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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Central de abastecimento no ABC paulista começa a monitorar agrotóxicos em alimentos


Fonte: ORGANICSNET
07/01/2016


Resultado de duas análises feitas em tomates detectou 17 resíduos de defensivos diferentes; um era proibido no Brasil

Desde o início do ano, a Central de Abastecimento de Santo André (Craisa), cidade do ABC paulista (SP), monitora a quantidade de agrotóxicos presentes nos legumes, frutas e verduras distribuídos por seus concessionários. O objetivo do trabalho, pioneiro, é incentivar a fiscalização por parte de produtores e distribuidores, além de tornar o consumidor mais consciente sobre a qualidade dos alimentos que ingere.

Em entrevista à repórter Vanessa Nakasato da TVT, o engenheiro agrônomo do Craisa, Fábio Vezzá, explica que o resultado de duas análises feitas em tomates deram o alerta para que a central de Santo André passasse a monitorar os produtos vendidos. “Encontramos 17 resíduos de defensivos diferentes. Dois dos pesticidas estavam acima do limite permitido e um outro, não era permitido. A gente tem o projeto de fazer 15 amostras por mês a partir de 2016.”

“A gente quer um alimento seguro pro consumidor, pro ambiente e pro agricultor que produziu”, conclui.

O atacadista Pedro Albuquerque de Campos considera que vende alimentos com “muito veneno”, e explica que os produtos chegam com mais toxinas do que o necessário, pois há um período – não respeitado – de carência entre a aplicação do agrotóxico e a colheita do alimento, para que o pesticida não prejudique a saúde do consumidor. “Tem muito agrotóxico, é bastante mesmo. Tem que ter um tempo determinado para tirar, mas o lavrador é ganancioso e não espera.”

Fábio explica que quanto mais difícil o cultivo e mais fora de época, maior a carga de pesticida que o produto recebe “Por exemplo, quando eu era criança, lembro que só tinha morango no inverno, hoje, durante o verão tem morango, então ‘é natural’ que a gente encontre mais pesticida.”

A Central de Abastecimento de Santo André vai repassar os resultados dos produtos ao Ministério de Agricultura e à Anvisa.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. O relatório recente do Inca aponta que o país consome um milhão de toneladas ao ano, ou seja, cada brasileiro consome 5,2 quilos de agrotóxicos por ano.

A alternativa para o consumidor são os alimentos orgânicos, preço dos alimentos orgânicos inibe o consumo, já que eles custam cerca de 30% a mais do que os produtos tradicionais.

Márcio Stanziani, integrante da Associação dos Agricultores Orgânicos, reivindica incentivo do governo para a produção livre de agrotóxicos. “O governo investe no produto tradicional e subsidia os agroquímicos, e as políticas públicas que existem para a agricultura orgânica são pequenas (sic). O consumidor não tem consciência que esse produto barato não vai reverter na sua saúde, que provavelmente terá de gastar no futuro por causas dos problemas de saúde.”

Rede Brasil Atual

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Tecnologia :: Pesquisa testa fruticultura orgânica em larga escala

Fonte: AGROSOFT

Sistemas orgânicos de produção de diferentes frutas estão sendo construídos de forma pioneira pelaEmbrapa com base em experimentos instalados na Chapada Diamantina (BA). Todos são resultados de um projeto realizado em parceria com a empresa Bioenergia Orgânicos no Município de Lençóis que experimenta soluções para a produção de orgânicos em larga escala, algo ainda difícil de se fazer.


A Embrapa está elaborando protocolos de produção usando a estratégia de geração e validação simultânea dos resultados. Os resultados do primeiro ciclo de produção mostram níveis de produtividade superiores ao convencional.

Duas culturas apresentaram resultados mais rápidos: a do abacaxi e a do maracujá. No caso do abacaxi, o trabalho desenvolve um sistema de produção para duas cultivares: a Pérola, a mais plantada no País, e a BRS Imperial, desenvolvida pela Embrapa, cuja principal característica é a resistência à fusariose, mais importante doença da cultura, que chega a causar 100% de perda da lavoura. Outra vantagem da variedade é não conter espinhos na coroa e na folha, o que facilita o manejo e reduz custos e risco de acidentes.

A qualidade dos frutos tem surpreendido a equipe. No caso do abacaxi Pérola, eles apresentaram média de peso entre 1,6 kg e 2 kg. "É difícil até no plantio convencional apresentar essa média. Entendemos também que o clima da região, tropical semiúmido, propicia um bom desenvolvimento da cultura", sugere o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA)Tullio Raphael Pereira de Pádua.

"Como não tínhamos nenhuma informação sobre produção de abacaxi em sistema orgânico, inicialmente fizemos trabalhos para definir densidade de plantio, adubação e manejo de cobertura do solo para as duas variedades", conta Tullio. E os primeiros resultados, segundo ele, são positivos, principalmente pelo fato de ter havido poucos problemas com a fusariose no Pérola. "O controle dessa doença é necessário e um desafio maior no sistema orgânico. Treinamos os funcionários da empresa para fazer o monitoramento constante e eliminar as plantas doentes, como forma de reduzir a disseminação da doença," conta.

Atuação começou em 2011

O principal desafio para os cientistas é ajustar constantemente seus conhecimentos de pesquisa com as necessidades de quem está na linha de produção. "Desde o início, quando a proposta foi concebida, sabíamos que para implantar um projeto dessa magnitude teríamos de ter a pesquisa como aliada", afirma Osvaldo Araújo, um dos sócios da Bioenergia, empresa que tem por objetivo final o processamento de polpa integral para abastecer o mercado de suco. Em meados de 2011, pesquisadores e técnicos especialistas em diversas fruteiras começaram a atuar no convênio, com duração de cinco anos e que poderá ser renovado. A previsão é que a indústria entre em funcionamento em 2016. 

Para a Embrapa, a proposta significa a possibilidade de avançar na pesquisa com orgânicos. "Encontramos um parceiro que nos colocou à disposição uma área de 80 hectares para pesquisa, que se tornou a nossa grande estação experimental de fruticultura orgânica [no Município de Lençóis], com a infraestrutura disponível e mão de obra", avalia o pesquisador daEmbrapa Mandioca e Fruticultura Zilton José Maciel Cordeiro, coordenador do trabalho. Segundo ele, associar as pesquisas já considerando a produção pode trazer resultados importantes em um prazo relativamente curto.

Entre os vários obstáculos, o especialista destaca os fitossanitários. A primeira grande batalha foi contra uma cochonilha que acometeu a plantação de acerola. Para o controle, foi utilizada uma estratégia de poda com aplicação de uma calda de sabão. A infestação recuou. Há áreas em que a infestação passou de 25% para 1%. "Uma série de outras questões irá surgir, e as alternativas serão pesquisadas na hora," diz o pesquisador.

Peso acima da média

Um exemplo de que a produção orgânica se baseia em séries de testes é o trabalho realizado com o BRS Imperial. Diferentemente do que acontece com o Pérola, o BRS Imperial apresenta baixa taxa de florescimento natural, por isso é feita a indução floral. "Temos observado que o abacaxi BRS Imperial parece responder melhor em relação a peso de fruto a um ciclo vegetativo mais longo. Em vez de 12 meses, que é o padrão, fizemos a indução em 14. A média dessa variedade no sistema convencional é 1,2 kg. Obtivemos frutos acima desse peso médio," comemora. Ele revela que serão testadas induções com diferentes idades vegetativas para observar a produção.

