Mostrando postagens com marcador ** Soja. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ** Soja. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Escondida dos rótulos, soja transgênica está afetando saúde da população

Pesquisa da nutricionista Rayza Dal Molin aponta presença massiva de alimentos modificados geneticamente no Brasil
Fonte: Brasil de Fato 

Letícia Sepúlveda
São Paulo (SP),24 de Setembro de 2018 às 15:30



Vários tipos de soja transgênica estão sendo desenvolvidas, mas a única que pode ser comercializada é a resistente ao herbicida glifosato / Pexels/rawpixel

A soja é conhecida por seus ótimos benefícios para a saúde, como a redução no risco de doenças cardiovasculares, do colesterol ruim e o fortalecimento dos ossos. No entanto, de acordo com o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, 96,5% da soja produzida no Brasil é transgênica.

A tese de doutorado da nutricionista Rayza Dal Molin Cortese indica que

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina encontrou soja e milho em metade dos produtos analisados. Contrariando a lei, nenhum deles indicava presença de componentes geneticamente modificados

Fonte: SEARADIONAOTOCA
por Cida de Oliveira, da RBA publicado 15/09/2017 


ARQUIVO/EBC


Presença de transgênicos é omitida pela indústria de alimentos. Peito de peru e patês foram os itens com maior concentração de derivados de soja e milho




Brasília – Metade das carnes e derivados contém em sua composição ingredientes transgênicos e o consumidor nem desconfia. É o que sugere uma pesquisa do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgada durante o Agroecologia 2017 – 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno


Dos 496 produtos analisados, 49,2% continham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho. A maior concentração foi encontrada nos subgrupos de peito de peru e patês. A proteína de soja, detectado em 217 alimentos do grupo (43,7%), foi o ingrediente mais usado. (43,7%), seguido do amido de milho, que estava em 27 itens (5,4%).
Do total, 209 alimentos continham ingredientes derivados de soja, 18 deles continham derivados de milho e outros 21, derivados de ambos.
Os ingredientes derivados de milho e soja identificados na tabela dos rótulos destes alimentos são a proteína de soja, o amido de milho, lecitina de soja, óleo de milho, farinha de soja, farinha de milho, óleo de soja, xarope de milho, molho de soja e dextrose de milho.

As lavouras brasileiras de soja e milho são, em sua maioria, geneticamente modificadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os organismos geneticamente modificados (OGM) estão cada vez mais presentes na alimentação da população mundial, seja como alimento ou como ingrediente de alimentos industrializados.

O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.

"Tais cultivos dão origem a subprodutos que são utilizados pela indústria alimentícia como constituintes de muitos alimentos. Considerando a crescente produção de alimentos transgênicos no Brasil, presume-se uma grande possibilidade de que os ingredientes derivados de milho e soja, presentes nesses produtos, também sejam transgênicos", afirmou a professora da UFSC e líder da pesquisa, Suzi Barletto Cavalli.

REPRODUÇÃO

94% da soja e 85% do milho cultivados no Brasil são transgênicosMais agrotóxicos
Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo "T" referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.

Origem
Foram considerados subprodutos de soja e milho aqueles ingredientes que continham a determinação da origem, como óleo de milho, proteína de soja. Ingredientes como óleo vegetal ou amido não foram considerados, se não contivessem essa especificação. Também foi analisada a frequência dos ingredientes, com o intuito de verificar quais ingredientes derivados de soja e/ou milho estavam entre os mais frequentes nos alimentos analisados.

Do total de carnes e preparações à base de carnes analisadas, 49,2% traziam em sua composição pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho, sendo que a maioria dos subgrupos apresentava mais da metade dos alimentos com esses componentes.
Em apenas dois subgrupos (caviar e charque) não havia nenhum alimento contendo ingredientes derivados de soja e/ou milho. Os subgrupos que continham mais alimentos com ingredientes passíveis de serem transgênicos foram os subgrupos 13 – peito de peru; 14 – patês; 11 – preparações de carnes com farinhas ou empanadas e 1 – almôndegas a base de carnes.

Os achados são semelhantes aos de estudos internacionais e nacionais, que demonstraram a utilização de proteína de soja pela indústria alimentícia como um ingrediente em produtos processados à base de carne.

No caso de carnes e preparações à base de carnes, as proteínas de soja são amplamente utilizadas por suas propriedades de ligação de água, ligação de gordura, textura e capacidade emulsionante, além das características organolépticas como aparência, firmeza e corte.

No estudo catarinense, nenhum dos alimentos analisados continha identificação da presença de transgênicos no rótulo. Contudo, estudos brasileiros identificaram a presença de soja e milho em diversos alimentos, incluindo carne processada e produtos à base de soja em quantidade superior a 1% sem, no entanto, declarar a presença de transgênicos no rótulo, conforme a legislação de rotulagem

"Assim, considerando que 94% da soja e 85% do milho cultivados no país são transgênicos, é provável que os ingredientes derivados de soja e milho identificados no presente estudo também o sejam", disse Suzi Cavalli.

Segundo ela, esses resultados são preocupantes porque, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, 24,5% da quantidade per capita média diária de consumo da população brasileira são provenientes de produtos de origem animal, incluindo carnes, leite e derivados e ovos.

Além da grande quantidade de ingredientes possivelmente transgênicos adicionados pela indústria alimentícia em carnes e preparações a base de carnes, animais alimentados com ração produzida com milho e/ou soja transgênicas também podem constituir fonte de transgênicos na alimentação humana.

Outro lado
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informou à redação, por meio de nota, que é bastante clara quanto a esse tema e recomenda às suas associadas o pleno cumprimento do Decreto 4.680/03, que determina a rotulagem de alimento ou ingrediente alimentício com a presença de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). 

