quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quem disse que criança não come brócolis?

Câncer de intestino X Alimentação!Muito bom para os que acham que crianças sem doces cheios de corantes vão ficar traumatizadas! Tadinhas ...


Parte da entrevista do Dr Dráuzio Varela à Dra. Angelita Habr Gama, muito interessante quanto ao assunto Câncer de intestino X Alimentação!



Drauzio – Já citamos a idade e os fatores genéticos nos casos de câncer de cólon. E a alimentação?

Angelita Habr Gama – O câncer de intestino têm fatores de risco genéticos hereditários e genéticos ambientais. Neste último grupo, os fatores dietéticos são muito importantes. Alimentação rica em gordura animal, pobre em fibra e rica em corantes favorece a incidência desse tipo de câncer. Gosto de citar os corantes, porque são elementos que poderiam ser eliminados sem prejuízo, principalmente no Brasil onde existem pigmentos naturais que colorem os alimentos. Corantes são fator de risco, porque liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente carcinogênicas. Se prestarmos atenção, veremos que atualmente as crianças ingerem uma quantidade enorme de corantes nos doces, balas, pirulitos. Na verdade, até o algodão doce não é mais branco. É verde, cor-de-rosa…

Angelita Habr Gama é médica, especialista em coloproctologia e gastrenterologia, professora da Universidade de São Paulo e trabalha nos hospitais Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa.

Isso  é muito bom para aqueles que acham que se não derem doces cheios de corantes às crianças elas vão ficar traumatizadas!


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alimentação no Green Nation News

  
O conceito de Sustentabilidade muitas vezes é confundido com ambientalismo, mas ser sustentável vai muito além da preservação do meio ambiente. Em outubro comemoramos o Dia da Alimentação e aproveitamos a data para lembrar que a primeira natureza que precisa de cuidados é o nosso próprio corpo. O Green Nation preparou uma lista com restaurantes saudáveis e feiras orgânicas em diversas cidades, além de outras matérias interessantes para construção de novos hábitos alimentares.
O Green Nation Fest 2013 já começou e as obras concorrentes já estão no ar disposponíveis para visualização e votos do júri popular.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Uma alimentação mais saudável pode transformar o seu dia a dia, seu humor e sua forma de lidar com os estresses do cotidiano. Saiba onde encontrar restaurantes saudáveis e feiras orgânicas em diversas capitais do Brasil.

CONHEÇA E VOTE NAS OBRAS INSCRITAS NA SEGUNDA EDIÇÃO DO GREEN NATION FEST COM O TEMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

Vote nas obras do Green Nation Fest!
No Festival de cinema e novas mídias, as inscrições para Twitter, Blog, Filmes, Fotos, Facebook e Cartuns estão abertas. Conheça as obras concorrentes, vote, comente, compartilhe e participe desse movimento que também é seu.

BLOG

Em outubro começou o horário de verão e as preocupações com a alimentação na estação do calor devem ser bem observadas. Confira dicas e instruções para uma boa alimentação nessa época do ano.




COLABORAÇÃO

Uma ótima dica da nossa colaboradora Nadia Cozzi para a alimentação das mamães, que precisam cuidar de si e do futuro que carregam consigo.

CONFIRA TAMBÉM!

  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nestlé financia desmatamento. Vai um kitkat aí?


Na Indonésia, óleo de palma comprado pela companhia para a produção de chocolate vem de áreas devastadas. Pressão sobre habitat põe orangotangos à beira da extinção.

Londres, Reino Unido - Ativistas vestidos de orangotango protestam em frente a fábrica da Nestlé no Reino Unido. A empresa usa óleo de palma em seus produzido às custas da destruição das florestas tropicais da Indonésia.
Esta manhã, protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.

Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.

Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo  para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia.

As manifestações coincidiram com o lançamento de um novo relatório do Greenpeace – 'Pega com a mão na cumbuca: como o emprego de óleo de palma pela Nestlé tem um impacto devastador na floresta tropical, no clima e nos orangotangos' (em inglês) – que expõe os laços entre a Nestlé e fornecedores de óleo de palma, como a Sinar Mas, que estão ampliando suas plantações em florestas de turfa (ricas em carbono) e nas florestas tropicias da Indonésia.

