Reuters - 19/02/2021 - 17:35



As importações representam mais de um terço da demanda do país e abastecem principalmente a indústria pecuária mexicana (Imagem: Pixabay)

O México está avançando com seus planos para deixar de importar milho geneticamente modificado e proibir o uso de um herbicida, disse à Reuters uma autoridade de alto escalão do país, sinalizando o fortalecimento de uma política que agradou defensores do meio ambiente, mas acendeu um alerta entre líderes da indústria.

O plano, decretado no final de 2020, visa substituir até 2024 cerca de 16 milhões de toneladas de milho amarelo importado principalmente de agricultores dos Estados Unidos, sendo quase todo o volume de produtos geneticamente modificados por produção local nova.

As importações representam mais de um terço da demanda do país e abastecem principalmente a indústria pecuária mexicana.

Víctor Suárez, subsecretário de Agricultura e arquiteto do programa, argumentou que o milho transgênico e o herbicida glifosato são muito perigosos, e que a produção local e as práticas “agroecológicas” sustentáveis devem ser priorizadas.

Ele também citou estudos que relacionam o glifosato ao câncer e que dizem que o produto causa danos a polinizadores, como as abelhas. Além disso, alegou que o milho transgênico contamina as variedades nativas do grão mexicano.

A Bayer, uma das principais produtoras do glifosato, defende que décadas de estudos mostraram que a substância é segura para o uso humano.

Já os defensores dos cultivos transgênicos, incluindo do milho, argumentam que eles aumentaram dramaticamente as produtividades agrícolas e que estudos não mostraram efeitos nocivos aos seres humanos.

“Vamos trabalhar nessa direção, e isso tem que ficar claro, ninguém deve pensar que pode apostar que esse decreto não será cumprido”, disse o agrônomo Suárez, aliado de longa data do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Suárez descreveu o milho transgênico e o glifosato como “indesejáveis e desnecessários” para que a meta do governo, de tornar o México autossuficiente em alimentos, seja alcançada.

“Temos que colocar à frente da economia e dos negócios os direitos à vida, os direitos à saúde, os direitos a um meio ambiente saudável”, afirmou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Pazuello e Anvisa liberam agrotóxico cancerígeno banido no mundo

Decisão vai na contramão de tribunais norte-americanos que condenaram a fabricante do glifosato

Fonte: Diário do Litoral
Por Nilson Regalado

Enquanto o mundo discutia vacinas contra a epidemia do século, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde liberaram o uso de dois venenos agrícolas acusados de provocar câncer e má formação de fetos, entre outras doenças. 

A decisão da Anvisa e do Ministério comandado pelo general do Exército Eduardo Pazuello vai na contramão de tribunais norte-americanos que condenaram a fabricante do glifosato. Só nos EUA, a empresa responde a 100 mil processos e desembolsará R$ 11 bilhões em indenizações a pessoas que desenvolveram câncer após manipular o produto. O outro veneno liberado foi a abamectina, que provoca má formação fetal severa e convulsões. A licença para uso dos dois agrotóxicos no Brasil estava em revisão havia anos por pressão de setores relacionados à saúde coletiva.

O glifosato já foi banido na Holanda, Suécia, Áustria e no Vietnã. Na Alemanha, passa a ser proibido a partir de 2023 e no México em 2024. A partir de 2021, o governo francês pagará 2.500 euros a cada agricultor que abandonar o uso do agrotóxico. O Parlamento Europeu aprovou a proibição nos 28 países do bloco, mas a decisão vem sendo contestada pelo setor.

Estudo publicado na International Journal of Epidemiology monitorou 315 mil agricultores nos EUA, Noruega e França por dez anos e constatou que o glifosato aumenta em 36% o risco de câncer, especialmente do linfoma não-Hodgkin. 

O estudo endossou resultados anteriores publicados na Revista Mutation Research, que mostraram que a exposição ao glifosato aumenta o risco de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin em 41%. 

Estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer na década passada indicou que cada brasileiro ingere, indiretamente, oito litros de agrotóxicos por ano. Mas, o glifosato enriquece fazendeiros brasileiros, especialmente em plantios de soja, milho e algodão, onde é associado às plantas geneticamente modificadas (transgênicos). 

O veneno elimina o mato sem prejudicar as plantas transgênicas que resistem a seus efeitos. O uso do herbicida comercializado com o nome de Roundup é proibido nas cidades brasileiras. Porém, sem fiscalização, ele acaba sendo usado largamente no meio urbano, especialmente no interior do País.