E que nos casos em que houver comprovação efetiva de desacordo com a legislação vigente estarão sujeitos às penalidades aplicadas pelas autoridades competentes.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

O companheiro liberou: o caso dos transgênicos no governo Lula


Fonte: ASPTA

9 /02/ 2017

Estudo de caso de Gabriel B. Fernandes publicado em dezembro de 2005 pelo IBASE. 

Apresenta a forma como esse tema foi tratado pelo governo desde a legalização de plantios clandestinos até seu empenho para aprovar uma lei de biossegurança que sofreu forte oposição da sociedade civil organizada e recebeu aplausos de ruralistas e das empresas de biotecnologia.

Disponível aqui (pdf 1,2 MB)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Transgênicos na moda têm também

Fonte: INSECTA

Quando falamos de transgênico, provavelmente a primeira coisa que vem à mente são produtos alimentícios como milho e soja. Nem sempre é fácil perceber como as poderosas Monsanto e DuPont, multinacionais responsáveis pela maioria das sementes transgênicas no mundo, podem estar envolvidas com produtos além da mesa, afinal, ter monopólio das agriculturas destinadas à alimentação nos parece mais do que suficientemente rentável.

Mas a verdade é que o transgênico já chegou à indústria da moda faz tempo e veio, claro, pela fibra fabricada em maior quantidade no mundo: o algodão. A semente do algodão está no top 5 dos produtos transgênicos junto com a soja, o milho e a canola. Talvez você esteja pensando “se nós não comemos algodão, não tem problema usar algodão transgênico, não é mesmo?”. Porém, não é bem assim.

Um dos maiores problemas do transgênico começa bem antes do produto chegar na sua mão, e não tem muito a ver com saúde, pelo menos não com a nossa. Vamos deixar 99% das questões que envolvem o debate entre os que são a favor dos transgênicos e os que são contra e focar apenas em uma: o monopólio e como ele afeta os produtores.

Quem leu nossa matéria sobre o recém-lançado documentário The True Cost deve ter se espantado com a alta taxa de suicídio entre os produtores de algodão da Índia, um dos países que mais exportam algodão no mundo. A cada 30 minutos, um fazendeiro comete suicídio, o que equivale 1 em cada 3 suicídios no mundo. Enquanto a Monsanto nega firmemente que o produto dela tenha qualquer coisa a ver com isso, algumas pesquisadores, jornalistas e líderes indianos afirmam exatamente o contrário.



Para começar, as sementes são muito caras e os fazendeiros precisam recorrer a empréstimos bancários para financiá-las, com esperança de diminuir custos principalmente com pesticidas. Alexis Baden-Mayer, diretor político da Organic Consumers Association, esclarece que as sementes transgênicas “são incrivelmente mais caras; são 8 mil por cento mais caras do que sementes de algodão normal. Mas sementes de algodão normal se tornaram praticamente indisponíveis para os agricultores indianos por causa do controle da Monsanto do mercado de sementes “, disse IDT, acrescentando que a Índia é hoje o quarto maior produtor de culturas geneticamente modificadas.

Em contrapartida, um dos maiores problemas de plantar o algodão geneticamente modificado da Monsanto na Índia é que ele precisa de muita irrigação e, com os sistemas de irrigação manipulados pelos fazendeiros ricos, a maioria das plantações depende da água das chuvas. Porém, depender da água das chuvas é um risco imenso e muitas colheitas não acontecem. Logo, os fazendeiros não conseguem pagar os empréstimos, perdendo, inclusive, suas fazendas.

“O algodão transgênico tem sido promovido como algo que realmente resolve problemas dos agricultores indianos que cultivam algodão. Mas algo que tem sido promovido como uma solução de crises, cria ainda mais problemas “, disse o cientista agrícola Kirankumar Vissa.

Quando a chuva atrasa, os empréstimos se acumulam, as famílias perdem as terras e não enxergam mais nenhuma saída, eles recorrem, principalmente, aos pesticidas como fonte de auto envenenamento. É uma história que se remete entre as viúvas e filhos que ficaram.

Mas o que nós podemos fazer para não endossar essa política? Bem, a verdade é que é realmente complicado achar uma saída 100% porque a Índia exporta algodão para o mundo todo. É claro que não estamos dizendo para você jamais comprar algodão, mas sim que vale ficar atento nas empresas que produzem com materiais reciclados (além de PET, já existe algodão reciclado disponível para as marcas de moda) ou fazem upcycling.



Ainda é muito difícil de encontrar no Brasil, mas existe também opções de peças feitas com algodão orgânico, totalmente livre de transgênicos. Empresas responsáveis, que têm uma política ética realmente forte, também procuram suas matérias-primas de maneira responsável. O principal lema para ter em mente sempre é: consumir menos, melhor e com consciência do impacto daquele produto no mundo e na vida de outras pessoas.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Agrotóxico está escondido até em lasanhas e biscoitos

Fonte: A Tribuna
EGLE CISTERNA - 15/04/2015 - 19:46 - Atualizado em 15/04/2015 - 19:47


Relatório do Inca aponta que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial do produto

É comum imaginar a presença de agrotóxicos em alimentos in natura,como verduras e hortaliças, mas eles podem estar escondidos em vários outros produtos processados pela indústria. A lista vai de biscoitos, salgadinhos, pães e cereais matinais a lasanhas e pizzas – e a todos os outros produtos que têm o trigo, o milho e a soja, como ingredientes. Nem a carne ou o leite estão livres dos agrotóxicos.

