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segunda-feira, 3 de julho de 2017

O que as pessoas comem nas regiões com as expectativas de vida mais altas do mundo?

Fonte: BBC
02/07/17


Image caption 

Pessoas que moram nas regiões com as maiores expectativas de vida do mundo têm alguns hábitos em comum

Qual é o segredo para uma vida longa? Essa pergunta desperta a curiosidade de cientistas e leigos.

Alimentar-se bem pode ser uma das respostas - se não para viver eternamente, ao menos para passar dos cem anos de idade.

E é justamente a alimentação que chama a atenção em cinco regiões do planeta onde a população atinge uma idade média superior a cem anos.

"O que descobrimos é que as pessoas nessas regiões não só vivem mais tempo - cerca de dez anos acima da média - mas vivem melhor a sua velhice", disse à BBC o cientista americano Dan Buettner, que batizou essas cinco regiões de "zonas azuis".
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Direito de imagemPANDA3800Image caption  
Especialista diz que pessoas que moram nas chamadas "zonas azuis" vivem melhor sua velhice

Em seu livro As Zonas Azuis, Buettner estudou os hábitos alimentares na ilha de Okinawa, no Japão, na cidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), na ilha de Ikaria, na Grécia, na Sardenha (Itália) e na península de Nicoya, na Costa Rica.

Mas de que se alimentam essas pessoas para ajudar em sua longevidade?

"A maioria dos alimentos que consomem vêm de plantas. Mas, acima de tudo, são alimentos não processados ​ou muito pouco processados", disse Buettner, que contou ter partido da "bastante estabelecida" noção de que apenas 20% da nossa longevidade média pode ser atribuída à genética. "Os 80% restantes (se devem) ao estilo de vida e ao ambiente."

Sem leite ou refrigerante

De acordo com Buettner e uma pesquisa que contou com o apoio da National Geographic, os três alimentos básicos são as folhas verdes (vegetais), oleaginosas e grãos.

Mas existem muitas variações e complementos que dependem exclusivamente de cada região.

"Eles comem carboidratos, mas não processados como bolos ou donuts, mas sim grão de trigo ou batatas", disse o pesquisador.

Direito de imagemGETTY IMAGESImage caption
No Japão existem várias regiões onde as mulheres são as que mais vivem no planeta

Uma das coincidências nas dietas é a ausência total de refrigerantes e produtos derivados do leite de vaca.

"Muitas dessas pessoas que conseguiram ter uma vida tão longa só conheceram os refrigerantes há cerca de dez anos. E comem queijo, mas os que vêm de cabra ou pecorino, de ovelhas", disse ele.

Quando se trata de proteína, o peixe é rei.

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"Eles consomem cerca de três porções de peixe por semana, a mesma frequência dos ovos. Mas comem pouca carne vermelha, cerca de cinco porções por mês", disse Buettner.

"É o que eles têm ao seu alcance. Seu consumo se limita muito ao que eles são capazes de produzir localmente."
E o que bebem?

Em 2013, perguntaram a Stamatis Moratis, um morador da ilha de Ikaria de 98 anos de idade, qual era o segredo para viver tanto.

E sua resposta não era peixe nem grãos ou vegetais. "É o vinho."
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionVinho é uma das bebidas que fazem parte das tradições de muitas dessas regiões

"O vinho que eu tomo é puro, nada é adicionado. O vinho produzido comercialmente têm conservantes, que não são bons", disse ele na época à BBC.

De acordo com Buettner, as bebidas preferidas das pessoas dessas áreas são água e vinho.

"Tomam, em média, seis copos de água e muitos deles têm, dentro de suas culturas, o hábito de tomar umas três porções de vinho por semana", detalhou.

Mas há uma outra surpresa: o café também tem lugar cativo.

"Vimos que em algumas destas zonas azuis o consumo de café é bastante comum, especialmente porque o consideram um potente antioxidante", acrescentou o pesquisador.
Influência dos processados

Uma das conclusões da pesquisa de Buettner é a péssima influência de alimentos processados ​​em dietas ao redor do mundo - algo que se expandiu pela influência dos EUA. A ponto de algumas das zonas azuis estarem perto de perderem tal "status" por força da incorporação de comidas processadas em suas dietas.

Ao mesmo tempo, é curioso que uma dessas zonas azuis esteja localizada precisamente nos Estados Unidos: Loma Linda, na Califórnia.