Doença ainda desconhecida pelos agricultores faz milho apodrecer antes da colheita

Segundo pesquisadores, o problema teria origem no uso de agrotóxicos e das sementes transgênicas

Fonte: Brasil de Fato
Frei Sérgio Antônio Görgen* e Marcos Antonio Corbari
Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) | 24 de Janeiro de 2021 às 10:45


Agricultores familiares da região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, em municípios ao redor da cidade de Erechim, perceberam uma estranha doença que acomete o milho já na formação da espiga. Os grãos, ao invés de se formarem adequadamente, ficam escuros e apodrecem. 

O problema já foi identificado também em Santa Catarina e no Paraná. Alguns citam perdas superiores a 20% de suas lavouras, o que causa um prejuízo significativo. Outros falam em até 60% de perdas, além da péssima qualidade dos grãos ou da silagem resultante das plantas atingidas.

A Rede Técnica Cooperativa (RTC) da Central das Cooperativas Gaúchas de Leite (CCGL) – uma das principais empresas multiplicadoras de sementes de milho no RS, as chamadas “sementeiras” –, emitiu “alerta” e orientação para os produtores e assistentes técnicos dizendo tratar-se de “enfezamento”, que seria causado por vírus, bactérias e fungos transmitidos pela cigarrinha, um inseto comum na cultura do milho. 

A empresa diz ainda que os sintomas aparecem após o florescimento, provocando “morte prematura da planta, redução do tamanho da espiga, enchimento incompleto dos grãos, morte de espigas, chochamento dos grãos e tombamento das plantas”, o que seria ocasionado por “fungos oportunistas Pythum e Fusarium”. A empresa recomenda intervenção química ou biológica com intervalos de 5 a 7 dias. Reconhece, porém, que não há o que fazer depois da área infestada.

Quando os agricultores percebem, há pouco a fazer. Uma das intervenções químicas recomendadas é através de inseticidas a base de “neonicotinóides”, um dos agrovenenos já identificado como responsável pelo extermínio de abelhas e, por isto, já proibido em muitos países.

Hélio Mecca, agricultor e dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), de Chopinzinho (PR), relata que surge “uma doença no miolo do pé, cai e não dá nada, o que se colhe é um milho de péssima qualidade e perde muita produtividade”. O dirigente sindical José Valério Cavalli, Secretário Geral do Sindicato Unificado da Agricultura Familiar do Alto Uruguai (Sutraf/AU), de Itatiba do Sul (Rio Grande do Sul), informa que “na formação da espiga, quando está se formando o grão, o problema aparece e o pé morre”. Outros relatos de agricultores falam em plantas fracas, pouco desenvolvidas e com espigas mal formadas, com mofo, grãos chochos ou podres. “Além da estiagem e da falta de apoio do governo, agora mais este problema”, desabafa Mecca.

De acordo com informações que chegam através de sindicatos, lideranças de movimentos sociais e técnicos de campo, as variedades mais afetadas são o Dekalb 230, o Agroeste 1666, o Agroceres 9025, Morgan 699 e algumas variedades da Pionner. Todas transgênicos, com os transgenes Bt e RR, precoces e super precoces. “Estas variedades foram apresentadas aos agricultores como 'top de linha' pelas empresas e o preço cobrado pelas sementes foi muito elevado”, afirma o sindicalista José Cavalli.

Não há informação de nenhuma semente de variedade de milho crioulo afetada. 

Aparentemente, o fenômeno é conhecido e comum: presença do inseto chamado cigarrinha (Dalbulus maidis), infectando e transmitindo vírus, bactérias e fungos. O que não se sabe ainda, com segurança, é quais são estes micro-organismos e porque a agressividade com que se comportam, já que este tipo de impacto sobre a produção é novo, não é comum, entre os agricultores. Também impressiona a velocidade com que se propaga e a baixa capacidade imunológica apresentada pelas variedades afetadas em contraposição com as variedades crioulas e não transgênicas.

Segundo o professor Rubens Nodari, da Universidade Federal de Santa Catarina, doutor em Genética pela Universidade da Califórnia, “este é um fenômeno que deve ser estudado com atenção. A ocorrência cada vez mais frequente de sintomas que aparecem antes da maturação, como secamento, quebra de plantas e podridão na espiga, parte deles atribuídos ao enfezamento no milho, é mais um alerta de problemas que emergem do sistema agrícola usado na produção de milho.

Há uns 20 anos atrás, muitos cientistas não conheciam e nem tinham como prever os possíveis efeitos da transgenia em plantas. No entanto, vários afirmaram que os piores problemas seriam “os imprevistos”. Aqueles que ocorrem em plantas transgênicas e não nas não transgênicas e não tinham sido previstos. Estes problemas não serão os últimos, mas os danos certamente recaem sobre o produtor. Assim espera-se que os pesquisadores, em particular os fitopatologistas, contribuam para a avaliação holística do que está acontecendo. Cabe uma de tantas perguntas: quanto o sistema de cultivo utilizado e a transgenia contribuem para os problemas citados?”



