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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG
Por Sandra M. Pinto 14:51, 6 Maio 2022

Conheça-os aqui e ponha-os de lado

Peito de peru processado: Tem uma grande quantidade de sódio, conservantes e aditivos.

Barra de cereais: 
A maioria delas contém como principal ingrediente o açúcar.


Gelatina: O açúcar é seu principal ingrediente, além do alimento possuir edulcorante artificial, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio e sacarina sódica, que tem forte poder de adoçar.

Bolachas de água e sal: Estas bolachas são carboidrato refinado puro, ou seja, têm farinha de trigo, soro de leite, sal, fermento (bicarbonato) e gordura vegetal.

Iogurte com sabor: Composto por açúcar, frutas artificiais, aditivos, amido modificado (para ter uma textura mais agradável e consistente), deve estar fora da alimentação diária.

Sumo embalado: Tem baixa concentração de fruta, além de serem adicionados à sua composição muita água e açúcar.

Refrigerantes zero açúcar: O problema da bebida zero açúcar é a variedade e a quantidade de adoçantes presentes. Elas possuem muito mais sódio do que as normais.



Sopa instantânea: 
O seu consumo recorrente pode ser muito prejudicial, pois é um produto que possui uma alta carga de sódio e aditivos como espessantes, realçadores de sabor, aromatizantes e corantes.


Molhos para salada industrializados: possuem conservantes, além de sal e açúcar.


sábado, 4 de setembro de 2021

Faça sua parte para prevenir a obesidade infantil e acabar com a publicidade infantil

Fonte: Criança e Consumo

No Brasil, a obesidade infantil já atingiu números de uma epidemia. E há diversos fatores que influenciam para que esse cenário seja assim.

A publicidade infantil de produtos alimentícios é um deles, já que, na sua grande maioria, o que é anunciado diretamente para crianças são refrigerantes, fast foods, salgadinhos e guloseimas.

Mas você pode ajudar a mudar essa realidade. Junte-se a nós, ao Instituto Desiderata, à Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e a outras organizações para apoiar medidas que restringem a venda de ultraprocessados nas escolas e que buscam dificultar o acesso das crianças a esses produtos nos mercados. Apoie a aprovação do PL 1662/2019 que está em pauta na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Assim, você ajuda a prevenir a obesidade infantil e a garantir infâncias mais saudáveis.


Apoie o PL 1662/2019





O projeto estabelece que escolas não poderão vender nem oferecer refrigerantes, sorvetes industrializados, salsichas, salgadinhos de pacote e outros ultraprocessados. Além disso, em estabelecimentos comerciais, esse tipo de produto terá que ficar em prateleiras fora do alcance das crianças e avisos sobre a lei precisarão ser instalados.

Como prevenir a obesidade infantil: uma responsabilidade compartilhada

Não há, de fato, apenas uma razão única para o aumento dos níveis de obesidade em crianças e adolescentes. Alimentos saudáveis não serem acessíveis para todos ou cidades pouco propícias à atividade física, fazem parte do problema. E, inegavelmente, a publicidade infantil também está entre essas causas. Afinal, grande parte dos anúncios direcionados a crianças são de produtos alimentícios ultraprocessados, de baixíssimo valor nutricional e não saudáveis. Mais do que isso, a mensagem publicitária, quando direcionada diretamente a crianças, cria desejos de consumo no público infantil à revelia da mediação de mães, pais e responsáveis. E abordamos isso no infográfico, produzido em parceria com o Instituto Desiderata e o programa Criança e Natureza, “Obesidade em Crianças e Adolescentes: uma responsabilidade compartilhada“.