Inicialmente, os sócios não haviam pensado na alternativa de comercializar frutos in natura, mas, diante da qualidade do produto, hoje eles já consideram essa possibilidade. "Pensamos primeiro apenas no processamento. Mas colocamos como teste esses frutos aqui no mercado local e a aceitação tem sido muito boa. Isso nos fez pensar em trabalhar uma classificação com produtos in natura no mercado", conta Araújo.

As necessidades de ajustes são constantes. As bases do sistema de produção para o abacaxi e para o maracujá estão sendo finalizadas. "Não temos o sistema de produção perfeito, assim como não há perfeição para o sistema convencional. Mas já temos a base", salienta Zilton. Inicialmente a área destinada aos experimentos com abacaxi era de um hectare. As mudas produzidas estão sendo transferidas para uma área de dez hectares, já com o objetivo de saída comercial. Araújo afirma que serão plantadas agora 300 mil mudas.

Em relação ao maracujá, a primeira etapa, cuja meta era avaliar os melhores materiais genéticos para o sistema orgânico levando-se em consideração produtividade e resistência a doenças, foi concluída. Foram analisados 14 híbridos do programa de melhoramento da cultura, que envolve pesquisas da Embrapa Mandioca e Fruticultura e Embrapa Cerrados(Brasília/DF). BRS Sol do Cerrado e BRS Rubi do Cerrado foram os dois híbridos selecionados e vão compor a área comercial de dez hectares.

O principal obstáculo para o maracujá são os vírus, que afetam plantações do País inteiro. Para driblar o problema, a ideia dos pesquisadores é trabalhar com plantas que entrem em produção precocemente, o que reduz o risco da atividade. Está em teste um sistema de produção em que se clona uma planta muito produtiva no campo. Dela é retirada uma estaca que é enraizada em ambiente protegido. "Quando a gente enraíza uma estaca, ela já está na fase juvenil, assim rapidamente essa muda entra em processo de florescimento e frutificação. Fizemos os clones das estacas e levamos para campo de produção. Quanto mais precoce o material, mais produzirá na ausência do vírus," explica o pesquisador da EmbrapaMandioca e Fruticulra Raul Castro Carriello Rosa.

O plantio de maracujá começou a sofrer a incidência de um ácaro transmissor do chamado vírus da pinta-verde, que dá uma aparência depreciativa ao fruto. "Estamos tentando controles com caldas e um inseticida orgânico, o mais antigo que se tem registro até hoje, o enxofre. Quando falamos que, em quase dois anos do ciclo, nunca se pulverizou, ninguém acredita," ressalta Castro. A produção da fruta chegou a 36 toneladas por hectare, equivalente a três vezes mais que a média nacional. O pesquisador lembra, no entanto, que na medida em que se amplia a área de plantio, aumenta também a pressão de pragas e doenças.

A manga vem na sequência das culturas que se destacam no projeto. Como é de ciclo mais longo, de cerca de três anos, as primeiras avaliações ainda não foram concluídas. O trabalho começou com 22 variedades. Três apresentam maior potencial para processamento: a Ubá, a Palmer e a Imperial, porém há expectativas de que outras variedades sejam recomendadas para essa utilidade. O pesquisador Nelson Fonseca indica como um dos principais desafios em termos orgânicos a parte de indução floral. "Dois fatores são indutores naturais: o frio e o período seco. Na região de Lençóis, há o período frio, de maio a agosto, e nessa época também praticamente não chove lá. A união desses dois fatores seria como uma pré-indução. Isso pode favorecer em termos de florescimento e início de frutificação."

Um dos problemas que a cultura vem enfrentando é o controle da formiga (boca de cisco ou rapa-rapa). No sistema convencional basta um pesticida para dar conta, mas, no orgânico, esse problema exige muita criatividade. Já foram testadas várias alternativas, inclusive uma fita adesiva com dupla face para impedir a formiga de subir na planta e atacar a copa. "Testamos a manipueira [líquido que sai da mandioca durante a fabricação de farinha], no entanto temos dificuldade de obter o líquido novo, tirado na hora, para ser usado na área experimental. Também se utilizou uma cal virgem, mas também não deu muito resultado," narra o pesquisador.

Segundo ele, o uso da calda de sabão apresentou resultados no controle, porém, o custo de sua fabricação é alto. Por isso, ainda estão sendo investigados nossos meios de controle da formiga, conforme informa Nelson. A área destinada à manga está sendo ampliada de dez para 21 hectares, também em escala comercial. "Já temos cerca de 20 mil mudas para o plantio e vamos preparar 70 mil para 2015", informa o outro sócio, Evanilson Montenegro.

Além do trabalho voltado especificamente para cada cultura, Zilton destaca três frentes de experimentos que vão dar a base para a continuação do trabalho na Bioenergia: preparo e manejo do solo, independentemente da cultura; manejo integrado de pragas; e a parte de nutrição vegetal com o desenvolvimento de formulações fertilizantes.

Área experimental

Dentro dos estudos realizados pela empresa, a região do interior da Bahia foi escolhida em função de ter o clima, água e solo mais adequados à fruticultura orgânica, com disponibilidade de terras virgens. Foram compradas três fazendas em Lençóis que totalizam 3,5 mil hectares. Dos 80 hectares destinados aos experimentos da Embrapa, já ocupados hoje, há 22 hectares de manga, dez hectares de maracujá, dez hectares de abacaxi (essas três primeiras áreas já para escala comercial), três hectares de Spondias (nome científico da família do umbuzeiro e do umbu-cajazeiro), cinco hectares de acerola, três hectares de goiaba, 3,5 hectares de citros, além de um hectare para experimentos de solos. Esse material integra a Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO), na Ceral Marimbus. Há ainda uma área de viveiros de 2,5 hectares. Já foram instalados um viveiro de mudas e uma estufa com telado antiafídeo para citros.

Parceria com produtores locais

O objetivo final da empresa Bioenergia é o processamento de polpa integral. A previsão dos sócios é que a indústria esteja funcionando em 2016 com capacidade para processar 40 toneladas de frutas por dia em um turno. A produção virá das fazendas, mas a empresa pretende também envolver produtores da região, como forma de promover o desenvolvimento local.

Pelo planejamento, a Bioenergia vai produzir 50% da capacidade de processamento da indústria e os outros 50% serão produzidos por parceiros. "A ideia é desenvolver parceiros produtivos focados na agricultura familiar. Vamos fornecer a muda, o adubo a preço de custo e garantir a compra de 100% em contrato, e o produtor terá o compromisso de nos entregar, no mínimo, 50%", explica Araújo. E acrescenta que o desenvolvimento desses parceiros --- selecionados a princípio em Lençóis e nos municípios em um raio de 100 quilômetros da indústria, como Bonito, Utinga, Andaraí e Piatã --- vai acontecer quando a empresa tiver as mudas em quantidade para distribuição. "Devemos iniciar com duas culturas entre um e três hectares para cada produtor: o maracujá em consórcio com a manga. Enquanto as mangueiras crescem nos dois primeiros anos, o produtor tira duas safras de maracujá. Assim, o custo será reduzido e ele vai ter uma renda no fim do primeiro ano."

