quinta-feira, 11 de julho de 2013

Conheça sete alimentos que podem renascer a partir de si mesmos.

Fonte: As boas novas


Uma das propriedades mais incríveis da natureza é a sua capacidade de recomeçar.


Se o processo de germinação das sementes já chama a atenção, a possibilidade de se gerar uma nova planta a partir de uma parte de outra pré-existente é ainda mais fascinante, não é mesmo?

Isso, entretanto, não é uma regra; apenas alguns vegetais são capazes de perpetuar sua espécie dessa forma e hoje você irá conhecer alguns deles. Você vai se surpreender ao descobrir que muitos deles estão presentes dentro da sua geladeira.

Veja como cultivar algumas verduras, legumes e até frutas sem precisar das suas sementes, apenas de uma dose (maior ou menor) de paciência:

1. Cebolinha:
Nível: facílimo

Tempo até ficar pronto para consumo: cinco dias

Como fazer? As raízes não são aproveitadas para dar aquele toque especial nos seus pratos, mas elas têm mais força do que você imagina. Mergulhando-as em um copo com água, que deve ser trocada todos os dias, em breve, você contará com uma plantação de cebolinhas hidropônicas.


2. Alho:
Nível: fácil

Tempo até ficar pronto para consumo: 15 dias

Como fazer? Infelizmente, aqui você não conseguirá novos dentes de alho, mas poderá se aventurar em um novo sabor. Se você mergulhar os dentes de alho em um copo com um pouco de água (sem cobri-los) e trocá-la sempre que ela ficar turva, logo irá se deparar com os brotos de alho. Eles vão muito bem com batatas assadas, homus, guacamole e qualquer tipo de salada. Só não os corte muito perto dos dentes que os originaram. As extremidades de cor verde mais escuro são mais saborosas. Experimente!


3. Alface romana:
Nível: fácil

Tempo até ficar pronto para consumo: 20 dias

Como fazer? A partir da cabeça (que normalmente jogamos fora) de uma alface romana, é possível cultivar uma nova verdura de forma orgânica. Não é estritamente necessário plantá-la na terra, mas no solo você conseguiria folhas duas vezes maiores do que no cultivo hidropônico. Entretanto, não se prenda por isso. Encha uma caneca grande com cerca de um dedo de água e deixe a cabeça da alface ali, de preferência em algum lugar que pegue um pouco de Sol. Cheque a água todos os dias e reponha-a sempre que necessário.


4. Cenoura:
Nível: fácil

Tempo até ficar pronto para consumo: 15 dias

Como fazer? As folhas de cenoura possuem um sabor bastante particular e muitas pessoas gostam de usá-las nas saladas ou para dar um toque especial em sopas ou drinks de frutas. Supernutritivas, as folhas de cenoura podem ser cultivadas facilmente cortando a cabeça de uma cenoura (a parte que costumamos jogar fora) e colocando-a em uma vasilha com um pouco de água até metade de sua altura.





5. Manjericão:
Nível: médio

Tempo até ficar pronto para consumo: 45 dias

Como fazer? Os amantes da pizza Marguerita vão ficar doidos: é possível criar uma fonte praticamente eterna de manjericão dentro de casa, usando apenas um copo com água. Separe um galhinho do manjericão que você comprou na feira e corte com uma faca de lâmina afiada logo abaixo dos nós (de onde saem novas folhas e galhos), deixando a muda com cerca de 10cm de altura. Tire todas as folhas dos galhinhos, deixando apenas as da parte superior. Mergulhe-os em um copo cheio de água, deixando apenas as folhas para fora. Mantenha o copo em um local fresco, mas que bata a luz do Sol, e troque a água de vez em quando. Raízes vão nascer e quando atingirem cerca de 5cm de altura, separe cada galhinho em um novo copo. Cuide para que as plantas tomem cerca de 6h de Sol por dia e já comece a separar a lenha.

6. Batata doce:
Nível: difícil

Tempo até ficar pronto para consumo: dez meses

Como fazer? Esqueça a teoria de que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Aqui, em nome da subsistência futura de batatas doces, você terá que sacrificar a mãe de todas elas. Compre uma batata doce no mercado, fure-a com palitos de espeto e deixe-a suspensa em um copo com água, de modo que apenas metade dela fique submersa. Troque a água periodicamente e tenha paciência até que as mudas comecem a germinar. A espera valerá a pena: uma única batata doce pode originar mais de 50 mudas. Plante algumas mudas em um vaso de terra espaçoso e aí é só esperar. O cultivo da planta segue da forma tradicional: garanta que ela tome um pouco de luz e regue-a periodicamente.