Além da produção de óleo de palma, a Sinar Mas também é proprietária da Ásia celulose, a maior empresa de papel da Indonésia. A empresa também infringe a lei da Indonésia ao destruir as florestas protegidas para cultivar plantações de óleo de palma.

Como todos devem saber, a Nestlé é a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. O que ninguém sabia até então era que a empresa também é um grande consumidor de óleo de palma produzido às custas do desmatamento das florestas tropicais. Nos últimos três anos, a utilização anual do óleo quase duplicou, alcançando a marca de 320000 toneladas  que entram em uma enorme gama de produtos, incluindo o chocolate mega popular KitKat, que não é vendido no Brasil.

"Toda vez que você der uma mordida em um KitKat, você pode estar dando uma mordida nas florestas tropicais da Indonésia, que são fundamentais para a sobrevivência dos orangotangos. A Nestlé precisa dar aos orangotangos uma pausa  e parar de utilizar óleo de palma de fornecedores que estão destruindo as florestas",  disse Daniela Montalto, do Greenpeace internacional.
A fornecedora da Nestlé, Sinar Mas, é responsável por considerável destruição da floresta que serve de habitat para orangotangos

O lançamento do relatório segue numerosas tentativas de convencer a Nestlé a cancelar seus contratos com a Sinar Mas. Recentemente, o Greenpeace contactou várias vezes a empresa com provas sobre as práticas da Sinar Mas,  mas mesmo assim a Nestlé continua usando o óleo de palma da Indonésia em seus produtos.

Diversas empresas importantes, incluindo a Unilever e Kraft, cancelaram os contratos de óleo de palma com a Sinar Mas. A Unilever cancelou um contrato de 30 milhões de dólares no ano passado. A Kraft cancelou o seu em fevereiro. "Outras grandes empresas estão agindo, mas a Nestlé continua fechando os olhos para os piores infratores. É tempo de a Nestlé cancelar seus contratos com a Sinar Mas e parar de contribuir com a destruição das floresta tropical e de turfas," frisou Montalto.

As florestas tropicais da Indonésia e seus orangotangos estão precisando desesperadamente de um refresco! Participe da cyberação e peça para a Nestlé dar um tempo as florestas! Clique aqui!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Simone de Carvalho uma mulher que faz a diferença!

Simone de Carvalho, nossa sempre colaboradora quando o assunto é amamentação e aleitamento materno.
Uma pessoa especial com um coração enorme, que o digam seus seguidores nos grupos que ela coordena ou participa. Veja   AMS (aleitamento materno solidário) são 6 mil membros na comunidade.

Uma grande amiga acima de tudo! E não é que ela está concorrendo como uma das mulheres que está transformando o Brasil?
Vamos votar nela? Bora lá?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A vida secreta dos ingredientes

"Comida fresca não dá dinheiro", diz o jornalista Steve Ettlinger, que desvendou a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor

Publicado em 13/02/2009
Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim
Revista Vida Simples - Edição 0077


A indústria alimentícia e seus bastidores
Foto: Reprodução

Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?
Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?
Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?
Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?
Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.

Livro para saber mais
Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

sábado, 24 de agosto de 2013

Couve, o bife vegetal

Saiu no Portal do Bem


Por Gislaine Rabelo, do site www.outramedicina.com

A couve está sendo chamada de bife vegetal pelo seu poder, mesmo grandioso, de nutrição. Comparada com outras verduras, está num patamar muito superior quando o tema são proteínas. 


Em tempos de revolução “verde”, onde ambientalistas defendem a redução da criação de animais (já que este seguimento da agro-indústria é tido como um dos maiores contribuintes para o aquecimento global), onde é cada vez maior o número de vegetarianos, e também dos defensores de uma alimentação mais saudável, há alimentos que estão recebendo o título de “futurefood”, ou a comida do futuro. 

Por causa disso, as investigações científicas vêm centrando-se em descobrir quais são os vegetais que podem suprir a alimentação do ser humano de uma maneira mais completa, principalmente em proteínas. Como resultado, a couve já é chamada de bife verde. Além de ser totalmente capaz de suprir o organismo com as proteínas necessárias, contém um arsenal de nutrientes, que são fundamentais para a manutenção da saúde.