A inclusão social se dá também pelo emprego de mão de obra local. Os sócios informam que 80% dos colaboradores do projeto provêm de duas comunidades quilombolas próximas.

A indústria

A empresa Bioenergia assinou com o governo do estado da Bahia o protocolo de intenções para a instalação da unidade de processamento industrial, cujo projeto vem sendo desenvolvido sob a orientação do Instituto de Tecnologia de Alimentos(Ital) de Campinas (SP). Essa unidade estará localizada próximo às áreas de plantio, e, de acordo com os sócios, a recepção e seleção das frutas serão feitas de modo automatizado a partir da lavagem até a embalagem asséptica, ou seja, sem contato manual. "A vantagem de todo o processo é que, numa superprodução, tem-se um custo baixo de armazenamento porque não exige refrigeração", informa Montenegro. E o grande cliente, como ressaltam, é o mercado de suco.

FONTE

Embrapa Mandioca e Fruticultura
Alessandra Vale - Jornalista
Telefone: (75) 3312-8076
E-mail: mandioca-e-fruticultura.imprensa@embrapa.br

terça-feira, 26 de agosto de 2014

“Frutas e Vegetais Inglórios”.



Que ideia fantástica, será que funcionaria no Brasil?
Mas enquanto isso não acontece vá na feira e negocie com os produtores, feinho mais barato, mas com os mesmos nutrientes. Que tal?

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Hortifrútis rejeitados ganham mercado

Folha de SP

Isabel Soares selecionou frutas e verduras com cuidado. Ficou com um maço de espinafre cujas folhas tinham amarelado, depois com tomates de casca danificada pelo sol e picadas de insetos. Finalmente, decidiu ficar com abobrinhas muito grandes e deformadas. Para ela, todos os produtos estavam perfeitos.

Numa época de dificuldades econômicas para muitos na União Europeia, onde o afã regulatório se estende até aos formatos, tamanhos e cores dos alimentos consumidos por seus cidadãos, Soares apostou em um mercado para frutas e legumes que burocratas governamentais, supermercados e outros varejistas consideram feios demais para ser vendidos a seus consumidores.

Há mais ou menos sete meses, Soares e alguns voluntários fundaram a cooperativa Fruta Feia.
Patricia de Melo Moreira - 17.mar.2014/AFP 


Uma voluntária preenche caixas com frutas e vegetais na cooperativa "Fruta Feia", em Lisboa


A organização foi bem recebida pelos consumidores em dificuldades, aplaudida por setores indignados com o crescente desperdício de alimentos na Europa e representou um tapa na cara dos criadores das regras da União Europeia. Discretamente, subverteu as ideias de praxe sobre o que é belo -ou pelo menos comestível.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O que é irradiação de alimentos?


Imagem: Google


Fonte: Ideias Verdes
Por - Lydia Cintra 13 de dezembro de 2013

A irradiação é um dos processos utilizados pela indústria de alimentos para aumentar a vida útil e o tempo de prateleira dos produtos. Além de conservar, o mecanismo também mata insetos, bactérias patogênicas, fungos e leveduras, retarda a maturação e senescência (envelhecimento) de frutas e inibe o brotamento de bulbos e tubérculos. “Os tecidos irradiados não brotam.

A irradiação destrói tecidos vivos e seu uso é proibido em alimentos orgânicos em qualquer fase da produção, armazenamento, transporte e processamento. A irradiação é também conhecida como pasteurização fria e é mais cara que processos térmicos de pasteurização”, explica Elaine de Azevedo, pós-doutorada pela Faculdade de Saúde Pública da USP e professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo, no livro “Alimentos Orgânicos – ampliando os conceitos de saúde humana, ambiental e social”.

O alimento – embalado ou a granel – é submetido a uma quantidade controlada de radiações ionizantes por tempo pré-determinado. E o que é isso? O livro explica que a radiação ionizante transforma um átomo estável em um átomo eletricamente carregado ou com desequilíbrio entre suas cargas, ou seja, um íon. Esse fenômeno possui grande intensidade de energia e pode causar alterações na matéria, dependendo da forma como a radiação for usada. As fontes utilizadas para irradiar alimentos são isótopos radioativos, como Césio 197, Cobalto 60, raios X ou elétrons acelerados lineares.

Um pouco da história
Após a descoberta da radioatividade, na última década do século XIX, verificou-se em laboratório que as irradiações ionizantes afetavam os sistemas biológicos. Por meio delas, era possível exterminar organismos vivos e alterar a estruturas dos tecidos. Na década de 50, a Comissão de Energia Atômica e o Exército dos Estados Unidos financiaram pesquisas sobre o uso de radiações ionizantes na preservação dos alimentos. Em 1963, a FDA (Food and Drug Administration – similar à Anvisa no Brasil) permitiu seu uso no trigo e derivados e no bacon.

O Brasil faz pesquisas sobre alimentos irradiados desde 1975. Gradativamente, o leque de alimentos que poderiam ser irradiados foi aumentando. Entre os mais comumente irradiados estão a carne de vaca, porco e aves, nozes, batata, trigo, farinha de trigo, frutas, verduras e variados tipos de chás, ervas e condimentos. No Brasil irradiam-se principalmente cebolas, batatas, peixes, trigo e farinhas, papaia, morango, arroz e carne de porco.

O que isso significa?
O processo de irradiação expõe o alimento a uma carga equivalente à necessária para realizar cerca de 30 a 150 milhões de radiografias de tórax. Os níveis de radiação envolvidos compreendem uma faixa entre 5 mil a 4 milhões de rádios (medida-padrão para mensurar a radiação absorvida). Para se ter uma ideia dessa radiação, os aparelhos de raios X emitem menos que um rádio por sessão.

Como nos demais métodos de conservação de alimentos (pasteurização e congelamento, por exemplo), a irradiação ocasiona perdas de macro e micronutrientes, bem como variações na cor, sabor, textura e odor. Muitas vitaminas são praticamente extintas do alimento: até 90% da vitamina A na carne de frango, 86% da vitamina B em aveia e 70% da vitamina C em suco de frutas. À medida que o tempo de estocagem aumenta, outros nutrientes são perdidos: proteínas são desnaturadas e as vitaminas A, B12, C, E e K sofrem alterações semelhantes às do processo térmico (pasteurização).

No entanto, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) defende que, apesar da perda nutricional, as alterações químicas não são nocivas ou perigosas. Em entrevista ao site da Unicamp, um físico do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Universidade atribui o receio que a população tem de consumir esses alimentos à constituição de um “imaginário negativo” ligado à questão nuclear. A não aceitação por parte das pessoas decorre, entre outros fatores, da relação que se faz entre irradiação e radioatividade. Segundo ele, a contaminação radioativa pressupõe o contato físico com uma fonte radioativa, enquanto a irradiação é a energia emitida de uma fonte de radiação. Desta forma, os alimentos irradiados não se tornam radioativos, pois não contêm a fonte de radiação (apenas recebem a energia).