De acordo com relatório apresentado na última semana pelo Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), o uso de agrotóxicos no Brasil saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$ 8,5 bilhões, entre 2001 e 2011. Em 2009, o País se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com mais de um milhão de toneladas – o equivalente a um consumo médio de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante.

Contaminação e saúde

Segundo o levantamento, o uso de sementes transgênicas foi um dos responsáveis por essa realidade, uma vez que exigem grande quantidade de agrotóxicos em sua produção. Parte dessa química fica nos alimentos, mas parte acaba depositada no solo e pode até atingir o lençol freático, o que facilita a contaminação dos animais.

A exposição a esses produtos em alimentos e no ambiente, ainda que em doses baixas, pode causar intoxicações crônicas e afetar toda a população. Segundo o Inca, os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição e causar, entre outros problemas, infertilidade, impotência, abortos, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.

Nas feiras

Uma alternativa para os produtos repletos de inseticidas e outros químicos são os alimentos orgânicos. Apesar de já contarem com feiras específicas em Santos, ainda são pouco conhecidos pela população.

“Os fregueses associam muitas vezes o orgânico com a hortaliça que “tem bicho” e preferem os com agrotóxico. Trocam aquilo que está com alguma sujeirinha, que pode ser facilmente limpo, por um produto com veneno”, diz a feirante Jaqueline Fernandes.




Os consumidores preferem ver preço a saber se o alimento possui ou não agrotóxico

Outra feirante, Eloisa Guida, vai além. “Aqui, as pessoas nem perguntam sobre agrotóxicos. Querem saber o que é mais barato, das frutas da estação”.

A dona de casa Sidneia Maria Rael afirma levar em consideração o preço na hora de escolher o produto. “Esses aí (orgânicos) eu não encontro em todos os lugares e são muito caros. Só levo para casa quando estão em promoção”.

Para o feirante Paulo Sergio Padovesi, aos poucos, a cultura dos fregueses da feira livre está mudando. “Na feira de sábado, na Pompeia, por exemplo, já compensa levar produtos orgânicos, pois há saída. Mas a produção ainda é pouca; são pequenos produtores que se juntam para vender uma quantidade menor. Isso faz com que o preço seja 50% maior do que aqueles que utilizam agrotóxicos”.

Evite danos

Para reduzir possíveis danos à saúde de produtos com agrotóxico, a dica é lavar bem o alimento. “Deve-se lavar em água corrente, usando até uma escovinha macia, em alguns casos”, ensina o nutricionista Cézar Henrique Azevedo. Ele orienta que algumas frutas, como o morango, não devem ficar muito tempo de molho. “A casca pode se dissolver e o defensivo agrícola entra no alimento”.

Azevedo aconselha também a lavar apenas a quantidade de frutas que for consumir na sequência, não deixar os produtos de molho na geladeira e não utilizar água quente para a limpeza. Deixar verduras de molho em uma solução de hipoclorito de sódio com água também é eficiente.

Nota do Blog Alimento Puro: Agrotóxico está dentro do alimento, não sai com nenhum produto ou com lavagem a quente ou frio. O que sai é o que está por fora que é uma quantidade mínima.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Quais os piores alimentos para a saúde? Opinião do Dr. Victor Sorrentino


Um pequeno trecho de uma entrevista do Dr. Victor Sorrentino que achei interessante trazer para vocês:
* Entrevista concedida em Salvador, durante uma palestra no evento TEDx Pelourinho.

“Uma cidade inteligente não pode deixar que um colégio venda refrigerante.”

O pior é o refrigerante light, mas o leite de vaca também está entre os piores. É difícil dizer o que tem de leite de vaca ali dentro, porque hoje aquilo é veneno, possui uma quantidade imensa de hormônio de vaca prenha. Já foram identificados mais de 56 hormônios, incluindo o do crescimento. Isso sem contar os pesticidas, agrotóxicos, antibióticos. Não ache que se a vaca ficar doente o produtor vai tirar ela de produção, ele vai é dar antibiótico para que ela continue dando leite. E isso justifica o crescimento da nossa resistência a certos remédios.


Outro problema é o cálcio desse leite, que possui uma concentração muito alta e tem provocado diversos problemas, inclusive a osteoporose, por incrível que pareça. Em países como a China e o Japão, onde não existe o consumo de leite de vaca, os níveis de infarto e osteoporose são muito mais baixos.

Além disso, tem os produtos à base de soja, aspartame, ciclamato monossódico, frutoses (com exceção do que vem junto com a fruta), gorduras trans, óleos hidrogenados, biscoitos industrializados, molhos prontos, glúten.

E o que comer para não ficar doente?
Frutas (de preferência orgânicas), peixes, ovo, leites de coco, amêndoa e arroz, açúcar mascavo, adoçante stevia, óleo de coco, muita água, verduras e vegetais.

Leia o artigo todo em http://drvictorsorrentino.com.br/minha-visao-da-saude-atual-e-opiniao-sobre-os-piores-alimentos-no-mundo-atual/


(Visitado 1.74250 vezes, 64 visitas hoje)

Tags: Alimentos, Entrevistas, Matérias

Trackback from your site.

sábado, 2 de novembro de 2013

Brasil perde controle do milho transgênico.



Fonte: Folha Online

AGNALDO BRITO
Enviado especial da Folha ao Paraná

O Brasil começa a colher em algumas semanas a primeira safra comercial de milho transgênico autorizada pelo governo. O tamanho exato dessa produção ninguém ainda sabe, nem a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

O certo é que uma parte importante dos 17,4 milhões de toneladas da produção prevista do milho safrinha terá a tecnologia Bt (sigla para Bacillus thuriengensis), pela qual um gene não existente na planta é inserido no DNA de algumas variedades de milho.