Crianças têm o direito ao desenvolvimento pleno, saudável e livre de publicidade infantil. Portanto, é responsabilidade de todos – Estado, sociedade e empresas – garantir isso. Faça sua parte para prevenir a obesidade infantil, mostre seu apoio ao PL 1662/2019. Por infâncias mais saudáveis!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Escondida dos rótulos, soja transgênica está afetando saúde da população

Pesquisa da nutricionista Rayza Dal Molin aponta presença massiva de alimentos modificados geneticamente no Brasil
Fonte: Brasil de Fato 

Letícia Sepúlveda
São Paulo (SP),24 de Setembro de 2018 às 15:30



Vários tipos de soja transgênica estão sendo desenvolvidas, mas a única que pode ser comercializada é a resistente ao herbicida glifosato / Pexels/rawpixel

A soja é conhecida por seus ótimos benefícios para a saúde, como a redução no risco de doenças cardiovasculares, do colesterol ruim e o fortalecimento dos ossos. No entanto, de acordo com o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, 96,5% da soja produzida no Brasil é transgênica.

A tese de doutorado da nutricionista Rayza Dal Molin Cortese indica que

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

É preciso incluir os custos à saúde no preço dos alimentos ultraprocessados, defende Cecília Rocha

Fonte: SUL 21
Publicado em: setembro 22, 2018


A professora brasileira Cecília Rocha, da Universidade de Ryerson, no Canadá, participou nesta semana de conferência sobre alimentação e agricultura na Ufrgs | Foto: Joana Berwanger/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Qual é o efeito dos alimentos que ingerimos para a saúde? Qual é o impacto dos sistemas alimentares correntes para o corpo humano e para o meio ambiente? Esses foram alguns dos temas do painel que Cecília Rocha, professora de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional na Universidade de Ryerson, localizada em Toronto, no Canadá, e pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança Alimentar da mesma universidade, apresentou em sua fala na Conferência Internacional Agricultura em uma Sociedade Urbanizada (AgUrb), realizada ao longo da semana que passou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

Cecília defende

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Salsicha, hambúrguer “carnes processadas” são consideradas cancerígenas pela OMS.

Fonte INC



A Agencia Agência Internacional de Investigação de Cancer (IARC), órgão ligado a OMS, publicou nesta segunda (26 de outubro) os resultados de uma avaliação feita por 22 cientistas de 10 países sobre a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada. Traduzimos aqui as informações principais do relatório publicado na revista The Lancet.

A carne vermelha não processada refere-se a músculos de mamíferos (carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carne de carneiro, cavalo ou cabra, etc). Já a carne processada é a carne que foi transformada através de salga, cura, fermentação, defumação ou outros processos para melhorar o aspecto sensorial ou melhorar a preservação, como exemplos temos as salsichas, linguiças, hamburguers, embutidos (presunto, salame, etc).

O processamento de carne, como a cura e a defumação, pode resultar na formação de produtos químicos com potencial cancerígeno, incluindo os compostos N-nitrosos (NOC), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP).

Cozinhar melhora a digestibilidade e a palatabilidade da carne, mas pode também produzir substancias conhecidas ou suspeitas de serem cancerígenas, incluindo aminas heterocíclicas (AHC) e hidrocarbonos policíclicos aromáticos (HPA). A alta temperatura de cozimento, obtida ao fritar (com ou sem óleo), grelhar ou no churrasco, produz as maiores quantidades destas substancias químicas (2,3).

A ingestão média de carne vermelha (entre os que consomem) é estimada em 50-100 g por pessoa, por dia, e considera-se um consumo elevado quantidades superiores a 200 g por pessoa, por dia (4). Quanto a carne processada existe pouca informação a respeito da porção usualmente consumida.

Como foi feita a avaliação?
O Grupo de Trabalho avaliou mais de 800 estudos epidemiológicos que investigou a associação de câncer com o consumo de carne vermelha e carne processada ​​em muitos países, e, em vários continentes, com diversificada etnias e dietas. Para a avaliação, o maior peso foi dado aos estudos prospectivos de coorte, de base populacional. Estudos de caso-controle de base populacional de alta qualidade forneceram evidências adicionais. Para ambos desenhos, os estudos considerados mais informativos foram aqueles que consideravam a carne vermelha e carne processada separadamente, possuíam dados dietéticos quantitativos obtidos a partir de questionários validados, um grande tamanho amostral, e foi controlado para os principais fatores de confusão em potencial para o tipo de câncer avaliado. O maior corpo de dados epidemiológicos foi para o câncer colorretal.

O que eles encontraram?


