quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

12 estabelecimentos que oferecem produtos sem glúten

SP para Curiosos  por por  em  • 18:11



Você conhece algum celíaco? São Paulo é o Estado brasileiro com a maior porcentagem de celíacos do país (cerca de 30% da população, segundo a Associação dos Celíacos do Brasil). Uma pessoa diagnosticada com doença celíaca (ou intolerância permanente ao glúten) é proibida de ingerir qualquer alimento que contenha glúten – proteína que compõe a farinha de trigo, a aveia, o malte, o centeio e a cevada. 

Tamanha incidência incentivou a nutricionista Lucélia Costa, presidente da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenalcebra), a decidir implantar o selo Livre de Glúten nos estabelecimentos do país. “O projeto pretende atingir indústrias, bares, restaurantes, supermercados, lojas e até hotéis”, esclarece.




O selo deverá funcionar de maneira semelhante à que já ocorre em países como Inglaterra e Alemanha: procurada pelos estabelecimentos, a Fenalcebra envia especialistas até o local para implantar um “manual de boas práticas”. Com o manual, pretende-se educar os funcionários dos estabelecimentos em relação ao armazenamento de ingredientes, ao uso dos utensílios de cozinha e ao preparo dos alimentos. 

A proposta deveria estar funcionando desde setembro de 2013, mas, segundo a nutricionista, leis municipais emperraram a aplicação do projeto piloto. Ela garante, no entanto, que a implantação do selo deva sair ainda no início deste ano. “Nossa expectativa é que não passe de janeiro”.

Enquanto o selo não sai, o blog São Paulo para Curiosos preparou uma lista com 12 estabelecimentos que oferecem produtos sem glúten:

Além do Natural



Viviane Ayub, mãe de três filhos, teve Tadeu, seu caçula, diagnosticado celíaco aos cinco anos de idade. “Não existiam alimentos sem glúten nos mercados”, lembra Viviane. Em março de 2008, quatro anos depois da descoberta, ela inaugurou a loja Além do Natural. “Queria oferecer todos os produtos necessários para uma pessoa celíaca em um mesmo lugar”, conta. Hoje, a loja recebe produtos de 50 fornecedoras diferentes (nacionais e internacionais). Os pães (R$ 15,00) e as bolachas (R$ 14,50) são alguns dos produtos mais vendidos. “Em cinco anos, a demanda aumentou cerca de 60%”.

Rua Dr. Luiz Migliano, 1110, Morumbi, Loja 10
Tel. 3739 4945
Seg. a sex., das 9h às 19h; sáb., das 9h às 13h

A Tal da Pizza



A Tal da Pizza passou a produzir massa sem glúten depois que um amigo celíaco de Miriam Freitas, sócio-fundadora do restaurante, pediu que ela encontrasse uma alternativa para seu problema. Há dois anos, ela serve – pelo mesmo valor da massa tradicional – pizzas à base de amido de milho. “É um pouco quebradiça, não tão crocante quanto a original”, confessa Miriam. “Mas é uma das únicas formas de não excluir os celíacos da pizzaria”.

Rua Dr. Mário Ferraz, 351, Itaim Bibi
Tel. (11) 3079-3599
Seg. a qui., das 19h à 0h; sex. e sáb., das 19h à 1h; dom., das 18h à 0h

Beato Restaurante

Há um mês, o Beato Restaurante inaugurou o Menu Funcional, destinado aos clientes que não podem ingerir glúten e lactose. “É uma alimentação mais leve que atende todos os públicos sem nenhum tipo de restrição”, conta Bruno Ventre, 28 anos, um dos três sócios do estabelecimento. O menu, que conta com duas entradas, dois pratos principais e duas sobremesas, foi desenvolvido pelo chef Thiago Koch em parceria com a nutricionista Marília Cremonezi. “A maioria dos nossos clientes já conheciam outros produtos sem glúten”, afirma Bruno. Os pratos sem glúten são servidos de segunda a sexta durante o horário de almoço.