A missão dessa proteína é criar toxinas inseticidas que matam três tipos de lagarta quando elas ingerem qualquer parte da planta. Para os produtores, a tecnologia promete reduzir o número de aplicações de veneno nas lavouras.

Mas a grande preocupação do campo agora nem é exatamente o volume de produção de milho Bt, mas sim os riscos sobre os milhões de toneladas que não são geneticamente modificadas e que vão entrar na cadeia de produção de alimentos nas próximas semanas.

Os agricultores informam que a separação entre OGM (organismo geneticamente modificado) e não OGM será mínima. Procuradas, grandes indústrias consumidoras de grãos utilizados na produção de ração para frangos e suínos, como as gigantes Sadia e Perdigão, prometem manter políticas de aquisição de não OGMs. Como o farão não informaram.

A reportagem da Folha percorreu uma das maiores regiões de produção de grãos do país, o oeste do Paraná, e flagrou o plantio fora das regras impostas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, maior autoridade em biossegurança do país) para o cultivo do milho transgênico. Mais: uma boa parte da nova safra desse OGM será colhida, transportada, armazenada e provavelmente processada sem nenhuma separação.

O assunto traz também uma enorme ameaça para boa parte da indústria de alimentos, cujo esforço tem sido o de tentar de todas as formas se enquadrar nos limites de até 1% de OGM na composição de seus produtos e evitar a rotulagem com o selo indicador de existência de transgênico.

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) acredita que o milho vai agravar um problema que já ocorre com a soja. O governo admite: "[A rotulagem] está sendo cumprida, [mas] não na abrangência que a lei requer", afirma Jairon do Nascimento, secretário-executivo da CTNBio, autoridade responsável por liberar 11 tecnologias transgênicas no país.

A propósito, a CTNBio considera a rotulagem "um luxo desnecessário". A alegação é que o consumidor deve confiar na segurança dos OGMs autorizados pela comissão.

Tudo misturado
A exemplo do que ocorreu com a soja transgênica, hoje quase que totalmente misturada às variedades convencionais, o milho, segundo os produtores, terá o mesmo destino.

O problema começa já na lavoura, com o risco real de contaminação de plantações convencionais ou orgânicas por plantas transgênicas. A possibilidade de uma planta polinizar outra cria dúvidas sobre as garantias reais de que a lavoura convencional não receberá pólen transgênico.

A Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e do Abastecimento do Paraná), Estado que mais tem combatido o avanço dos transgênicos no país, confere a eficácia das regras fixadas pela CTNBio que determinam espaços e tempos de plantios não coincidentes com o objetivo de não misturar milhos.

A reportagem da Folha acompanhou fiscais da secretaria num teste em plantação no município de Goioerê e constatou, em análise preliminar, traços de transgênicos em lavoura de milho convencional.

Segundo o engenheiro agrônomo Marcelo Silva, fiscal do Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária da Seab, há fortes indícios de que o afastamento exigido hoje (veja quadro) não é suficiente para assegurar a coexistência com a tecnologia transgênica sem que ela contamine plantios convencionais ou orgânicos por polinização.

O assunto é polêmico, envolve risco de perda de contratos (o que já ocorreu com produtores de soja) e até o direito de produtores que não queiram adotar a tecnologia de companhias multinacionais de biotecnologia, como Monsanto, Syngenta, Bayer e outras.

O trabalho da Secretaria de Agricultura do Paraná pode culminar num enorme revés para a CTNBio, que admite que, se houver fatos novos no estudo de transgênicos, pode reavaliar as suas decisões.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Soja transgênica gera celeuma na China

Suinocultura
Quinta-feira, 11 de Julho de 2013, 09:12:41InsumosMercado Externo
Afirmações não fundamentadas cientificamente de uma autoridade chinesa da área agrícola sobre supostos riscos cancerígenos do consumo de soja transgênica reacenderam um debate acalorado sobre o uso de produtos agrícolas transgênicos, num país cada vez mais necessitado de alimentos.
Wang Xiaoyu, vice-secretário-geral da Associação de Soja de Helongjiang e partidário do consumo da soja local, não transgênica, disse recentemente que pessoas que consomem óleo de soja produzido a partir de soja transgênica "são mais vulneráveis a desenvolver tumores e esterilidade".

Para sustentar sua afirmação, Wang observou que as regiões em que o consumo de óleo de soja transgênica era alto, como as províncias de Fujian e Guangdong, no sul do país, revelavam também altos níveis de incidência de câncer. Continue lendo ...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Leite e Carne de soja! Saudáveis?

Por PortalOrgânico - Elaine Azevedo

O uso da soja como fonte de proteína sempre foi enfatizado entre os adeptos da alimentação natural e do vegetarianismo, substituindo formas animais de proteína – carne, leite e ovos.

Porém, é bom lembrar que além da problemática que envolve o uso de agrotóxicos e de sementes transgênicas na sojicultora, tanto o extrato (“leite de soja”) como a proteína texturizada de soja (“carne de soja”) são produtos manipulados industrialmente e estão muito distantes da imagem de natural que a eles é conferida.

No caso do extrato de soja, após a extração do líquido, flavorizantes, corantes e adoçantes artificiais são adicionados ao produto final para mudar seu gosto (amargo, com gosto de feijão) e cor (acinzentada) originais.

A proteína texturizada de soja, considerada um resíduo da indústria de óleo, tornou-se hoje ingrediente chave em muitos produtos industrializados e em alimentos à base de soja que imitam a carne. Sua produção tem lugar em complexos industriais onde uma pasta fluida de soja é misturada com uma solução alcalina para remover sua fibra, que é então precipitada e separada utilizando-se um banho ácido em tanques de alumínio, sendo finalmente neutralizada numa solução alcalina.