Carne vermelha e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas foram observadas na comparação entre o alto e o baixo consumo de carne vermelha em metade dos estudos avaliados, incluindo uma coorte de dez países europeus e outros grandes grupos na Suécia e Australia (5-7).

– Em estudos caso-controle: Dos 15 estudos de caso-controle considerados, 7 relataram associações positivas entre câncer colorretal e consumo de carne vermelha (alto e baixo consumo).

Carne processada e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas de câncer colorretal com o consumo de carne processada foram relatados em 12 dos 18 estudos de coorte avaliados, incluindo estudos na Europa, Japão e dos EUA (5,8-11).

– Meta-analise: Uma meta-análise de câncer colorretal, feita a partir de 10 estudos de coorte, relatou uma relação dose-resposta, estatisticamente significante, verificando aumento de 17% no risco de câncer para um consumo 100 g/dia de carne vermelha e um aumento de 18% para um consumo de 50 g/dia de carne processada (12).

-Em estudos caso-controle: As provas de apoio vieram de 6 dos 9 estudos caso-controle considerados.

Outros tipos de câncer:

Os dados também estavam disponíveis para outros 15 tipos de câncer.

– Associações positivas foram vistas entre consumo de carne vermelha e câncer de pâncreas e próstata (principalmente câncer de próstata avançado), em estudos de coorte e de caso-controle de base populacional.

– Associações positivas entre o consumo de carne processada e câncer de estômago.

Conclusões:

O Grupo de trabalho julgou que existem provas suficientes, em seres humanos, para considerar que “o consumo de carne processada tem potencial efeito cancerígeno” (colorretal e estomago) classificando-a como Grupo 1 de risco.

O Grupo não atribuiu o mesmo grau de confiança ao potencial cancerígeno para o consumo de carne vermelha, uma vez que nenhuma associação clara foi observada em vários estudos de alta qualidade. Portanto, o Grupo concluiu que há evidências limitadas para afirmar o potencial cancerígeno em seres humanos da carne vermelha não processada, e, classificou “o consumo como de carne vermelha comoprovavelmente cancerígeno para os seres humanos” (Grupo 2A).

É importante esclarecer que a carne vermelha não processada é rica em proteínas de alto valor biológico e muitos micronutrientes importantes como ferro, vitaminas do complexo B e zinco, importantes para boa saúde. Desta forma, a entidade alerta que não é necessário parar de comer carne, o importante é atentar para a quantidade, evitando o consumo excessivo e optando por formas de preparo mais saudáveis. Quanto as carnes processadas (salsichas, linguiças, embutidos, hambúrguer, etc) é necessário reduzir de forma substancial a quantidade e a frequência de consumo.

Entenda o que significa o Grupo da classificação de risco da OMS:

-Grupo 1 – O agente é carcinogênico a humanos. Quando há evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para humanos.

-Grupo 2A – O agente provavelmente é carcinogênico a humanos. Quando existem evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para animais e evidências limitadas ou insuficientes de que ele é carcinogênico para humanos.

O relatório original publicado na revista The Lancet está disponível em:http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lanonc/PIIS1470-2045(15)00444-1.pdf

Link para o IARC:

http://www.iarc.fr/

http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/Monographs-Q&A_Vol114.pdf

Referências citadas:

1 International Agency for Research on Cancer. Volume 114: Consumption of red meat and processed meat. IARC Working Group. Lyon; 6–13 September, 2015. IARC Monogr Eval Carcinog Risks Hum (in press).

2 Alaejos MS, Afonso AM. Factors that aff ect the content of heterocyclic aromatic amines in foods. Comp Rev Food Sci Food Safe 2011; 10: 52–108.

3 Alomirah H, Al-Zenki S, Al-Hooti S, et al. Concentrations and dietary exposure to polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) from grilled and smoked foods. Food Control 2011; 22: 2028–35.

4 Food and Agriculture Organization of the United Nations Statistics Division. Food balance. 2015. http://faostat3.fao.org/browse/ FB/*/E (accessed July 9, 2015).