Elaine de Azevedo diz que “apesar de os especialistas afirmarem não ser sua intenção a utilização de radiações de alta energia (como a dos nêutrons, que tornariam os alimentos radioativos), é fundamental uma análise crítica em relação ao seu uso, pois até o momento não existem estudos suficientes que garantem sua inocuidade em seres humanos. E, por si só, é suficiente para avaliação da relação risco/benefício”.

A autora ainda discute a relação entre a irradiação e o incentivo a práticas agrícolas insustentáveis, baseadas em cultivos que ameaçam a biodiversidade. Leia um trecho:

“Ela sacrifica a sustentabilidade ecológica, ao encorajar a produção maciça, aumentando a dependência em relação à maior utilização de agrotóxicos. Além disso, teme-se que os resíduos radioativos das instalações das empresas de irradiação, transportados por grandes distâncias, possam causar acidentes que danificariam ecossistemas locais e ameaçariam a saúde pública. A irradiação encoraja o transporte dispendioso de alimentos que, quando cultivados e consumidos localmente, não precisam de irradiação. A adoção massiva desse recurso limita o direito das pessoas de escolherem onde e como seus alimentos serão produzidos. Um sistema democrático e que concede poder aos cidadãos para fazerem suas escolhas sensatas não precisa de irradiação. Essa prática é uma solução muito cara para o problema da segurança sanitária, atuando nos sintomas em detrimento das causas”

Um relatório da FDA de 2000 não associa a irradiação a riscos alimentares, mas ressalta que tal resultado não é aceito por diferentes grupos de consumidores em campanhas como a da instituição Public Citizen (Cidadão Público) e a Campanha contra Irradiação de Alimentos Europeia (The European Food Irradiation Campaing).

Fontes:
Livro Alimentos Orgânicos: ampliando os conceitos de saúde humana, social e ambiental. Elaine de Azevedo. Editora SENAC, 2012;
Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP);
UNICAMP;
Anvisa.

Leia também:
Você sabe o que são alimentos ultraprocessados?
Saiba o que são estabilizantes, aromatizantes, conservantes e corantesPor que se alimentar de forma diferente por mudar o mundo (e a sua vida)?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Anvisa vai discutira o rastreamento e a distribuição de verduras, legumes e frutas em todo o país


Conforme anunciado, a Anvisa discutirá o rastreamento e a distribuição de verduras, legumes e frutas em todo o país. O Grupo de Trabalho sobre Rastreabilidade - GT Rastreabilidade - foi criado por meio da Portaria N° 1.739, publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União.

O objetivo é implementar ações e estratégias que garantam rotulagem e a rastreabilidade de produtos de origem vegetal in natura dispostos para o consumo humano, em toda a cadeia de distribuição e comercialização.

Caberá ao Grupo elaborar uma minuta de norma sobre rastreabilidade e definir estratégias que difundam a necessidade da rotulagem e rastreabilidade junto a todos os Estados e Distrito Federal.

Grupo de Trabalho é composto por representantes da Anvisa e de Vigilâncias Sanitárias Estaduais e/ou Municipais. Ficará a critério do GT Rastreabilidade convidar especialistas e representantes de outras instituições para o desenvolvimento do trabalho.

A medida visa fazer um mapeamento dos produtores e, assim, facilitar a fiscalização sobre o abuso no uso dos agrotóxicos.

“Nós temos que saber sobre o alimento com problema, onde ele foi cultivado, quem é o agricultor responsável pelo fornecimento dele, e verificar se de fato é falta de orientação ou se é alguma questão de mercado que move essa utilização indevida do produto”, disse o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante entrevista coletiva para divulgar os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) e a criação do GT, na última terça-feira (29), em Porto Alegre.

Conheça a íntegra da Portaria do GT – Rastreabilidade 
aqui.

sábado, 3 de agosto de 2013

O sabor da infância

Há algum tempo recebi um presente muito especial.

Sorvetes e polpas congeladas da Le Naturelle, uma cortesia do Ronaldo Canova que havia assistido meus vídeos O que tem no meu sorvete e Néctar, Sucos ou Polpas, afinal qual é a diferença entre eles?  e resolveu me apresentar seus produtos. Eu estava com uma gripe danada, depois veio o frio e há algumas semanas consegui finalmente experimentar.

Não contente com isso, fiquei curiosa com a opinião das outras pessoas, pois tratam-se de sorbets, que não levam leite, sua base é água e os ingredientes são orgânicos. A textura é diferente dos sorvetes feitos com leite.

Tinha um daqueles almoços em família, aqueles,  que vem todo mundo sabe como é? Pois bem, achei perfeito para testar e levei meus potinhos de sorbet (com uma certa dor no coração, devo admitir, eles são tão bons!) e as polpas congeladas.

Os sucos todo mundo aprovou, não tinha muita novidade a não ser que o sabor é mais acentuado, pois são oorgânicos Os sorbets fizeram sucesso, eu servi com frutas e todo mundo achou "chiquérrimo".


Mas uma pessoinha em especial foi tocada na alma, minha tia Odete, 86 anos, ativa, empreendedora e ligada em alimentação. Ela simplesmente amou, mas amou de um jeito que no outro dia ligou para saber onde encontrar essa delícia!
"Tem gosto de infância, servi o que sobrou do almoço  para umas amigas minhas que vieram aqui e foi um sucesso. Descobri também que se deixar derreter fica um suco maravilhoso, rs."

Bom Ronaldo, só tenho a agradecer, os sabores são muito bons. Sorbets (açai, acerola, amora, maracujá e morango) e as polpas (acerola, açai, manga, maracujá, amora, goiaba, pêssego e morango).

Não gosto muito da goma xantana e da goma guar, mas como você mesmo me explicou:
" Em relação às gomas, buscamos eliminar as gomas de origem animal que são normalmente usadas nos estabilizantes e emulsificantes para sorvetes. Conseguimos deixar apenas as gomas de origem vegetal e, mesmo assim, conferir textura ao sorbet. Eliminar totalmente as gomas prejudicaria a textura, a formação de micro-cristais e a estabilidade do produto em relação às variações de temperatura. Mas é importante salientar que a quantidade usada no produto é minima, são menos de 2 gramas por 1.000 gramas de calda".

Com certeza todo mundo sairá ganhando ao trocar esses sorvetes industrializados cheios de gordura vegetal e outros aditivos por um sorvete de frutas orgânicas. Parabéns pelos produtos e pelo trabalho de vocês.








quinta-feira, 18 de abril de 2013

Frutas e Hortaliças de Outono em todo o Brasil

Nesta época de tanta contaminação por agrotóxicos procurar frutas e hortaliças orgânicas é sempre a melhor solução. Mas se não puder ou não encontrar prefira as da época pois com certeza serão menos contaminadas pois estão na época certa escolhida pela Natureza.









terça-feira, 9 de abril de 2013

Orgânicos e mais nutritivos, são os tomates orgânicos.

Tomate está caro?
Pois é, por incrível que pareça os tomates orgânicos estão mais baratos que os convencionais, cheios de agrotóxicos. Ainda por cima os orgânicos são mais nutritivos, não é demais?