Agricultores que já foram castigados pela seca, agora têm prejuízos por conta da doença em seu milho / FETRAF

Um fato chama atenção: variedades de milho crioulo não apresentam sintomas da doença

De acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS), Irajá Antunes, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (USP), “quando se trata de germoplasma crioulo, mais precisamente, de variedades crioulas, em princípio, por sua intrínseca variabilidade genética, as mesmas apresentam uma significativa capacidade de tolerância frente a fenômenos naturais que possam ser detrimentais às mesmas (maior resiliência), dentre os quais, a ocorrência de doenças, como no presente caso”. Antunes explica ainda que “tal resiliência é fruto dos processos de seleção natural que ocorrem a partir das interações dessas populações de plantas com os ambientes onde são cultivadas, interações estas que são permanentes e dinâmicas”.

Luís Dalla Costa, dirigente do MAB e da Via Campesina, que vem acompanhando a situação, entende que as “empresas de sementes são as responsáveis por venderem como excelentes, sementes que causam enormes perdas aos agricultores e devem indenizá-los por estes prejuízos”.

Rui Valença, Coordenador Geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – Fetraf/RS, que tem acompanhado de perto a situação, entende que o grande problema é o modelo de produção do agronegócio que é imposto aos agricultores, uma vez que “todo ano surgem novas doenças, novas pragas, novas plantas invasoras resistentes”. Valença aponta que há um desequilíbrio causado pelos venenos, chamados equivocadamente de “remédios”. 

Para ele, “as plantas transgênicas têm sua estrutura alterada, pouca resistência, o que torna fácil a infestação de pragas, abre a porta de entrada para inúmeras doenças”. Valença, que afirma ainda que é “preciso fazer um grande debate sobre que tipo de produção de alimentos a sociedade quer”, informa que a Fetraf está solicitando análise de laboratório e identificando a forma de responsabilizar as empresas para que os agricultores sejam ressarcidos em seus prejuízos.

Josuan Schiavon, engenheiro agrônomo, mestre em Produção Orgânica e Agroecologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), defende o uso das sementes de milho crioulo e varietais como a principal alternativa para os pequenos agricultores. 

“O principal problema da produção dos crioulos e varietais, que é a lagarta do cartucho, tem várias soluções através do controle biológico, como por exemplo, o uso do Bacillus thuringiensis ou a vespinha Trichograma. “A qualidade nutricional de um milho crioulo é melhor, o alimento que vem dele é saudável, o custo da semente é menor e o agricultor pode guardar para o ano seguinte”, aponta Schiavon, acrescentando ainda que “a produtividade, como temos constatado, pode ser alta, se assemelhando a alguns transgênicos”. Para ele, levando em conta os prejuízos que estão aparecendo agora, “o milho crioulo produz mais, tem um custo benefício melhor, já que tem alta qualidade e baixo custo de produção”.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul



terça-feira, 3 de novembro de 2020

10 Alimentos que poucos comeriam se soubessem o que realmente há dentro deles

Fonte: TEONOTÍCIAS
29 de outubro de 2020
Carlos Alexandre




Com uma dieta baseada em grande parte nos alimentos industrializados, nem sempre o que compramos no supermercado e acreditamos que estamos consumindo corresponde a real composição do produto.

1 – Cafezinho nosso de cada dia
De acordo com Larry Olmsted, autor de Real Food/Fake Food: Why You Don’t Know What You’re Eating, que trata sobre as coisas que consumimos sem saber, no café é possível encontrar milho torrado e ramos no café que já compramos moído. O ideal, para obter um café moído mais puro, é comprá-lo em grão e moer em sua casa/escritório. Existem diversos moedores elétricos e até cafeteiras que moem o grão na hora de preparar o cafezinho!

2 – Você come silicone, sabia?!
Os nuggets de frango não são feitos totalmente de carne processada. Eles contam com 50% de carne e o restante de ingredientes sintéticos, como o dimetilpolisiloxane, que é um produto químico usado em silicone, incluindo aquele usado em implantes de mama.

3 – Você acha que está comendo Wasabi de verdade?
O wasabi, tempero muito utilizado na culinária japonesa, é extraído da planta wasabia japonica em algumas penínsulas do Japão. 

Porém, a produção da wasabia japonica é muito difícil em escala comercial, dadas as características climáticas em que esta planta se desenvolve. Assim, a maioria do Wasabi que consumimos nada mais é que uma mistura de pastas de mostardas, molhos de raízes fortes e corante verde.

4 – Biodisel aditivado
Encontrado na embalagem dos alimentos descrito como butil hidroquinona terciário (TBHQ), é um aditivo que pode ser encontrado em nuggets e biscoitos de queijo e, se usado exageradamente, pode ser super tóxico. Para você ter uma ideia do perigo, um grama do produto seria suficiente para causar a morte de uma pessoa.

