segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Caldo em cubos: pedacinhos de veneno com marcas famosas

Fonte: Saúde Curiosa

Os temperos artificiais com nome de "caldos" usados na cozinha do consumidor comum são responsáveis pela incidência crescente de “doenças silenciosas”. 



Sazón esteve nos ouvidos e nas bocas de muita gente que não sabia (e talvez não saiba ainda) que tanto ele quanto o Caldo Knorr, Maggi, Arisco, Ajinomoto, Kitano e outros "alimentos" com o sabor realçado, contém glutamato monossódico.

O componente químico, longe de ser inofensivo para a saúde, é responsável por causar as mais diversas reações quando ingerido: enjoos, alergias da pele, vômitos, taquicardia, enxaquecas, arritmia cardíaca, tonturas e até depressão.



Usar temperos industrializados todos os dias pode causar sérios danos para quem os consome, pois o glutamato pode levar o sistema endócrino a produzir acetilcolina, substância que além de estimular a função muscular, reduz a absorção de glicose através dos neurônios. O resultado pode ser mais peso e até Alzheimer. Um caldinho muito perigoso e ao mesmo tempo bastante desagradável.



Leia também: Glutamato monossódico: o sabor que mata

O famoso "gostinho" da comida chinesa que persiste no paladar dias depois de ingerido, demonstra com clareza a força do produto químico, que é usado em quase todos os pratos desse tipo de cozinha. Cubinhos de caldos de galinha, carne e legumes "da caixinha" são uma ameaça sorrateira à saúde de todos.

Ao bloquear as funções neurológicas do hipotálamo, que ajudam a controlar o apetite, o glutamato nos induz a comer mais de que necessitamos e com isso a obesidade só aumenta.
Quer uma solução simples, barata e gostosa?



Congele ervas e temperos naturais imersos em azeite, óleo de coco ou manteiga em formas de gelo. Podem ser usadas com a mesma praticidade que os cubos venenosos que a indústria alimentícia química nos induz a comprar através de propagandas bem elaboradase que, além de saudáveis, podem ter sabores totalmente individuais e serem até mesmo mais baratos que os cubinhos cheios de química prejudicial à saúde.



Fontes de pesquisa:
FAO Nutrition Meetings -Report Series No. 48A WHO/FOOD ADD/70.39 “TOXICOLOGICAL EVALUATION OF SOME EXTRACTION SOLVENTS AND CERTAIN OTHER SUBSTANCES“.
LUCAS, D.R. and NEWHOUSE, J. P. “The toxic effect of sodium-L-glutamate on the inner layers of the retina. AMA Arch Ophthalmol 58: 193-201, 1957“.
OLNEY, J.W. “Brain lesions, obesity, and other disturbances in mice treated with monosodium glutamate. Science 164: 719-721, 1969“.

Fonte: Revista Ecológica

Falsos produtos orgânicos se espalham pelo país; saiba como evitá-los.



Fonte:O Globo
POR FERNANDA PONTES23/01/2016 09:20




Campanha pela valorização da produção orgânica

Sabe aquele tomatinho orgânico que você comprou outro dia? Ele pode não ser orgânico coisa nenhuma — e, como isso tem acontecido com uma frequência cada vez maior, a Sociedade Nacional de Agricultura vai lançar uma campanha em que alerta os consumidores sobre o crescimento desses falsos produtos.

Aliás e a propósito


O mote do programa é: os consumidores devem exigir o selo do governo brasileiro que certifica os produtos realmente orgânicos. “Se não tiver o selo é porque não há garantia alguma da procedência”, diz Sylvia Wachsner, da equipe de coordenadores da Sociedade Nacional de Agricultura. Há, ao todo, 11.650 produtores certificados em todo o país.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Vc acha difícil fazer pão em casa? Que vergonha, este aqui até uma criança sabe fazer!






Muito bom este canal, eu recomendo "Pão da Casa"





Que tal fazer manteiga fermentada em casa?


Hum que delíciaaaaa, ainda não experimentei mas com certeza está na minha lista de desejos!




A manteiga, assim como o ovo e o chocolate, está sendo resgatada do "limbo", que bom!
Vamos saber o que ela tem de bom?


Você sabe quais são os benefícios da manteiga?
Fonte: Musculação.net

A manteiga é um desses alimentos que pode transformar refeições sem sabor em refeições deliciosas, mas durante as últimas décadas, tem sido considerada a culpadade vários problemas de saúde, desde a obesidade até às doenças cardiovasculares.

Recentemente, a manteiga tem vindo a ser considerada novamente um “alimento saudável”. Vamos saber porquê?
1 - A MANTEIGA É RICA EM VITAMINAS SOLÚVEIS EM GORDURA

A manteiga contém uma grande quantidade de Vitamina K2, que pode ter efeitos poderosos na saúde. Intimamente envolvida no metabolismo do cálcio e a deficiência de vitamina k2 tem sido associada a muitas doenças sérias, incluindo problemas cardiovasculares, cancro e osteoporose. Acontece que os lacticínios derivados de animais alimentados a pastos são particularmente ricos em vitamina k2.

2- A MANTEIGA CONTEM UMA BOA QUANTIDADE DE GORDURAS SATURADAS SAUDÁVEIS

A guerra contra a gordura saturada está baseada em má ciência. Nunca se conseguiu realmente provar que este tipo de gordura prejudica a saúde.

De fato, estudos recentes sugerem que não existe nenhuma associação entre a gordura saturada e as doenças cardiovasculares.As gorduras saturadas aumentam o colesterol HDL (o bom) e mudam o LDL pequeno e denso (muito mau) para um LDL maior… que é benigno.

A manteiga também contem uma quantidade decente de gorduras de cadeia curta e média… que são metabolizadas de forma diferente de outras gorduras. Este tipo de gorduras conduzem a um aumento da saciedade e da queima de gordura.
3- A MANTEIGA REDUZ O RISCO DE ATAQUE CARDÍACO EM COMPARAÇÃO COM A MARGARINA


Até agora substituímos a manteiga, que é um alimento saudável, por algo que contêm gorduras trans altamente processadas… que são tóxicas e provocam todo o tipo de problemas para a saúde.

No estudo Framingham heart, os investigadores examinaram os efeitos da manteiga e da margarina na saúde cardiovascular e verificaram que a margarina aumenta de forma significativa o risco de problemas cardiovasculares, enquanto a manteiga não teve qualquer efeito.

Outro estudo revelou que o consumo de laticínios gordos reduziu o risco de problemas cardiovasculares por uns incríveis 69%, muito provavelmente devido ao aumento da ingestão de vitamina k2.
4- A MANTEIGA É UMA BOA FONTE DO ÁCIDO GORDO BUTIRATO


O butirato é um tipo de ácido gordo criado pelas bactérias do cólon quando estas são expostas à fibra dietética e esta pode ser a principal razão para as fibras proporcionaram benefícios para a saúde dos seres humanos.

Mas existe uma outra excelente fonte de butirato… a manteiga, que é composto por cerca de 3-4% de butirato.

Em estudos realizados com ratos, a suplementação com butirato preveniu o aumento de peso derivado de uma má dieta, aumentando o dispêndio de energia e reduzindo a ingestão de alimentos. Também melhora o funcionamento das mitocôndrias e reduziu os níveis de insulina e de triglicerídeos em jejum.

Nos seres humanos, o butirato é anti-inflamatório e tem efeitos protetores potentes no sistema digestivo.
5- A MANTEIGA É RICA EM ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADO


A manteiga, especialmente a proveniente de animais alimentados a pastos, é uma excelente fonte de um ácido gordo chamado Ácido Linoleico Conjugado, também conhecido por CLA.

Este ácido gordo pode ter efeitos potentes no metabolismo e até é vendido como suplemento para perda de peso. O CLA demonstrou possuir propriedades anti-cancerígenas, e também diminuir a percentagem de gordura corporal em seres humanos.

No entanto, outros estudos verificaram que o CLA não tem qualquer efeito na composição corporal.
6- A MANTEIGA ESTÁ ASSOCIADA A UM MENOR RISCO DE OBESIDADE


As autoridades de nutrição mais proeminentes costumam recomendar o consumo de lacticínios pobres em gordura. A ideia é que dessa forma, podemos obter o cálcio de que necessitamos sem todas essas gorduras más e calorias excessivas.