Os coalhos resultantes são borrifados para serem secados sob altas temperaturas para a produção de um pó rico em proteína. O processo final de extrusão da proteína isolada da soja, sob altas temperatura e pressão, produz então a proteína vegetal texturizada.

Lembre-se que um produto realmente natural é aquele que está mais próximo da forma fresca e natural do alimento.


Nota do Blog: 93% da plantação de milho e soja no Brasil é transgênica.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Transgênicos se expandem na América Latina, resistência também!












Car@s Amig@s,
Cerca de 50 milhões de hectares são cultivados com sementes transgênicas na América Latina. Só Brasil e Argentina juntos jogam em suas lavouras modificadas mais de 500 mil toneladas por ano de agrotóxicos à base de glifosato. O produto é classificado como sendo de baixa toxicidade, mas estudos recentes vêm demonstrando seus efeitos teratogênicos e sua responsabilidade pela má-formação fetal, mesmo em concentrações quinhentas vezes menores do que as recomendadas pelos fabricantes.
Em Córdoba, na Argentina, um levantamento feito no Bairro Ituzaingó Anexo revelou que a incidência de câncer aumentava com a proximidade dos campos de soja. Até 2010 foram aí registrados 169 casos da doença, dos quais mais de 30 vieram a óbito. São populações ilhadas pela soja e expostas a banhos de agrotóxicos jogados por aviões, como os alunos e professores da Escola São José do Pontal, em Rio Verde, Goiás (veja abaixo).
O tripé “semente transgênica – herbicidas – plantio direto” tem possibilitado uma expansão ainda maior das monoculturas extensivas, acelerando o desmatamento e em muitos casos levando a fortes conflitos por terra, como no caso do Paraguai. Mais de 90 mil pessoas deixaram a zona rural do país nos últimos anos.
O avanço desse modelo tem elevado o preço das terras em função da crescente procura por parte de estrangeiros e empresas multinacionais. No Uruguai, em dez anos multiplicou-se por seis o valor da terra, seja para arrendamento ou para venda. Nesses mesmos dez anos o país perdeu 40% de suas pequenas propriedades de até 19 hectares e 19% daquelas com até 99 ha. Quase metade da soja produzida é controlada por seis empresas. Capitais brasileiros controlam 87% do arroz produzido no país.
Na região andina a soja não tem a mesma presença. O Peru decretou moratória aos transgênicos no país, e o Equador tem a proibição em sua constituição, embora ronde uma ameaça à sua manutenção em função do novo processo constituinte pelo qual passará o país e dos interesses de reeleição de Rafael Correa. E resta a ameaça do milho transgênico em países com rica biodiversidade e cultura alimentar relacionada ao grão, como México, Guatemala, Colômbia, Bolívia e outros. A contaminação dos recursos genéticos nesses centros de origem e de diversidade genética da espécie tem efeitos desconhecidos e imprevisíveis, e por isso já foi chamada de crime de lesa-humanidade.
Mas em todos países da região onde chegam as seis grandes empresas do setor com seus pesquisadores ponta de lança, a sociedade se organiza para fazer frente a esse modelo. Além de expor todos os prejuízos e impactos proporcionados por essa neocolonização da região, uma infinidade de iniciativas agroecológicas de produção, consumo e de uma outra perspectiva de relação com a natureza são apresentadas como alternativa. São, por exemplo, os territórios indígenas colombianos autodeclarados áreas de conservação da agrobiodiversidade e livres de transgênicos e o caso da Costa Rica, onde a partir de marchas, caminhadas, debates, feiras e todo um processo de mobilização, 56 de suas 81 administrações regionais se decretaram regiões livres de transgênicos. Faltam apenas 25!
Esse quadro foi debatido na última semana em Bogotá, Colômbia, com a representação de organizações, movimentos sociais, pesquisadores, agricultores e indígenas de doze países da região reunidos por iniciativa da Red América Latina Libre de Transgénicos – RALLT e do Grupo Semillas. As organizações saíram fortalecidas do debate e com uma agenda coletiva para reforçar as ações de resistência e de construção de alternativas.
Como bem colocou um companheiro mexicano ao falar da riqueza de sementes nativas existentes em seu país, “no limite, podemos dizer que cada agricultor tem a sua variedade de semente. E se são milhões de agricultores, são milhões de variedades”.
O México, berço do milho, não pode ser dependente de importações do grão norte-americano. Resgatar essas sementes é resgatar a soberania das nações.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Soja Livre é tema de seminário realizado na tarde desta segunda em Cuiabá

Expresso MT - Em 06/05/13 às 15H06


Cuiabá sedia na tarde desta segunda-feira (06) o seminário Certificação de Sementes Livres de Transgênicos
Fonte: AgroOlhar


Realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange) o evento ocorre no Hotel Gran Odara, das 14h às 17h.

A certificação das sementes de soja convencional ou livre de transgênicos foi anunciada durante o Programa Soja Livre, realizado no início deste ano. Com a certificação o produtor de sementres terá mais segurança jurídica e poderá ofertar aos agricultores sementes de soja de alta qualidade e com 99,9% livre de contaminação por outras culturas modificadas geneticamente.

Durante o seminário serão tratados temas como custos, vantagens e uso do Selo Abrange; nova fase do programa Soja Livre – Certificação; Garantia de pureza de sementes livres de transgênicos Selo Abrange; Segurança e qualidade ao produtor e ao mercado e como funciona a certificação.

Dados

Em Mato Grosso e Rondônia, dois maiores produtores de soja livre ou não transgênico, 25% da área plantada é destinada a este tipo de alimento. Os dois entes da federação necessitam de mais de dois milhões de sacas de sementes de soja livre para atender a demanda dos produtores rurais.