5 – Tem uma mosca na sopa? Não, na verdade tem areia!
Nas embalagens de produtos como sopa e sal, encontramos o ingrediente dióxido de silíco, que nada mais é do que uma substância extraída da areia e usada para controlar a umidade e impedir que a sopa em pó ou o sal fiquem empedrados.

6 – Combustível de avião
Aquele cereal matinal crocante que muita gente come pelas manhãs contém BHT, conhecido também como butil-hidroxitolueno. Essa substância também é usada no combustível do avião, e na comida tem efeito antioxidante e deixa os alimentos fresquinhos por mais tempo.

7 – Secreções anais de castores
Encontrado nas embalagens descrito como Castoreum ou Castóreo, é um aditivo alimentar muito comum em coisas que contém sabor de baunilha e também pode ser extraído de glândulas próximas ao ânus desse animal. Isso porque a dieta do castor, baseada em folhas e cascas, faz com que as secreções tenham um aroma agradável que remete ao de baunilha. O castóreo muitas vezes vem disfarçado na embalagem como “aroma natural”.

8 – Cabelos humanos e penas de pato
Não, não estamos falando de um fiozinho de cabelo que acidentalmente caiu no produto durante o processo de fabricação. Para não dar enjoo nos consumidores, a substância vem descrita nas embalagens como Cisteína e é usada para garantir mais sabor a alguns alimentos, como pães e bolos que compramos das grandes fábricas.

9 – Cerveja
Algumas cervejas brasileiras contém 45% de milho ao invés de cevada – e isso com o aval da legislação brasileira. Isso acontece porque o milho chega a ser 30% mais barato que a cevada. Tradicionalmente, a bebida é feita de água, malte e lúpulo. Se na embalagem da sua cerveja você encontra o misterioso ingrediente “cereais não maltados”, saiba que sua cerveja é feita com milho.
(lembrando que 93% da produção de soja e milho no Brasil é transgênica)

10 – Azeite de oliva óleo
Considerado mais saudável que o óleo de soja, a muitos azeites possuem de uma mistura de óleos refinados.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ABITRIGO pede que Brasil não libere importação de trigo transgênico da Argentina

 Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura

14/10/2020|Tags: 

Imagem: Pixabay


Representantes da indústria de trigo do Brasil vão pedir ao governo que não libere a importação de uma variedade transgênica do cereal aprovada recentemente pela Argentina, informou a associação do setor ABITRIGO nesta quarta-feira.

O movimento vem após uma sondagem mostrar que brasileiros são contrários ao uso de trigo geneticamente modificado (GM) e poderiam até suspender compras do produto argentino no caso de exportações do grão transgênico, indicou a entidade em nota.

“Em pesquisa interna promovida pela ABITRIGO junto aos moageiros brasileiros, 85% não foram favoráveis à utilização de trigo GM e 90% informaram estar dispostos a interromper suas compras de trigo argentino, caso se inicie produção comercial naquele país e sua exportação para o Brasil”, informou a associação.

A Argentina é responsável pelo fornecimento de cerca de 60% do cereal que abastece o mercado brasileiro, sendo complementado pelo produto nacional (30%) e de outras origens (10%).

A associação setorial também ressaltou que pesquisas capitaneadas pela empresa estatal de pesquisa Embrapa e parceiros privados têm promovido avanços em qualidade e produtividade do trigo sem necessidade de tecnologia de modificação genética.

O uso de transgênicos ainda exigiria controles que gerariam custos para os processos de importação e teriam consequências sobre preços, acrescentou.

“Por esses motivos, a ABITRIGO se manifestará contrariamente à comercialização tanto da farinha quanto do trigo transgênicos no curso da audiência pública convocada pela CTMBio, por solicitação da empresa argentina produtora de trigo transgênico”, indicou a associação, que informou que também pedirá veto da venda do produto a autoridades.

O governo argentino aprovou neste mês a variedade transgênica de trigo HB4, da empresa de biotecnologia Bioceres, mas destacou que a comercialização do produto ficaria sujeita à autorização para importações pelo Brasil, segundo publicação no Diário Oficial do país na semana passada.

A variedade do cereal HB4 desenvolvida pela Bioceres e pela francesa Florimond Desprez “confere tolerância à seca e tolerância ao herbicida glufosinato de amônio”, segundo o governo argentino.

Mas a importação de trigo transgênico ainda não foi aprovada por nenhum país, o que deixaria agricultores argentinos com pouco incentivo para plantar a nova variedade.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Agricultura orgânica cresce à medida que número total de propriedades diminui

Por Swissinfo 
13. MAIO 2020 - 16:30


O número de propriedades e de trabalhadores rurais continua a diminuir na Suíça, enquanto as propriedades existentes se tornam maiores por meio de fusões. A agricultura orgânica, por outro lado, está ganhando importância.