7. Abacaxi:
Nível: difícil

Tempo até ficar pronto para consumo: três anos

Como fazer? Depois de se deliciar com o abacaxi que você comprou no mercado, separe a coroa unida à base que ficava presa na casca. Tire todo o excesso da fruta e mergulhe só a base em um copo com água, que deve ser trocada periodicamente. Em algumas semanas, as raízes terão crescido e a muda estará pronta para ser plantada em um vaso com terra (do mesmo tipo em que se cultivam cactos). Nessa primeira etapa, a quantidade de água no solo deve ser mantida equilibrada: nem muito seco, nem muito molhado. Depois de alguns meses, as raízes já estarão firmes e o antigo abacaxi finalmente será uma nova planta. As folhas velhas serão substituídas por novas e, depois de cerca de um ano, chegará a hora de mudar a planta para um vaso maior e de melhor drenagem. Aí, é só esperar e seguir com o cultivo da forma tradicional: luz + água periodicamente.

(Livre tradução e adaptação do texto 13 Vegetables That Magically Regrow Themselves do portal Buzzfeed)

Comer salmão não é bom para o oceano, diz especialista

Utilização intensiva de antibióticos, pesticidas e hormônios na criação de salmão em viveiros marítimos atinge as águas e traz risco de contaminação


Comentário Akatu: A entrevista abaixo, concedida por Andrew Sharpless, especialista da Oceana, uma das maiores organizações internacionais dedicadas à proteção dos oceanos, traz um exemplo importante de como as escolhas de consumo são capazes de causar impactos ao meio ambiente, mesmo a milhares de quilômetros de distância do local onde se dá o consumo. 

Comer aqui no Brasil um salmão criado em uma área de piscicultura no Chile pode estar prejudicando a vida marítima naquela região, como mostra a entrevista. A criação de salmão em viveiros marítimos traz altos riscos de contaminação de todo o habitat, dado a utilização intensiva de antibióticos, pesticidas e hormônios, que acabam por atingir as águas de toda a região. 

Além disso, essa criação gera um consumo muito maior de recursos naturais, na medida em que para cada kg de salmão cultivado são necessários cerca de 5kgs de outros peixes em sua alimentação. As empresas em geral precisam reconhecer que é preciso criar formas sustentáveis de produzir, considerando todas as etapas da sua cadeia produtiva, visto que um impacto em um ponto da cadeia pode causar um efeito dominó para muito além da própria empresa. E os consumidores, conscientes de seu poder de escolha, são os agentes capazes de provocar empresas, ao demandar informações sobre os impactos da produção, levando-as a produzir bens e serviços de forma mais limpa e sustentável em todas as etapas da cadeia de produção.

A América Latina está preparada para explorar os recursos do mar? Confira entrevista de Andrew Sharpless, CEO da Oceana.

Como você vê o panorama da indústria da pesca na América Latina?
O Peru representa quase 12% da pesca mundial, e o Chile 5%, ou seja, esses dois países lidam com parte importante do futuro. Bem manejadas, a pesca chilena e peruana poderiam alimentar milhões de pessoas ainda nesse século. A má notícia é o colapso da indústria pesqueira, com a diminuição da captura de peixes e da biomassa. A boa notícia é que o Chile adotou leis importantes, que colocam o país na vanguarda mundial nesses temas.

Como está o famoso cinturão de plástico do Pacífico? Existe uma ameaça real para os recursos marítimos?
Há muito plástico boiando na região da costa do Pacífico. Esse plástico se degrada em pequenas partículas que são perigosas para peixes e organismos marinhos. É um problema grave, mas não é o responsável pelo colapso da indústria pesqueira, que é resultado da superexploração. Mas é um problema urgente e para qual não há outra solução além de deixar de despejar plásticos no mar, ou seja, encontrar um substituto biodegradável e economicamente viável para o plástico.

