domingo, 6 de novembro de 2011

Nova opção de consumo responsável em São Paulo





1 de novembro de 2011   Consumo ResponsávelNotíciasOs Projetos Por ADMIN


A partir do último sábado, dia 15/10, São Paulo passou a contar com uma nova e inusitada opção de feira livre, a ser realizada todos os sábados no parque Burle Marx, das 8h00 às 13h00.
Essa feira oferece produtos agrícolas produzidos exclusivamente dentro da capital paulistana, tais como alface, rúcula, ervilha, morango, broto de bambu, inhame, ervas aromáticas, caldo de cana, plantas ornamentais e muitos outros. Tudo produzido sem o uso de agrotóxicos e ofertados pelos próprios agricultores, que residem e trabalham no extremo sul da cidade, nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Capivari-Monos e Bororé-Colônia. Nessa região, situada nos distritos de Parelheiros e Capela do Socorro, ainda é possível encontrar uma São Paulo predominantemente rural, com Mata Atlântica preservada, rios limpos e muitas áreas agrícolas, que são de fundamental importância para o abastecimento dos mananciais das represas Billings e Guarapiranga.

Vista geral da feira na entrada do parque Burle Marx

Prefeito prestigia a feira em dia de muita chuva!
Para a realização da feira, foi fundamental uma grande articulação de organizações da sociedade civil e governamentais, a fim de possibilitar a superação dos diversos desafios para o estreitamento da relação entre produtores e consumidores.
O primeiro desafio foi e ainda é a mudança na forma de cultivo, passando da agricultura convencional – com o uso de agrotóxicos e adubos químicos – para a agricultura de base agroecológica que adota práticas sustentáveis de manejo. Esta mudança vem sendo impulsionada, nos últimos anos, pelo Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) da Prefeitura de São Paulo em parceria com os Conselhos Gestores das APAs Capivari-Monos e Bororé-Colônia e diversas ONGs responsáveis por oferecer assistência técnica, fazer sensibilização e apoiar a organização dos agricultores. A Casa da Agricultura Ecológica, gerida pela Supervisão Geral de Abastecimento (ABAST), por meio do Programa Agricultura Limpa, também realiza Extensão Rural, dando apoio e assistência para a conversão à agricultura orgânica.
O grupo de agricultores que participa da feira no Burle Marx está em processo de certificação participativa por um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica (ABD), também com financiamento do FEMA.
Outro grande desafio é a comercialização, por canais que valorizem a produção agroecológica e compreendam o processo de transição até a certificação. Nesse sentido, a elaboração do Protocolo de Boas Práticas Agroambientais – que permite a utilização do “Selo de Indicação de Procedência Guarapiranga” – criado pela parceria formada entre as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente, de Agricultura e de Abastecimento e a Prefeitura de São Paulo, levou à edição da Portaria que possibilita a emissão de matrícula de feirantes para quem aderir ao protocolo. Esse acontecimento abriu precedentes para a criação de novas feiras na capital, com agricultores paulistanos comprometidos com a produção agroecológica.
Com o empenho da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras (SMSP) através de ABAST, foi possível conseguir o apoio da ONG Aron Birmann, que faz a gestão do Parque Burle Marx e que cedeu o espaço para a realização da feira para os agricultores que aderiram ao protocolo de Boas Práticas e que fazem parte da recém fundada cooperativa dos agricultores das APAs (COOPERAPAS). O Instituto Kairós – Ética e Atuação Responsável, que também tem projeto junto ao FEMA, conseguiu viabilizar as cinco barracas desta feira e apoia a organização dos agricultores para o planejamento da logística e da produção.

O secretário Eduardo Jorge (SVMA) faz compras com sua ecobag.

Moradores enfrentam chuva para sair com a sacola cheia!
O primeiro dia de feira contou com uma chuva torrencial, que não desanimou os agricultores-feirantes nem os participantes. Contou com a presença de figuras ilustres, como o Prefeito, Gilberto Kassab, o Secretário do Verde Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, o Supervisor de Abastecimento, Jóse Roberto Graziano, entre outros. Além da presença de pessoas ligadas à criação da feira, também compareceram moradores e frequentadores do parque que, mesmo embaixo de muita chuva, levaram suas sacolas ecológicas e fizeram compras.
A avaliação dos agricultores é que a feira foi um sucesso, tanto pelas presenças ilustres como pelas vendas. Eles acreditam que nos próximos sábados o público e São Pedro não irão decepcionar e a feira só tende a crescer, tanto como espaço de comercialização, quanto como espaço de troca de informações e de conscientização de que é possível ter agricultura ecológica em São Paulo.