Rua dos Pinheiros, 174, Pinheiros
Tel. 2538-8107 / 2538-8105
seg. a sex.; 12h às 15h30 e 19h30 às 23h30, sáb.; 12h30 às 17h e 20h às 00h30, dom.; 12h às 17h

Buttina



O restaurante incluiu em 2013 dois pratos sem glúten em seu cardápio. A iniciativa foi da chef Filomena Chiarella, que desenvolveu o Penne con le zucchine e limone (R$ 38) – abobrinha, limão siciliano, hortelã e amêndoas – e o Spaghetti rucola e pomodori secchi (R$ 37) – ao alho e óleo com rúcula e tomate seco. “Os clientes solicitaram esse tipo de prato”, conta Sue Nishikawa, gerente do restaurante. “A casa sempre se preocupou com as pessoas que têm restrições alimentares”. A demanda pelos pratos surpreendeu os administradores do restaurante, que passaram a oferecer também massas integrais e sobremesa diet. “Clientes sem qualquer restrição ficaram interessados em experimentar os pratos e se surpreenderam com o sabor”.

Rua João Moura, 976, Jardim Paulista
Tel. 3083-5991 / 3088-6840
Ter. a sex., das 12h às 14h30 e das 20h às 23h30; sex., das 12h às 14h30 e das 20h à 0h30; sáb., das 13h à 0h30; dom. e feriados, das 13h às 17h

Nello’s



Fundada em 1974, a cantina Nello’s também aderiu aos produtos sem glúten. “Foi um pedido dos clientes”, conta Augusto Mello, genro do italiano Nello, fundador do restaurante. A massa do espaguete sem glúten pode ser feita de milho (mais amarelada comparada à comum) ou arroz (mais clara, em relação à massa tradicional). “É preferível que a massa seja acompanhada de um molho encorpado”, aconselha Augusto. A diferença de preço entre as massas é pequena. A tradicional sai por R$ 26 e a sem glúten, por R$ 28.

Rua Antonio Bicudo, 97, Pinheiros (Unidade 1)
Tel. (11) 3082.4365
Ter. a qui., 12h às 15h e 19h às 24h; sex., 12h às 15h e 19h à 1h; sáb., 12h às 16h e 19h à 1h e dom., 12h às 17h e 19h às 23h

Diaita

Depois do nascimento de dois bebês alérgicos, a dentista Sofia Cattaccini resolveu desenvolver meios para ajudar na evolução da saúde de seus clientes. “Descobri que eu poderia ir além de levar o bebê no médico e amamentar”. Sofia viajou para a Alemanha, onde estudou homeopatia. Quando voltou ao Brasil, cursou aulas de acupuntura. “Com os estudos, percebi que para ter uma saúde integral você tem que cuidar da alimentação”. A dentista comprou uma antiga doceria na Zona Norte de São Paulo e, ao lado da nutricionista Joana D’arc Mura, desenvolveu o cardápio do novo estabelecimento. Em 2011, após um ano de reformas e testes gastronômicos, a Diaita foi inaugurada. Todos os produtos do local são fabricados com proteína vegetal, fibras, carboidrato integral e biomassa de banana verde. Portanto, não possuem glúten, leite e derivados. Sofia conta que muitos de seus clientes são autistas. A dentista explica que uma dieta sem glúten colabora para que o autista tenha uma melhora significativa no desempenho acadêmico, além de proporcionar melhoras no desenvolvimento neuropsicológico. “Muitas mães me ligam chorando e agradecendo porque observam a evolução no dia a dia do filho”. Entre as guloseimas que a padaria oferece, destacam-se o mini-panetone de chocolate (R$ 19,40), o pão de feijão preto (R$ 17,60) e o grissinis de café com cobertura de chocolate (R$ 6,80).

Rua Padre Luciano, 122, Jardim França
Tel. 2548-7550
Seg. a sex., das 7h às 20h; sáb. e feriados, das 9h às 19h

Sem Glúten Marilis



Marilis Maldonado Moraes, formada em marketing, foi diagnosticada celíaca em janeiro de 1997. No mesmo ano, decidiu fazer alguns cursos relacionados à área gastronômica. Depois de concluir as aulas, em 1998, foi demitida da empresa onde trabalhava. Resolveu, então, investir no seu próprio negócio. “Montei minhas receitas, e comecei a produção dentro de casa”, conta Marilis. Hoje, a empresa fornece 40 produtos diferentes sem glúten, como: pizzas (R$ 17), doces (R$ 4), misturas para bolos (R$ 8) e pães (24). Marilis garante que não segue uma linha de produção: “Eu conheço cada cliente e o produto é diferenciado conforme a necessidade”.

