quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Você conhece a roda dos 7 reinos?

Fonte: INC





A roda dos 7 reinos é um guia ilustrado e divertido, desenvolvido para ensinar crianças menores de 10 anos sobre o que é uma alimentação saudável e sua importância para nossa saúde.

Antes de apresentarmos os 7 reinos é importante esclarecer que a alimentação saudável é fundamental para termos saúde e boa disposição para brincar, estudar e fazer todas as atividades divertidas que tanto gostamos. Para isto, precisamos prestar atenção na qualidade, variedade e quantidade do que comemos, pois cada alimento tem sua importância para o nosso corpo, ou melhor, cada alimento tem seu nutripoder. Um dica simples é que uma alimentação saudável é sinônimo de refeição colorida e variada, como encontramos nos 7 reinos, portanto, para fazermos boas escolhas alimentares precisamos dar preferência a alimentos naturais, ricos em diversas cores e sabores maravilhosos, preparados de forma caseira, e evitar o máximo possível produtos alimentícios altamente processados pela indústria, como os diversos tipos de salgadinhos, embutidos, bebidas adoçadas, produtos prontos para o consumo, fast food, guloseimas, etc.

Vamos entender quem é quem nos 7 reinos?

Reino Amarelo

Neste reino estão os alimentos energéticos, fontes de um nutriente chamado “carboidrato”. São eles que dão energia para brincar, correr, pular, praticar esportes, estudar, etc. Assim, o nutripoder deste reino é o da “Energia”. Os alimentos que compõem este reino são conhecidos como cereais, são eles: o arroz, o trigo, a aveia, o milho, a batata, a mandioca, mandioquinha, cará, inhame, etc. Com estes cereais podemos fazer pães, bolos, macarrão, massas, etc. Um dica muito importante é preferir os cereais integrais ou os alimentos preparados com o cereal integral (exemplo: arroz integral, pão integral, macarrão integral, etc) pois eles contém um tipo de energia que tem mais nutripoder, ela dura muito mais que dos cereais comuns (refinados).

OBS: Existem alguns produtos alimentícios produzidos pela industria que se disfarçam do reino amarelo e prometem muita energia, mas cuidado, não se deixem enganar! Muitos deles possuem muito mais componentes dos sub-reinos da gordura, açúcar e sal do que alimentos do reino amarelo e, assim, em vez de dar boa energia acabam tirando a nossa energia e nos deixando cansados, indispostos e com uns quilinhos a mais! São eles salgadinhos de pacote, bolos e bolachas recheadas industrializados, macarrão instantâneo, lanches rápidos, etc

Reino Laranja

Neste reino estão todas as frutas, elas possuem muitas vitaminas, minerais, fibras e agua, que auxiliam no bom funcionamento geral do nosso corpo, prevenindo uma série de doenças e nos dando muita disposição. Na roda dos 7 reinos o nutripoder das frutas é a “Magia”. Para garantir este nutripoder ao nosso corpo é importante consumirmos3 porções de frutas variadas por dia. Temos diversas opções, como laranja, banana, maça, pera, melancia, figo, atemoia, manga, abacaxi, limão, caqui, morango, melão, uva, goiaba, jaca, lichia, caqui, caju, kiwi, pêssego, etc. Uma boa dica é comer frutas após as refeições e também acrescentar no lanche da escola!

OBS: Não se deixem enganar por alguns produtos “mascarados e encaixotados” que tentam entrar disfarçados neste reino, estamos falando de produtos industrializados como os “sucos de caixinha” que afirmam ser de frutas, porém a maioria possuem muito mais componente do sub-reino do açúcar do que alimentos do Reino Laranja e acabam por roubar o nutripoder das frutas. Ao comprar produtos industrializados fiquem de olho nos rótulos e prefiram sempre frutas de verdade!