Hoje, é possível ter uma piscicultura sustentável?
Boa pergunta. O produto mais comum da piscicultura é o salmão, que se alimenta de outros peixes na proporção de 2,27 kg de alimento por cada 0,454kg de carne obtida. Os produtores de salmão têm interesse econômico em reduzir essa proporção e estão trabalhando com a introdução de alguma porcentagem de grãos no alimento, mas, infelizmente, isso prejudica o sabor. Até o momento, esse é um problema sem solução. Por isso, comer salmão não é algo bom para o oceano.

Nesse contexto, que função tem o mar para o futuro da humanidade?
Acabo de publicar um livro, chamado A Proteína Perfeita, cujo ponto central é que temos que tomar uma decisão. Seremos um planeta de 9 milhões de habitantes em 2050, em que mais pessoas pertencerão à classe média e, assim, consumirão mais proteínas. E como as alimentaremos? A carne de boi é uma das formas mais onerosas de alimento que conhecemos: consome quantidades enormes de grãos e água e emite metano, um gás de efeito estufa. Por isso, dizemos que quando comemos peixe não cultivado não estamos pressionando os recursos naturais. Mas, se permitirmos que os oceanos entrem em colapso ainda nesse século, conseguiremos alimentar apenas a 450 milhões de pessoas. Se o gerirmos bem, poderemos alimentar até 1,2 bilhão.

Clique aqui para ler o original da notícia, publicada em espanhol pela Revista AméricaEconomía.

Fonte- See more at: http://www.akatu.org.br/Temas/Sustentabilidade/Posts/Comer-salmao-nao-e-bom-para-o-oceano-diz-especialista#sthash.oNm1fnxL.dpuf

Feira de Orgânicos e da Agricultura Limpa do Modelódromo do Ibirapuera


Ministério da Justiça multa Coca-Cola por publicidade enganosa da bebidaLaranja Caseira


A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon/MJ), por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC/MJ), multou a Coca-Cola por veicular publicidade enganosa.

A Coca-Cola foi multada em R$ 1.158.908,00 pela oferta da bebida “Laranja Caseira”. 

Para o DPDC, houve ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, pois o o anunciante deixou de esclarecer que o produto é um “néctar” e não um “suco”, ou seja, foi omitido o fato de que produto possui aditivos e água, além do suco da fruta.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/ministerio-da-justica-multa-coca-cola-vivo-tim-por-publicidade-enganosa-8970610.html#ixzz2YkwxLVfN

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Aumenta procura por alimentos orgânicos na região de São Carlos

G1 - 24/06/2013 16h47 - Atualizado em 24/06/2013 16h47.

Produtos estão cada vez mais fáceis de encontrar nos supermercados.
No Estado de São Paulo, venda de orgânicos cresceu 63% em 2012.



A procura por alimentos orgânicos aumentou nos últimos anos na região deSão Carlos (SP), segundo produtores e comerciantes locais. O crescimento reflete a realidade nacional, que é de 20% ao ano, segundo a Associação Brasileira de Orgânicos. No Estado de São Paulo, a venda desses produtos aumentou 63% em 2012, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Em busca de uma alimentação saudável, muita gente tem optado pelos orgânicos, que não usam agrotóxicos. Na casa da professora universitária Leda Gomes só entram esses produtos, uma escolha feita em benefício à saúde. “O sabor, o paladar de um produto orgânico é muito diferente do outro e mais agradável. Se tiver orgânico, eu prefiro”, considerou.

Os produtos estão cada vez mais fáceis de encontrar e lojas especializadas são cada vez mais comuns. Segundo a engenheira agrônoma Juliana Ortega, dona de um estabelecimento em São Carlos, a procura só aumenta e mexe com todo o mercado. “Aquele estigma do produto orgânico caro, elitizado, já está mudando bastante e os preços estão mais acessíveis porque a gente produz uma boa parte dos produtos que a gente vende, que tem o mesmo preço da produção convencional”, afirmou.

Produtos orgânicos são encontrados facilmente
em São Carlos, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

Produção

Em uma fazenda de São Carlos, o segredo da produção está no solo, com um sistema de irrigação na medida certa e adubação natural. “Tendo uma planta equilibrada, uma fisiologia igual a nossa, que se alimente bem, os alimentos serão perfeitos”, explicou o engenheiro agrícola Maurílio da Silva.