Rua Cachoeira, 623M, Belém
Tel. 2692-6244
Seg. a sex., das 9h às 17h; sáb., das 9h às 12h3o

Maria Gula



Inaugurada há quatro anos, a pizzaria Maria Gula contou com a insistência de uma cliente celíaca para incorporar massa sem glúten ao cardápio da casa. “Demorou até conseguirmos elaborar algo parecido com a tradicional massa de pizza”, confessa a proprietária Ana Luiza Notari. As redondas sem glúten, que estrearam sete meses atrás, são feitas a partir de uma mistura de fécula de arroz, batata e mandioca. Clientes com restrições alimentares devem fazer a reserva da pizza especial. A casa cobra uma taxa adicional de R$ 10 pela receita alternativa. Sob encomenda, Ana Luiza também produz cupcakes e bolos sem farinha de trigo.

Rua Carlos Weber, 606, V. Leopoldina
Tel. (11) 3641-2511
Seg., das 11h30 às 15h; ter. a sáb., das 11h30 às 15h e das 19h às 23h30; dom., das 19h às 23h30

Nininha Sigrist



O ateliê de doces e bolos Nininha Sigrist oferece há um ano bolo de linhaça sem glúten. A farinha utilizada pela casa custa cerca de 30% a mais do que a farinha de trigo tradicional. “Investi nesse tipo de produção por perceber o bem estar que uma dieta sem glúten proporciona”, diz Nininha, proprietária do ateliê. A receita também substitui o açúcar e o ovo por mel e linhaça, respectivamente. O bolo sem glúten custa entre R$ 250 e R$500, e deve ser encomendado com dois dias de antecedência.

Rua Quitaduba, 168, Sumaré
Tel. 3726-2000
vendas@nininhasigrist.com.br

Restaurante Ráscal



“Não foi uma estratégia de mercado, mas aconteceu”, analisa Nadia Pizzo, consultora gastronômica da rede de restaurantes Ráscal. “Queríamos atender solicitações de alguns clientes que pediam opções sem glúten no cardápio”. Há dois anos, a casa apresenta os “pratos glúten free”. Servidas todos os dias, as massas de macarrão penne e spaghetti sem glúten fazem parte do buffet do restaurante (R$ 63 por pessoa). Apesar do empenho da casa em manter os pratos no cardápio, Nadia revela que a procura não é grande. “Não tem tanta saída, pois atende a um público bem específico”.

Alameda Santos, 870, Cerqueira César
Tel. 3141-0692
Seg. a qui., das 12h às 15h15 e das 19h às 22h15; sex., das 19h às 22h15; sáb., das 12h às 17h15 e das 19h às 23h15; dom. e feriados, das 12h às 17h15

Sala Vip


A chef do restaurante italiano Nico Pasta & Basta, franquia da rede de pizzarias Sala Vip, Marina Lepore, sugeriu a fabricação de pizzas com massa sem glúten. A ideia foi aprovada no mês de abril. “Muitos celíacos viram aí a chance de voltarem a frequentar pizzarias”, diz Natalia Delbosque, 26 anos, responsável pelo marketing da empresa. São cerca de 70 sabores de coberturas que podem ser combinados com a massa sem glúten, a um custo R$ 3 mais caro do que o das pizzas tradicionais. “Recebi e-mails emocionantes de clientes agradecendo a iniciativa”, conta Natalia. Das 13 pizzarias da rede em São Paulo, a unidade dos Jardins é onde as redondas sem glúten fazem mais sucesso: “São vendidas, em média, 50 pizzas por mês”. O projeto deu tão certo que o Nico Pasta & Basta resolveu adotar o conceito. Hoje, a franquia oferece em seu cardápio o Gnocchi de Mandioquinha com Tomate Fresco al Limone (R$ 36) – sem glúten.