5 Norat T, Bingham S, Ferrari P, et al. Meat, fi sh, and colorectal cancer risk: the European Prospective Investigation into cancer and nutrition. J Natl Cancer Inst 2005; 97: 906–16.

6 Larsson SC, Rafter J, Holmberg L, Bergkvist L, Wolk A. Red meat consumption and risk of cancers of the proximal colon, distal colon and rectum: the Swedish Mammography Cohort. Int J Cancer 2005; 113: 829–34.

7 English DR, MacInnis RJ, Hodge AM, Hopper JL, Haydon AM, Giles GG. Red meat, chicken, and fi sh consumption and risk of colorectal cancer. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2004; 13: 1509–14.

8 Oba S, Shimizu N, Nagata C, et al. The relationship between the consumption of meat, fat, and coff ee and the risk of colon cancer: a prospective study in Japan. Cancer Lett 2006; 244: 260–67.

9 Bernstein AM, Song M, Zhang X, et al. Processed and unprocessed red meat and risk of colorectal cancer: analysis by tumor location and modifi cation by time. PLoS One 2015; 10: e0135959.

10 Cross AJ, Ferrucci LM, Risch A, et al. A large prospective study of meat consumption and colorectal cancer risk: an investigation of potential mechanisms underlying this association. Cancer Res 2010; 70: 2406–14.

11 Chao A, Thun MJ, Connell CJ, et al. Meat consumption and risk of colorectal cancer. JAMA 2005; 293: 172–82.

12 Chan DS, Lau R, Aune D, et al. Red and processed meat and colorectal cancer incidence: meta-analysis of prospective studies. PLoS One 2011; 6: e20456.

13 Pierre F, Freeman A, Tache S, van der Meer R, Corpet DE. Beef meat and blood sausage promote the formation of azoxymethaneinduced mucin-depleted foci and aberrant crypt foci in rat colons. J Nutr 2004; 134: 2711–16.

14 Pierre F, Santarelli R, Tache S, Gueraud F, Corpet DE. Beef meat promotion of dimethylhydrazine-induced colorectal carcinogenesis biomarkers is suppressed by dietary calcium. Br J Nutr 2008; 99: 1000–06.

15 Santarelli RL, Vendeuvre JL, Naud N, et al. Meat processing and colon carcinogenesis: cooked, nitrite-treated, and oxidized high-heme cured meat promotes mucin-depleted foci in rats. Cancer Prev Res (Phila); 3: 852–64.

16 Aune D, Chan DS, Vieira AR, et al. Red and processed meat intake and risk of colorectal adenomas: a systematic review and metaanalysis of epidemiological studies. Cancer Causes Control 2013; 24: 611–27.

17 Gay LJ, Mitrou PN, Keen J, et al. Dietary, lifestyle and clinicopathological factors associated with APC mutations and promoter methylation in colorectal cancers from the EPIC-Norfolk study. J Pathol 2012; 228: 405–15.

18 Pierre FH, Martin OC, Santarelli RL, et al. Calcium and alpha-tocopherol suppress cured-meat promotion of chemically induced colon carcinogenesis in rats and reduce associated biomarkers in human volunteers. Am J Clin Nutr 2013; 98: 1255–62.

19 Le Leu RK, Winter JM, Christophersen CT, et al. Butyrylated starch intake can prevent red meat-induced O6-methyl-2-deoxyguanosine adducts in human rectal tissue: a randomised clinical trial. Br J Nutr 2015; 114: 220–30.

20 Lewin MH, Bailey N, Bandaletova T, et al. Red meat enhances the colonic formation of the DNA adduct O6-carboxymethyl guanine: implications for colorectal cancer risk. Cancer Res 2006; 66: 1859–65

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Rótulos à prova de culpa!!!! Até quando seremos enganados?

Um daqueles textos que eu gostaria de ter escrito vem do Blog "Minha mãe que disse", muito bom!




Por Roberta

Na nossa última viagem ao Brasil, marido e eu comentávamos sobre a tremenda cara de pau da indústria alimentícia brasileira.

E quem lê rótulo de alimento vai concordar comigo: o que mais se vê é um bocado de porcaria açucarada e aditivada, dentro de um inocente pacotinho, onde se lê "fonte de vitamina C e cálcio!"

