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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Transgênicos na moda têm também

Fonte: INSECTA

Quando falamos de transgênico, provavelmente a primeira coisa que vem à mente são produtos alimentícios como milho e soja. Nem sempre é fácil perceber como as poderosas Monsanto e DuPont, multinacionais responsáveis pela maioria das sementes transgênicas no mundo, podem estar envolvidas com produtos além da mesa, afinal, ter monopólio das agriculturas destinadas à alimentação nos parece mais do que suficientemente rentável.

Mas a verdade é que o transgênico já chegou à indústria da moda faz tempo e veio, claro, pela fibra fabricada em maior quantidade no mundo: o algodão. A semente do algodão está no top 5 dos produtos transgênicos junto com a soja, o milho e a canola. Talvez você esteja pensando “se nós não comemos algodão, não tem problema usar algodão transgênico, não é mesmo?”. Porém, não é bem assim.

Um dos maiores problemas do transgênico começa bem antes do produto chegar na sua mão, e não tem muito a ver com saúde, pelo menos não com a nossa. Vamos deixar 99% das questões que envolvem o debate entre os que são a favor dos transgênicos e os que são contra e focar apenas em uma: o monopólio e como ele afeta os produtores.

Quem leu nossa matéria sobre o recém-lançado documentário The True Cost deve ter se espantado com a alta taxa de suicídio entre os produtores de algodão da Índia, um dos países que mais exportam algodão no mundo. A cada 30 minutos, um fazendeiro comete suicídio, o que equivale 1 em cada 3 suicídios no mundo. Enquanto a Monsanto nega firmemente que o produto dela tenha qualquer coisa a ver com isso, algumas pesquisadores, jornalistas e líderes indianos afirmam exatamente o contrário.



Para começar, as sementes são muito caras e os fazendeiros precisam recorrer a empréstimos bancários para financiá-las, com esperança de diminuir custos principalmente com pesticidas. Alexis Baden-Mayer, diretor político da Organic Consumers Association, esclarece que as sementes transgênicas “são incrivelmente mais caras; são 8 mil por cento mais caras do que sementes de algodão normal. Mas sementes de algodão normal se tornaram praticamente indisponíveis para os agricultores indianos por causa do controle da Monsanto do mercado de sementes “, disse IDT, acrescentando que a Índia é hoje o quarto maior produtor de culturas geneticamente modificadas.

Em contrapartida, um dos maiores problemas de plantar o algodão geneticamente modificado da Monsanto na Índia é que ele precisa de muita irrigação e, com os sistemas de irrigação manipulados pelos fazendeiros ricos, a maioria das plantações depende da água das chuvas. Porém, depender da água das chuvas é um risco imenso e muitas colheitas não acontecem. Logo, os fazendeiros não conseguem pagar os empréstimos, perdendo, inclusive, suas fazendas.

“O algodão transgênico tem sido promovido como algo que realmente resolve problemas dos agricultores indianos que cultivam algodão. Mas algo que tem sido promovido como uma solução de crises, cria ainda mais problemas “, disse o cientista agrícola Kirankumar Vissa.

Quando a chuva atrasa, os empréstimos se acumulam, as famílias perdem as terras e não enxergam mais nenhuma saída, eles recorrem, principalmente, aos pesticidas como fonte de auto envenenamento. É uma história que se remete entre as viúvas e filhos que ficaram.

Mas o que nós podemos fazer para não endossar essa política? Bem, a verdade é que é realmente complicado achar uma saída 100% porque a Índia exporta algodão para o mundo todo. É claro que não estamos dizendo para você jamais comprar algodão, mas sim que vale ficar atento nas empresas que produzem com materiais reciclados (além de PET, já existe algodão reciclado disponível para as marcas de moda) ou fazem upcycling.



Ainda é muito difícil de encontrar no Brasil, mas existe também opções de peças feitas com algodão orgânico, totalmente livre de transgênicos. Empresas responsáveis, que têm uma política ética realmente forte, também procuram suas matérias-primas de maneira responsável. O principal lema para ter em mente sempre é: consumir menos, melhor e com consciência do impacto daquele produto no mundo e na vida de outras pessoas.

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