Nutrição completa

Inflamações como artrite, doença cardíaca, entre outras condições auto-imunes, estão associadas ao consumo de produtos animais. A couve, assim, é uma excelente alternativa, não só para substituir o consumo de carne (para os vegetarianos), como para que o organismo não sofra deficiência de proteínas (para aqueles que querem descansar o corpo do bife diário). Sendo um dos principais alimentos anti-inflamatórios no reino vegetal, é potencialmente indicada para prevenir, e até mesmo reverter essas doenças.

Por cada caloria, uma folha de couve possui mais ferro que um bife, e mais cálcio que o leite. Contêm grande riqueza em fibra, que é um macronutriente (leia-se que é uma necessidade diária do corpo humano). Quantidade insuficiente de fibras é uma das principais causas de desordens no aparato digestivo. Alimentos ricos em proteína animal, como a carne, possuem pouca, ou quase nenhuma fibra. Já uma porção média de couve garante 5% da ingestão diária recomendada.

Se um pedaço de carne, normalmente, o que fornece são gorduras saturadas, a couve é rica em Ácidos Graxos Ômega 3, onde a porção média contém 121 miligramas de Ômega 3 e também Ômega 6. É rica em carotenóides e flavonóides, que são antioxidantes.

Os defensores do desenvolvimento sustentável do planeta, e os adeptos da comida saudável e orgânica, apontam outro motivo para que a couve substitua a carne: Couve cresce com facilidade em quase todos os tipos de clima, o cultivo é relativamente simples, seja numa fazenda, seja em casa. 

Por outro lado, para que se produza 1 quilo de carne bovina são necessários 16 quilos de grãos, 11 vezes mais a utilização de combustível fóssil, e cerca de 2.400 litros de água. Se apesar desta enorme diferença no custo de produção, e de todos os benefícios nutricionais, seu cérebro está achando difícil construir a imagem mental de um churrasco de couve, calma. Enquanto a realidade do planeta permitir que as “futurefood” não sejam obrigação, basta apenas incrementar o consumo deste vegetal, pelo menos para primar pela saúde.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Papo com feirante - O veneno nosso de cada dia, continua na mesa ... Muito preocupante!

De MuralVirtual


Google imagem

Jales é uma cidade do noroeste paulista.

Sábado, dia de feira dos produtores. Normalmente as 3h30min da madrugada, já estão montando as barracas.
Gosto de comprar na feira, é uma oportunidade de conversar com os produtores, que sempre tem uma lição de vida a dar e além do mais, é uma forma de saber quando foi feito a última aplicação de agrotóxicos; quando compramos no supermercado, não temos a garantia por parte de ninguém, que o período de carência foi observado.
Recentemente, um colega comprou tomate em um supermercado da cidade e ao chegar em casa, sentiu um cheiro forte de veneno e mesmo lavando o cheiro não saia e acabou jogando os tomates no lixo.
O trabalho agrícola é a atividade de maior risco econômico e especialmente para o pequeno produtor rural , que produz a maior parte dos alimentos que consumimos.
Seo Benedito, tem uma pequena chácara e é um dos vários feirantes.
Pessoa simples e sincera e sempre que se pergunta responde:
Essa couve faz 15 dias que já apliquei e é um produto que pode aplicar de manhã e colher a tarde, fique tranquilo.
Mas, que veneno é esse que o Sr. aplicou ?
Malathion
Mas, quem disse que esse produto pode aplicar de manhã e colher a tarde?
O vendedor da casa agropecuária que comprei o produto. Pode ficar tranquilo, esse produto usamos no milho pipoca e depois só damos uma abanada e colocamos para estourar, é fraquinho
O argumento do Seo Benedito continuou.