Mas apesar do conteúdo mais elevado de calorias, a ingestão de lacticínios gordos não está associada à obesidade.

De fato, um artigo de revisão que foi publicado em 2012, examinou os efeitos do consumo de lacticínios gordos na obesidade, doenças cardiovasculares e outras desordens metabólicas.

Eles descobriram que os lacticínios gordos não aumentam o risco de doença metabólica e que foram associados a um risco significativamente mais reduzido de obesidade.

Para alem dos vários benefícios para a saúde que a manteiga nos proporciona, é também bastante deliciosa e sempre com um sabor superior à margarina. Que mais se poderia pedir deste fantástico alimento?

Quer saber mais sobre os benefícios da manteiga?
Leia a reportagem completa: 6 benefícios da manteiga




sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O açúcar é o maior veneno que damos às crianças

Fonte: MINAMI
written by Cristina Cardigo




É o que diz a pediatra Júlia Galhardo, responsável pela consulta de obesidade no Hospital de Dona Estefânia, numa entrevista à Visão. E vai mais longe, refere-se mesmo ao abuso do açúcar em idades precoces como maus tratos.

Eu me acuso, sou daquelas pessoas que come demais quando está cansada/triste, come porque está feliz e quer celebrar, come porque acha que cozinhar é um passatempo estupendo. Não tenho a “sorte” de não engordar, como tem o meu filho e marido, por isso tento ter cuidado com a alimentação da nossa família. Sorte entre aspas, porque engordar pode ser um factor de alarme para os excessos, porque se vê.

Os pais não devem ficar descansados quando o seu filho, que come muitos doces, é magro. Muitos desses meninos, que são longilíneos, têm alterações dos lípidos no sangue, têm problemas de aterosclerose. Não são gordos, mas têm alterações metabólicas. Nem tudo o que é mau se vê. Nem tudo o que é mau dói. A hipertensão não dói, a diabetes não dói. Não doem, mas matam. E, mesmo quando existe excesso de peso, os pais não dão a devida importância. Acham que a criança vai esticar quando crescer, como se fosse plasticina, e que o problema vai desaparecer. Só começam a perceber que há, de facto, um problema quando as análises dão para o torto. Quando o colesterol ou os glícidos ou o ácido úrico vêm aumentados, quando as análises revelam inflamação…

E depois, há um mundo lá fora. Um mundo de pessoas simpáticas que querem oferecer chupas, um mundo que acha que “é só um dia”, “que não faz mal nenhum”. Um mundo que acha que os afectos se transmitem com comida, não é à toa que nos restaurantes há o “Doce da Avó”, eu cá nunca encontrei o “Doce da Mãe” ou o “Doce do Pai”.

Os avós têm um papel fundamental! Os avós são do tempo em que não havia esta parafernália do pacote. O doce era o mimo do dia de festa. Mas transformam este mimo num bolo ou num chocolate todos os dias. Porque… “coitadinho do menino”. Eu peço aos avós, por favor, que transformem estas coisas em mimos de abraços, de afetos. Que vão com eles ao parque brincar, ver o pôr do sol, fazer castelos de areia. Que os ensinem a cozinhar coisas saudáveis. A fazer pão, salada de frutas. Eu aprendi a fazer pão com a minha avó e ainda hoje me lembro. Peço aos avós que nos ajudem a modificar esta carga. E que percebam que, hoje em dia, o maior inimigo dos seus netos é o açúcar. A comida não é castigo nem prémio.


Como sensibilizar sem parecer a bruxa má do Oriente? Festas de aniversário na creche, onde dizem “é só um dia”, mas é só um dia em que 40 crianças fazem anos… mais as outras festas de aniversário fora da creche (com a moda de se levar um saquinho de doces para casa!), a Páscoa, o Natal, as férias, etc. etc… O meu filho tem 2 anos e meio aprendeu a dizer chocolate e chupa fora de casa… ou foi na creche, ou foi com as avós. Nunca o saberei. Não os podemos proteger para sempre, dirão as almas caridosas da brigada do açúcar… É precisamente por isso que acho importante controlar os doces e educar no sentido da prevenção. Um bom começo é ler o artigo completo aqui.

Central de abastecimento no ABC paulista começa a monitorar agrotóxicos em alimentos


Fonte: ORGANICSNET
07/01/2016


Resultado de duas análises feitas em tomates detectou 17 resíduos de defensivos diferentes; um era proibido no Brasil

Desde o início do ano, a Central de Abastecimento de Santo André (Craisa), cidade do ABC paulista (SP), monitora a quantidade de agrotóxicos presentes nos legumes, frutas e verduras distribuídos por seus concessionários. O objetivo do trabalho, pioneiro, é incentivar a fiscalização por parte de produtores e distribuidores, além de tornar o consumidor mais consciente sobre a qualidade dos alimentos que ingere.

Em entrevista à repórter Vanessa Nakasato da TVT, o engenheiro agrônomo do Craisa, Fábio Vezzá, explica que o resultado de duas análises feitas em tomates deram o alerta para que a central de Santo André passasse a monitorar os produtos vendidos. “Encontramos 17 resíduos de defensivos diferentes. Dois dos pesticidas estavam acima do limite permitido e um outro, não era permitido. A gente tem o projeto de fazer 15 amostras por mês a partir de 2016.”

“A gente quer um alimento seguro pro consumidor, pro ambiente e pro agricultor que produziu”, conclui.

O atacadista Pedro Albuquerque de Campos considera que vende alimentos com “muito veneno”, e explica que os produtos chegam com mais toxinas do que o necessário, pois há um período – não respeitado – de carência entre a aplicação do agrotóxico e a colheita do alimento, para que o pesticida não prejudique a saúde do consumidor. “Tem muito agrotóxico, é bastante mesmo. Tem que ter um tempo determinado para tirar, mas o lavrador é ganancioso e não espera.”

Fábio explica que quanto mais difícil o cultivo e mais fora de época, maior a carga de pesticida que o produto recebe “Por exemplo, quando eu era criança, lembro que só tinha morango no inverno, hoje, durante o verão tem morango, então ‘é natural’ que a gente encontre mais pesticida.”

A Central de Abastecimento de Santo André vai repassar os resultados dos produtos ao Ministério de Agricultura e à Anvisa.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. O relatório recente do Inca aponta que o país consome um milhão de toneladas ao ano, ou seja, cada brasileiro consome 5,2 quilos de agrotóxicos por ano.

A alternativa para o consumidor são os alimentos orgânicos, preço dos alimentos orgânicos inibe o consumo, já que eles custam cerca de 30% a mais do que os produtos tradicionais.

Márcio Stanziani, integrante da Associação dos Agricultores Orgânicos, reivindica incentivo do governo para a produção livre de agrotóxicos. “O governo investe no produto tradicional e subsidia os agroquímicos, e as políticas públicas que existem para a agricultura orgânica são pequenas (sic). O consumidor não tem consciência que esse produto barato não vai reverter na sua saúde, que provavelmente terá de gastar no futuro por causas dos problemas de saúde.”

Rede Brasil Atual

Transgênicos na moda têm também

Fonte: INSECTA

Quando falamos de transgênico, provavelmente a primeira coisa que vem à mente são produtos alimentícios como milho e soja. Nem sempre é fácil perceber como as poderosas Monsanto e DuPont, multinacionais responsáveis pela maioria das sementes transgênicas no mundo, podem estar envolvidas com produtos além da mesa, afinal, ter monopólio das agriculturas destinadas à alimentação nos parece mais do que suficientemente rentável.

Mas a verdade é que o transgênico já chegou à indústria da moda faz tempo e veio, claro, pela fibra fabricada em maior quantidade no mundo: o algodão. A semente do algodão está no top 5 dos produtos transgênicos junto com a soja, o milho e a canola. Talvez você esteja pensando “se nós não comemos algodão, não tem problema usar algodão transgênico, não é mesmo?”. Porém, não é bem assim.