E talvez a resposta para a longevidade dali seja a religião.

Cerca de metade dos 24 mil habitantes desta cidade são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. E vivem dez anos a mais do que a maioria dos americanos.

Image captionA cidade de Loma 
Linda, nos Estados Unidos, é uma das zonas azuis ao redor do mundo

"Acho que cheguei a esta idade (101 anos em 2015) porque não bebo ou fumo, vou para a cama cedo e agradeço a Deus por sua bondade", disse Betty Streifling à BBC.

Nesse sentido, Buettner diz que ninguém pode mudar seus hábitos alimentares da noite para o dia, mas sim o ambiente.

"É muito difícil tentar mudar a atitude das pessoas frente à comida, mas se em vez de se depararem com uma hamburgueria ou sorveteria a cada duas quadras elas tivessem a seu alcance lojas de alimentos saudáveis, certamente as taxas de longevidade aumentariam", opinou.

"Além disso, nessas áreas azuis, a ideia de 'alimentação saudável', que para muitos é uma imposição, para eles é simplesmente 'comer normalmente', como têm feito há anos", concluiu.

"O segredo é dedicar o tempo a preparar esses alimentos básicos que os humanos consomem há milhares de anos, torná-los saborosos - considerando que nosso paladar foi destruído pelo açúcar, pelo sal e pela gordura (dos alimentos processados)."

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Europa: produção e consumo de vinho orgânico registram expansão

Terra - Economia - 05/04/2012

Os alimentos produzidos sem pesticidas e fertilizantes são um segmento de mercado de forte crescimento na Alemanha e na Europa. Isso se evidencia também no setor de vinhos. Nos últimos quatro anos, a área cultivada da viticultura orgânica quase dobrou na Alemanha, chegando a cerca de 5 mil hectares de vinhedos. "Isso representa em torno de 5% da área total de vinhedos", disse Ernst Büscher, do Instituto Alemão do Vinho (DWI, na sigla em alemão), com sede em Mainz.

"A marca ''orgânico'' é hoje um valor agregado que os consumidores levam para casa. Eles estão aliados a um conceito de alta qualidade, além de contribuir para uma produção ecológica de alimentos", diz Büscher.

A crescente demanda fortalece viticultores orgânicos e associações. Isso ficou claramente visível na última Prowein, importante feira internacional de vinhos em Düsseldorf. A presença dos fornecedores de vinhos orgânicos nunca foi tão grande, e pela primeira vez eles foram reunidos num pavilhão próprio.Leia mais ...


terça-feira, 3 de abril de 2012

Uva orgânica ganha destaque na Festa Nacional de Caxias do Sul

Gastronomia Sustentável


 


A busca cada vez mais intensa por alimentos sustentáveis determinou que, na edição da Festa Nacional da Uva de Caxias do Sul neste 2012, a uva orgânica tenha recebido um destaque especial. A filosofia defendida pelos agricultores da serra gaúcha que apostam nesse tipo de cultivo das videiras tem sido recompensada e feito aumentar o universo de consumidores conscientes e preocupados com a sustentabilidade.

Até prêmio a uva orgânica ganhou nesta que é a maior festa do País e que se repete a cada dois anos desde 1931. No último sábado a Comissão Julgadora designada pelos organizadores do evento – que começou no dia 16 de fevereiro e encerra em 4 de março – elegeu dentre os 320 produtores inscritos, 27 campeões. Três deles, do 1º Distrito de Caxias, foram distinguidos pelo conjunto de variedades de uva orgânica - ou em transição para orgânica.




Esses expositores ganharam uma viagem para as regiões vitivinícolas da Argentina e do Chile, junto com aqueles outros premiados que foram destaque no cultivo das variedades isoladas. São essas variedades: Bordô, Isabel, Niágara branca, Niágara rosada, Lorena, Moscato Embrapa, Moscato branco, Cabernet Sauvignon, Merlot, Itália e Rubi.
Os jurados observaram, para chegar a uma decisão sobre os melhores – seguindo orientações pré-estabelecidas pelos organizadores – , aspectos como o padrão varietal e comercial, sanidade, uniformidade de maturação e tamanho das bagas. No caso dos conjuntos orgânicos, atenção ainda mais detalhada para a obrigatória ausência de resíduos e impurezas, além de critérios como o efeito visual e a distribuição espacial dos cachos no painel onde foram expostos.