Não que a gente não comesse porcaria na nossa infância, muito pelo contrário. Mas a porcaria, naqueles tempos, era uma porcaria sincera. Suco cheio de açúcar, corante e aditivos químicos era somente um suco cheio de açúcar, corante e aditivos químicos. Ele não tentava ser o que não era. Q-Suco era Q-suco, Tang era Tang, Cheetos era Cheetos e chocolate podia ter formato de cigarro, para que as crianças se iniciassem no mundo das baforadas de uma maneira doce e eterna.

Eram porcarias sinceras, com exceção talvez de um certo queijinho, que atribuía a si o valor nutricional de um bife. Passada a ingenuidade dos anos 80, descobriu-se que o valor nutricional do tal queijinho era mais parecida com a de um docinho ou um chocolatinho e a propaganda "vale por um bifinho" foi finalmente proibidinha.

Mas daí chegou a era da informação, inclusive nutricional. E a indústria alimentícia teve que se adequar a esse novo público, que já começa a ver o açúcar, o sódio em excesso, a gordura trans e os aditivos alimentares com outros olhos. Posso até imaginar o bate papo entre executivos da indústria alimentícia.

- Vejam bem, o pessoal A e B não vai engolir esse suco aí, não. Eles vão ler o rótulo e vão perceber que isso nada mais é do que açúcar refinado, corante e um pouquinho de fruta, só pra constar.

- Hum, é verdade. Então manda pro pessoal C, que é mais "por fora".
- OK.
- Pro pessoal mais instruído a gente aplica a estratégia do vitaminado. Fontes de vitamina C, D e Calcio. Dá pra escrever Cálcio em vermelho, dá? E coloca a foto de uma criança sorridente. Pede pra agência selecionar uma criança magra e de dentes brancos. Olho azul, tá?

Sim, a indústria alimentícia brasileira aprendeu a lidar com o bicho-mãe-moderno-classe-média-crescida-nos-anos-80. Uma mãe que se recusa a dar Tang pra cria. Ela prefere dar o tal suco de soja, que a indústria faz parecer um inocente mix de soja com fruta. Mas que, ali no rótulo, é muito mais do que isso.

E assim a indústria vai subestimando nossa inteligência e trabalhando, com maestria, a questão da culpa materna. Culpa esta que faz com que ela pague 10 reais por uma caixa de suco pseudo natural que se diz "puro" e "multi-vitaminado". Para se ter idéia da palhaçada, aqui eu compro, a menos de 2 reais, um suco sem aditivos, sem açúcar, sem nada que não seja a própria fruta. E detalhe: Cingapura não tem recursos naturais, o suco que eu tomo vem da Austrália e deveria, portanto, me custar mais caro do que um suco que é produzido e vendido no Brasil - país que, diga-se de passagem, se gaba de suas infinitas fontes e recursos naturais.

Me chateia muito menos comprar uma porcaria sabendo que é uma porcaria, oras. "Vou dar uma porcaria pro meu filho comer" - vou lá, compro a porcaria e dou. Assim, sincero. O que não dá pra engolir são os falsos naturais, o cereal em barra que tem mais açúcar que fibras, mas se denomina "o fim dos seus problemas de prisão de ventre". Ah, tem dó.

Isso me torna uma radical anti-porcariadas em geral? Não, em absoluto, eu acho que tem hora pra tudo, inclusive pra porcaria - mas porcaria honesta, old school. Nada de me vender gato por lebre, me prometer mundos e fundos, não deixar claro se a bebida pode ser consumida por crianças menores de X anos.

Rótulos dissimulados, campanhas publicitárias confusas e maliciosas - isso é um problema de todos nós.