Alameda Lorena, 722, Jardins (somente delivery)
Tel. 3052-2222
Ter. a dom., das 18h à 0h

Santo Bolo


Bolo fécula de batata com calda de laranja

A confeitaria abriu as portas há cerca de um ano. Desde sua inauguração, oferece o bolo sabor Flocão de Milho sem glúten (R$ 25). O produto, no entanto, não figura na vitrine da loja, devido à baixa demanda. Ainda assim, Marieta Cardoso, proprietária da loja, passou a oferecer outro sabor sem glúten, o de Fécula de Batata com Calda de Laranja (R$ 50,00). Os produtos sem glúten devem ser encomendados com um dia de antecedência.
Rua Bruxelas, 64, Sumaré
Tel. (11) 675-1464
Seg. a sexta das 10h às 19h e sáb e dom. das 10h às 18h

Recebi no Twitter mais um lugar que serve alimentos para celíacos e intolerantes à lactose.

Leticia Bicicretinha: a Amor aos Pedaços também oferece uma opção de torta sem glúten e sem lactose :)v

Yakult feito em casa. Vc já leu os ingredientes do industrializado?


É bem legal poder escolher os ingredientes daquilo que vc serve à sua família. Vc controla o açúcar, os aditivos e ganha em sabor e saúde. Vamos tentar?




Fonte: Ana Maria Brogui

O que é irradiação de alimentos?


Imagem: Google


Fonte: Ideias Verdes
Por - Lydia Cintra 13 de dezembro de 2013

A irradiação é um dos processos utilizados pela indústria de alimentos para aumentar a vida útil e o tempo de prateleira dos produtos. Além de conservar, o mecanismo também mata insetos, bactérias patogênicas, fungos e leveduras, retarda a maturação e senescência (envelhecimento) de frutas e inibe o brotamento de bulbos e tubérculos. “Os tecidos irradiados não brotam.

A irradiação destrói tecidos vivos e seu uso é proibido em alimentos orgânicos em qualquer fase da produção, armazenamento, transporte e processamento. A irradiação é também conhecida como pasteurização fria e é mais cara que processos térmicos de pasteurização”, explica Elaine de Azevedo, pós-doutorada pela Faculdade de Saúde Pública da USP e professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo, no livro “Alimentos Orgânicos – ampliando os conceitos de saúde humana, ambiental e social”.

O alimento – embalado ou a granel – é submetido a uma quantidade controlada de radiações ionizantes por tempo pré-determinado. E o que é isso? O livro explica que a radiação ionizante transforma um átomo estável em um átomo eletricamente carregado ou com desequilíbrio entre suas cargas, ou seja, um íon. Esse fenômeno possui grande intensidade de energia e pode causar alterações na matéria, dependendo da forma como a radiação for usada. As fontes utilizadas para irradiar alimentos são isótopos radioativos, como Césio 197, Cobalto 60, raios X ou elétrons acelerados lineares.

Um pouco da história
Após a descoberta da radioatividade, na última década do século XIX, verificou-se em laboratório que as irradiações ionizantes afetavam os sistemas biológicos. Por meio delas, era possível exterminar organismos vivos e alterar a estruturas dos tecidos. Na década de 50, a Comissão de Energia Atômica e o Exército dos Estados Unidos financiaram pesquisas sobre o uso de radiações ionizantes na preservação dos alimentos. Em 1963, a FDA (Food and Drug Administration – similar à Anvisa no Brasil) permitiu seu uso no trigo e derivados e no bacon.

O Brasil faz pesquisas sobre alimentos irradiados desde 1975. Gradativamente, o leque de alimentos que poderiam ser irradiados foi aumentando. Entre os mais comumente irradiados estão a carne de vaca, porco e aves, nozes, batata, trigo, farinha de trigo, frutas, verduras e variados tipos de chás, ervas e condimentos. No Brasil irradiam-se principalmente cebolas, batatas, peixes, trigo e farinhas, papaia, morango, arroz e carne de porco.

O que isso significa?
O processo de irradiação expõe o alimento a uma carga equivalente à necessária para realizar cerca de 30 a 150 milhões de radiografias de tórax. Os níveis de radiação envolvidos compreendem uma faixa entre 5 mil a 4 milhões de rádios (medida-padrão para mensurar a radiação absorvida). Para se ter uma ideia dessa radiação, os aparelhos de raios X emitem menos que um rádio por sessão.