Um dos maiores problemas do transgênico começa bem antes do produto chegar na sua mão, e não tem muito a ver com saúde, pelo menos não com a nossa. Vamos deixar 99% das questões que envolvem o debate entre os que são a favor dos transgênicos e os que são contra e focar apenas em uma: o monopólio e como ele afeta os produtores.

Quem leu nossa matéria sobre o recém-lançado documentário The True Cost deve ter se espantado com a alta taxa de suicídio entre os produtores de algodão da Índia, um dos países que mais exportam algodão no mundo. A cada 30 minutos, um fazendeiro comete suicídio, o que equivale 1 em cada 3 suicídios no mundo. Enquanto a Monsanto nega firmemente que o produto dela tenha qualquer coisa a ver com isso, algumas pesquisadores, jornalistas e líderes indianos afirmam exatamente o contrário.



Para começar, as sementes são muito caras e os fazendeiros precisam recorrer a empréstimos bancários para financiá-las, com esperança de diminuir custos principalmente com pesticidas. Alexis Baden-Mayer, diretor político da Organic Consumers Association, esclarece que as sementes transgênicas “são incrivelmente mais caras; são 8 mil por cento mais caras do que sementes de algodão normal. Mas sementes de algodão normal se tornaram praticamente indisponíveis para os agricultores indianos por causa do controle da Monsanto do mercado de sementes “, disse IDT, acrescentando que a Índia é hoje o quarto maior produtor de culturas geneticamente modificadas.

Em contrapartida, um dos maiores problemas de plantar o algodão geneticamente modificado da Monsanto na Índia é que ele precisa de muita irrigação e, com os sistemas de irrigação manipulados pelos fazendeiros ricos, a maioria das plantações depende da água das chuvas. Porém, depender da água das chuvas é um risco imenso e muitas colheitas não acontecem. Logo, os fazendeiros não conseguem pagar os empréstimos, perdendo, inclusive, suas fazendas.

“O algodão transgênico tem sido promovido como algo que realmente resolve problemas dos agricultores indianos que cultivam algodão. Mas algo que tem sido promovido como uma solução de crises, cria ainda mais problemas “, disse o cientista agrícola Kirankumar Vissa.

Quando a chuva atrasa, os empréstimos se acumulam, as famílias perdem as terras e não enxergam mais nenhuma saída, eles recorrem, principalmente, aos pesticidas como fonte de auto envenenamento. É uma história que se remete entre as viúvas e filhos que ficaram.

Mas o que nós podemos fazer para não endossar essa política? Bem, a verdade é que é realmente complicado achar uma saída 100% porque a Índia exporta algodão para o mundo todo. É claro que não estamos dizendo para você jamais comprar algodão, mas sim que vale ficar atento nas empresas que produzem com materiais reciclados (além de PET, já existe algodão reciclado disponível para as marcas de moda) ou fazem upcycling.



Ainda é muito difícil de encontrar no Brasil, mas existe também opções de peças feitas com algodão orgânico, totalmente livre de transgênicos. Empresas responsáveis, que têm uma política ética realmente forte, também procuram suas matérias-primas de maneira responsável. O principal lema para ter em mente sempre é: consumir menos, melhor e com consciência do impacto daquele produto no mundo e na vida de outras pessoas.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Chega de desperdício. Vamos reaproveitar os alimentos



Além de termos milhões de pessoas passando fome no Mundo, alimento é nutrição, é mantenedor da Vida e por isso deve ser preservado. Para mim que só utilizo alimentos orgânicos, aproveitamento é questão de ordem, pois estamos lidando com alimentos com maior energia e que tiveram cuidados especiais no plantio, na colheita e no preparo.

Mesmo sendo um dos principais produtores de alimentos do mundo, o Brasil ainda desperdiça mais de 11 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Os dados são do Centro de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que aponta também que os brasileiros jogam fora 37 quilos de hortaliças anualmente.

As festas de fim de ano cheias de afeto e promessas de mudança são recordistas em desperdício, um paradoxo que poderia ser facilmente resolvido com planejamento.

Mas vamos lá, vamos supor que mesmo combinado o que cada um traria para a festa, quantidades e preferências, assim mesmo sobrou muita comida, como fazer então para não desperdiçar e fazer o reaproveitamento?

Bolo de frutas:
·         Pode ser fatiado, levado ao forno em uma assadeira e virar deliciosas torradas doces para serem servidas com patês.
·         Para virar um delicioso pavê basta molhar as fatias do bolo na sua bebida favorita ou suco de laranja lima. Colocar por cima um creme feito leite fresco, cacau em pó, açúcar mascavo, e levar ao fogo para engrossar com fécula de batata, no lugar do amido de milho transgênico. Fazer camadas, bolo / creme/ bolo / creme. Terminar com o creme, enfeitar com frutas secas, que podem também ser colocadas no recheio. (Assim também já reaproveitamos as frutas secas).

Saladas:
·         Se conservam melhor se não forem temperadas com antecedência. Sobras de nozes, amêndoas e frutas cristalizadas com creme de leite fresco ou iogurte fazem um molho diferente, esse mix de doce e salgado dá vida nova à salada de ontem.

Carnes:
·         As sobras em pequenos pedaços viram farofa.
·         O peru ou o tender podem ser desfiados, acrescenta-se requeijão caseiro, recheia-se um pão francês e está pronto um sanduíche delicioso para o lanche da tarde.
·         Se você achou que a carne ressecou, faça uma calda de maracujá, ameixa ou frutas vermelhas e regue as carnes que ganham cara nova.
·         Quer uma massa? Faça um espaguete ao óleo, com molho branco e vermelho e acrescente o Pernil da noite anterior juntamente com as ameixas secas, frutas cristalizadas e nozes. Uma delícia!

Arroz e a farofa:
·         Podem ser utilizados no dia seguinte, desde que conservados em geladeira.
·         Quer um risoto? Adicione vinho branco à sobra do arroz, desfie a carne que sobrou e misture com amêndoas.
·         Arroz com bacalhau também é uma boa opção.

Frutas frescas:
·         Aquelas que enfeitaram a mesa na ceia, se transformam numa colorida e saudável salada de frutas, regue com suco de uva ou laranja para temperar. Iogurte ou sorvete também são boas opções.
·         Faça compotas ou frutas em calda.


Tem mais ideias? Colabore conosco, mande a sua sugestão.
Blogueira, Consultora, Escritora e Blogueira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Agricultura biodinâmica leva em conta fases da lua e signos do zodíaco

Fonte: Revista Globo Rural
Ramo da antroposofia, método foi criado em 1924 por Rudolf Steiner

POR THUANY COELHO, DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) I EDIÇÃO: VIVIANE TAGUCHI


Gabriel Vidolin, chef, proprietário do Restaurante Leao Vermelho com Elizabeth M. Scheichl, proprietária da Fazenda Alegre / Foto: Rogerio Albuquerque (Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo)

A pedra fundamental da agricultura biodinâmica foi colocada por Rudolf Steiner em 1924, durante o Congresso de Pentecostes, na Polônia, quando ele apresentou um ciclo de oito palestras para agricultores. “A filosofia mais ampla se chama antroposofia. E ela abrange várias áreas do conhecimento. A agricultura biodinâmica é um ramo da antroposofia”, conta o chef Gabriel Vidolin, do restaurante Leão Vermelho, em São João da Boa Vista, que trabalha com esse método em sua horta.

A antroposofia é uma forma de conhecimento que aborda o ser humano em diversos níveis, como o físico, o vital, e o espiritual, e mostra a inter-relação deles. “No caso da agricultura, é entender de maneira mais profunda quais são as relações do homem, da terra e da existência”, diz o chef. “Ele pega todo o conhecimento folclórico dos povos europeus e aplica na agricultura”.

A teoria ainda faz relação entre os signos e os meios de cultivo, utilizando um calendário celestial. De acordo com o biodinamismo, dependendo do signo da época, algumas plantas se desenvolvem melhor que outras. “Nós dividimos em quatro: água terra, fogo e ar. Os signos de água são mais propícios para plantas que a gente vai usar o caule. Os de terra, as raízes; os de fogo, as frutas; e os de água, as folhas e as flores”, explica.