Por Revista Pesquisa FAPESP
Edição 205 - Março de 2013


© PENTOP

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Ceará (UFC) mostrou que tomates cultivados pelo sistema orgânico possuem maior quantidade de compostos com ação antioxidante, como polifenóis e vitamina C, em comparação com os produzidos pela agricultura tradicional. 

“O estresse sofrido pela planta no cultivo orgânico influencia positivamente no acúmulo de sólidos solúveis e na síntese de metabólitos secundários, que ajudam no seu mecanismo de defesa e contribuem para aumentar o seu valor nutritivo”, diz a pesquisadora Aurelice Oliveira, que fez o estudo para a sua tese de doutorado, sob orientação da professora Raquel Miranda, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFC. As concentrações de vitamina C nos tomates orgânicos foram 55% mais elevadas nos frutos maduros em relação aos tomates de cultivo tradicional. 

“Os polifenóis, por exemplo, previnem a peroxidação de lipídeos, por combaterem os radicais livres”, diz Aurelice. Ela explica que no sistema convencional a planta já dispõe de todos os recursos necessários para o seu desenvolvimento, como fertilizantes, enquanto no sistema orgânico o composto nutriente utilizado demora a ser metabolizado, o que resulta em estresse. 

Uma das análises feitas para determinar o grau de oxidação das células dos frutos, chamada de peroxidação de lipídeos, comprovou que há um maior estresse no cultivo orgânico do que nos convencionais. O estudo foi publicado no site da na revista PLoS One (fevereiro de 2013).

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar


Mais uma discussão sobre os transgênicos onde os interesses econômicos são mais importantes que a saúde do homem e do Meio Ambiente.  Minha pergunta sempre será: "Se não fazem mal à saúde porque o símbolo dos transgênicos vem tão pequeno e disfarçado nas embalagens? Não seria motivo de orgulho???"


Fonte: BBC
Thomas Pappon
Da BBC Brasil em Londres
Atualizado em 8 de fevereiro, 2013 - 06:04 (Brasília) 08:04 GMT

No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.

É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.

Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.

Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.

As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.

Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.

A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.


MILHO

Dezoito variedades de milho transgênico são aprovadas para consumo no Brasil.
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.

O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.

O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo – exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.


ÓLEOS DE COZINHA

Óleo de soja é o principal subproduto do cultivo transgênico para o consumidor.

Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas – e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial – chegam às prateleiras com a reputação “manchada” mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.

SOJA
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos.

MAMÃO PAPAYA
Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo – a maior parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa.

QUEIJO

Aqui não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos – um procedimento custoso e "cruel". Biotecnólogos modificaram micro-organismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo – é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM. Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.


PÃO, BOLOS e BISCOITOS

Bolos e pães têm componentes derivados de milho e soja transgênicos

Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista.

Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

ABOBRINHA
Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.

ARROZ
Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães. O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.


FEIJÃO

Feijão transgênico deve ser distribuído no Brasil em 2014

A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties – em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.


SALMÃO

O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.

Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido.

Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano. "A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".

E ESTES NÃO DERAM CERTO…
A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato". Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Verduras contra o câncer

Fonte: Ecofidelidade

Está provado: a alimentação influencia no tratamento de câncer. Os especialistas concordam que uma dieta saudável e equilibrada, na qual não podem faltar vegetais, atua como uma barreira para as doenças. Além disso, vários estudos científicos mostram as propriedades anticancerígenas presentes em algumas verduras.

As verduras são essenciais em uma dieta saudável. Igual ao que ocorre com as frutas, esses alimentos tem pouca gordura e são cheios de vitaminas, minerais e fibras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que um adequado consumo diário de frutas e verduras poderia contribuir para a prevenção de doenças importantes, como as cardiovasculares e alguns tipos de cânceres. Em geral, esta entidade estima que a cada ano poderiam ser salvas 1,7 milhões de vidas se aumentar, suficientemente, o consumo de frutas e verduras.

Na verdade, um informativo da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês) recomenda a ingestão de, ao menos, 400 gramas diários de frutas e verduras. O objetivo é prevenir doenças crônicas como as cardíacas, cânceres, diabetes e obesidade.

"As frutas e verduras protegem, sobretudo, dos tumores malignos de cavidade oral, do esôfago, de pulmão, de estômago, da área colo retal, do pâncreas, de mama e de bexiga", detalhou a Associação Espanhola Contra o Câncer.

Esta organização salienta que as dietas ricas em frutas e verduras variadas evitariam cerca de 20% de todos os tipos de câncer.

"Faz tempo que sabemos que a alimentação influencia de uma maneira determinante para o desenvolvimento do câncer. Contudo, não temos dados concretos para saber, por um lado, de que maneira se previne a aparição da doença e, por outra, como aumentam as possibilidades de vivência daqueles que já estiveram doentes", explica Jesús García Mata, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Santa María Nai de Ourense e porta-voz da Sociedade Espanhola de Oncologia.

Enquanto, na maioria das vezes, os detalhes não são conhecidos, a alimentação é, de alguma forma, responsável por uma porcentagem importante de cânceres, diz o médico, que avisa que chegará um dia em que seremos capazes de descobrir qual parte da alimentação pode influenciar em cada tipo de câncer.

Não obstante, o especialista indica que cada vez mais vão aparecendo mais dados com relação a esse assunto.

Fonte: EFE

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Conhecem os alimentos termogênicos?

Esses alimentos nos ajudam a queimar mais energia ao longo do dia devido ao seu efeito de aumentar o metabolismo basal. Conheça alguns deles encontrados nos alimentos!



Fonte: CSNutrição

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alimentos ricos em Potássio

Fonte: Rita Souza Blog

O potássio é um mineral necessário para nosso organismo. Ele tem um papel importante no funcionamento do músculo cardíaco e na libertação de insulina.
Sua Carência pode provocar desequilíbrio interno, fatiga, tonturas, fraqueza muscular, e ainda pode causar arritmia cardíaca.

Relacionamos aqui frutas, verduras, legumes, grãos e frutas secas ricas em potássio, sempre lembrando "PREFIRA ALIMENTOS ORGÂNICOS, não envenene seu corpo e o Planeta com agrotóxicos e sementes transgênicas" .

Veja algumas frutas ricas em potássio


Damasco, acaí, abacaxi, ameixa,banana, cereja, coco, framboesa, graviola, laranja, limão, maçã, mamão, manga, melancia, melão, morango, kiwi, pêra, pêssego, umbu, uva

Legumes ricos em potássio



Abóbora, acelga, alcachofra, alface, alho, aipo, batata, batata-doce, beterraba, cebola, cenoura, cogumelos, couve, ervilha, espinafre fava, inhame, salsa, pimentão, pepino, tomate

Cereais e leguminosas rica em potássio



Arroz, feijão, girassol, grão-de-bico, lentilhas

Frutos secos rico em potássio



Avelã, castanhas, noz, tâmara, uva-passas

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uva orgânica ganha destaque na Festa Nacional de Caxias do Sul

Gastronomia Sustentável


 


A busca cada vez mais intensa por alimentos sustentáveis determinou que, na edição da Festa Nacional da Uva de Caxias do Sul neste 2012, a uva orgânica tenha recebido um destaque especial. A filosofia defendida pelos agricultores da serra gaúcha que apostam nesse tipo de cultivo das videiras tem sido recompensada e feito aumentar o universo de consumidores conscientes e preocupados com a sustentabilidade.