Com o aumento da procura por este tipo de alimento (geneticamente não modificado) no mercado internacional, governo e tradings da China manifestaram interesse em adquirir do Brasil mais de 12 milhões de toneladas de soja livre.

Participantes

Segundo a assessoria da Abrange, estarão presentes no evento o presidente da associação, Cesar Borges, que também é presidente da Caramuru Alimentos; o diretor-técnico da Abrange e coordenador do Programa Soja Livre, Ivan Paghi; o presidente da CERT-ID, certificadora da semente de soja livre, Augusto Freire; os diretores da Imcopa (maior processadora de soja não transgênica do Brasil), José Del; e da Amaggi, Marcelo Massardo e Sergio Pizzato.

Proprietários de empresas produtoras de sementes de soja de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal; além de representantes das Fundações de Pesquisa e Apoio à Embrapa (CTPA, Fundação Triângulo e Cerrados) e diretores da Associação de Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) também confirmaram presença.

Serviço

Seminário Certificação de Sementes Livres de Transgênicos
Segunda-feira - 06/05 - das 14h às 17h
Hotel Gran Odara, Avenida Miguel Sutil, Cuiabá
Mais informações: Valeria Carvalho - 65-9954-9280

sábado, 4 de maio de 2013

SOJA – A História Não É Bem Assim

Corre Cotia -19/04/2004
 Dr Alexandre Feldman


Hoje em dia existe uma verdadeira febre de consumo de soja. Propagada como um alimento rico em proteínas, baixo em calorias, carboidratos e gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão, um ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na verdade é mais um "conto do vigário" do qual a maioria é vítima.

É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô. Por volta do século 2 A.C., os chineses descobriram um modo de cozinhar os grãos de soja, transfomá-los em um purê e precipitá-lo através de sais de magnésio e cálcio, formando o assim chamado "queijo de soja" ou tofu. O uso destes alimentos derivados de soja se espalhou pelo oriente, especialmente no Japão. O uso de "queijo de soja" como fonte de proteína data do século 8 da era cristã (Katz, Solomon H "Food and Biocultural Evolution A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems", Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

Não é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de soja. Hoje a ciência sabe que ela contém uma série de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, e que recebem o nome deantinutrientes.Um destes antinutrientes é um inibidor da enzimatripsina, produzida pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteínas. Os inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento. Com a redução da digestão das proteínas, o caminho fica aberto para uma série de deficiências na captação de aminoácidos pelo organismo. Animais de laboratório desenvolvem aumento no tamanho do pâncreas e até câncer nessa glândula, quando em dietas ricas submetidos a inibidores da enzima tripsina.

Uma pessoa que não absorve corretamente os aminoácidos, tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado. Você já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos? Já os descendentes que vivem em outros países e adotam as dietas desses países, costumam ter uma estatura maior que a média no Japão. (Wills MR et al Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, páginas 771-773). O efeito inibitório da absorção de aminoácidos pode comprometer a fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir dos mesmos, entre os quais, os neurotransmissores. A enxaqueca, a cefaléia em salvas, a cefaléia do tipo tensional, e outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e fibromialgia, são causadas por um desequilíbrio dos neurotransmissores. Qualquer fator que prejudique a sua fabricação, pode aumentar ou perpetuar esse desequilíbrio. A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação. Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de coagulação do sangue e uma propensão maior a acidentes vasculares. A pior coisa para esses indivíduos é ingerir substâncias que agravam essa tendência. Tanto a tripsina, quanto a hemaglutinina e os fitatos, que mencionaremos a seguir, são neutralizados totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação de tofu.

Os fitatos, ou ácido fítico, são substâncias presentes não apenas na soja, mas em todas as sementes, e que bloqueiam a absorção de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como o cálcio (osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crônica) e zinco (inteligência).Você não sabia de nada disso? Mas a ciência já sabe, estuda esse fenômeno extensamente e não tem dúvidas a respeito. Já comprovou este fato em estudos realizados em países subdesenvolvividos cuja dieta é baseada largamente em grãos. (Van-Rensburg et al Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer, Nutr Cancer, volume 4, páginas. 206-216; Moser PB et al Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breast-fed infants, Am J Clin Nutr, volume 47, páginas 729-734; Harland BF, et al Nutritional status and phytate zinc and phytate X calcium zinc dietary molar ratios of lacto-ovo-vegetarian Trappist monks 10 years later. J Am Diet Assoc., volume 88, páginas 1562-1566).

Claro que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda uma indústria multibilionária da soja. A soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal. (El Tiney AH Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan", Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989, pp. 67-78).Para os demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada, aveia, centeio etc), é possível reduzir bastante e neutralizar em grande parte o conteúdo de fitatos, através de cuidados simples, como deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um cozimento lento e prolongado. (Ologhobo AD et al Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing. J Food Sci volume 49 número 1, páginas 199-201). Já os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples, requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mínimo) de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação, não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.

Interessantemente, se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma redução dos efeitos inibidores dos fitatos. (Sandstrom B et al Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans. J Nutr volume 119 número 1, páginas 48-53; Tait S et al, The availability of minerals in food, with particular reference to iron J R Soc Health, volume 103 número 2, páginas 74-77). Mas geralmente, os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que pretendem consumi-lo em lugar da carne! O resultado? Deficiências nutricionais que podem levar a doenças como dores crônicas, como dor de cabeça e fibromialgia. O zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na fabricação de proteínas e no controle dos níveis de açúcar no sangue, além de ser um componente de várias enzimas e ser essencial para o nosso sistema de defesas. Os fitatos da soja prejudicam a abosrção do zinco mais do que qualquer outra substância. (Leviton, Richard Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods The "Food of the Future" - How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT, 1982, páginas 14-15). Por conta da tradição oriental, indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de "alimento saudável", sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-científicas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteína texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja, sobre a qual comentarei mais adiante neste livro. A divulgação, na grande mídia, destes produtos de paladar no mínimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população. Que prejuízo! (Não para a indústria, é claro).