As fases da Lua também estão presentes no calendário da agricultura biodinâmica. “A gente sempre semeia em lua nova, porque nesse momento a energia da semente está mais interiorizada. Na crescente, ela começa a se desenvolver; na lua cheia, a planta está em plenitude e na minguante, é quando a gente não pode abusar da colheita”, afirma. “E a gente sempre faz a colheita ou às 10h ou às 16h, que são os horários em que a terra está mais propícia e os hormônios da planta estão no ápice”.


Na antroposofia, os adubos são preparados com plantas medicinais, silício e esterco para serem absorvidos pelo solo de acordo com as influências do planeta (Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo

Outra parte importante da filosofia biodinâmica são os preparados, espécie de adubos naturais elaborados a partir de plantas medicinais, esterco e silício, enterrados no solo para serem submetidos às influências da Terra. Eles podem ser divididos em dois grupos; os que são pulverizados no solo e nas plantas, e os que são inoculados em composto ou outras formas de adubos orgânicos como biofertilizantes e chorumes. Os preparados são numerados de 500 a 508, como uma forma de facilitar a comunicação internacional.

O mais famoso deles é o 500, cuja função é ajudar no desenvolvimento da planta. Segundo o chef do Leão Vermelho, o preparado é feito sempre no solstício de inverno, “quando as forças de cristalização da terra estão mais acentuadas”. “Pega-se chifre de animais mortos e coloca esterco, depois enterra dentro de um buraco. No próximo solstício, desenterra e mistura”.

Fazenda Alegre

Os preparados que Gabriel utiliza são produzidos na Fazenda Alegre, também no município de São João da Boa Vista. “No biodinâmico, você presta mais atenção nas coisas, isso que é legal. O efeito está lá porque você se preocupa”, ressalta a alemã Elizabeth Scheichl, proprietária da fazenda. .

No local, ela planta café, palmeiras exóticas, cria bezerro para consumo interno e javaporco, cruzamento de porco e javali, característico de climas temperados. Além disso, reflorestou metade da área com espécies nativas da região. “Essa era a condição do meu marido quando compramos a fazenda 18 anos atrás”.

Há seis meses, Elizabeth e Gabriel trabalham em parceria para comercializar o café produzido na propriedade. Já com embalagem pronta, ele deve começar a ser vendido na região nessa primeira fase de testes. “É um café puro, seco no terreiro. É muito honesto”, diz Elizabeth sobre o sabor. Ela, que ainda não consegue lucrar com o cultivo, conta que começou a investir na agricultura orgânica há 10 anos, mas “sempre esbarra no preço, que não é muito mais alto que o convencional na hora de vender”.

Na fazenda, o biodinamismo está também na harmonia das relações entre as espécies. As teias de aranhas são deixadas intactas, como forma de equilibrar a cadeia. “Elas são inimigos naturais até do mosquito da dengue”, afirma Elizabeth.

Leão Vermelho

Depois de estagiar em renomados restaurantes como o El Bulli de Ferran Adrià e o D.O.M. de Alex Atala, Gabriel decidiu abrir seu próprio restaurante, três anos atrás, com uma proposta bem diferente e misteriosa: a cada noite, serve apenas quatro pessoas. Seu menu degustação tem 24 passos e varia a cada temporada, que dura em média seis meses - este ano começa no dia 13 de dezembro e custa R$ 365 por pessoa.

No restaurante, do ovo ao peixe, quase tudo vem de produtores locais. Na sua horta, cultiva ervas e flores comestíveis. Com a seca, das 130 espécies sobraram apenas 60. Trabalhando sozinho, além de cozinhar, Gabriel também é o marceneiro do lugar. Todos os móveis foram idealizados e feitos por ele, que aprendeu o ofício com um amigo.

No próximo ano, Gabriel faz planos para movimentar a cena gastronômica da cidade: “quero receber um jovem chef para cozinharmos a quatro mãos”. Além disso, ele planeja um acampamento de novos cozinheiros e um almoço aos domingos voltado para os moradores de São João da Boa Vista. “A maioria das pessoas que vem ao restaurante não mora aqui”.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Com o estilo das cafeterias de Nova Iorque, pequeno café no centro de Floripa se diferencia com produtos naturais e orgânicos



Fotos: Natalia Steinbach

A cafeteria Café Kiwi surgiu há oito anos propondo ser um café diferente, com estilo de cafeteria de cidades grandes, como Nova Iorque e com a atenção voltada para ingredientes naturais e orgânicos. Localizado ao lado da Catedral, no Centro, em Florianópolis, o café se difere por ser pequeno e, além de simples, aconchegante.





Situada em um espaço antigo da capital, o café é todo decorado com mimos, lustres e pinturas em quadros e possui um pequeno espaço em um mezanino com uma mesa, ao qual se chega por uma escada de arabescos de ferro.

O cardápio prioriza a qualidade dos produtos usando ingredientes não artificiais, como manteiga ao invés de margarina, azeite de oliva, ovos caipiras e legumes e salada verde orgânicos. A cafeteria serve cardápio de almoço e todos os dias oferece risoto, lasanha e salada. Na segunda sem carne o cardápio conta com opções vegetarianas e na sexta traz bacalhau. Todos os pratos acompanham salada de verdes orgânicos da feira do produtor e o café é feito com uma marca de grão artesanal adquirido direto com a fazenda produtora em São Paulo.



Os doces da cafeteria são equilibrados quanto ao açúcar e feitos com ingredientes naturais, como o bolo de cenouras orgânicas, nozes e cobertura cream cheese, o suspiro de pistache moído recheado com um chantilly feito pela casa, os cookies e os cupcakes feitos com ovos caipiras e baunilha em fava. De salgado, algumas das opções mais pedidas são o pão de queijo sem lactose, feito com queijo de ovelha, e as quiches. Já as bebidas mais pedidas são o cappuccino italiano e o chá gelado da casa que oferece um tipo diferente a cada dia.





O que aparece na estufa é sempre uma surpresa. As quiches, por exemplo, são feitas com o que há de mais fresco no dia, e podem ser de tomate-cereja, manjericão, peito de peru ou bacalhau. Como o local prioriza qualidade, não são feitas grandes quantidades de opções.



Para o café da manhã ou da tarde gasta-se em torno de R$ 10,00. Uma opção é a promoção de café mais cupcake, que sai a R$ 8,00 ou um café mais um muffin, R$ 10,00. Já para o almoço o gasto de uma pessoa é de em torno do R$ 27,00. As opções para o almoço também variam de acordo com o dia. Não há cardápio fixo, então os pratos são diferentes a cada dia. A casa lança no cardápio opções como carreteiro de linguiça artesanal campeira (R$ 28,00), lasanhas (R$ 25,00) lasanha de camarão (R$ 28,00), cuscuz marroquino com rosbife ou legumes grelhados em cama de verdes orgânicos (R$ 25,00) e bacalhau (R$ 35,00). O local é climatizado e aceita todos os cartões e vales refeição.



Serviço – Café Kiwi

Onde: R. Padre Miguelinho, 93 - Centro, Florianópolis – SC. Ao lado da Catedral.
Como chegar: A pé do Mercado Público ou de carro. O acesso à rua se dá a pé.
Horário de funcionamento: de segunda à sexta das 08h30 às 17h30
Telefone: (48) 3224-0155
Facebook: www.facebook.com/CafeKiwiFloripa
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

Desde os 6 anos ela cultiva horta em casa para alimentar moradores de rua

capahailey

Hailey Fort, 9 anos, é dessas crianças que são educadas para pensar sempre nas necessidades dos mais desfavorecidos. Pequena no tamanho, gigante no seu desejo de mudar o mundo para melhor.

A frase de abertura do seu site é “Nós existimos para ajudar aqueles que precisam!”. Desde os 6 anos, a “brincadeira” preferida da menina é cultivar uma horta em casa para alimentar moradores em situação de rua.

No início, a plantação tinha apenas alguns pezinhos de tomate, pepino e blueberry. Mas, hoje, ela já produz mais de 100 kg de comida por ano que alimenta quem mais precisa.