Olha tem uma pessoa que só pega couve de mim. Ela disse - que há um tempo atrás, comprou couve no supermercado, mas ao chegar em casa percebeu que ela tinha um cheiro muito forte de veneno e não teve coragem de comer e deu as folhas para um passarinho e sabe o que aconteceu?
O que?
A tarde o passarinho estava morto.
Sério?
Estou te falando! Que coisa... ele comprou a couve para fazer remédio. Eu não faço isso não... sempre passo uma dose mais fraca e espero 15 dias para colher.
Em uma dia desses... conversando com Sr. Arlindo outro produtor rural e ao comentar essa história, do Seo Benedito, ele me fez uma outra narrativa:
(...)
Conheço uma pessoa que comprou almeirão na feira para tratar os canários, e morreram os 10 pássaros que ele tinha, ele foi até a feira e ameaçou a pessoa que vendeu, dizendo que iria denunciar e o feirante disse que ele apenas revendia e que as verduras vinham de outra cidade.
Seo Benedito continuou...
Esses dias uma pessoa comprou uma alface do meu vizinho, era uma alface muito bonita, mas a alface fez mal a ela – deu dor de barriga.
Fui conversar com o vizinho, para saber o que ele aplicava para deixar alface bonita. Ele me disse que aplica um veneno, que coloca na uva para a baga crescer. Pode uma coisa dessa? Uva leva 90 dias para colher e a alface colhe rapidinho...
Seo Benedito que produto é?
È um veneno bravo que aplica na uva o nome não sei não.
Seo Benedito, continuou com suas explicações e depois veio uma outra história...





Fulano ... aplicou um veneno de amendoim na couve no sábado e na segunda-feira, ele colheu a couve para comer. Após o almoço, o filho dele passou mal e ele levou para o pronto socorro e no caminho a mulher dele passou mal e durante o atendimento dos dois, ele também passou mal.
O médico, quis saber o que eles tinham comido. Ele contou, que tinham comido couve e que no sábado havia passado Hamidop. O Doutor colocou- que eles deveriam ter esperados pelo menos 15 dias e que correram grandes riscos.
Toda a história, foi para ilustrar que ele tem medo de veneno e que somente usa porque precisa – mas, sempre espera 15 dias.
Chegando em casa, fui pesquisar sobre os produtos que Seo Benedito falou.
Começando pelo Matathion, aquele produto fraquinho, que se pode aplicar de manhã e colher a tarde. Fui ver do que se trata...



Um dos trabalhos que encontrei sobre esse produto, foi uma revisão bibliográfica que se chama: a atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation.
(...)
Através desta pesquisa verificamos que o malation é um agrotóxico organofosforado que, no organismo humano, age inibindo a acetilcolinesterase, interferindo no mecanismo de transmissão neural e conseqüentemente, ocasionando diversos efeitos danosos como: visão borrada, tosse, anorexia, náuseas, vômitos, dores abdominais, aumento da amplitude das contrações e do peristaltismo gastrintestinal, diarréia, sudorese excessiva, sialorréia, dispnéia, cianose, acúmulo de secreções brônquicas, lacrimejamento, miose, midríase, tremores de língua, olhos e pálpebras, cãibras, paralisia, fraquezas musculares, cefaléia, tontura, tremores, ataxia, distúrbios da palavra, sonolência, disartria, rigidez de nuca, depressão do centro respiratório e do vasomotor, rigidez na nuca, convulsões e coma.
Além dessas manifestações, verificamos que o malation pode ocasionar efeitos imunossupressores em diversos níveis, gerar manifestações tardias e neuropatia tardia, tem capacidade de alterar o DNA de uma célula e de estimular a célula alterada a se dividir de forma desorganizada, revelando uma possível capacidade de desenvolvimento do câncer e associam-se sua ação a Arteriosclerose, Parkinson, Alzheimer, malformação congênitas, infertilidade e esterilidade.
O trabalho completo pode ser consultado no link abaixo:

http://br.monografias.com/trabalhos3/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida3.shtml

Depois pesquisei, sobre o “veneno bravo que se utiliza na uva”, que o seu vizinho usa para crescer o alface e como não ele não sabia o nome do produto, a pesquisa ficou um pouco prejudicada.
Normalmente o que se utiliza na uva, é um regulador de crescimento conhecido como ácido giberélico, que também é liberado para a cultura do alface, conforme podemos ver abaixo:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ad593e004745886d9211d63fbc4c6735/Microsoft+Word+-+A04++%C3%81cido+Giber%C3%A9lico.pdf?MOD=AJPERES

Na literatura o ácido giberélico é classificado como mutagênico e cancerígeno ( Bedor, 2009 pág 63) Estudo do potencial carcinogênico dos agrotóxicos empregados na fruticultura e sua implicação para a vigilância da saúde.