Sabe como se faz leite de soja? Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos antinutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteínas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é a base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerígenas. Este n-hexano reduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina. (Berk Z Technology of production of edible flours and protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin 97, Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, página 85, 1992).

Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral - alimentos estes normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentícia. A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio. Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contêm algum derivado da soja em sua composição. É só conferir os rótulos. A lecitina de soja atua como emulsificante. A farinha de soja aumenta a "vida de prateleira" de uma série de produtos. O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos. A indústria da soja é enorme e poderosa.

E como se fabrica a proteína de soja? Em primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes químicos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details. Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232). Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina. Também não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste produto. Que conveniente!

O povo... coitado... só foi "treinado" para ficar de olho na quantidade de coleterol - esta sim, presente em todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.O povo nunca ouviu falar nos antinutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja. A proteína texturizada de soja (proteína texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante a adição de glutamato monossódico, no intuito de neutralizar o sabor de grão e criar um sabor de carne. Alguns pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fígado, na África, se deve à introdução de produtos de soja naquela região. (Katz SH Food and Biocultural Evolution A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems. Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

A minha dica: Quando consumir soja, utilize apenas os derivadosaltamente fermentados, como o missô e o shoyu. Mesmo assim, muita atenção para os rótulos. Compre apenas se neles estiver escrito "Fermentação Natural", e se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos antinutrientes ficam no seu soro.



Veja o vídeo do Dr. Alexandre falando sobre a soja.



Artigo publicado originalmente no site www.enxaqueca.com

Para mais informações, visite

http://www.soyonlineservice.co.nz

http://www.westonaprice.org

http://www.nexusmagazine.com/

http://www.brain.com/

The Trouble With Tofu: Soy and the Brain

Soy May Cause Cancer and Brain Damage

Soy: Too Good to be True

Newest Research On Why You Should Avoid Soy

Learn The Truth About The Historical Use Of Soy

High Soy Diet During Pregnancy And Nursing May Cause Developmental Changes In Children

Soy Can Cause Severe Allergic Reactions

Soy Supplements Fail to Help Menopause Symptoms

20/20 Feature on the Dangers of Soy

Soy Formulas and the Effects of Isoflavones on the Thyroid

Pregnant Women Should Not Eat Soy Products

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Batata frita com Benzoato.

Mesmo com pareceres contrários, o Ministério da Agricultura liberou agrotóxicos sem registro para combater pragas em lavouras da Bahia. 


Foram liberados o benzoato, produtos biológicos como vírus VPZ HzSNPV e Bacillus Thuringiensis, e produtos químicos como Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe. Detalhe que a praga que atinge o Oeste baiano concentra-se em plantações de algodão, soja e milho. 

Segundo diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, as lagartas já dizimaram 2% da área cultiva e os prejuízos são estimados em um bilhão de reais. A solução pensada foi óbvia: liberar produtos mais eficientes. 

Ninguém, por certo, pensa em rever sua forma de produção. Até porque é impossível: o financiamento do banco exige a notinha do uso de defensivo ou veneno, a semente comprada exige o uso do veneno e o agricultor não sabe mais cuidar da terra sem química.

O que é assustador é que as promessas do passado não se cumprem mais. As pragas atacam produções que seguem as regras do jogo: uso de defensivos e agrotóxicos, sementes transgênicas e grandes extensões de terra com a mesma cultura. 

A pergunta é: por que não dá certo? Não dá certo porque toda ação tem reações. E a reação, via de regra, gera um problema maior. 
  • Na safra passada, foram usados 70 ml do inseticida DuPont para controlar 90% da praga. 
  • Nesta safra, com 150 ml não se controlaram 70%. 
Segundo especialistas, o aumento de lagartas do gênero helicoverpa se dá pela expansão das lavouras de milho transgênicas, que são resistentes à lagarta spodoptera. Essas intervenções, sabidamente agressivas, exaurem a terra e provocam um desequilíbrio ecológico sem precedentes, cujas consequências não temos a menor ideia (ou temos, mas deliberadamente ignoramos).

Questionar o uso de agrotóxicos e defensivos é quase que violar uma lei natural. Desde a revolução verde que o melhoramento genético, mecanização, insumos, defensivos e agrotóxicos são a razão da erradicação da fome no mundo. Só que a fome no mundo não foi erradicada. 

Além disso, temos agricultores com doenças impensáveis décadas atrás, de problemas respiratórios a doenças de pele, câncer e má-formação fetal. Não fiz o cálculo, mas se o prejuízo da lavoura é de quase um bilhão, de quanto será o prejuízo para os cofres públicos em gastos na saúde? 

A atual produção de alimentos provoca uma série de doenças evitáveis, além de criar um ciclo de problemas cuja solução ou é começar do zero com um novo paradigma ou entupir o prato do consumido de veneno.

Apenas uma coisa é certa: o seu óleo de cozinha não terá lagarta, mas vai vir cheio de benzoato.

Fonte: Band Santa Catarina

Eu acrescentaria o mesmo para seus salgadinhos, seus chocolates, etc etc. Cada vez mais é importante ler os ingredientes dos rótulos! 
Nadia Cozzi

segunda-feira, 18 de março de 2013

Após contaminação, Anvisa suspende produtos com soja da marca Ades



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, comercialização e consumo, em todo o território nacional, de todos os lotes de vários produtos da marca Ades por "suspeita de não atenderem às exigências legais e regulamentares" do órgão.