Como nos demais métodos de conservação de alimentos (pasteurização e congelamento, por exemplo), a irradiação ocasiona perdas de macro e micronutrientes, bem como variações na cor, sabor, textura e odor. Muitas vitaminas são praticamente extintas do alimento: até 90% da vitamina A na carne de frango, 86% da vitamina B em aveia e 70% da vitamina C em suco de frutas. À medida que o tempo de estocagem aumenta, outros nutrientes são perdidos: proteínas são desnaturadas e as vitaminas A, B12, C, E e K sofrem alterações semelhantes às do processo térmico (pasteurização).

No entanto, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) defende que, apesar da perda nutricional, as alterações químicas não são nocivas ou perigosas. Em entrevista ao site da Unicamp, um físico do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Universidade atribui o receio que a população tem de consumir esses alimentos à constituição de um “imaginário negativo” ligado à questão nuclear. A não aceitação por parte das pessoas decorre, entre outros fatores, da relação que se faz entre irradiação e radioatividade. Segundo ele, a contaminação radioativa pressupõe o contato físico com uma fonte radioativa, enquanto a irradiação é a energia emitida de uma fonte de radiação. Desta forma, os alimentos irradiados não se tornam radioativos, pois não contêm a fonte de radiação (apenas recebem a energia).

Elaine de Azevedo diz que “apesar de os especialistas afirmarem não ser sua intenção a utilização de radiações de alta energia (como a dos nêutrons, que tornariam os alimentos radioativos), é fundamental uma análise crítica em relação ao seu uso, pois até o momento não existem estudos suficientes que garantem sua inocuidade em seres humanos. E, por si só, é suficiente para avaliação da relação risco/benefício”.

A autora ainda discute a relação entre a irradiação e o incentivo a práticas agrícolas insustentáveis, baseadas em cultivos que ameaçam a biodiversidade. Leia um trecho:

“Ela sacrifica a sustentabilidade ecológica, ao encorajar a produção maciça, aumentando a dependência em relação à maior utilização de agrotóxicos. Além disso, teme-se que os resíduos radioativos das instalações das empresas de irradiação, transportados por grandes distâncias, possam causar acidentes que danificariam ecossistemas locais e ameaçariam a saúde pública. A irradiação encoraja o transporte dispendioso de alimentos que, quando cultivados e consumidos localmente, não precisam de irradiação. A adoção massiva desse recurso limita o direito das pessoas de escolherem onde e como seus alimentos serão produzidos. Um sistema democrático e que concede poder aos cidadãos para fazerem suas escolhas sensatas não precisa de irradiação. Essa prática é uma solução muito cara para o problema da segurança sanitária, atuando nos sintomas em detrimento das causas”

Um relatório da FDA de 2000 não associa a irradiação a riscos alimentares, mas ressalta que tal resultado não é aceito por diferentes grupos de consumidores em campanhas como a da instituição Public Citizen (Cidadão Público) e a Campanha contra Irradiação de Alimentos Europeia (The European Food Irradiation Campaing).

Fontes:
Livro Alimentos Orgânicos: ampliando os conceitos de saúde humana, social e ambiental. Elaine de Azevedo. Editora SENAC, 2012;
Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP);
UNICAMP;
Anvisa.

Leia também:
Você sabe o que são alimentos ultraprocessados?
Saiba o que são estabilizantes, aromatizantes, conservantes e corantesPor que se alimentar de forma diferente por mudar o mundo (e a sua vida)?

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ufam realiza feira de produtos orgânicos nesta semana em Manaus




Serão oferecidos ao público hortaliças, vegetais e frutas, como mamão, abacaxi, tomate, melancia e abóbora, a preços abaixo do cobrado nos grandes supermercados.

[ i ]


Manaus - Produtos orgânicos terão espaço na “Agroufam 2014: Feira da Produção Familiar”, realizada nos dias 23 e 24 de janeiro, das 8h às 18h, na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), bloco 1, no minicampus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no Coroado, zona leste.

Produtores agrícolas dos municípios de Careiro da Várzea, Iranduba, Urucurituba, Manacapuru, Itacoatiara e do entorno de Manaus, como os das Associações dos Produtores do Brasileirinho, dos Produtores Orgânicos do Amazonas (Apoam) e do Ramal do Pau Rosa, terão a oportunidade de expor suas produções e comercializá-las.