Até prêmio a uva orgânica ganhou nesta que é a maior festa do País e que se repete a cada dois anos desde 1931. No último sábado a Comissão Julgadora designada pelos organizadores do evento – que começou no dia 16 de fevereiro e encerra em 4 de março – elegeu dentre os 320 produtores inscritos, 27 campeões. Três deles, do 1º Distrito de Caxias, foram distinguidos pelo conjunto de variedades de uva orgânica - ou em transição para orgânica.




Esses expositores ganharam uma viagem para as regiões vitivinícolas da Argentina e do Chile, junto com aqueles outros premiados que foram destaque no cultivo das variedades isoladas. São essas variedades: Bordô, Isabel, Niágara branca, Niágara rosada, Lorena, Moscato Embrapa, Moscato branco, Cabernet Sauvignon, Merlot, Itália e Rubi.
Os jurados observaram, para chegar a uma decisão sobre os melhores – seguindo orientações pré-estabelecidas pelos organizadores – , aspectos como o padrão varietal e comercial, sanidade, uniformidade de maturação e tamanho das bagas. No caso dos conjuntos orgânicos, atenção ainda mais detalhada para a obrigatória ausência de resíduos e impurezas, além de critérios como o efeito visual e a distribuição espacial dos cachos no painel onde foram expostos.

Aliada a essa idéia defendida pelos agricultores de que é preciso apostar no cultivo orgânico está o sonho de recuperar o antigo método de manejo das videiras, resgatando a cultura trazida para a serra gaúcha pelas primeiras famílias de imigrantes italianos, que lá chegaram em 1875. Já no ano passado, em palestra na qual defendeu esse projeto, o coordenador técnico da Cooperativa Nova Aliança, Rodrigo Formollo, destacou que além da procura cada vez maior pela uva orgânica, outro motivo que está levando os produtores a apostarem no sustentável é a rentabilidade.

Disse Formollo: "O valor pago pela produção orgânica pode ser até 65% superior à fruta convencional. Além disso, produzindo os próprios insumos, o agricultor reduz os custos de produção. Exemplos disso são os biofertilizantes
caseiros preparados a partir de insumos minerais e até de cinza de fogão".





Superfesta valoriza ainda mais a uva orgânica

A Festa Nacional da Uva é o maior evento especializado no produto do Brasil. A edição deste ano, a 29ª, ganhou aspecto ainda mais grandioso pelo número de produtores envolvidos, atrações gastronômicas, número de funcionários, olimpíadas temáticas, além dos inúmeros shows atendendo as mais diversas preferências dos milhares e milhares de visitantes.

O Parque de Eventos da Festa da Uva possui hoje 370mil m2, espaço inimaginável naquele 1931, quando alguns poucos produtores se reuniram para expor seus produtos no Círculo Operário da cidade. Trabalhando para o sucesso do evento neste 2012 estão cerca de 5 mil pessoas. "Essa festa é o canal por onde se expressa a personalidade de Caxias do Sul", afirmou neste último final de semana a historiadora Tânia Toneto.

Ela tem se dedicado a resgatar e manter filmes antigos, fotos, objetos, que até domingo, dia de encerramento, estarão expostos no gigantesco espaço da Festa. "Mas ainda tempos muito a resgatar", lembrou Tânia.

O evento deste ano ganhou, como tema, evento deste ano ganhou, como tema, "Uva, Cor, Ação! – A Safra da Vida na Magia das Cores". Uma alusão à primeira transmissão de tv à cores ocorrida no Brasil, em 1972, justamente durante a Festa Nacional da Uva. A história registra que, naquele ano, havia uma dúvida se as primeiras imagens coloridas seriam as do evento em Caxias do Sul ou do carnaval carioca.

"Como o ministro das comunicações da época era caxiense, ele puxou a brasa para o nosso assado", contou, em entrevista à RBS TV, a caxiense Luiza Iotti, que participou daquele desfile, então com 14 anos de idade. Como ninguém
tinha dinheiro para comprar uma TV colorida naquele tempo, já que era uma grande e cara novidade, "todo mundo colocava papel celofane na frente da tela, para ver se conseguia dar cores às imagens", acrescentou, rindo.
Ela calcula que, aos valores atuais, uma TV à cores custaria o equivalente, agora, a R$ 5 mil. Na época a transmissão pioneira foi feita pela Tv Difusora, emissora independente local.

Aceitação da uva leva ao vinho orgânico

O caminho parece traçado. Com o destaque alcançado pela uva orgânica, vem aí o vinho consequentemente dela. Com menos química nos parreirais, livre de pesticidas, embora todos os entusiastas da proposta saibam que será um processo lento e gradual.

A ausência dos pesticidas, herbicidas e fungicidas torna o vinho orgânico mais encorpado. Sua aceitação, entretanto, não ocorrerá tão facilmente. O conceito pró-ambiente, a certeza de que se trata de uma alternativa mais saudável e ecologicamente correta, não é suficiente para mudar enraizados hábitos dos apreciadores da bebida.
Mas nos últimos tempos se reforça a defesa dos produtos naturais, como já disse o professor Juliano Caravaglia, do campus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
Segundo ele "Há uma tendência internacional irrevogável. Em termos de saúde preventiva, a alimentação orgânica deveria ser compulsória".

Para o especialista, é fundamental que se invista mais em pesquisas, pois o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) não tem sequer estatísticas sobre o cultivo de uvas orgânicas no Brasil, muito menos números precisos sobre quantas garrafas de vinho orgânico brasileiro são colocadas no mercado a cada ano.

Artigo escrito por Nico Noronha, jornalista, com passagem pelo jornal Zero Hora de Porto Alegre e portal UOL.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sucos industrializados com apenas 1% de fruta na sua composição?

Meu Nutricionista
20/03/2012

Muitas empresas escondem do consumidor a informação sobre os ingredientes e duas empresas também se recusaram a fornecer esse dado ao Idec/ Foto: stevendepolo

Uma pesquisa realizada pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), mostra que embalagens de alimentos industrializados não contêm as quantidades significativas de ingredientes que deveriam.

O Idec fez o levantamento de 18 produtos e 15 marcas de iogurtes, refresco em pó, gelatinas, isotônicos, sorvetes e néctares, e concluiu que em oito deles não existiam vestígios de frutas, e os outros dez haviam quantidades bem pequenas, cerca de 10%, na sua maioria girando em torno de 1%.

Com tudo, boa parte dos produtos possuía imagens reais de frutas que ocupam a maior parte da embalagem, enquanto a lista de ingredientes fica escondida, dificultando a leitura do consumidor. Na maioria dos rótulos as empresas não informam se o alimento contém ou não fruta e o seu percentual em relação ao restante dos ingredientes.

Entre os alimentos pesquisados, apenas três não usam imagens de fruta (fresca ou estilizada): os isotônicos Gatorade e Marathon, e a gelatina Dr. Oetker. Mas eles destacam o nome da fruta que dá sabor ao produto, além de usar cores a ela associadas. No caso do Gatorade, por exemplo, a letra que designa a palavra “tangerina” ocupa 5 mm de altura dos 43 mm do rótulo. Não é tão grande, mas é a segunda maior letra do rótulo, perdendo apenas para a usada no nome da marca.