Aliada a essa idéia defendida pelos agricultores de que é preciso apostar no cultivo orgânico está o sonho de recuperar o antigo método de manejo das videiras, resgatando a cultura trazida para a serra gaúcha pelas primeiras famílias de imigrantes italianos, que lá chegaram em 1875. Já no ano passado, em palestra na qual defendeu esse projeto, o coordenador técnico da Cooperativa Nova Aliança, Rodrigo Formollo, destacou que além da procura cada vez maior pela uva orgânica, outro motivo que está levando os produtores a apostarem no sustentável é a rentabilidade.

Disse Formollo: "O valor pago pela produção orgânica pode ser até 65% superior à fruta convencional. Além disso, produzindo os próprios insumos, o agricultor reduz os custos de produção. Exemplos disso são os biofertilizantes
caseiros preparados a partir de insumos minerais e até de cinza de fogão".





Superfesta valoriza ainda mais a uva orgânica

A Festa Nacional da Uva é o maior evento especializado no produto do Brasil. A edição deste ano, a 29ª, ganhou aspecto ainda mais grandioso pelo número de produtores envolvidos, atrações gastronômicas, número de funcionários, olimpíadas temáticas, além dos inúmeros shows atendendo as mais diversas preferências dos milhares e milhares de visitantes.

O Parque de Eventos da Festa da Uva possui hoje 370mil m2, espaço inimaginável naquele 1931, quando alguns poucos produtores se reuniram para expor seus produtos no Círculo Operário da cidade. Trabalhando para o sucesso do evento neste 2012 estão cerca de 5 mil pessoas. "Essa festa é o canal por onde se expressa a personalidade de Caxias do Sul", afirmou neste último final de semana a historiadora Tânia Toneto.

Ela tem se dedicado a resgatar e manter filmes antigos, fotos, objetos, que até domingo, dia de encerramento, estarão expostos no gigantesco espaço da Festa. "Mas ainda tempos muito a resgatar", lembrou Tânia.

O evento deste ano ganhou, como tema, evento deste ano ganhou, como tema, "Uva, Cor, Ação! – A Safra da Vida na Magia das Cores". Uma alusão à primeira transmissão de tv à cores ocorrida no Brasil, em 1972, justamente durante a Festa Nacional da Uva. A história registra que, naquele ano, havia uma dúvida se as primeiras imagens coloridas seriam as do evento em Caxias do Sul ou do carnaval carioca.

"Como o ministro das comunicações da época era caxiense, ele puxou a brasa para o nosso assado", contou, em entrevista à RBS TV, a caxiense Luiza Iotti, que participou daquele desfile, então com 14 anos de idade. Como ninguém
tinha dinheiro para comprar uma TV colorida naquele tempo, já que era uma grande e cara novidade, "todo mundo colocava papel celofane na frente da tela, para ver se conseguia dar cores às imagens", acrescentou, rindo.
Ela calcula que, aos valores atuais, uma TV à cores custaria o equivalente, agora, a R$ 5 mil. Na época a transmissão pioneira foi feita pela Tv Difusora, emissora independente local.

Aceitação da uva leva ao vinho orgânico

O caminho parece traçado. Com o destaque alcançado pela uva orgânica, vem aí o vinho consequentemente dela. Com menos química nos parreirais, livre de pesticidas, embora todos os entusiastas da proposta saibam que será um processo lento e gradual.

A ausência dos pesticidas, herbicidas e fungicidas torna o vinho orgânico mais encorpado. Sua aceitação, entretanto, não ocorrerá tão facilmente. O conceito pró-ambiente, a certeza de que se trata de uma alternativa mais saudável e ecologicamente correta, não é suficiente para mudar enraizados hábitos dos apreciadores da bebida.
Mas nos últimos tempos se reforça a defesa dos produtos naturais, como já disse o professor Juliano Caravaglia, do campus Bento Gonçalves do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
Segundo ele "Há uma tendência internacional irrevogável. Em termos de saúde preventiva, a alimentação orgânica deveria ser compulsória".

Para o especialista, é fundamental que se invista mais em pesquisas, pois o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) não tem sequer estatísticas sobre o cultivo de uvas orgânicas no Brasil, muito menos números precisos sobre quantas garrafas de vinho orgânico brasileiro são colocadas no mercado a cada ano.

Artigo escrito por Nico Noronha, jornalista, com passagem pelo jornal Zero Hora de Porto Alegre e portal UOL.

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