A alegria molhada dos agricultores após a desmontagem das barracas! Josualdo, Zé Mineiro, Lia, Valeria, (Arpad-Kairós), Mauri, Zundi e Ernesto
Local: Parque Burle Marx – Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200, Panamby.
Horário: 08h00 às 13h00
Quando: Sábados
Estacionamento: R$ 8,00
Relazação
    

Sítio São Miguel e o foco em produtos orgânicos


Na Serra de Baturité, nas encostas do Sítio São Miguel, a propriedade do agricultor José Eliomar de Souza é destaque na produção de produtos orgânicos, com a banana 05.11.2011| A lavagem das bananas é uma etapa do processo de cultivo (DIVULGAÇÃO
)

A lavagem das bananas é uma etapa do processo de cultivo (DIVULGAÇÃO )


ESPECIAL PARA O POVO
ceara@opovo.com.br

Quando ainda não se falava em produtos orgânicos, o agricultor José Eliomar de Souza, 55 anos, cultivava plantios de banana, nas encostas do Sítio São Miguel, na Serra de Baturité. Utilizava adubos naturais, como esterco de gado, bagana de palha de carnaúba, pó de madeira de troncos de árvores e folhagem seca de plantas nativas.A propriedade, de 223 hectares, ele herdou do avô, Luiz Bremar de Souza, que sempre procurou desenvolver uma agricultura que não agredisse o meio ambiente, respeitando a natureza.

Quatro anos atrás, ele foi surpreendido com a visita de técnicos agrícolas, afirmando estarem fazendo um levantamento sobre os métodos empregados para o cultivo de banana e outras frutas, aqui no Ceará. Ficaram impressionados quando viram que José Eliomar de Souza usava adubos naturais, sem nunca ter sido orientado nem ter ouvido falar em adubo orgânico.

Tempos depois, retornaram e deram ao Sítio São Miguel o certificado de qualidade – o selo orgânico da Tecpar, instituição de origem alemão, com sede em Santos, o estado de São Paulo.

Maior produtor
Hoje, o Sítio São Miguel é o maior produtor de banana orgânica do Ceará. Dispõe de 150 hectares de terras férteis, produzindo, por mês, 120 toneladas de bananas prata e pacovã, que abastecem parte dos supermercados de Fortaleza. 

Nesse trabalho cotidiano, José Eliomar de Souza tem o apoio do filho, Pedro Israel, que é uma espécie de “faz-tudo”. Coordena o trabalho dos 20 empregados e viaja sempre a Fortaleza, para negociar a venda da banana, com os compradores. Israel quer se formar em Administração, para prestar um apoio melhor ao pai, pois ele acredita que a tendência é a produção aumentar ainda mais. “Os produtos orgânicos vão dominar o mercado de frutas.”

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Produto orgânico é um alimento mais sadio, limpo, cultivado sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos. São produtos provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais que não agridem a natureza.

Novo relatório argentino confirma incidência maior de câncer e bebês malformados em regiões de produção de soja transgênica