O istônico Gatorade, é um dos oito produtos que, ao ler a sua lista de ingredientes conclui-se não conter frutas em sua composição. O mesmo ocorre com sorvete Kibon, gelatina Dr, Oetker e o também isotônico Matathon.

Dos refrescos em pó, apenas o Tang, Camp e La Frutta informavam qual o seu percentual de fruta, 1% nos três.

Veja a pesquisa do Idec em pdf
Fonte: Redação EcoD

segunda-feira, 19 de março de 2012

Comidinha da vovó: Caseira e eficiente


Pesquisas já comprovaram que boa parte das receitas caseiras usadas para o combate de gripes e resfriados tem lá o seu fundamento. "Nossos antepassados sabiam o que estavam fazendo", diz Tânia Rodrigues, da RG Nutri Consultoria Nutricional.

Isso não quer dizer que se possam ignorar conselhos médicos e remédios adequados quando os sintomas persistem. Mas é útil conhecer as propriedades de algumas soluções domésticas:

Alho e cebola: contêm componentes sulfurados, que reforçam o sistema imunológico. Têm propriedades anti-inflamatórias e antibióticas.

Canja: além do valor nutricional, é um ótimo expectorante, pelo calor do líquido e pelo fato de a carne de galinha, quando cozida, liberar o aminoácido cisteína, que dilui o muco das vias respiratórias.

Cenoura, abóbora e folhas escuras: são ricas em betacaroteno, nutriente que ajuda o pulmão a combater o muco excessivo.

Limão: tem vitamina C, antioxidante, e, na forma de chá, é um expectorante. O caldo deve ser adicionado ao chá apenas no final do preparo.

Couve: tem vitaminas A, B e C, que reforçam as defesas do organismo. Contém também minerais como o enxofre, com efeito expectorante.

Mel: além de ser uma boa fonte de energia, tem pequenas quantidades de flavonóides e terpenos, que combatem as bactérias.

Fonte: Veja On-line

terça-feira, 8 de março de 2011

As propriedades da banana


Se desejar uma solução rápida para baixos níveis de energia, não há melhor lanche que a banana. Contendo três açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia. Pesquisas provam que apenas duas bananas fornecem energia suficiente para 90 minutos de exercícios extenuantes. Não é à toa que a banana é a fruta nº 1 dos maiores atletas do mundo. Mas energia não é a única forma de ajudá-lo (a) a ficar em forma. A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande n.º de doenças e condições físicas, que a tornam obrigatória na sua dieta diária.

· Anemia: contendo muito ferro, bananas estimulam a produção de hemoglobina no sangue e ajudam nos casos de anemia.
· Pressão arterial: contém elevadíssimo teor de potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a pressão alta. Tanto que o FDA (agência responsável pelo controle de alimentos e remédios) dos EUA autorizaram a indústria de banana à oficialmente informar sua habilidade de reduzir o risco de pressão alta e infarto.
· Capacidade mental: 200 estudantes de uma escola em Twickenham (Middlesex) tiveram ajuda da banana (no café da manhã, lanche e almoço), para elevar sua capacidade mental. Pesquisa mostra que frutas com elevado teor de potássio ajudam alunos a aprender e manter-se mais alerta.
· Constipação: com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, superando o problema, sem recorrer a laxantes.
· Depressão: de acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, muitas se sentiram melhor após uma dieta rica em bananas. Isto porque a banana contém "triptofano", um tipo de aminoácido que o organismo converte em serotonina, reconhecida por relaxar, melhorar o humor e, de modo geral, aumentar a sensação de bem estar.
· Ressaca: uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina com banana e mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel, eleva o baixo nível de açúcar.
· Azia: elas têm efeito antiácido natural. Se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar-se.
· Enjôo matinal: comer uma banana entre as refeições ajuda a manter o nível açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.
· Picada de mosquito: antes de usar remédios, experimente esfregar a parte interna da casca da banana na região afetada. Muitas pessoas têm resultados excelentes em reduzir o inchaço e a irritação.
· Nervos: ela contém elevado teor de vitamina B, que ajuda a acalmar o sistema nervoso.
· Excesso de peso e Pressão no trabalho: estudos do Instituto de Psicologia na Áustria mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de comidas, como chocolate e biscoitos. Examinando 5 mil pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que tinham trabalhos com maior pressão. O relatório concluiu que, para evitar a ansiedade por comida, precisa-se controlar os níveis de açúcar no sangue. Comendo alimentos ricos em carboidratos, como bananas, a cada 2 horas, mantém-se estável o nível de açúcar.
· TPM: esqueça as pílulas e coma banana. Ela contém vitamina B6, que regula os níveis de glicose no sangue, que afeta o humor.
· Úlcera: usada na dieta diária contra desordens intestinais, é a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.
· Controle de temperatura: muitas culturas vêm à banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física como emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bebês nascerem em temperatura baixa.
· Desordens Afetivas Ocasionais: a banana auxilia os que sofrem de DAO, porque contêm um incrementador natural do humor, o "triptofano".
· Fumo: elas podem ajudar pessoas que estão largando o cigarro, porque seus elevados níveis de vitaminas C, A1, B6 e B12, além de potássio e magnésio, ajudam o corpo a se recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.
· Estresse: potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os 
batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água no nosso corpo. Quando estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo os níveis de potássio, que pode ser reequilibrado com a ajuda da banana, rica em potássio.
· Infarto: de acordo com pesquisa publicada no Jornal de Medicina New England, comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por infarto em até 40%!
· Verrugas: os naturalistas juram que se quiser eliminar verrugas, basta colocar a parte interna da casca de banana sobre elas e prendê-la com esparadrapo ou fita cirúrgica.

Como vêm, a banana é um remédio natural contra muitos problemas. Comparada à maçã, tem 4 vezes mais proteína, 2 vezes mais carboidratos, 3 vezes mais fósforo, 5 vezes mais vitamina A e ferro e 2 vezes outras vitaminas e minerais. Também é rica em potássio e, como um todo, é um dos alimentos, mais valiosos. Então talvez seja hora de mudar o ditado de "uma maçã por dia dispensa o médico" para "uma banana ao dia dispensa o médico".

Perguntas e respostas


Fernando Ataliba

1. Por que alguns agricultores usam agrotóxicos e outros não?
É importante dizer que os agricultores que usam agrotóxicos não são vilões, não o fazem por mal, mas foram vítimas da campanha que as multinacionais, juntamente com os governos, orquestraram para criar uma dependência dos agricultores em relação à indústria. Por décadas os governos emprestavam dinheiro (com juros subsidiados) para os agricultores, desde que este dinheiro fosse gasto com agroquímicos industriais. As instituições de pesquisa, incluindo as universidades, tiveram e ainda têm suas pesquisas financiadas pela indústria química. Poucos agricultores em todo o mundo conseguiram ficar fora desta onda. Entretanto, constatou-se que esta forma de plantar provoca diversos tipos de doenças (entre as quais o câncer); contamina as águas subterrâneas, os rios e os lagos; contamina e destrói a fertilidade dos solos e provoca outros males. Foi então, que teve início a valorização daqueles que aplicam uma agricultura que respeita a natureza.