De acordo com um dos organizadores, Manoel Seixas Neto, do grupo Pró-rural, o objetivo é fomentar o trabalho de pequenos agricultores que praticam técnicas orgânicas de cultivo, sem o uso de agrotóxicos, facilitando o acesso aos consumidores finais.

“A agroecologia trabalha com alimentos saudáveis que não têm agrotóxicos, que agridem o ser humano e o meio ambiente. Além disso, com o evento, nós pretendemos facilitar o acesso de agricultores familiares, que poderão vender seus produtos diretamente ao consumidor final”, disse Manoel.

Heloiza Vasconcelos, representante e pesquisadora do Núcleo de Socioeconomia, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), disse que a feira surge como estratégia de mercado para a divulgação da diversidade de produtos da agricultura familiar. De acordo com ela, o núcleo fomenta a pesquisa e a extensão junto às comunidades agrícolas do Amazonas e a feira constitui o resultado de estudos da relação entre os comunitários.

“Trata-se de uma feira de transição, rumo a uma feira totalmente agroecológica. A AgroUfam tem como premissa estabelecer um ambiente de comercialização dos produtos da agricultura familiar, com base nos princípios agroecológicos, de desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, de inovação tecnológica, extensão universitária e inclusão social”, comenta a pesquisadora.

Na programação, além das palestras e oficinas, estão previstas também atrações culturais. As inscrições são gratuitas para essas atividades com vagas limitadas.

A 'AgroUfam 2014: Feira da Produção Familiar' está sendo promovida pelo Núcleo de Socioeconomia da Ufam, pela Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), Secretaria de Produção Rural (Sepror) e Parque Científico e Tecnológico para Inclusão Social (PCTIS).

Fonte: http://www.d24am.com/amazonia/meio-ambiente/ufam-realiza-feira-de-produtos-organicos-nesta-semana-em-manaus/104697

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Nos Estados Unidos, pressão de consumidores faz indústria substituir corantes artificiais.

Autor: RedeNutri Published At: Seg 13 de Jan, 2014 08:54 BRST (127 Leituras.

Corantes artificiais não possuem valor nutritivo e podem causar problemas de saúde, como alergias.

A pressão das mídias sociais e de grupos de defesa do consumidor nos EUA tem forçado a indústria de alimentos a trocar alguns corantes artificiais, associados a alergias, hiperatividade e câncer, por outros naturais à base de plantas e especiarias.

A estratégia tem sido mais eficaz e rápida do que o envio de questionamentos às agências reguladoras de alimentos, segundo analistas.

Não há estudos que comprovem riscos à saúde atribuídos a corantes artificiais, mas países, especialmente na Europa, têm trocado os aditivos por corantes naturais.

Nos EUA, um caso recente de pressão bem-sucedida foi o da blogueira Vani Hari, que em 2011 publicava textos sobre os perigos de corantes e conservantes usados pela rede de fast food Chick-fil-A.
Vani recolheu 200 mil assinaturas. Em dezembro, a empresa informou que vai substituir o corante amarelo (derivado do petróleo) por outro de açafrão e páprica.

Outra blogueira, Renee Shutters, de Jamestown (NY), conseguiu 142 mil assinaturas pedindo a retirada de um corante também derivado do petróleo do chocolate M&M.A fabricante Mars diz que estuda substitui-lo por outro extraído de alga marinha.Na Europa, o mesmo doce já leva corantes naturais.

Os corantes artificiais não possuem valor nutritivo. Os problemas de saúde mais frequentemente associados a eles são as alergias, que afetam pessoas suscetíveis.  

No Brasil, atualmente a polêmica é em relação aos corantes tartrazina e caramelo 4, presentes em vários produtos, como energéticos, cerveja, sucos e refrigerantes.Grupos de defesa do consumidor pediram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a substituição do corante após uma de suas substâncias ter sido classificada como possivelmente cancerígena.

A agência, baseada em estudos toxicológicos e em pareceres internacionais, concluiu que o corante não é tóxico ou carcinogênico e não oferece perigo na quantidade em que está aprovado.Mas o Estado da Califórnia, nos EUA, determinou a redução de corante caramelo 4 em bebidas tipo cola.