Mas é aquela coisa: quem é que vai comprar um produto em cujo rótulo se lê:

"Oi, eu sou o iogurte rosinha/suquinho de soja/suquinho de caixinha. Faz favor de me comer com moderação, pois eu sou cheio de açúcar refinado e também levo corantes e conservantes. Cáries, diabetes e obesidade infantil são somente alguns dos palavrões associados ao meu consumo desenfreado. Outra coisa: eu não fui feito pra ser consumido por seu bebê de 4 meses, de jeito nenhum!! Se o seu pediatra disser que eu fui, ele está mentindo. Viu, mãezinha? "

Roberta é uma das autoras do Minha Mãe que Disse e também escreve aqui. Mãe de Noah e Luna.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Comparando os achocolatados, com o que vc está alimentando seu filho?

Incrível quantos aditivos químicos existem nas fórmulas dos achocolatados. O que deveria ser leite e chocolate vira um amontoado de nomes esquisitos e nada naturais. Tudo em nome da praticidade e da conservação nas prateleiras dos supermercados.

Chamo a atenção para os aromas idênticos, que nada mais são do que artificiais. Para as vitaminas sintéticas, facilmente encontradas em sua maneira mais natural nas frutas, verduras e legumes. Na lecitina de soja que salvo nas fórmulas orgânicas pode ser transgênica.



Fonte de Pesquisa: Supermercado Pão de Açúcar

terça-feira, 15 de maio de 2012

Era uma vez a comida de verdade




Houve um tempo em que tudo era mais simples... Arroz era simplesmente arroz, feijão era feijão mesmo e nós comíamos muito bem. Hoje em dia vivemos o paradoxo entre a evolução tecnológica da cozinha e seus exageros desnecessários.

Impossível negar que é muito interessante quebrar paradigmas, experimentar novos sabores e texturas, mas não a ponto de comprometer nossas lembranças. Eu bem me recordo do saboroso requeijão cremoso, pingando pelos lados do pão. Isso antes do queijo ser substituído pelo amido e o sabor ir embora de vez – Quanta diferença!

Pensando nisso a indústria de alimentos também se antecipou criando produtos com ditos sabores mais caseiros, como “frango caipira”, “arroz soltinho” e “canjinha”. Mais uma vez apenas réplicas artificiais de um grande valor familiar: a comida caseira.

Não faz muito tempo havia um comercial onde um belo frango assado fumegante acompanhado de legumes fresquinhos era jogado numa espécie de máquina trituradora, gerando como resultado nada menos que um prato de macarrão instantâneo sabor frango. Piada, né?

Eu não sei se somente eu me incomodo com esse tipo de propaganda, mas acho que deveríamos começar a refletir sobre o quanto essas informações podem ser danosas na construção da memória alimentar de toda uma geração. Não é raro ouvir crianças alegando que estão comendo frutas através do recheio dos biscoitos. E esses pacotes de sopa instantânea, como é difícil de explicar que aquilo não é uma sopa de legumes, mas uma sopa de sódio!

Contra o argumento do excesso de sal, açúcar e gordura a indústria de alimentos também pensou e criou versões mais “saudáveis” dos seus produtos danosos. Infelizmente o apelo comercial desses produtos é tão forte que não permitem uma pequena olhada na composição nutricional presente no rótulo, onde consta apenas uma sutil diminuição de valores já muito altos e que não representam de fato uma segurança para o consumo.

Mas nem tudo é só erro. A indústria também nos facilitou muitas experiências... As técnicas de conservação viabilizaram conhecermos sabores distantes, ampliamos nosso mundo ao provarmos delícias antes tão exóticas e hoje já parte do nosso cotidiano. Isso é inegável! Não vamos discutir algumas modificações necessárias para que tenhamos acesso a um maior número de ingredientes, porém não me canso de defender a comida com cara de comida, com gosto de comida e sendo comida de verdade.

Antes de sair comprando tudo o que a televisão ou os cartazes coloridos dos supermercados mostram, vamos refletir um pouco sobre as sensações que buscamos numa refeição e que aprendizado queremos transmitir para nossa família diante do prato servido.

É importante lembrar que alimentação faz parte da nossa educação, da nossa história. Se substituirmos nossos hábitos alimentares por sabores artificiais acabamos por perder a nossa identidade, nossas raízes. Não há nada demais em facilitar a vida de vez em quando, mas procure sempre refletir sobre o estilo de vida que deseja adotar.

Bom apetite!