A medida, válida para todo o território nacional, engloba todos os sabores do produto. De acordo com a Anvisa, o consumidor que tiver adquirido os produtos não deve consumi-los.

"Apesar de a Unilever já ter realizado o recall do lote do produto com sabor maçã (96 unidades, segundo informações da empresa), a Anvisa decidiu suspender todos os lotes de todos os sabores, produzidos na linha de produção em que foi identificada a falha, até que a Agência tenha mais informações sobre a verdadeira extensão do problema", disse a Anvisa em nota.

A Unilever se posicionou sobre a suspensão imposta pela Anvisa afirmando que apenas os lotes com o suco de maçã anunciados na semana passada tiveram contaminação (lote com as iniciais AGB 25, fabricado em 25/02/2013, com validade até 22/12/2013).

Em nota, a empresa considera que "todos os demais produtos Ades não correspondentes aos lotes com iniciais 'AG'" estão em "perfeitas condições para consumo". Mas, obedecendo à ordem da Anvisa, a empresa informou que já iniciou a retirada dos produtos do mercado.

A Unilever afirmou que está passando à Anvisa todas as informações necessárias para tentar revogar a proibição da venda da bebida.
Anvisa vai fiscalizar fábrica com problema

De acordo com a Anvisa, está programada para esta segunda-feira (18), uma inspeção sanitária na fábrica da empresa em Pouso Alegre (MG), na qual serão verificadas as condições de produção do alimento.

A medida foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU). A Anvisa não informou por quanto tempo vale a suspensão.

A suspensão abrange todos os lotes dos seguintes produtos:
sabor abacaxi (embalagem de 1 litro);
cereais com mel (1 litro);
chá verde com tangerina (1 litro);
chá verde com limão (1 litro);
chocolate clássico (1 litro);
chocolate com coco (1 litro);
frapê de coco (1 litro);
laranja (1 litro), (1 litro promocional, leve 1 litro pague 900 ml), (1,5 litro);
maçã (1 litro), (1 litro promocional, leve 1 litro pague 900 ml), (1,5 litro);
manga (1 litro);
maracujá (1 litro);
melão (1 litro);
morango (1 litro);
original (1 litro), (1,5 litro);
pêssego (1 litro);
shake morango (1 litro);
uva (1 litro), (1 litro promocional, leve 1 litro pague 900 ml), (1,5 litro);
vitamina banana (1 litro);
zero frapê de coco (1 litro);
zero laranja (1 litro);
zero maçã (1 litro);
zero original (1 litro);
zero pêssego (1 litro);
zero vitamina banana (1 litro);
zero uva (1 litro).

Ainda de acordo com a Anvisa, "caso seja verificado que o problema tenha, de fato, sido solucionado e que não atingiu outros lotes e sabores, os produtos poderão ser, novamente, liberados".
Na semana passada, recall de Ades de maçã de 1,5 litro

Na semana passada, a Unilever já tinha anunciado um recall por contaminação com produtos de limpeza. A empresa alertou que a ingestão da substância poderia provocar queimaduras.

De acordo com a empresa, cerca de 96 unidades do produto estavam impróprias para o consumo humano (lote com as iniciais AGB 25, fabricado em 25/02/2013, com validade até 22/12/2013). As embalagens com o produto contaminado foram distribuídas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

A empresa solicitou que os consumidores verificassem o produto já adquirido e, caso se tratasse do lote mencionado, não o consumissem e entrassem em contato gratuitamente pelo SAC (0800 707 0044), das 8h às 20h, ou pelo e-mail (sac@ades.com.br).

Fonte: Economia UOL
O telefone do SAC estava instável na tarde desta segunda-feira. O UOL tentou entrar em contato e não conseguiu. Em algumas tentativas, ficou mudo, em outras a ligação não foi atendida. Um leitor relatou que ouviu uma mensagem de que o número "foi desativado".

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar


Mais uma discussão sobre os transgênicos onde os interesses econômicos são mais importantes que a saúde do homem e do Meio Ambiente.  Minha pergunta sempre será: "Se não fazem mal à saúde porque o símbolo dos transgênicos vem tão pequeno e disfarçado nas embalagens? Não seria motivo de orgulho???"


Fonte: BBC
Thomas Pappon
Da BBC Brasil em Londres
Atualizado em 8 de fevereiro, 2013 - 06:04 (Brasília) 08:04 GMT

No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.

É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.

Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.

Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.

As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.

Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.

A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.


MILHO

Dezoito variedades de milho transgênico são aprovadas para consumo no Brasil.
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.

O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.

O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo – exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.


ÓLEOS DE COZINHA

Óleo de soja é o principal subproduto do cultivo transgênico para o consumidor.

Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas – e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial – chegam às prateleiras com a reputação “manchada” mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.

SOJA
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos.

MAMÃO PAPAYA
Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo – a maior parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa.

QUEIJO

Aqui não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos – um procedimento custoso e "cruel". Biotecnólogos modificaram micro-organismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo – é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM. Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.


PÃO, BOLOS e BISCOITOS

Bolos e pães têm componentes derivados de milho e soja transgênicos

Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista.

Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

ABOBRINHA
Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.

ARROZ
Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães. O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.


FEIJÃO

Feijão transgênico deve ser distribuído no Brasil em 2014

A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties – em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.


SALMÃO

O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.

Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido.

Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano. "A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".

E ESTES NÃO DERAM CERTO…
A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato". Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Feiras Orgânicas