O mato que cresce entre os canteiros é bem-vindo porque servem de alimento para as formigas, que não invadem a plantação. Com outras técnicas o engenheiro agrícola também evita o ataque de predadores que poderiam vir do alto. “A gente coloca espantalho, CD, lata de alumínio, que refletem e os predadores se assustam”, disse.

Muitos produtos cultivados dessa maneira recebem o selo na embalagem, avisando que o alimento é orgânico e a seção de orgânicos não passa despercebida dentro da ala de hortifruti dos supermercados. Entretanto, muita gente diz que não dá pra levar sempre, devido ao preço. Segundo a Abras, os produtos orgânicos são atualmente 60% mais caros do que os convencionais. Mas o crescimento do consumo estima que a diferença de preço possa chegar a 30% nos próximos anos.

Alimentos orgânicos não são, necessariamente, mais caros do que os convencionais

De: Orgânicos Brasil 03/07/2013



Feira orgânica da AAO: maior diversidade alimentar e preço justo. FOTO: Acervo AAO

Alimentos orgânicos não são mais caros do que os convencionais. Em muitos casos, chegam a ser até mais baratos do que os alimentos produzidos com o uso de agrotóxicos e adubos químicos sintéticos e em vários outros têm preços idênticos aos dos convencionais. Um caso exemplar é o rabanete, que serviu para ilustrar a capa de um caderno especial de um grande jornal de São Paulo, na Semana do Meio Ambiente, no início de junho deste ano. Na foto da capa, o rabanete aparece dentro de uma caixinha própria para embalar joias, como se fosse, como o jornal definiu, um “artigo de luxo”.

Ironicamente, porém, em um levantamento em três pontos de venda feito pela Associação de Agricultura Orgânica de São Paulo (AAO), juntamente com o Instituto Kairós de Ética e Atuação Responsável e também com o Instituto 5 Elementos, justo o rabanete convencional estava mais caro do que o rabanete orgânico. No supermercado, o maço de rabanete convencional estava exatos 9% mais caro do que aquele produzido de acordo com os preceitos da agroecologia.

O levantamento foi feito entre os dias 15 e 25 de junho de 2013, em três lugares: na Feira de Orgânicos da AAO, realizada todas as terças, sábados e domingos no Parque da Água Branca, na zona oeste da capital; na feira livre convencional dominical do bairro de Santa Cecília, também na zona oeste, e no supermercado Pão de Açúcar da Avenida Angélica, no distrito da Consolação. Entre as redes de hipermercados estabelecidas no Brasil, esta é a que mais investe na comercialização e no marketing de produtos orgânicos.

A pesquisa de preços ficou a cargo da engenheira agrônoma voluntária da AAO, Ira Helal, e a apresentação dos resultados foi feita pela representante do Instituto Kairós, Ana Flávia Borges Badue, durante evento promovido dia 27 de junho, voltado principalmente a jornalistas, no auditório da Escola de Astrofísica, no Parque do Ibirapuera, zona sul da capital.

A ideia do evento foi justamente, como relata o presidente da AAO, o produtor agroecológico Guaraci Diniz, dar um panorama da situação atual da agricultura orgânica no Brasil e, principalmente, desfazer alguns mitos que, de tanto serem reproduzidos nos meios de comunicação, acabam virando verdade.

Um dos principais é justamente este: o de que alimentos orgânicos são “caros”.
No levantamento feito nos três pontos de venda – e é bom destacar que este levantamento não difere muito da pesquisa frequente de preços que muitos consumidores se dispõem a fazer, em busca de economia – selecionaram-se 56 itens de referência disponíveis em duas bancas de frutas, verduras e legumes de duas produtoras da feira da AAO, a fim de comparar seus preços com os produtos convencionais da feira livre convencional e também com os do supermercado.

Entretanto, apenas 36 itens puderam ser comparados. Quanto aos 20 restantes, ou não eram ofertados nos pontos de venda convencionais; ou estavam fora de temporada ou não havia formato de venda compatível para comparação. “Só aí já se percebe a perda da diversidade alimentar a que estamos sujeitos quando optamos por comprar nosso alimento em supermercados e feiras livres”, diz Ana Flávia.