Hailey não apenas cultiva como também entrega os alimentos aos moradores em situação de rua para conhecer sua história e necessidades (cobertores, escovas de dente e roupas, entre outros itens que a menina tenta arrecadar através de doações).

Mas, a pequena não acha suficiente o trabalho que faz. Ela quer ajudar mais pessoas! Por isso Hailey criou uma campanha no site de financiamento coletivo GoFundMe para arrecadar dinheiro e triplicar a produção da sua horta. Em pouco tempo, o projeto Hailey’s Harvest (Colheita da Hailey) arrecadou US$ 41 mil, superando as expectativas da menina.
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Fotos: Hayley’s Harvest

via [The Greenest Post]


Os norte-americanos não querem salmão transgénico no prato



Um salmão geneticamente modificado numa imagem da empresa AquaBounty
Fonte: DN - Sociedade


Foi o primeiro animal transgênico legalizado nos EUA - na UE, são proibidos. Mas os consumidores não querem 'Frankenfish'

O primeiro animal transgênico legalizado nos Estados Unidos para consumo humano é um salmão, mas apesar de autorizado pelas autoridades tem enfrentado a contestação dos opositores aos organismos geneticamente modificados.

Apesar da recente autorização da agência norte-americana dos alimentos e medicamentos (FDA), o salmão da empresa AquaBounty voltou a pôr em confronto os defensores e opositores dos organismos geneticamente modificados (OGM).

A decisão da FDA foi tomada após anos de polêmica em torno deste peixe - um salmão do Atlântico ao qual foi injetado um gene importado de outra espécie para o fazer crescer duas vezes mais depressa do que da forma natural.

Devin Bartley, especialista em pesca da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, citado noticiosa espanhola EFE, considera que se trata de "um passo em frente" para conseguir responder às necessidades de uma população mundial que aumenta.


Greenpeace lança aplicação que permite detetar alimentos com ingredientes transgénicos

O perito sublinha que são necessárias "alternativas criativas, socialmente aceitáveis, inócuas e respeitadoras do ambiente" para responder ao aumento das necessidades de pescado numa população mundial em crescimento e que, neste sentido, a engenharia genética é uma "opção real".


Recordou ainda que este novo salmão passou por vários controles que garantiram a
segurança do seu consumo e que os riscos ambientais não são nulos em nenhum sistema, apesar de as autoridades terem exigido que o salmão se crie em instalações terrestres e não no oceano.

Apesar da comunidade científica pretender continuar estas investigações, cadeias de supermercados e de distribuição nos Estados Unidos já manifestaram a sua intenção de não vender por enquanto este salmão, já chamado como 'Frankenfish'.

Na União Europeia, a Autoridade de Segurança Alimentar não permite o comércio de animais transgénicos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Novo empreendimento de 'padaria online' vende pães orgânicos, artesanais e de fermentação natural

Fonte: Olhar direto
Da Redação - Isabela Mercuri
Foto: Reprodução / Lucio Almeida
Imagine comer um pão feito somente com ingredientes orgânicos, grãos inteiros, fermentação natural, feito artesanalmente e com especiarias que dificilmente são encontradas em Cuiabá. Agora imagine comprar este pão via internet, com a praticidade do ‘e-commerce’ e buscá-lo uma vez por semana, ainda com a possibilidade de fazer planos mensais para facilitar. Essa é a proposta do “The Bread Lab”, novo empreendimento do Chef Boulanger Lúcio Almeida.

Lúcio saiu de Cuiabá para estudar engenharia civil em São Paulo, mas a ideia não durou nem o primeiro ano: “Comecei a morar sozinho, fui gostando de cozinhar, e aí eu fiz um semestre de engenharia e fui estudar gastronomia”, conta o Chef.
No meio do curso, que fez na Anhembi Morumbi, ele foi convidado por Rogério Shimura – um dos maiores padeiros de São Paulo, e seu professor de panificação – para trabalhar com ele e Alex Atala na “Em nome do pão”. Ao terminar a faculdade, Lúcio foi fazer pós-graduação em panificação artesanal no renomado San Francisco Baking Institute.

De volta a Cuiabá, trabalhou durante um ano na Padaria do Moinho e prestou consultorias e treinamentos. “Depois eu comecei a bolar um plano de negócios. Mas eu esbarrava no alto investimento e as pessoas não conheciam meu projeto por aqui”, explica. Depois de muito conversar, principalmente com os amigos dos Estados Unidos, ele decidiu arriscar e investir no The Bread Lab. “Eu pesquisei muito e tive a ideia de fazer um site, com venda online, e entrega em algum lugar. Procurei um local onde havia um público que eu quero atingir... pesquisei sites de e-commerce, fiz dois cursos online e montei o site”.


(Foto: Thiago Suíço)

A padaria virtual entrou em funcionamento nesta segunda-feira (9), e durante toda a semana os clientes podem escolher e comprar seus produtos. No sábado (14) eles serão entregues na Rua 24 de Outubro, dentro do Espaço Magnólia, das 8h às 14h.

Nesta primeira semana, Lúcio disponibilizou quatro tipos de pães: Sourdough Orgânico, Sourdough Multigrãos, Sourdough Centeio e Ciabatta. O Chef explica: “O sourdough é uma massa mais azeda, feita em fermentação natural, e por isso é menos doce. O processo demora mais de 24 horas para fermentar, o que faz com que ele seja digerido mais facilmente, e também que dure mais - cerca de uma semana”.

A partir desta massa, são feitas as variações. O ‘orgânico’ é feito somente com ingredientes orgânicos, o de centeio tem mais de 51% da sua composição com este grão, o multigrãos tem sementes de girassol orgânica, gergelim orgânico, linhaça dourada orgânica e farinha de centeio orgânica, farinha de trigo branca orgânica e farinha de trigo integral orgânica. E a ciabatta é o produto mais ‘conhecido’, que leva farinha de trigo branca orgânica, farinha de trigo integral orgânica, água, azeite de oliva extra virgem e sal marinho.

Nas próximas semanas, o The Bread Lab trará novas opções, como pães saborizados (de cabernet sauvignon, de azeitona kalamata, de chocolate belga, pecan e de passas ao rum), além de opções como pão de quinoa, pão de tapioca e trigo germinado, baguette, focaccia e até mesmo pão de hambúrguer. “Eu não diria que são pães fit, mas são pães saudáveis”, afirma Lúcio.


Os preços variam de R$15 para os pães mais ‘comuns’, a R$30, para os mais elaborados. Lúcio explica que todos os ingredientes são de primeira qualidade, importados. No futuro, ele pretende vender também geléias e outros acompanhamentos.

Quem quiser conhecer mais sobre o chef, as receitas e os pães, pode acessar também o BLOG do Lúcio, no qual ele posta todas as quartas-feiras. As compras devem ser feitas pelo SITE, e os pães são entregues aos sábados, das 8h às 14h, no Espaço Magnólia (Rua 24 de Outubro, 937).


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

1 em cada 3 chocolates vendidos não é chocolate real

Fonte: Economia UOL

Armando Pereira Filho/UOL


Cacau de fazenda de Ilhéus (BA); para ser considerado chocolate, produto precisa ter ao menos 25% do fruto

Um em cada três chocolates comuns vendidos no Brasil, produzidos pelas grandes indústrias, não pode ter esse nome de chocolate porque não é feito com o percentual mínimo de cacau exigido pela legislação.

Segundo as regras, para ser considerado chocolate, é preciso que o produto tenha pelo menos 25% de cacau, mas muitos não chegariam nem a 5%.

A denúncia é de Marco Lessa, 43, produtor de cacau, presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (BA) e organizador de feira de chocolate, que reúne agricultores e pequenas indústrias.

"O que o brasileiro encontra nas prateleiras de supermercados, vendido como chocolate, é apenas doce, não chocolate", afirma. "Estimo que um terço dos chocolates estejam nessa situação. Esses não devem ter nem 5% de cacau."

Lessa também diz que muitos chocolates amargos, com suposto alto teor de cacau (de 50% a 70%), produzidos pelas grandes indústrias e vendidos no mercado nacional por preço maior não têm esse percentual declarado.