Embora o número de bovinos e suínos tenha diminuído, há mais aves, como nesta granja orgânica em Bavois, no oeste da Suíça(Keystone)

Nos últimos 20 anos, quase um terço das propriedades agrícolas da Suíça desapareceram. No ano passado, 50.038 propriedades com uma área agrícola utilizada (AAU) de 1,05 milhões de hectares empregavam 150.100 pessoas. Isso corresponde a uma queda nas propriedades e trabalhadores rurais de 1,6% e 1,5%, respectivamente, em relação ao ano anterior, informou o Departamento Federal de EstatísticaLink externo.

Os cantões de Berna (10.254), Lucerna (4.494), St. Gallen (3.904) e Zurique (3.258) ainda são os que têm mais propriedades, embora só em Berna 142 tenham abandonado a produção agrícola no ano passado. Houve também quedas em Zurique (-88), Valais (-89) e Lucerna (-67).

O órgão de estatísticas informou que a proporção de propriedades com área superior a 20 hectares aumentou para 43% nos últimos 20 anos. Em 1999, apenas um quarto das propriedades rurais tinha esse tamanho.

Orgânico

A produção agrícola está se tornando cada vez mais orgânica. No ano passado, 7.284 propriedades trabalhavam de acordo com as diretrizes orgânicas, 3,6% a mais do que em 2018. A agricultura orgânica é hoje praticada em 16% das terras.

Em 2019, a maior parte da área agrícola consistia em pastos (605.700 hectares ou 58% da área total). A lavoura arável era praticada em 38% da área. Além disso, 13.400 hectares eram de vinhedos e 7.000 hectares de pomares.

O número de vacas leiteiras (-1,7%) e suínos (-4,1%) caiu, enquanto o de aves subiu (+2,5%). Os estoques de ovinos e caprinos permaneceram praticamente inalterados.

Produtos orgânicos são cada vez mais consumidos na Suíça. Em 2016, o número de fazendas especializadas na produção desses alimentos aumentou consideravelmente. Nenhum outro país no mundo gasta mais per capita com orgânicos do que a Suíça. Em média, cada consumidor no país gastou 299 francos com produtos orgânicos. Segundo a Bio Suisse (Associação Suíça de Produtores Orgânicos), é o maior consumo per capita do mundo. A metade dos consumidores compram diariamente ou pelo menos várias vezes por semanas legumes, laticínios e outros produtos com o selo "bio".   PLACEHOLDER No ano passado, a Bio Suisse recebeu 386 novos membros, o maior número desde 1990. No total, 6.144 produtores cumprem as severas regras da agricultura orgânica. O faturamento dos produtores orgânicos aumentou em 7,8%, passando a 2,5 bilhões de francos. Eles ocupam 8,4% do mercado. Na parte francófona da Suíça, o faturamento e o mercado também cresceram consideravelmente. A metade do faturamento é de produtos frescos. Os produtos orgânicos mais comprados foram ovos, legumes e pão fresco.  PLACEHOLDER

segunda-feira, 9 de março de 2020

Degeneração Macular: um Desastre Alimentar

Jornal do Brasil - WILSON RONDÓ JUNIOR - drrondo@drrondo.com
Pessoas, Mulher, Menina, Vestuário, Olho

Imagem Pixabay

A degeneração macular tem se tornado a principal causa de perda de visão. Mas, antes de 1925, os casos não chegavam a 50 em toda a literatura mundial. Após 1940, ela começou a crescer, e a expectativa para 2020 já são 196 milhões de pessoas acometidas. Trata-se de uma destruição irreversível da mácula, (parte de retina), causando a perda da visão central, mas preservando a visão lateral periférica. O primeiro sinal é a visão embaçada, portanto, nestes casos, procure um oftalmologista. O conceito que aprendemos é que é uma consequência inevitável do envelhecimento e da genética, algo que agora se vê de outra forma.

No livro “Estratégia Dietética Ancestral para Prevenir e Tratar a Degeneração Macular”, o Dr. Chris Knobbe, oftalmologista, descreve suas pesquisas com populações distintas. Ele observou que possivelmente a degeneração macular seria mais uma doença do erro alimentar do mundo moderno, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer etc. Ele conclui que os alimentos industrializados são a raiz do problema, ausente em populações que consumiam e consomem dietas ancestrais.

Portanto, a degeneração macular é uma doença induzida principalmente pela dieta da modernidade no ocidente, rica em carboidrato refinado, grãos, especialmente transgênicos, açúcares, frutose, enlatados, doces, confeitaria, óleos vegetais poli-insaturados e gorduras trans. Além disso, proteínas de animais confinados e laticínios pasteurizados. Com isso, perdemos altas concentrações de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K2), hidrossolúveis (complexo B e C) e minerais (magnésio, zinco, cobre, fósforo, potássio).