Será que não passou da hora da ANVISA, rever a liberação do ácido giberélico para cultura do alface?
Conclui a pesquisa procurando sobre o hamidop, inseticida usado no amendoim, mas que foi usado na couve. É importante lembrar, que essa pratica é um tanto comum entre os agricultores e já foi identificada pela ANVISA, que iniciou em 2001, um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com o objetivo de avaliar, os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam á mesa do consumidor.
O hamidop é inseticida Acaricida, sistêmico do grupo dos organofosforados e tem como principio ativo o METAMIDOFÓS e desde junho de 2012 esta proibido no Brasil.
O intervalo de segurança para as principais culturas que ele era registrado é de 21 dias.

http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Inseticidas/HAMIDOP_600.pdf
Vamos recordar que : esse intervalo de segurança, é para que os resíduos presentes nos alimentos estejam dentro do limite máximo permitido, limite este, que é contestado por muitos especialistas.

Para quem não esta familiarizado com os termos, vamos a algumas definições
Limite máximo de resíduo - quantidade máxima de resíduo de agrotóxico legalmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa fase específica, desde sua produção até o consumo, expressa em partes (em peso) do agrotóxico ou seus derivados por um milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg / kg).


Intervalo de segurança ou período de carência - intervalo de tempo entre a última aplicação do agrotóxico e a colheita ou comercialização.
Fonte: http://celepar07web.pr.gov.br/agrotoxicos/legislacao/port03.asp
Podemos tirar algumas conclusões sobre esse último caso:
O agricultor não tinha percepção do risco que ele estava correndo e colocou em risco a saúde de sua família e coloca em riscos muitas famílias;
Mostra que ele não leu o rótulo e tão pouco sabe o que é intervalo de segurança;
O uso de produtos registrado para uma cultura e usado para outra, é um problema muito grave - por não ter estudo do intervalo de segurança, e tão pouco estabelecido o limite máximo de resíduos.
A entrada dos agrotóxicos no Brasil, foi praticamente imposto pelo governo na época e se nos dias atuais acontece, o que podemos ver nos relatos acima e abaixo, com certeza os governos são responsáveis por essa situação de descaso e mal uso dos agrotóxicos, que além de afetar diretamente a saúde dos agricultores também afeta ao dos consumidores.
Muita vezes, o pequeno produtor mal saber ler , não foi treinado para utilizar de uma forma “segura” esses produtos e não tem qualquer tipo de assistência, ficando nas mãos de pessoas que apenas tem o interesse em vender .
" O estado não tem política pública que coloca os extensionistas, através de concurso público, dentro das áreas de produção" afirmou a engenheira florestal Denise Batista Alves, vice presidente da associação dos engenheiros florestais do Rio de Janeiro, durante o evento "Impactos dos agrotóxicos: alternativas e posicionamentos dos engenheiros agrônomos e florestais" realizado pelo clube de engenharia e que poderá ser acessado no link abaixo:
Agrotóxicos e saúde: questões urgentes
Infelizmente as história não terminam por ai...
Dona Ana vende frutas. Segundo ela, o produto que vende é confiável e que seu marido, pega de um mesmo produtor há 10 anos e quando ele aplicou alguma coisa – avisa.
Ela comenta que tem uma boa clientela ...
- A banana, o mamão e a manga que vendo, não é amadurecida a força com carbureto, porque essas frutas amadurecida a força não tem gosto e faz mal a saúde.
Dona Ana, comentou algo que a deixou indignada.