Efetivamente, dada a padronização obrigatória da maior parte dos FLV encontrados nos supermercados e feiras livres (que se abastecem principalmente na Ceagesp, em São Paulo, o maior entreposto distribuidor de alimentos da América Latina e que também segue essa rígida padronização), fica difícil vender vegetais cultivados em baixa escala, como os ofertados diretamente aos consumidores pelos produtores rurais, característica típica das feiras orgânicas. Entre os vegetais que não puderam ser comparados estavam, por exemplo, a azedinha, a serralha, a mostarda e a taioba – alimentos típicos da roça, riquíssimos em nutrientes, porém praticamente inexistentes nas gôndolas dos supermercados.

No levantamento, a tese de que os orgânicos, ao menos setor de FLV (frutas, verduras e legumes) não são necessariamente mais caros do que os convencionais se confirmou. Em alguns casos, principalmente quando se compararam os preços da feira orgânica com os do supermercado, os alimentos convencionais eram até mais caros. Além disso, principalmente nos supermercados havia diferença notória de tamanhos de produtos em relação aos ofertados na feira da AAO. Nos supermercados, por exemplo, conforme relata Ira Helal, os maços ou unidades de coentro, alface, acelga, couve manteiga, cenoura, rabanete, brócolis, cheiro-verde e cebolinha, entre outros, são bem menores dos que os da feira orgânica. “Ou seja, além de pagar mais caro pela unidade dos convencionais, o consumidor está levando para casa menos produto e ainda menos saudável do que o orgânico. Paga mais, e leva menos”, define a agrônoma.

Veja alguns dados observados:
Na comparação de preços entre a feira orgânica da AAO e a feira livre convencional do bairro Santa Cecília, 31% dos alimentos comparados (orgânicos X convencionais) tinham preço idêntico; em 20% os alimentos convencionais eram mais caros em relação aos orgânicos da AAO e, em 49%, os orgânicos da AAO eram mais caros do que os produtos convencionais idênticos. Ou seja, se o consumidor optar pelos orgânicos da feira da AAO, em pelo menos 51% dos produtos comparados ele vai comprar pelo mesmo preço do convencional ou até abaixo do preço do convencional; 

Na comparação dos preços da feira orgânica com os do supermercado Pão de Açúcar da Av. Angélica, a relação muda bastante. Em 11% dos produtos, os preços dos orgânicos e dos convencionais eram idênticos; em 36%, os orgânicos da AAO eram mais caros do que os convencionais do supermercado e, em 53%, os itens da agricultura convencional eram mais caros do que os orgânicos da AAO. Novamente a comparação: se o consumidor optar pelos orgânicos da feira da Água Branca em vez dos FLV do supermercado, poderá obter, em 64% dos casos, preço idêntico ou mais barato do que o preço dos alimentos convencionais.

Ou seja, já não dá mais para generalizar e falar que produtos orgânicos são SEMPRE mais caros. E fica claro que a compra em feiras orgânicas, diretamente do produtor, é a forma mais econômica de consumir alimentos provenientes de uma agricultura limpa, que prima pela preservação dos recursos naturais. Além disso, Ira Helal, em seu levantamento, lembra de algumas questões importantes na relação produtor/consumidor. “Ao comprar diretamente do produtor – como na feira orgânica –, o consumidor tem ricas informações sobre o alimento diretamente de quem o produziu, e não por meio de uma etiqueta (obrigatória) nos FLV embalados dos supermercados”, diz. “Ele pode saber sobre o sistema de produção, a história do sítio, condições de cultivo e transporte, melhor maneira de preparar o alimento, numa relação direta e enriquecedora”, diz Ira Helal. Nem mesmo na feira livre convencional essas informações são fáceis de obter, já que os feirantes são intermediários dos intermediários; não são produtores. “Na feira de Santa Cecília, apenas dois produtores fazem venda direta”, completa Ira Helal. Sem deixar de mencionar que, optando pela compra direta, o consumidor estimula mais ainda a cadeia de produção de alimentos saudáveis e também ajuda na manutenção econômica do pequeno produtor, perfil de quem trabalha nas feiras orgânicas.

É possível saber onde há uma feira orgânica mais próxima de sua casa acessando o site do Instituto de Defesa do Consumidor, o Idec (www.idec.org.br/feirasorganicas), que fez um mapa interativo e sempre atualizado de todas as feiras orgânicas existentes no País, e também de grupos de consumo.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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