Desastre alimentar desde 1880 até hoje

As principais alterações dietéticas causadoras das principais doenças metabólicas são:

1. Surgimento em 1880 de óleos processados, hidrogenados ou parcialmente hidrogenados. Em 1961, já se consumiam 9 g por pessoa por dia de óleos vegetais poli-insaturados. Em 2000, eles chegavam a 40 g por dia, e isso só vem aumentando. Eles são geradores de gorduras trans, pró-inflamatórios, indutores de resistência à insulina e causadores de aumento excessivo de estresse oxidativo.

2. Introdução de carboidrato refinado na dieta, chegando nos dias atuais a 85% desses componentes na alimentação.


3. Aumento de consumo de alimentos processados (produtos industrializados, feitos para serem bonitos, cheirosos, atraentes e durarem nas prateleiras) sendo a grande maioria carregada com óleos vegetais processados e açúcares adicionados.

Para se prevenir, é preciso uma alimentação não processada, incluindo frutos do mar e peixes de águas profundas, carne e laticínios (não pasteurizado) de animais a pasto. Enfatize a ingestão de produtos animais como um todo, ou seja, além da carne, também órgãos e tecido conjuntivo (uma boa ideia é caldo de osso e cartilagens). Agindo assim, você certamente vai manter distância da degeneração macular e garantir uma Supersaúde!

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Referências bibliográficas:

•American Academy of Ophthalmology May 17, 2018

•Bright Focus Foundation January 5, 2016

•Retina. 2015; 35(3): 459-66.

•The Weston A. Price Foundation January 1, 2000

•AllAboutVision.com December 2017

•Cure AMD Foundation, Is Age-Related Macular Degeneration (AMD) Preventable — and Treatable — With Diet?

•Arch Ophthalmol. 2001; 119(10): 1417-36

•JAMA. 2013; 309(19): 2005-15

•Knobbe, Chris. Ancestral Dietary Strategy to Prevent & Treat Macular Degeneration. Springville, Utah: Vervante Corporation, 2016, pp. 98-103.

Vinagre de maçã: Trata os cabelos e pele, emagrece e promove saúde

Fonte: N1
Evelin Brandão 2 de março de 2020 às 10:24



Vinagre de maçã: Trata os cabelos e pele, emagrece e promove saúde – Foto: Reprodução

Vinagre de maçã: Trata os cabelos e pele, emagrece e promove saúde. O vinagre de maçã possui uma série de benefícios para a saúde.

Ele contribui para o emagrecimento, conta com ação antioxidante, protege o fígado, previne o diabetes, câimbras, tem ação diurética e melhora as articulações e a digestão.

O alimento pode ser feito a partir de qualquer alimento que contenha açúcar, como a maçã, uva, framboesa, maracujá, cana de açúcar, kiwi, laranja, tangerina, manga, mel, melado, arroz, malte, milho, vinho, álcool, entre outros.

No caso da versão com a maçã, a fruta sofre um processo de fermentação por leveduras benéficas e por bactérias chamadas acetobacter.

Os açúcares naturais são transformados em álcool e depois ele é convertido em ácido acético. A concentração usual no vinagre de maçã é de 5% de ácido acético e 95 % de água, além de alguns minerais, vitaminas e fitoquímicos, como os polifenóis, que ajudam a proporcionar um sabor diferenciado e seus inúmeros benefícios.
Principais nutrientes do vinagre de maçã

O vinagre de maçã possui boas quantidades de ácido acético. Este ácido inibe a ação de várias enzimas que digerem os carboidratos, entre elas amilase, sacarase, maltase e lactase.

Assim, este ácido é um bloqueador natural da absorção de amidos e açúcar. Quando estas enzimas são bloqueadas, os carboidratos passam direto através do trato digestivo.

Desta maneira, são eliminadas calorias que se tivessem sido absorvidas contribuiriam para o aumento de peso.

O ácido acético ainda melhorará a eficiência dos músculos e a recuperação após os treinos. Além disso, a substância faz com que a glicose seja liberada lentamente no sangue, o que ajuda a prevenir o diabetes.

O alimento também possui boas quantidades de quercetina. Ela é importante porque possui ação antioxidante, melhora a imunidade e ajuda a reduzir os efeitos da histamina, uma substância que causa os sintomas de inflamação e alergia. Outras substâncias com ação antioxidante presentes no vinagre são as catequinas.

O vinagre de maçã conta com traços de fibras, como a pectina, que proporciona saciedade, absorção de gorduras e melhora o trânsito intestinal.

O alimento ainda possui betacaroteno, que evita problemas de visão e protege a pele, e potássio, que é essencial para o funcionamento celular.