Olha sabe o que estão fazendo agora? Estão aplicando Etrel na manga já colhida... para amadurecer, pode uma coisa dessa?
Outro dia ao comentar isso com um colega de trabalho ele disse:
Isso é verdade! Fulano … vendeu as mangas no pé e a pessoa que comprou, passou ethrel e em seguida colheu.
Houve-se falar, no uso de ethrel na laranja e para dar mais cor na uva ...
Fui pesquisar sobre o ethrel na manga e encontrei o arquivo abaixo:
http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Outros/ETHREL_720.pdf
Etrel - Classe toxicológica II – ALTAMENTE TÓXICO e na cultura da manga é indicado para indução de florescimento e não existe indicação desse produto para aplicação no pós colheita para acelerar a maturação …. e como podemos ver no link acima – intervalo de segurança, não determinado devido à modalidade de emprego.
Na cultura da uva o ethrel ao consultar o AGROFIT – sistema de agrotóxico fitossanitário do Ministério da Agricultura, encontramos: A aplicação deverá ser de 15 a 20 dias antes da realização da poda de frutificação. Única aplicação.
Não existe recomendação para utilização para dar cor na uva.
No citrus? Não existe registro.
Então? Se não existe recomendação do ethrel para maturação da manga, do citrus e para melhorar a coloração da uva – isto significa, que não existe estudo e se não existe estudo, não existe intervalo de seguração estabelecido e tão pouco limite máximo de ingestão diária.
Quando existe intervalo de segurança e limite máximo de resíduos estabelecidos, mesmo assim, muitos especialistas tem vindo a público, para dizer que o limite máximo de resíduos é arbitrário e não é confiável - e quando não existe? O problema é maior ainda!
Infelizmente esse é um pequeno retrato do que acontece no dia a dia com a agricultura brasileira que descobri com uma pequena conversa … e a fiscalização como é que fica?
Se pegarmos a história da entrada dos agrotóxicos na agricultura, podemos ver, que tudo começou com o apoio oficial, vamos dar uma breve recordada:
A política de crédito adotado pelo governo brasileiro foi bastante decisiva e ao mesmo momento impositivo para que o novo modelo de produção fosse implantado conforme podemos observar abaixo:
Desde a década de 70, exatamente no ano de 1976, o governo criou um plano nacional de defensivos agrícolas. Dentro do modelo da Revolução Verde os países produtores desses agroquímicos pressionaram os governos, através das agências internacionais, para facilitar a entrada desse pacote tecnológico. Em 1976, o Brasil criou uma lei do plano nacional de defensivos agrícolas na qual condiciona o crédito rural ao uso de agrotóxicos. Assim, parte desse recurso captado deveria ser utilizada em compra de agrotóxicos, que eles chamavam, com um eufemismo, de defensivos agrícolas. Então, com isso, os agricultores foram praticamente obrigados a adquirir esse pacote tecnológico ( GIRALDO, 2011).
Corraborando a citação anterior (FLORES, 2004) vai mais além ao mostrar a irresponsabilidade do governo brasileiro ao ceder as pressões internacional e obrigar os agricultores a adotar tecnologias desnecessária que não condizia com a realidade e necessidade da agricultura.
No Brasil, a partir de 1970, a produção agrícola sofreu grandes transformações. A política de estímulo do crédito agrícola, associada às novas tecnologias, impulsionou várias culturas, principalmente destinadas à exportação. Pacotes tecnológicos ligados ao financiamento bancário obrigavam os agricultores a adquirir insumos e equipamentos, muitas vezes desnecessários. Entre os insumos, estavam os pesticidas, que eram recomendados para o controle de pragas e doenças, como método de resguardar o potencial produtivo das culturas. Esse método obrigava aplicações sistemáticas de pesticidas, mesmo sem ocorrência das pragas, resultando em pulverizações excessivas e desnecessárias (RUEGG et al., 1991 apud Flores et all 2004 pág. 113).