"A pergunta é: se pode diminuir a quantidade sem alterar a qualidade do produto, por que a indústria não adota esse novo padrão em todo o mundo em vez de expor a população a riscos?", questiona o químico Paulo Garcia de Almeida, membro da câmara técnica de alimentos do Conselho Regional de Química de SP. 
  
Outro lado
A indústria nega os riscos. Segundo a Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), não há evidência que justifique alterações no uso dos corantes tartrazina e caramelo 4. 

Em 2012, análise de um instituto americano apontou que a Coca-Cola à venda no Brasil era a que tinha maior quantidade da substância potencialmente cancerígena (4-MI), do corante caramelo 4.

"A quantidade de corante caramelo 4 utilizada em nossos produtos é absolutamente segura e está de acordo com os valores definidos pelo Codex Alimentarius órgão ligado à OMS e pela Anvisa", informa nota da Coca-Cola.

Entretanto, ao escolher algum produto, é preciso bom senso.  


Tudo que faz seu fígado se sentir amado. Muito bom o texto de Vera Lúcia Guedes


Por Vera Guedes Aromas & Saberes
01/20/2014




O fígado é o órgão da Mudança - ele gera, distribui e controla o suprimento de energia do corpo,
modulando a força vital. Ao sentirmos uma perda em nosso entusiasmo pela vida, sentiremos também
uma redução do apetite. Tudo que resultar em vitalidade será por nós evitado, este padrão de comportamento
pode provocar a anemia ou mesmo distúrbios de coagulação sanguínea, levando a frequentes hemorragias.

Nosso organismo tem grande habilidade de adaptação a novas condições, sejam elas climáticas ou alimentares.
Essa capacidade é grandemente prejudicada nas pessoas que não possuem essa mesma facilidade com relação
a SITUAÇÕES NOVAS. Para elas as mudanças são acompanhadas de desarranjos gastrointestinais ou mesmo
de outras alterações metabólicas, principalmente do fígado. Portanto, rejeitar o novo e não saber extrair o melhor
da situação prejudica a função desse órgão de absorver e eliminar corpúsculos estranhos no sangue. Prova de
que ele é um órgão relacionado a mudanças, esta em sua capacidade de regeneração, qualidade intensificada
em pessoas mais flexíveis às mudanças e com maior facilidade em se refazerem a partir de situações difíceis."

Metafísica da Saúde - Valcapelli e Gasparetto.

O fígado mandando um recadinho dizendo "basta, não estou bem"



Algumas coisinhas que deixam o fígado infeliz e sentindo-se mal tratado e mal amado são excessos de alimentos,
 especialmente os gordurosos, bebida alcoólica, medicação, hormônios sintéticos e até os óleos essenciais,
como já vimos podem deixá-lo profundamente infeliz, quando usado demais, e sem uma necessidade real.
Mas, nada pode deixar o fígado mais triste do que a ingestão excessiva de bebida alcoólica.

Um recadinho dizendo - "obrigada, estou me sentindo amado"

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Como substituir o amido de milho transgênico?


Hoje em dia praticamente todas as marcas de amido de milho tem o famigerado T de Alimentos Transgênicos, mas.... sempre tem um mas na Alimentação, existem maneiras de substituir o amido de milho nas receitas, veja só:

Polvilho Azedo: com uma textura aveludada, o polvilho é uma farinha bem fina. Pode ser usado para engrossar molhos, cremes, sopas e etc.

Farinha de Trigo: Textura pesada, precisa ser bem cozida para não deixar gosto na receita. Utilize quando a receita for  ficar algum tempo cozinhando. Proibido para quem tem problemas com o glúten.

Fécula de Batata: Ótimo espessante, tem uma vantagem em relação ao amido de milho,não deixa a cor opaca. Muito bom para manter a cor brilhante e viva de um molho ou creme.

Fécula de Mandioca: Tem a mesma vantagem da fécula de batata. Quando usada para substituir o amido de milho deve ser usado sempre o dobro.  Se a receita pedir 1/2  xícara de amido de milho troque por 1 xícara de fécula de mandioca.


Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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