Nutrientes Vinagre de maçã – 30 ml
Calorias 6 kcal
Carboidratos 0.28 g
Açúcar 0.12 g
Cálcio 2 mg
Ferro 0.06 mg
Magnésio 1 mg
Fósforo 2 mg
Potássio 22 mg
Sódio 1 mg
Zinco 0.01 mg

Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
Benefícios do vinagre de maçã

O vinagre de maçã possui mais substâncias benéficas do que os demais vinagres. O alimento conta com ácido acético, enzimas, catequinas e quercetinas, que são antioxidantes, traços de fibra solúvel, betacaroteno e minerais, especialmente o potássio. Veja alguns dos benefícios:
Ajuda a emagrecer

Um estudo da Universidade do Arizona e publicado na revista Diabetes Care observou que após ingerirem duas colheres de sopa de vinagre de maçã diluídos em água antes do almoço e do jantar, os participantes perderam em média dois quilos em um mês.

Isto ocorre porque o alimento ajuda a reduzir picos de insulina e o nível de glicose após refeições ricas em carboidratos.

Os picos de insulina são inimigos do emagrecimento porque quando o carboidrato é absorvido rapidamente pelo sistema digestivo, o nível no sangue sobe subitamente.

Assim o pâncreas libera muita insulina que, por sua vez, irá baixar subitamente os níveis de glicose no sangue, levando a uma hipoglicemia reativa e consequente sensação de fome.

Além disso, o ácido acético presente no tempero é um bloqueador natural da absorção de amidos e açúcar.

Quando estas enzimas são bloqueadas, os carboidratos passam direto através do trato digestivo, comportando-se como fibras insolúveis, que não podem ser digeridas.

Assim são eliminadas muitas calorias, que se fossem absorvidas, certamente iriam dificultar a perda de peso.
Cabelos mais fortes e saudáveis

O vinagre de maçã sempre é indicado popularmente como uma alternativa para cabelos quebradiços, porosos ou oleosos.

Na verdade, ele não atua diretamente nesses problemas, mas funciona como um potencializador de cremes com essa finalidade.

O pH dos fios danificados é alcalino e o desgaste pode ser tanto que o creme de tratamento não consegue se fixar aos fios, nessas horas o vinagre de maçã pode ajudar, pois ele ajuda a selar o produto nos seus fios.

O vinagre de maçã contém o pH ácido, o que contribui com o fechamento das cutículas abertas. Ao fechar as cutículas com o vinagre de maçã, os cabelos perdem o frizz e adquirem brilho, porque a luz vai passar a refletir nos fios de forma mais uniforme do que antes.

O ideal é usar o vinagre de maçã em todo o cabelo, podendo inclusive aplicá-lo na raiz, porque ele tem ação antifúngica e de limpeza, levando a uma melhora da caspa, em pessoas com essa predisposição.

Para usar, basta misturar uma colher de sopa do vinagre de maçã em um copo de água filtrada morna. Borrife essa mistura em todo o cabelo, após a limpeza e, na sequência, aplique o creme de tratamento indicado mecha a mecha.

Deixe agir por entre três a cinco minutos com touca térmica ou toalha umedecida em água quente. Ao final, enxágue tudo usando a água com vinagre diluído.

Não se preocupe, pois o cheiro fica completamente disfarçado pela máscara nutritiva. A água com vinagre já deverá estar fria no final do processo e isso vai ajudar ainda mais a selar as cutículas.
Combate a acne

Embora não existam estudos comprovando estes efeitos, o vinagre de maçã possui algumas propriedades que podem ser interessantes para a pele.

O vinagre de maçã contém ácido acético, substância com propriedades antibacterianas que podem ter efeito antisséptico, promovendo erradicação das bactérias que induzem à acne.

Ainda pensando nas espinhas, por ter um pH também é muito semelhante ao da pele, o que mantem ácido o ambiente natural da flora bacteriana da pele, inibindo o desequilíbrio no crescimento de bactérias causadoras da acne.

Essa manutenção do pH também pode ser interessante para reestabelecer a síntese de proteínas essenciais e ácidos graxos da pele, evitando a oleosidade.

O vinagre de maçã também contém alfa-hidroxiácidos que podem agir removendo as células mortas da superfície da pele, e promovendo suave esfoliação da pele, acelerando a descamação das células da epiderme, tendo efeito coadjuvante no clareamento de manchas.

Porém, deve-se ter extremo cuidado ao utilizar o vinagre de maçã devido ao seu pH muito ácido, pode danificar e causar hipersensibilidade e até alergias na pele.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Você conhece o OPA?


Desde abril o IDEC Instituto de Defesa do Consumidor e a Alimentação Adequada e Saudável e outras Organizações lançaram o site OPA - Observatório de Publicidade de Alimentos.