"Dizem que têm 70%, mas não têm. Não existe fiscalização para confirmar esse percentual", declara. Ele não apresentou nenhuma pesquisa ou teste que comprovem essa avaliação, mas diz que o problema se manifesta no próprio sabor dos produtos.

"Basta comer algumas vezes um bom chocolate para saber que muitos dos vendidos por aí não têm o teor de cacau prometido." Além do sabor considerado melhor e menos doce pelos especialistas, os chocolates com maior teor de cacau também são tidos como benéficos à saúde. Por terem porcentagem reduzida de gordura, açúcar e leite, fazem bem bem para o coração.

A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) emitiu uma nota, dizendo que os produtos feitos com menos de 25% de cacau são considerados doces com "sabor de chocolate".

"A Abicab reforça que, de acordo com portaria da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], somente é chocolate o produto que possua pelo menos 25% de cacau. Abaixo disso, o produto é considerado com sabor de chocolate", registra o documento.

A entidade, que representa as grandes indústrias, como Nestlé e Garoto, não comentou a suposta irregularidade no percentual de chocolates amargos informado nos produtos nacionais.


Falta informação nos rótulos, conclui pesquisa do Idec

Pesquisa divulgada em março de 2013 pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) conclui que falta informação nos rótulos dos chocolates brasileiros.

Entre 11 marcas de chocolate ao leite pesquisadas, apenas uma informou o percentual de cacau na embalagem. As outras dez não fizeram nenhuma menção à quantidade.

De acordo com o Idec, ainda não existe nenhuma lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o instituto, seria "razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes".

"Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo. Fica a sensação de que essa informação é uma estratégia de marketing, usada apenas quando isso é conveniente aos fabricantes", afirma Ana Paula Bortoletto Martins, nutricionista do Idec, em documento divulgado na época da pesquisa.

O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Segundo o Idec, dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação indicada no rótulo.
Definição oficial de chocolate não limita gordura estranha ao cacau

A definição oficial de chocolate da Anvisa é a seguinte: "Chocolate: é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados".

Uma regra anterior, de 1978, exigia um percentual maior de cacau (32%), mas isso foi mudado em 2005 para os 25% atuais.

Para o Idec, a regra atual tem uma outra falha, que é não limitar a adição de "gorduras equivalentes" (gorduras com propriedades físicas e químicas muito parecidas com as da manteiga de cacau, mas que não são de cacau).

A norma anterior proibia qualquer adição de "gordura e óleos estranhos" ao chocolate.

(O jornalista Armando Pereira Filho viajou a convite da MVU Eventos, organizadora do 5º Festival Internacional de Chocolate e Cacau de Ilhéus)

domingo, 1 de novembro de 2015

Transgênicos não são alimentos, são mercadorias, diz médico argentino

FONTE: Vermelho
1 de novembro de 2015 - 8h26

O médico argentino e membro da Rede Popular de Médicos da Argentina, Javier Balbea, esteve no Brasil para participar do seminário “A realidade dos agrotóxicos e transgênicos no Brasil e seus impactos sobre a saúde humana e ambiente”, que ocorreu durante Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

"As tecnologias não são neutras. Elas são instrumentos políticos e algumas servem a determinados poderes para implementar determinadas ações"

Em entrevista ao Saúde Popular, Balbea critica o uso dos transgênicos e agrotóxicos, pois acredita que eles são uma tecnologia que serve ao propósito de dominar os territórios dos países produtores.

Para o médico, o ato de comer e produzir alimentos está ligado diretamente à cultura dos povos, e isso está sendo ameaçado. “A produção transgênica é de mercadoria, não de alimentos. Isso vai na contramão da cultura dos povos”.

Confira abaixo a entrevista de Javier Balbea ao Saúde Popular:

Qual o propósito de uma tecnologia como os transgênicos?
As tecnologias não são neutras. Elas são instrumentos políticos e algumas servem a determinados poderes para implementar determinadas ações.

Se uma tecnologia tem apoio de toda a indústria, vai ser criado um processo de legitimação social para que as pessoas a aceitem.

No caso dos transgênicos, eles servem para a dominação de alguns territórios pela produção de commodities [produtos primários] a favor do capital.

Você disse que comer é um ato cultural. Como os transgênicos mudam nossa forma de comer e produzir?

O alimento é muito mais que nutrientes. Às vezes, comemos sem ter fome, por uma relação social que se estabelece ao redor de produzir e preparar os alimentos.

Quando deixamos de produzir alimentos e passamos aos produtos transgênicos, que são mercadorias, não existe essa relação, porque é uma produção que vai na contramão da cultura dos povos.

Na Argentina, por exemplo, não temos a cultura de comer soja, mas temos uma expansão da fronteira agrícola baseada no cultivo de soja. No Brasil é o mesmo. É uma produção feita, especialmente, para a exportação, que atende ao interesse de outras nações.

Além disso, vários estudos mostraram que ingerir produtos transgênicos gera doenças, como mudanças no tubo digestivo, além da química associada ao produto geneticamente modificado: não há transgênico que não tenha em sua composição agrotóxicos.
Por que países como Brasil e Argentina continuam a usar agrotóxicos comprovadamente perigosos, que foram banidos em outros países?

Esses países, principalmente na Europa, decidiram por pressões populares e outros motivos que esses venenos causam danos à saúde. Mas em países como Brasil e Argentina, onde é mais fácil manipular a política, o uso continua.

São países que não são verdadeiramente soberanos, não podem articular suas próprias políticas; eles respondem às políticas que se desenvolvem nos países capitalistas centrais. Dependem dessa economia que se decide em outro lugar e é aplicada nos seus territórios. Há uma liberdade e impunidade que permite atravessar o direito dos povos.

Por que há um silêncio da comunidade científica sobre muitas denúncias e questionamentos em relação aos transgênicos?
Acredito que por é falta de conhecimento, pelo tipo de formação que existe, que naturaliza essas tecnologias como algo indispensável para a economia e a sociedade.

É o paradigma de que a economia pesa mais que a vida. Toda nossa vida passa pelo consumo. O econômico tem um valor que está acima de qualquer outro direito, é a forma de funcionar da sociedade.

E quando se pensa que não há alternativa, é uma vitória para essa forma de pensar dominante, que não nos deixa acreditar que há formas de produzir sustentáveis e que a saúde é algo utópico.

Mas, cada vez mais, o debate se vai dando de forma maior, em lugares mais importantes. O acúmulo de informação e o mal estar social que vai se gerando através desse tema já não permite que alguns olhem para o outro lado [e ignorem o assunto].

E como a rede de médicos da Argentina contribui para esse debate?
Quando os cientistas vão contra os interesses da indústria, eles são perseguidos, deixados de lado de cargos e carreiras, apenas por publicar o que acreditam ser correto.

É preciso ter um espaço onde os médicos, os profissionais da saúde e outras disciplinas se sintam seguros de poder investigar e compartilhar a informação.

Já realizamos três congressos de saúde ambiental, com pessoas que participaram de discussões sobre transgênicos, agrotóxicos, de modelos produtivos diferentes.

Esse processo criou uma união de cientistas comprometidos com a saúde e a natureza da América Latina. A rede tem sido um espaço que permite criar e contestar, sem que essas pessoas se sintam perseguidas pela indústria, tenham apoio e espaço para pensar outra ciência que esteja a favor dos interesses do povo.

Fonte: MST

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O novo supermercado biológico de Lisboa tem de tudo. Até um restaurante


Gosto muito de divulgar as iniciativas de fora para que empresários brasileiros possam ter grandes ideias por aqui, e assim vamos mudando a qualidade de vidas das pessoas. Olha o que anda acontecendo em Portugal.

Fonte: Observador PT
26/10/2015, 19:073.468 PARTILHAS

À primeira vista parece só mais um supermercado. Mas tudo o que vende, do vinho ao papel higiénico, tem origem biológica ou sustentável. E ainda junta um restaurante à festa. Eis o Biomercado.

O Biomercado não passa despercebido na rua. E há um carrinho cheio de boas razões para lá entrar.