Por quase 10 anos, os moradores de áreas rurais e periurbanas da Argentina onde a agricultura industrial vem se expandido têm recorrido a autoridades políticas e aos tribunais de justiça, bem como protestado diante do público, por causa dos problemas de saúde que suas comunidades vêm sofrendo em função da pulverização de agrotóxicos usados nas diferentes culturas agrícolas.
Nesses locais, chama a atenção o aumento do número de casos de câncer, de nascimento de bebês com malformações e de problemas reprodutivos e hormonais desde que a pulverização sistemática de agrotóxicos se generalizou. As reclamações das cidades-pulverizadas têm sido confirmadas por equipes médicas que atuam nessas regiões, mas as respostas do sistema público de saúde e o envolvimento das universidades públicas com o problema têm sido escassos e limitados.
Buscando promover um espaço para a análise acadêmica e a reflexão científica sobre o estado da saúde em cidades-pulverizadas, bem como ouvir e apoiar os profissionais de saúde que vêm denunciando estes problemas, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Córdoba promoveu em agosto deste ano o Primeiro Encontro Nacional de Médicos em Cidades-Pulverizadas. Médicos, outras equipes de saúde e pesquisadores de diferentes disciplinas atuando no país foram chamados a apresentar suas experiências, dados, propostas e trabalhos científicos. O evento reuniu mais de 160 participantes de dez estados e de seis universidades federais.
relatório do encontro, apresentando os principais resultados dessas pesquisas, acaba de ser publicado.
Os relatórios e testemunhos apresentados pelos médicos presentes confirmam as observações clínicas, atestando uma série de doenças e problemas de saúde em pessoas expostas à pulverização. Embora as manifestações de intoxicação aguda (aquela que se manifesta poucas horas após uma exposição elevada a produtos muito tóxicos) representem a maior parte das queixas dos pacientes, o que mais alarma os médicos na maioria das cidades-pulverizadas são duas constatações: primeiro, o número de abortos espontâneos e de nascimento de bebês malformados é significativamente maior nas cidades-pulverizadas do que na média da população. Segundo, nota-se também um aumento na incidência de câncer em crianças e adultos, além de outras doenças sérias como a Púrpura de Henoch-Schönlein (inflamação dos vasos sanguíneos), doenças hepáticas e neurológicas. Os médicos chamaram a atenção para o fato de que, em geral, vêm trabalhando nas mesmas comunidades por mais de 25 anos, e que as doenças observadas nos últimos anos são incomuns e estritamente relacionadas à aplicação sistemática de agrotóxicos.
Um exemplo contundente são os dados apresentados pela Dra. Ana Lía Otaño, representante do Ministério da Saúde no estado do Chaco. O relatório trazido por ela realça claramente o aumento dos casos de bebês malformados no nível estadual, de acordo com os números da principal unidade de saúde pública do estado, a Unidade Neonatal do Hospital J.C. Perrando, na cidade de Resistencia (capital do estado), que passaram de 46 em 1997 para 186 em 2008 (um aumento de 19,1/10 mil nascidos vivos para 85,3/10 mil nascidos vivos).
Os números do Hospital de Resistencia convergem com os dados apresentados pelo Dr. Horacio Lucero, diretor do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Regional de Medicina da Universidade Nacional do Nordeste, que há mais de dez anos vem estudando e registrando a relação dos problemas de saúde acima descritos com a exposição residencial (por vizinhança) aos agrotóxicos no estado do Chaco. O Dr. Lucero acrescenta que, nos últimos anos, o plantio de soja por grandes conglomerados agrícolas veio substituindo outras atividades agrícolas tradicionais na economia regional. Ele apresenta gráficos cruzando o aumento do plantio de soja no estado com o aumento no número de bebês nascidos com malformações. A relação é ainda mais fortalecida quando é apresentado um mapa mostrando que o número de mortes de bebês causadas por deformações, anomalias cromossômicas e outros defeitos no nascimento é significativamente maior nas áreas de produção de soja e na cidade La Leonesa, que estão sujeitas a altos níveis de pulverização de glifosato e outros agrotóxicos.
Os dados apresentados pela Dra. Otaño também mostram que a incidência de câncer infantil é significativamente maior em cidades expostas aos agrotóxicos (como La Leonesa), quando comparada a cidades moderadamente expostas (como Las Palmas) e a cidades não expostas aos pesticidas (como Puerto Bermejo). A incidência de câncer infantil em La Leonesa é mais de três vezes superior que a de Puerto Bermejo.
Os médicos chamam a atenção para o fato de que o aumento do câncer e malformações congênitas nas áreas mencionadas acompanhou o aumento exponencial do uso de agrotóxicos desde a introdução das lavouras transgênicas.
Segundo o relatório, em 1990 foram usados 35 milhões de litros de agrotóxicos. Em 1996, a introdução das sementes transgênicas acelerou o uso de venenos, levando a um consumo de 98 milhões de litros. Em 2000 foram aplicados 145 milhões de litros. Em 2010 esse número já era de 292 milhões de litros, e espera-se para 2011 um consumo de mais de 300 milhões de litros de herbicidas, inseticidas, acaricidas, desfoliantes e outras substâncias tóxicas. O glifosato sozinho deverá representar 200 milhões de litros nesse conjunto.
O relatório também menciona que o aumento do uso de glifosato verificado a cada ano deve estar relacionado ao desenvolvimento de resistência ao veneno pelas plantas invasoras. Os números indicam que em 1996 eram aplicados menos de 2 litros de glifosato por hectare, enquanto hoje algumas áreas recebem 10 litros por hectare. Em alguns casos chegam a ser aplicados quase 20 litros por hectare. E esses agrotóxicos são aplicados extensivamente, sobre grandes áreas.
Segundo geógrafos da Universidade Nacional de Córdoba, pelo menos 12 milhões de pessoas vivem em cidades rodeadas por lavouras pulverizadas por venenos. Para os médicos, são 12 milhões de argentinos que estão sendo diretamente fumigados.
Entre as propostas apresentadas pelos médicos participantes do Encontro ao final do documento estão a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos, cuja deriva espalha incontroladamente substâncias tóxicas pelo ar, e que as universidades públicas passem a desenvolver e promover opções agroecológicas de produção.