Nele você pode fortalecer seu direito de Consumidor à uma alimentação adequada e apoiar as autoridades competentes quanto à identificação de Publicidades abusivas ou enganosas.

Qual a diferença entre Publicidade abusiva e enganosa?

Abusiva : publicidade discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.


Enganosa: aquela que contenha informação inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.





No OPA qualquer pessoa pode denunciar publicidades abusivas ou enganosas feitas na TV, Internet, rótulos, eventos e outros meios, que desrespeitem o Código de Defesa do Consumidor.

As denúncias são analisadas por uma grupo de advogados, nutricionistas e outros especialistas que definem as estratégias de encaminhamento do caso analisado aos Órgãos Competentes.


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Saiba tudo sobre os alimentos orgânicos


FONTE: CI.ORGÂNICOS


Saiba tudo sobre Orgânicos

Diferente da produção convencional, a produção de orgânicos não utiliza agrotóxicos, transgênicos, fertilizantes sintéticos, além disso, não são processados com radiação ionizadora ou aditivos, seja na questão nutricional da planta ou no tratamento contra
doenças e pragas. 

Logo, são isentos de quaisquer resíduos de agroquímicos prejudiciais à saúde humana e animal, são mais seguros para o consumidor e não contaminam o meio ambiente.

Saiba mais sobre Orgânicos:

Dieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com naturalidade

Um dos objetivos desse conceito é calar a "polícia dos alimentos" que existe dentro de nós, abolindo regras sobre como ou o que comer

Fonte: CATRACA LIVRE
19/08/2019


Crédito: Jerzy Gorecki/PixabayDieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com mais naturalidade

Você já ouviu falar sobre alimentação intuitiva? Embora esse conceito não seja novo, voltou a ser comentado após diversas pesquisas comprovarem que as dietas proibitivas fazem mal à saúde.

A ideia surgiu em 1995, a partir da publicação do livro “Intuitive Eating: A Revolutionary Program That Works“ (em livre tradução, “Alimentação Intuitiva: Um Programa Revolucionário que Funciona”), das nutricionistas Elyse Resch e Evelyn Tribole.
Afinal, o que é a dieta intuitiva?

A alimentação intuitiva não impõe regras sobre como ou o que comer. Ela é guiada por dez princípios, como “honrar a saúde”, “respeitar a plenitude” e “fazer as pazes com a comida”.

Muitas pessoas se tornam adeptas dessa prática após fracassarem em dietas ou quando se sentem cansadas pela rigidez de algumas regras alimentares.

Mas quem adere à dieta intuitiva pode acabar se deparando com um medo. Será que, quando eu me permitir comer o que quiser, vou querer consumir apenas “porcarias”? Isso pode acontecer no início, mas não é o que se observa a longo prazo. Quando a pessoa se descobre com essa “liberdade”, acaba refletindo melhor sobre suas escolhas.

Para o médico Guilherme Renke, a alimentação intuitiva pode ser interessante “partindo do pressuposto que não seja permissiva para a saúde”. Ele é endocrinologista titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

“É óbvio que nós temos que incluir alimentos saudáveis, mas é bom sempre variar”, diz. “A pessoa que toma o mesmo café da manhã, em algum momento, vai acabar enjoando daquilo”, exemplifica. “Você poder fazer uma troca intuitiva por algo que é saudável, trocar um café da manhã em que você está habituado a comer iogurte e passar a comer abacate, ovo ou outro tipo de alimento.”

“Polícia” dos alimentos


Crédito: Congerdesign/PixabayDieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com mais naturalidade

Na alimentação intuitiva, uma das metas é reconhecer e silenciar a crítica aos alimentos — que alguns chamam de “polícia” dos alimentos. É aquela voz que temos dentro de si dizendo o que devemos ou não comer.

Segundo essa teoria, alguns itens são mais nutritivos do que outros, mas não precisamos comer somente esses alimentos para sermos saudáveis.

A ideia é diferenciar a culpa, que é negativa, do arrependimento, que pode servir como aprendizado por ter tido, por exemplo, uma alimentação inadequada em alguma ocasião.

Renke recomenda “evitar ficar dizendo o tempo todo que determinada coisa faz mal”. Ele alerta que a “polícia dos alimentos” pode levar, inclusive, a transtornos e doenças. “O que a gente tem que ver é aquilo que faz muito bem, que tenha comprovação, favorecendo nossa alimentação para esses alimentos.”

“Acho que nós temos que usar a intuição e nos presentear eventualmente com coisas que estão fora da nossa alimentação”, crê o especialista. “Um dia, por exemplo, sair para jantar, beber alguma coisa que é fora do seu padrão alimentar… Senão, você acaba fazendo uma exclusão, inclusive social.”

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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