© AutorTiago Pais / Observador
16 fotos

O novíssimo Biomercado, recém-aberto na zona do Saldanha, em Lisboa, não será, em dimensão, o maior supermercado biológico da capital. Mas será seguramente, segundo Tiago Vale, um dos seus responsáveis, “o que tem maior variedade de produtos”. E é por aí que começa a impressionar: todas as secções habituais de um comum supermercado estão aqui representadas — e (bem) ilustradas pela designer Vilma André — com uma oferta exclusivamente biológica ou de origem sustentável.

E isso tanto é válido para os frescos, logo à entrada, como para osbrinquedos ecológicos de bebé, os cosméticos sem parabenos, opeixe pescado à linha, a carne de animais criados ao ar livre ou o ex-líbris da casa, uma garrafeira com mais de 80 referências, na sua esmagadora maioria nacionais. “É a maior garrafeira biológica do país”, afirma Tiago, que garante ter provado todos os vinhos que tem à venda. Um trabalho duro, é certo, mas que alguém tinha de fazer.



A garrafeira do Biomercado inclui mais de 80 referências, quase todas de origem nacional. (© Tiago Pais / Observador)

Os vinhos não foram caso único. Conta o mesmo responsável que antes de as portas do Biomercado abrirem houve um período de “cerca de seis meses de testes”. Nem tudo foi tão divertido como beber desta e daquela garrafa, claro está. Mas esse foi um processo necessário, transversal a todas as secções, para garantir a qualidade e a variedade da oferta. Uma oferta que, diga-se, não está fechada, longe disso. “Os clientes vão pedindo novos produtos e nós vamos acrescentando”, revela Tiago.

Atenção: apesar de se ter mencionado sempre o mesmo nome nome até agora, o Biomercado não é obra de um homem só: Tiago tem como sócio o irmão Gonçalo, tal como ele, “maluco por produtos biológicos”. 
Foi o interesse de ambos por esta área que os levou a ponderar abrir um estabelecimento do género, inspirado em diversos exemplos que iam vendo por essa Europa fora. Quando surgiu o espaço ideal tiveram de agir. Ou sim ou sopas. Foi sim. E também foi sopas. Biológicas e sem batata.



O restaurante tem saladas e massas, com ingredientes para escolher ao momento, frango assado para levar, pratos do dia e aos sábados e domingos serve dois tipos de brunch. (© Tiago Pais / Observador)

“Neste conceito tínhamos espaço para complementar o supermercado com um restaurante”, explica Tiago. Ou seja, para além de se poder abastecer a despensa, também se pode reconfortar o estômago, seja com os pratos do dia, ricos em fibras e pobres em sal, as saladas feitas ao momento à vontade do freguês ou, desde o último fim de semana, com dois tipos de brunch, um mais simples e outro mais complexo. Também a destacar é a opção de levar frango assado para casa. “Como o frango biológico tem de ter no mínimo seis semanas de criação, o nosso meio frango equivale ao frango inteiro normal”, garante o mesmo responsável.

E porque o espaço ainda está em soft opening, não se estranhe ver os funcionários do Biomercado a dar alguns produtos a provar a quem vai passando por lá. Além disso, mais novidades são esperadas nos próximos tempos. E até as prateleiras onde elas surgirão são amigas do ambiente: a respetiva madeira foi reciclada de paletes antigas.

Nome: Biomercado
Morada: Avenida Duque de Ávila, 141 B (Saldanha), Lisboa
Telefone: 96 785 8091
Horário: De segunda a sábado das 09h às 20h. Domingo das 10h às 17h.

Galinhas engaioladas + salmonela. O que estão fazendo com os animais e com a nossa saúde?

Galinhas engaioladas você concorda com isso?
Então porque ainda compra ovos desse tipo de criação? Porque são mais baratos? 
Ovos caipiras e orgânicos vem de galinhas criadas soltas, que correm, tomam banho de areia, esticam as asas, comem insetos, ou seja, levam a vida como deveria ser.
Você vai continuar financiando essa loucura comprando ovos porque são mais baratos?






Tome uma atitude. Acesse aqui



sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Tudo o que você precisa saber sobre a salsicha


Fonte: Revista Galileu


A lógica da produção é não desperdiçar nada do bicho

Sobras variadas de carnes, miúdos, tendões, pele, gordura, amido, proteína texturizada de soja.

É assim que se enche um embutido de massa fina, a famosa salsicha. No fim da desossa de cortes tradicionais de diferentes animais, restos como miúdos e tendões são destinados à fabricação daquela que é a alma do cachorro-quente. 

Mas não é só isso: do osso é raspada a tal carne mecanicamente separada descrita no rótulo, em geral de aves. Essa é a matéria-prima básica da salsicha mais comum, que, por lei, só pode compor até 60% do produto. Depois de finamente triturada, a massa é misturada com água para formar uma emulsão que parecerá uma pasta, quase um sorvete. 
No final do processo, essa pasta é aquecida a 75°C e, em seguida, resfriada. O choque térmico inibe o crescimento bacteriano. Mesmo assim, em casa, recomenda-se fervê-la antes de colocar no pão. Vai que algum bichinho sobreviveu no caminho do frigorífico até a sua casa…



Quer entender melhor? Que tal este vídeo do Youtube?

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Universidade de Pelotas abre chamada pública para adquirir alimentos orgânicos e da agricultura familiar

Produtos vão compor a refeição dos alunos nos restaurantes universitários
Fonte: MDS.GOV.BR
Publicado14/10/2015 15h00,



Brasília – A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) abriu chamada pública para adquirir produtos da agricultura familiar. Os alimentos vão compor as refeições oferecidas em dois restaurantes universitários. A compra de 62,4 toneladas de produtos será feita por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O investimento previsto para a compra é de aproximadamente R$ 600 mil.

Na lista de alimentos estão frutas, verduras, hortaliças, laticínios, doces e grãos. A prioridade de compra será para organizações da agricultura familiar e para produção de orgânicos. Os interessados devem apresentar a documentação para habilitação e proposta de venda na até o dia 28 deste mês, na sede da Fundação de Apoio Universitário (Rua Marcílio Dias nº 939, em Pelotas). A entrega dos alimentos nos restaurantes começa em novembro.

Para acessar o edital da chamada pública, clique aqui.

Saiba mais:

Quem compra
As compras são permitidas para quem fornece alimentação, como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários, refeitórios de creches e escolas filantrópicas, entre outros.

Quem vende
Agricultores e agricultoras familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades indígenas, comunidades quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). As cooperativas e outras organizações que possuam DAP Jurídica também podem vender nesta modalidade, desde que respeitado o limite por unidade familiar.

Execução
Até o momento, aproximadamente 60 organizações da agricultura familiar já venderam R$ 97,4 milhões em produtos na modalidade. Pela modalidade, cada família pode vender R$ 20 mil por ano, por órgão comprador, independente dos fornecedores participarem de outras modalidades do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os principais produtos comercializados são itens de hortifruti, grãos, laticínios e orgânicos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O que vai no sorvete de morango? Insetos, vagem e urucum

Tem morango também. Mas o sorvete ganha alguns recursos extras para ficar gostoso e atraente: de cana-de-açúcar a uma praga rural

Fonte: Revista Super Interessante

POR Redação Super
Nathália Braga



O INSETO - Corante Carmim
Suco de inseto. É o resultado da trituração de bichinhos chamados cochonilhas, pragas que estragam plantações. Torná-los fonte de corante é um jeito de controlar a população desses insetos, que cresce rapidamente. A indústria de alimentos usa muito o corante: em biscoitos, iogurtes, balas. Mas é preciso juntar muitos para colorir qualquer coisa. Só para cada bola do seu sorvete, são necessários mais ou menos 40 insetinhos.

A COR DE MORANGO - Urucum
Coloral, na sabedoria popular. É outro corante, extraído da semente do urucum, o fruto de uma planta comum na região amazônica. No sorvete de morango, o urucum é misturado ao carmim vindo da cochonilha para criar a cor rosinha. Em outros alimentos, trabalha sozinho: é usado para deixar salsichas e linguiças com um vermelho mais intenso.