Fonte: AGROTÓXICO NO BRASIL – USO E IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE E A SAÚDE PÚBLICA
Sem dúvidas, o governo e responsável pelo quadro acima e não é a toa que desde 2008 , somos o país que mais utiliza agrotóxicos e já passou da hora da sociedade, exigir uma resposta responsável a esse quadro de uso abusivo, que já vem se alastrando por muitos anos e sem ação efetiva, para que sejam controlados e os produtores efetivamente orientados.
Existe muitas técnicas desenvolvidas que se fossem amplamente utilizadas, contribuiria e muito para a redução do uso de agrotóxicos, como por exemplo o manejado integrado de pragas e doenças.
Vejamos uma nota da EMBRAPA sobre o MIP.
O MIP – Soja é uma tecnologia que utiliza um conjunto de técnicas econômicas e ambientalmente sustentáveis para o manejo eficiente de insetos pragas que atacam as lavouras de soja. Nos últimos anos, infelizmente, os princípios do MIP não tem sido adotados, gerando desequilíbrios e contribuindo para um crescente aumento de uso de agrotóxicos.
Inseticida são usados de forma abusiva, com base em calendário, aproveitamento de operações, ou seja, junto com herbicidas e/ou fungicidas, sem considerar a presença efetiva das pragas. Isso provoca a eliminação precoce de inimigos naturais e forte desequilíbrios ambiental nas propriedades, podendo favorecer a seleção de insetos resistentes a determinados ingredientes ativos

Fonte: Folder 04/2012-Janeiro 2012 - Embrapa Soja
Infelizmente, em muitas regiões a assistência técnica oficial não é suficiente para atender toda a demanda, e os agricultores ficam, muitas vezes , apenas nas mão de vendedores que tem interesse em comercializar seus produtos e não tem interesse em técnicas para reduzir o uso de agrotóxicos.
A agricultura convencional, se for bem feita, daria uma contribuição grande para redução do uso de agrotóxicos e isto deve ser um dever a ser garantido pelo estado, que deveria tomar medidas urgentes para garantir a redução dos usos de agrotóxicos e garantir a sociedade alimentos livres de resíduos.
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica que esta em fase final de estudo, será sem dúvida , uma importante resposta a sociedade- no sentido de oferecer alternativas tanto aos produtores, como aos consumidores – desde que, sai do papel e chegue até aos produtores com assistência técnica efetiva.
Grande parte dos pequenos agricultores ou os agricultores da agricultura familiar como um todo, no geral, não tem instrução e nem preparo para utilizar os agrotóxicos de uma forma mais "segura"; não utilizam EPI e quando utilizam, utilizam parcialmente ou de forma errada, o que aumentam o risco de intoxicação , isto sem falar do período de reentrada nas áreas e outras normas de segurança ambiental e pessoal que são ignoradas.

Campanha contra os Agrotóxicos no Paraná

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jardim Botânico de Santos tem feira de orgânicos e cursos gratuitos

De: A Tribuna on-line


Créditos: Divulgação
Feira de Orgânicos é opção saudável para as compras
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) está com inscrições abertas para  o Curso Básico de Jardinagem e o Grupo de Horta Ecológica, no Jardim Botânico Municipal de Santos. Ambos são gratuitos.O curso de Jardinagem, com duração de um semestre, disponibiliza duas turmas: quartas ou quintas-feiras. Já o Grupo de Horta Ecológica, se encontrará sempre às terças-feiras.As atividades acontecem das 14h às 17h e as aulas já começam nesta primeira semana de agosto. Os interessados devem se inscrever pelo telefone 3209-8410 ou 3209-8418 e falar com Sandra Braga, em horário comercial. As vagas são limitadas.

O curso de Jardinagem é uma parceria entre a Semam e a Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) e o de Horta Ecológica com a Casa da Agricultura de Santos.

Feira de Produtos Orgânicos
Outro evento que acontece, neste domingo (4), no Jardim Botânico, é a 8ª Feira de Produtos Orgânicos, das 9h às 14h. A entrada é gratuita.A feira oferece hortaliças, frutas, laticínios, produtos de mercearia (molho de tomate, geleias, mel, refrigerante, sucos, azeites) e cosméticos orgânicos. 

Estão programadas, ainda, atividades com tai chi chuan, apresentações musicais, culinária vegana (sem produtos de origem animal) e degustação de receitas orgânicas preparadas pelo restaurante Guaiaó e o restaurante-escola Estação Bistrô. 

A Associação Beneficente Comunidade Mãos Entrelaçadas apresentará trabalhos artesanais, além de pinturas das artistas plásticas Márcia e Edna Sobral.
O endereço do Jardim Botânico Chico Mendes  é rua João Fraccaroli s/nº, Bom Retiro.

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