Nutr. Juliana Braga - Salvador – BA
juliana.nut@bol.com.br

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quem são os donos do cardápio infantil?


Do Blog Aleitamento.Com
Por: Dra. Noemia Perli Goldraich - Carta Maior

Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil?
O artigo é de Noemia Perli Goldraich (*).

Há 40 anos trabalho como Nefrologista Pediátrica. Não recordo de ter identificado, antes dos anos 90, um único caso de pressão alta em criança que não estivesse relacionada a algum problema grave como doença nos rins, nas artérias renais, na aorta ou a tumores raros. Pressão alta era uma doença de adultos. Era!

Infelizmente, na última década, mais crianças passaram a sofrer de hipertensão arterial, uma doença crônica, isto é, que se arrasta por toda a vida e que necessita de medicação continuada. E qual a causa dessa repentina mudança? Múltiplos fatores podem causar a pressão alta mais comum - também chamada de hipertensão arterial essencial - mas os principais são a combinação de obesidade e ingestão de quantidades excessivas de sal na alimentação.

Antes de seguir em frente, é preciso que se diga que a pressão alta não é um probleminha qualquer. É fator de risco importante para infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (os derrames cerebrais), entre tantas outras consequências. E o resultado da obesidade iniciada na infância é o aparecimento de hipertensão arterial em crianças e adolescentes, de diabetes melito, doenças vasculares como infarto do miocárdio, tromboses, derrames cerebrais e todas as suas complicações.

Bem, mas não é de hoje que o sal está presente na alimentação humana. Então, por que agora estaria prejudicando também as crianças? O problema não é exatamente o sal, mas sim o sódio presente nele e é esse último que causa o aumento da pressão. É aí que entram os alimentos industrializados ou altamente processados. 

Há muita diferença na quantidade de sal (cloreto de sódio) colocado numa refeição cotidiana preparada em casa e os tais produtos industrializados. Nestes, o sódio está presente, além do sal, na estrutura dos conservantes e aromatizantes, usados para aumentar o período de validade ou para realçar o sabor, resultando em quantidades exageradamente grandes de sódio.

Nesse contexto, é preciso considerar que os hábitos alimentares dos brasileiros mudaram significativamente nos últimos anos. Saímos do feijão, arroz e bife para as comidas congeladas, as pré-prontas, os salgadinhos, os biscoitos e refrigerantes. Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Sem entender o que leem ou sem ler o que informam os rótulos, os pais também se seduzem pelos coloridos sinais de adição a anunciar + ferro, + cálcio, + vitaminas. Na verdade, estão comprando gordura, sal e açúcar, crentes de que seus filhos estão sendo bem alimentados. É isso mesmo. Em geral, as fantásticas embalagens coloridas contêm muita caloria e baixíssimo valor nutricional.

Estudos que vem sendo amplamente divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o brasileiro está ingerindo mais que o dobro de sal da quantidade diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas, o que equivale a uma colher de chá. O brasileiro, em média, está consumindo 12 gramas ao dia, o equivalente a uma colher de sopa. Muitos produtos que hoje fazem parte da dieta usual de crianças contêm quantidades exageradas de sal, sem que os pais percebam o perigo. Você sabe que um pacote de massa instantânea pré-cozida tipo miojo contém 5g de sal, que é a quantidade máxima diária recomendada para um adulto? Haja rins para dar conta!

Pesquisa publicada neste janeiro por um grupo da Filadélfia, no American Journal of Clinical Nutrition, uma importante revista da área, mostrou a relação entre o desenvolvimento da aceitação do gosto salgado e uma alimentação complementar, administrada a bebês, contendo amido (batatas, arroz, trigo, pão, bolachas). Foram comparados dois grupos de lactentes: um recebeu alimentação complementar com amido e o outro só comeu frutas em complemento ao leite. A aceitação para o gosto salgado já estava presente aos seis meses nos lactentes alimentados com amido e ausente nos que receberam só frutas. Os lactentes do primeiro grupo apresentaram maior probabilidade de lamber o sal da superfície dos alimentos na pré-escola, bem como de comer sal puro. Assim, segundo a pesquisa, experiências alimentares bem precoces (primeiros meses de vida) exercem um papel muito importante em moldar a resposta ao gosto salgado de lactentes e pré-escolares.