Fazenda Nata da Serra é tida como modelo


Jornal O Serrano em 04/11/2011
Uma propriedade rural no Bairro da Serra é referência na produção orgânica nacional. A Fazenda Nata da Serra é classificada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá-ria  Embrapa como Unidade de Demonstração. Já o Ministério da Agricultura a qualifica como Fazenda Modelo. Por isso, os proprietários Ricardo José Schiavinato e Fernanda recebem com muita frequência grupos de estudantes, profissionais e pesquisadores para cursos na fazenda.

A princípio, a área que também recebe visitantes que usufruem a Rota Turística do Bairro da Serra dá ao leigo a impressão de poucos cuidados, mas as explicações dos proprietários mostram que tudo está onde deveria para manter tudo equilibrado. Exemplo disso são os arbustos denominados flor de mel que estão sendo plantados em vários pontos da propriedade com o objetivo de atrair o que Schiavinato chamou de insetos benéficos. Há as pragas e normalmente os inimigos naturais são os insetos (atraídos pelas árvores) que se alimentam de insetos. Já para os insetos que podem ser vetores de doenças existem armadilhas para moscas que são atraídas por feromônios: hormônios produzidos com o objetivo principal de promover a atração sexual de indivíduos da mesma espécie.

Essas e outras iniciativas permitem que não se usem qualquer tipo de veneno nos cerca de 100 hectares de propriedade. Uma preocupação que segue na contramão do padrão nacional. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Os Estados unidos produzem três vezes mais grãos que o Brasil e usam menos agrotóxicos, lembrou.

Hortaliças, tomate, pimentão, pepino japonês, abobrinha italiana e morangos são as culturas comercializadas.

Durante a visita da equipe do Jornal O SERRANO, o proprietário mostrou uma de suas estufas tomadas por milho plantado exclusivamente para o enriquecimento do solo. Há ainda uma usina para produção de laticínios, também orgânicos.

Apesar de toda a boa imagem que a Fazenda Nata da Serra representa para a cidade, a clientela local ainda é pequena. A maior parte do que sai vai para a as regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo, além de clientes em algumas capitais estaduais brasileiras.

domingo, 30 de outubro de 2011

Chega de criança com intestino preguiçoso

Fonte: Revista Saúde

É sempre bom lembrar que os alimentos orgânicos são ricos em fibras e isentos de agrotóxicos e aditivos químicos.

COMPLEMENTOS
Aguente firme e fique de olho
Estes são aliados da barriga da criançada
Estes podem causar prisão de ventre





Se o seu filho não vai ao banheiro com a frequência desejada, o problema deve estar na alimentação. Enriqueça a dieta com frutas e hortaliças e ofereça bastante água para regular as idas ao troninho
por LÚCIA NASCIMENTO design PILKER fotos DERCÍLIO

Quer saber qual o melhor remédio para a garotada não ter constipação intestinal? Corte uma fatia de tomate em formato de meia-lua, amasse um pouco de feijão e pegue duas rodelinhas de cenoura. Monte os ingredientes no prato, formando uma carinha. Conte uma história divertida e incentive seu filho a comer tudo. 