O SABOR DE MORANGO - Acidulante ácido cítrico
Morango sem ser morango. Esse ácido é um dos agentes que se misturam à polpa da fruta para reforçar seu gosto. A fonte desse ácido é bem doce: melaço da cana, liberado na produção de açúcar. O ácido surge quando o melaço é fermentado. Em refrescos em pó, gelatina e refrigerante, serve também para adoçar.

A VAGEM - Goma jataí
Uma gosma extraída de uma vagem. Uma vagem específica, de uma planta típica da costa do Mediterrâneo, chamada alfarrobeira. A alfarroba (como se chama a vagem) tem uma cor marrom, de tom escuro, e se parece com um feijão. Entra no sorvete para deixar a massa mais consistente.

O CREME - Carbonato de cálcio
O parceiro da goma jataí na tarefa de deixar o sorvete mais cremoso. Vindo de conchas, casca de ovo e minerais triturados, é um pó branco rico em cálcio - aquele que deixa nossos ossos mais fortes. É usado para dar mais consistência também a outros alimentos, como biscoitos, pães e a ração que damos a cachorros.

Fontes Kibon; Ana Lúcia do Amaral, coordenadora de engenharia de alimentos / UFRJ; Cinthia Spricigo, professora de engenharia de alimentos / PUC-PR; Eliana Ribeiro, professora de engenheira de alimentos / Instituto Mauá de Tecnologia; Mabel Batista, coordenadora de engenharia de alimentos / UFPB; Maria Inês Harris, membro do Conselho Regional de Química de São Paulo; Valmir Eduardo Alcarde, coordenador de engenharia de alimentos / Unimep.

Comentando a notícia:
Sempre que vejo essas fórmulas fantásticas para fazer um alimento tão simples quanto um sorvete de morango me pergunto, será que as pessoas não ficam preocupadas com toda essa química em seu organismo?
Será que as pessoas realmente acreditam que as Industrias Alimentícias estão preocupadas com a nossa saúde? Será que elas percebem que quase tudo o que comem hoje em dia é processado, pouca coisa viva? 
Que tal pegar alguns morangos, cortar banana em rodelinhas e levar tudo ao freezer. Quando congelar bater no processador ou liquidificador e tomar, prontinho o seu sorvete de morango, difícil? 









terça-feira, 22 de setembro de 2015

Crianças estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos no Brasil

Dados inéditos da USP indicam que entre 2007 e 2014 foram notificadas 2.150 intoxicações somente na faixa etária de 0 a 14 anos de idade; número pode ser 50 vezes maior
Fonte: Rede Brasil Atual - por Cida de Oliveira publicado 04/09/2015 11:18ELIANA DE SOUZA LIMA/EMBRAPA


Adoecimento: é comum a pulverização de veneno sem equipamento de proteção

São Paulo – Crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos. Um estudo do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que entre 2007 e 2014 foram notificadas em todo o país 2.150 intoxicações somente na faixa etária entre 0 e 14 anos de idade. O dado, alarmante, não reflete o real, que pode ser 50 vezes maior. Isso porque de cada 50 casos de intoxicação por esses venenos, apenas um é notificado no serviço de saúde.

Os dados, inéditos, foram apresentados pela professora Larissa Mies Bombardi, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) durante o seminário Impacto dos Agrotóxicos na Vida e no Trabalho, realizado quarta-feira (2) na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Promovido pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, entre outros parceiros que lutam pelo banimento agrotóxicos e das sementes transgênicas no Brasil, o evento integra a programação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que está divulgando a atualização de seu Dossiê Impactos dos Agrotóxicos na Saúde.

Estudiosa do tema, a professora conta que só entre 1999 e 2009, o Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que foram registradas 62 mil intoxicações por agrotóxicos no país.

"São 5.600 intoxicações por ano, 15,5 por dia, uma a cada 90 minutos. Nesse período houve 25 mil tentativas de suicídio com uso de agrotóxico. O dado é alarmante, representando 2.300 casos por ano. São seis por dia”, afirma Larissa, reforçando para o fato que o dado pode ser 50 vezes maior.

Para o presidente do Consórcio de Segurança Alimentar do Sudoeste Paulista e dirigente da Federação da Agricultura Familiar de São Paulo, José Vicente Felizardo, as crianças sempre estiveram expostas a esses venenos no campo, principalmente na plantação de tomates, que predomina em sua região. Ele conta que até o ano 2000 a contaminação na faixa etária entre 5 e 14 anos ocorria durante o trabalho, quando essas crianças manuseavam agrotóxicos, "temperando a calda" – fazendo a diluição. "Eram comuns mortes de crianças", conta.

Conforme ele, as denúncias não surtiam efeito. Até que em 2000 uma criança de 5 anos morreu depois de beber agrotóxico. "Ela estava na roça com a mãe. Bebeu agrotóxico. Conseguimos mobilizar a imprensa, mostrando as embalagens. Desde então, a coisa começou a caminhar."

No entanto, pouca coisa mudou. Segundo Felizardo, crianças pequenas ainda são levadas às roças de tomate pelas mães. "Elas ficam dormindo na sombra enquanto a mãe trabalha. E na hora de pulverizar, a criança é pulverizada junto. Por isso, os números não surpreendem.”

Os venenos afetam também a saúde dos mais velhos. Conforme Felizardo, nos acampamentos de tomate é comum os trabalhadores, ainda adolescentes, desenvolverem depressão e alcoolismo. "Não são raras as tentativas de suicídio, todas sem registro. Na região de Jaú, se a gente ver as pessoas que estão fazendo tratamento de câncer, a maioria está exposta aos agrotóxicos", conta Felizardo.

O dirigente chama ainda a atenção para o assédio, desleal, da indústria do veneno. Em sua região há poucos técnicos. "Se reunir todos os agrônomos do poder público, temos em torno de 40 técnicos para assistência técnica. Uma empresa na cidade vizinha tem, sozinha, 36 agrônomos, cada um com um carro, que sai a cada propriedade vendendo os agrotóxicos. E a cada 15 dias fazem palestra, faz churrasco e bebida e chama os agricultores para fazer propaganda. É muito diferente a atenção. É desleal."

Desde 2009, o Brasil lidera o consumo mundial desses venenos, utilizando sobre suas lavouras um quinto de todo o agrotóxico produzido no mundo. Tamanho consumo está provocando uma verdadeira epidemia, silenciosa e violenta, colocando em risco a vida e saúde dos camponeses, trabalhadores rurais e seus familiares, em contato direto com o produto, e a população da cidade, que consume alimentos cada vez mais encharcados.

Cancerígeno, glifosato não é detectado por testes da Anvisa em alimentos

Em março passado, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o glifosato, presente em herbicidas como o Roundup – um dos mais utilizados no mundo – como cancerígenos prováveis para o homem.

"Porém, a presença do veneno não é avaliada pela Anvisa em seu monitoramento de agrotóxicos nos alimentos", alerta a professora da Universidade Estadual do Rio do Janeiro (Uerj) e pesquisa da Fiocruz Karen Friedrich, que está entre os 44 autores do Dossiê da Abrasco.

De acordo com a Anvisa, as amostras dos alimentos são encaminhadas aos laboratórios, cuja análise é realizada pelo método analítico de “multirresíduos”. O método rápido, utilizado em outros países, analisa simultaneamente diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos em uma mesma amostra.

Porém, esse método não se aplica à análise de alguns ingredientes ativos, como o glifosato, o 24D e o etefon, entre outros, que demandam metodologias específicas e onerosas. Considerando o cenário atual relativa à larga utilização do glifosato e de reavaliação deste ingrediente ativo, a Anvisa está trabalhando para pesquisar o glifosato em algumas culturas agrícolas a partir de 2016, principalmente nas transgênicas e nas culturas em que ocorre o uso como dessecante antes da colheita.

Segundo Karen, isso é grave, já que os alimentos podem conter doses elevadas do veneno. "Se não há limite de segurança, ou seja, o agrotóxico é nocivo à saúde em qualquer quantidade, imagine em grandes doses." Segundo a própria Anvisa, 70% dos alimentos têm agrotóxicos, alguns deles com quantidades bem acima do tolerado.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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