2. Frutos grandes e bonitos indicam o uso de agrotóxicos?
Não. O que determina o tamanho e a aparência de um fruto é, preponderantemente, sua genética. O fruto que recebe uma nutrição correspondente a suas necessidades vai desenvolver seu potencial genético. Muitas vezes frutos pequenos e tortos indicam plantas subnutridas. No sistema convencional podem indicar plantas intoxicadas por agrot óxicos.


3. Como saber se o produto que estou comprando é realmente orgânico?
Quem garante o produto orgânico são as certificadoras, órgãos não governamentais que realizam inspeções periódicas nos produtores e atestam que todas as normas estão sendo respeitadas. Portanto, o consumidor pode confiar nos produtos com o selo de uma das certificadoras id ôneas que atuam no país.


4. Qual é a semelhança entre produtos orgânicos e produtos hidropônicos?
Nenhuma. A agricultura orgânica e a hidroponia seguiram tendências opostas na agronomia. Os agricultores orgânicos procuram uma reaproximação da natureza, enquanto os hidropônicos optaram por um afastamento radical, com métodos tão antinaturais como a supressão do solo e a nutrição pela adição de nutrientes químicos solúveis à água. Os produtos hidropônicos podem receber tanto, ou mais, agrotóxicos quanto os produtos da agricultura convencional.


5. Por que os produtos orgânicos custam tão caro?
Nesta pergunta está embutido o preço dos produtos convencionais como parâmetro. Na verdade, os preços dos produtos convencionais oscilam bastante em função da oferta e da procura. Já os produtos orgânicos seguem preços de tabela mais estáveis. Há momentos em que o preço dos convencionais ultrapassa bastante o dos orgânicos. Há, porém, dois fatores importantes para elucidar a questão. Em primeiro lugar, os produtos convencionais são muitas vezes vendidos a preços inferiores aos custos de produção, com conseqüências desastrosas para os agricultores e para toda a sociedade. O segundo fator diz respeito aos preços nos supermercados. Por alguma razão que só os supermercadistas podem explicar, os produtos orgânicos estão entre os itens que contêm as maiores margens de lucro para estas lojas.


6. Quais são os alimentos convencionais mais contaminados por agrotóxicos?
O grande problema da agricultura convencional é que não sabemos o que estamos comendo. Tanto podemos estar comendo um alimento não contaminado, como podemos estar comendo substâncias altamente nocivas à saúde. Qualquer alimento convencional pode estar gravemente contaminado.


7. Existem técnicas seguras para descontaminar um alimento convencional?
Não. A única técnica segura de descontaminação ocorre em relação a coliformes, quando deixamos os alimentos de molho em cloro ou vinagre. Entretanto, quanto aos agrotóxicos não há nenhuma segurança. Não adianta retirar a casca, nem supor que os tubérculos, por estarem embaixo do solo, estão seguros. Alguns dos agrotóxicos mais perigosos são sistêmicos e estão na seiva de toda a planta.


8. Frutas e hortaliças orgânicas também precisam ser lavadas?
Sim. Higiene não tem nada a ver com contaminação por agrotóxicos. Os produtos orgânicos, principalmente aqueles que são consumidos crus, foram manipulados, armazenados e devem receber os mesmos cuidados higiênicos como qualquer outro produto.


9. Para que servem as estufas na agricultura orgânica?
Basicamente, as estufas seguram os raios solares aumentando o efeito sobre os vegetais. Vale lembrar, que os raios solares são a principal fonte energética dos vegetais, para o processo de fotossíntese. Na agricultura orgânica existem ainda outras razões para o uso de estufas. Por ser um ambiente controlado, podemos manter, dentro da estufa, as melhores condições de conforto ambiental (temperatura, umidade do ar e vento) para as plantas, aumentando sua resistência natural às pragas e às doenças.


10. O que é adubação verde e para que serve?
A adubação verde é o plantio de diversas espécies vegetais intercalado ou concomitante às culturas comerciais. Com a adubação verde a agricultura orgânica procura imitar o que ocorre nas florestas naturais: diversificar os tipos de vegetação no solo, diversificar os tipos de microrganismos no solo, adicionar matéria orgânica ao solo, interromper o ciclo de pragas e doenças etc.


11. O que é compostagem e para que serve?
A compostagem também imita os processos da natureza. Assim como ocorre nas florestas naturais, buscamos, com a compostagem, reciclar a vida. A matéria orgânica obtida dos restos de processos agrícolas, industriais ou residenciais precisa sofrer um processo de compostagem (fermentação) que pode ser acrescido de minerais e voltar ao solo, devolvendo a ele o que lhe foi retirado.


12. Qual é a diferença entre melhoria genética e os transgênicos?
Há milhares de anos os homens realizam melhoramento genético. Onde quer que o homem tenha praticado agricultura neste planeta, ele adaptou espécies e reforçou características interessantes. Recentemente, a engenharia genética descobriu como transplantar genes de uma espécie para outra. Enquanto a melhoria genética é semelhante à seleção natural, os transgênicos são uma aberração das leis da natureza. Retiram um gene de um animal ou de uma bactéria para implantá-lo em um vegetal ou vice-versa, tudo isso atendendo aos interesses das grandes empresas multinacionais que procuram incrementar os lucros investindo nesse tipo de pesquisa.


13. O movimento orgânico é retrógrado ao negar avanços científicos como os transgênicos?
O desenvolvimento científico não é neutro, ele é motivado por algum tipo de ideologia ou interesse. O movimento orgânico valoriza muito o conhecimento científico como meio de conhecer os processos da natureza e saber como reproduzi-los em nosso benefício. Encontramos na natureza uma sabedoria infinita da qual somos fruto, como espécie. Já a agricultura que surgiu com os agroquímicos e hoje atingiu seu ápice nos transgênicos tem uma postura arrogante diante da natureza, achando que os homens podem melhorá-la. Assumem uma postura prepotente ao transformar as leis que regem toda a vida do planeta. Os orgânicos têm uma postura humilde, de aprendizado.


14. Conseguiríamos matar a fome da humanidade 
se os agrotóxicos e os transgênicos fossem proibidos?
Na verdade, somente se os agrotóxicos e os transgênicos forem proibidos encontraremos um caminho para acabar com a fome no mundo. Ao contrário do que dizem, as grandes monoculturas — que só são viáveis com o uso de grandes máquinas, muitos agrotóxicos e adubos químicos (e agora transgênicos) — retiraram o sustento de milhões de pequenos agricultores em todo o planeta. Como a indústria, o comércio e as demais atividades urbanas não são capazes de absorver este enorme contingente populacional, ficam eles excluídos da economia globalizada e condenados a viver de caridade ou a passar fome. As técnicas agrícolas atuais exigem um enorme investimento, o que restringe a produção de alimentos a poucos. Sem os agroquímicos, transgênicos e enormes máquinas agrícolas, poderíamos reabsorver a mão-de-obra excedente na agricultura. Em pequenas e médias propriedades, com a utilização de técnicas já comprovadas pela agricultura orgânica, poderíamos produzir alimentos mais saudáveis, econômica e ecologicamente sustentáveis e acolher os excluídos.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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