Sabemos que a formação do hábito alimentar se dá desde a gestação até cerca de dois anos de idade. E uma vez consolidado o padrão de gosto, fica difícil mudar. A isso, é preciso associar o padrão de uma infância sedentária em frente à televisão, computador e vídeo games. O resultado tem sido a obesidade. Dados do IBGE mostram que o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, aos cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras.

Houve um salto no número de crianças de 5 a 9 anos com excesso de peso ao longo de 34 anos: em 2008-2009, 34,8% dos meninos estavam com o peso acima da faixa considerada saudável pela OMS. Em 1989, este índice era de 15%, contra 10,9% em 1974-75. Observou-se padrão semelhante nas meninas que, de 8,6% na década de 70, foram para 11,9% no final dos anos 80, e chegaram aos 32% em 2008-09.

O tempo de exposição à mídia também vem aumentando. Em média, as crianças ficam mais de 5 horas diárias em frente à TV, tempo superior ao permanecido na escola, que é de 4h30min. Além disso, o padrão das crianças de hoje é acessar varias mídias ao mesmo tempo e em quase todas há inserção de propaganda, ou seja, as crianças ficam expostas a um bombardeio mercadológico. Estudo feito pela Universidade de São Paulo, em 2007, mostrou que 82% dos comerciais televisivos sugeriam o consumo imediato de alimentos ultraprocessados, 78% mostravam personagens ingerindo-os no ato e 24% dos alunos expostos a tais mensagens apresentaram sobrepeso ou obesidade. Já um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2009 identificou que apenas 25% das crianças entre 2 e 5 anos e 38% das crianças entre 5 e 10 anos consomem frutas, legumes e verduras. Guloseimas como balas, biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos ocuparam o espaço de refeições principais.

E a água? De repente esse bem essencial ao bom funcionamento do corpo humano foi sendo esquecido. Em creches, escolas e hospitais é comum não encontrarmos bebedouros. A água não está franqueada justamente a quem deveria receber estímulo constante para ingeri-la. O estímulo está focado nos sucos industrializados e nos refrigerantes.

E agora, já podemos responder quem são os donos do cardápio das nossas crianças? E quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil?

Se o que queremos para nossas crianças não é um futuro de obesos desnutridos, precisamos tomar as rédeas da situação e já. A informação continua sendo a chave-mestra e, pais, educadores e profissionais da saúde precisam saber identificar o que está escrito nos rótulos.

Se tomamos tantas medidas para a identificação de pessoas que entram nas nossas casas e nas escolas, porque não adotamos estes mesmos cuidados antes de permitir a entrada de substâncias no nosso organismo e das nossas crianças? Nunca é demais lembrar que bons hábitos alimentares começam a ser transmitidos na vida intra-uterina, que criança até dois anos não deve ser exposta ao sal e que não se deve colocar açúcar em chás e mamadeiras de bebês. Muito menos achocolatados, que contém açúcar e gordura em excesso.

Seguindo orientações da OMS, estão surgindo políticas públicas para redução do sal nos alimentos industrializados, assim como campanhas de esclarecimento ao público. Foram identificadas ações em 38 países, sendo a maioria na Europa. Já o Brasil recém está iniciando algumas medidas nessa área. Em janeiro deste ano, a Anvisa fez recomendações não obrigatórias para a redução, até 2014, em 10% no conteúdo de sal do pão francês.

Também em países europeus, há regras rígidas em relação à propaganda dirigida a crianças. Em terras nativas, dispensam-se comentários. Felizmente a sociedade começa a dar sinais de reação.

Acreditando que um outro mundo é possível, que tal a gente sonhar com uma sociedade em que a saúde das nossas crianças esteja acima dos interesses das megacorporações?

(*) Noemia Perli Goldraich é doutora em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pós-doutora em Nefrologia Pediátrica pela Universidade de Londres, professora-associada do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRGS, nefrologista pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Doenças Crônicas na Infância da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS.


Publicado em: 10/4/2012
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