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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Hospital Galileu renova selo em programa nacional de alimentação sustentável

A certificação Green Kitchen reconhece instituições que trabalham o uso sustentável dos alimentos e o destino consciente dos resíduos orgânicos
12/01/2021 
Por Rafaela Palmieri (HPEG)



As práticas para uma alimentação saudável desenvolvidas pelo Setor de Nutrição e Dietética (SND) do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) garantiram a renovação do selo Green Kitchen para a unidade. A certificação reconhece atitudes e iniciativas sociais e ambientais nos serviços alimentares oferecidos pela instituição. Além disso, fatores como produção sustentável e o destino adequado dos restos alimentares são avaliados.

“Com a implementação dessas práticas, aplicamos estratégias de desenvolvimento sustentável, buscando reforçar o apelo global que a ONU fomenta em relação ao bem-estar da vida e consolidar a responsabilidade socioambiental da instituição”, explica Thiago Silva, coordenador do SND.

Foto: Ascom / HPEG

A certificação veio após uma avaliação padrão com questões relacionadas a alimentação saudável, sustentabilidade e ambientação natural. “O manejo de resíduos produzidos e treinamentos em sustentabilidade foram alguns dos requisitos avaliados e que proporcionaram a conquista”, ressalta Thiago.

Diariamente, a equipe oferece um cardápio equilibrado e saudável aos pacientes, acompanhantes e colaboradores, priorizando alimentos com valores nutricionais agregados e evitando o uso de produtos industrializados.

Sustentabilidade

O HPEG conquistou o selo Green Kitchen pela primeira vez em 2016. Além da qualidade dos alimentos, a unidade prioriza a sustentabilidade na produção e destino dos alimentos.

Para Joabe Lopes, coordenador de apoio, a conquista é o reflexo do engajamento do serviço de nutrição do hospital. “Conseguimos oferecer uma alimentação de qualidade aos usuários com o mínimo de impacto ambiental e a máxima otimização dos recursos disponíveis”, enfatiza o profissional.

Selo Green Kitchen

Além do HPEG, outras instituições no Pará já conquistaram o selo. São elas: Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo na região metropolitana de Belém; e os Hospitais Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso, Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna e Materno-Infantil de Barcarena Dra. Ana Turan, no interior do estado.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A vida secreta dos ingredientes

"Comida fresca não dá dinheiro", diz o jornalista Steve Ettlinger, que desvendou a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor

Publicado em 13/02/2009
Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim
Revista Vida Simples - Edição 0077


A indústria alimentícia e seus bastidores
Foto: Reprodução

Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?
Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?
Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?
Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?
Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.

Livro para saber mais
Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

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Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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