Pode parecer simples demais para dar certo, mas a recomendação dos especialistas ouvidos por SAÚDE! é clara: aumente a oferta de fibras e água para os pequenos darem adeus à prisão de ventre. “A principal causa do intestino preso é a alimentação errada. Ao incluir frutas e hortaliças, a situação geralmente se resolve”, diz Mário Vieira, gastroenterologista pediatra do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná.

Só que essa solução significa nadar contra a corrente. Um levantamento do Johns Hopkins Children’s Center, nos Estados Unidos, revela um aumento de 30% no número de casos de crianças americanas com crises de constipação entre 2008 e 2009. 

No Brasil, não há números sobre o assunto, mas os médicos confirmam que o problema também cresce por aqui — ao menos pelo que observam em consultório — e culpam o prato da meninada. Afinal, vivemos na época do fast food, das delícias açucaradas, dos snacks cheios de sal. “E, quando a alimentação é regada a tranqueiras, faltam fontes de fibras, que promovem o bom funcionamento do intestino ao aumentar o volume do bolo fecal e estimular os movimentos peristálticos, aqueles que empurram as fezes”, explica a nutricionista Luciana Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A água entra no jogo porque ela torna esse bolo, digamos, mais macio, facilitando sua expulsão.

Além de ficar de olho na comida, também é necessário conferir as características das fezes do seu filho, por mais nojenta que essa dica pareça. 

Não é preciso esperar uma semana sem ir ao banheiro para dizer que há constipação. “Se a criança faz cocô duas ou três vezes por dia, mas em pouco volume, como se eliminasse um monte de bolinhas duras, ela está com intestino preso”, ensina a gastroenterologista pediatra Isaura Assumpção, do Hospital Infantil Sabará, na capital paulista. 

Daí, antes de perder tempo, é hora de rechear o prato com alimentos laxantes (veja alguns deles no quadro abaixo) e oferecer água com frequência — em média, 1,5 litro ao dia dá conta do recado para crianças entre 4 e 8 anos.


Saber identificar a prisão de ventre é importante para corrigir o problema quanto antes. “Quando a criança sempre faz um cocô duro e grosso, ela machuca o bumbum. 

Então, ainda que sem consciência, deduz que, segurando, não vai sentir dor”, afirma Isaura Assumpção. “Só que, quanto mais evita a evacuação, pior fica o quadro. Por isso é preciso cortar o círculo vicioso, conhecido como comportamento de retenção.” E, para resolvê-lo, você já sabe: mudança na alimentação já.

Só tome cuidado para o tiro não sair pela culatra. Nessas horas, não adianta dar maçã sem casca nem banana para a garotada. Essas duas frutas são constipantes e, apesar de terem um pouco de fibras, acabam prendendo o intestino (confira no quadro abaixo alguns dos alimentos que pioram a prisão de ventre).

Aliás, é bom saber que o problema é mais comum em algumas fases da vida. “Durante o aleitamento materno, os bebês podem ficar vários dias sem evacuar. Isso não é ruim, desde que as fezes sejam sempre pastosas”, lembra a nutricionista Lucy Tchakmakian, do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. 

Em 90% dos casos a constipação de verdade só começa com a introdução das fórmulas infantis e o uso de papinhas. “Alguns leites, mesmo sendo fabricados para bebês, podem causar o problema. E é preciso atenção para que as papinhas sejam ricas em fibras”, lembra a pediatra Lucília Faria, do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.

O segundo momento em que o problema costuma dar as caras é por volta dos 2 anos, quando os pais tentam tirar as fraldas — e aí aparece o comportamento de retenção. Depois disso, a pré-adolescência é apontada como o terceiro momento crucial da vida intestinal (des)regulada. “Nessa época, o jovem fica por sua conta e risco, porque os pais não controlam mais a frequência de idas ao banheiro”, comenta Lucília. E, sem saber o que é melhor para eles, os adolescentes podem deixar a prisão de ventre se prolongar mais do que o normal.

Preste atenção em uma situação em particular: não é comum bebês terem prisão de ventre desde o nascimento. Encontrar na fralda só bolinhas duras pode ser sinal de problemas que merecem uma investigação mais aprofundada. “Também é importante evitar — pelo menos até os 2 anos de idade — a introdução dos alimentos muito açucarados, ricos em gorduras e em sódio, e que costumam ser vazios em fibras”, afirma Luciana Oliveira.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Feiras Orgânicas