Reino Verde

Os alimentos que compõem este reino são todas as verduras (couve, alface, chicória, espinafre, alface, rúcula, agrião, escarola, acelga, brócolis, couve flor, etc) e os legumes (tomate, aboboras, abobrinha, cenoura, beterraba, pepino, vagem, berinjela, jiló, pimentão, etc). O nutripoder destes alimentos é a “Recuperação”, pois ajuda o nosso corpo a evitar doenças e se recuperar mais rapidamente quando adoecemos. Eles possuem muitas vitaminas, minerais e fibras que ajudam na boa saúde. Para conseguirmos obter todo o nutripoder deste reino é importante comer pelo menos 3 porções por dia de alimentos do Reino Verde. Uma boa dica é garantir tanto no almoço quanto no jantar uma salada de folhas verdes e um legume cozido ou assado. Estes alimentos também podem ser acrescentados em sucos e nos lanches da escola. Aproveitem!

Reino Vermelho

O reino Vermelho é conhecido pelo seu nutripoder da “Força”, principalmente porque eles contêm muita proteína, ferro, além de outros minerais, que são nutrientes que dão uma força especial para o nosso corpo e nos ajudam a crescer bem. Os alimentos que contem este nutripoder são as carnes (bovina, suína e de aves) e os ovos. Para garantir este nutripoder todo dia precisamos consumir pelo menos uma porção de alimentos deste grupo por dia!

OBS: Existem alguns alimentos que se disfarçam de reino vermelho para nos enganar, são eles os embutidos, nuggetts, hambúrguer industrializados, salsichas, linguiças, fiquem atentos, eles só tem um pouquinho do reino vermelho e um montão do sub-reino do sal e da gordura! Fiquem atentos!

Reino marrom

O nutripoder deste reino é a força “Turbo”, os alimentos deste reino que dão este poder turbo são as leguminosas, como todos os tipos de feijões, lentilha, grão de bico, ervilha, etc. Semelhante ao reino vermelho eles também contém proteínas e ferro e também fibras que ajudam a regular nosso corpo. Para obter este nutripoder todos os dias é importante comer pelo menos 1 porção destes alimentos todos os dias. Eles combinam muito bem com os outros alimentos que comemos no almoço ou no jantar.

Reino Azul

Neste reino estão os peixes e frutos do mar (caranguejo, camarão, lula, ostra, etc). O nutripoder deste reino é a “Inteligência”, pois contém nutrientes muito importantes para a nossa mente, como proteínas, ferro, zinco e uma gordura muito boa conhecida como ômega 3, presente principalmente em peixes do mar. Para obtermos este nutripoder devemos consumir peixes pelo menos 1 vez por semana em substituição aos alimentos do grupo vermelho.

Reino Branco

Neste reino está o leite e todos os seus derivados, como queijos, iogurtes, requeijão, etc. Estes alimentos tem um nutripoder muito especial que é o da “Resistência”, pois contém nutrientes importantes como proteínas e cálcio, o qual é fundamental para garantir a boa resistência dos ossos e dentes e, assim, promover um bom crescimento físico. Para garantir este nutripoder todos os dias precisamos consumir 3 porções de leites e derivados por dia.

OBS: Algumas crianças possuem alergias aos alimentos do reino branco e nestes casos devem contar com a força especial dos alimentos dos outros reinos que também contém proteínas e calcio, como por exemplo dos alimentos do reino verde e do reino marrom.

Reflexão importante!

Esta roda dos 7 reinos foi criada pela equipe do projeto Nutri Ventures, que atuam por meio de atividades lúdicas, como jogos, músicas e desenhos animados para estimular entre as crianças a prática da alimentação saudável, o comer “comida de verdade”, conforme orienta o novo guia alimentar brasileiro. A estória dos episódios dos Nutri Ventures foi criativamente baseada nas transformações sofridas no mundo real, onde a indústria e o marketing agressivo de produtos alimentícios, está transformando negativamente as escolhas alimentares e a forma de se alimentar, levando-nos a consumir exageradamente produtos embalados prontos para o consumo, apoiados na praticidade, rapidez e estimulo sensorial intenso, com produtos cada vez mais “hiperpalatáveis”, para não dizer, carregados de açúcar, sódio e gorduras.

O desenho animado

Os heróis da história, Teo, Lena, Ben e a pequena Nina, vivem em uma cidade cinzenta, onde não existem alimentos. Isto porque 30 anos atrás, Alex Grand, o terrível vilão, mandou o seu exército de G-Squads destruir todos os tipos de comida que existiam e obrigou a população a alimentar-se unicamente de Genex 100, um composto calórico fabricado na Corporação Grand, da qual ele é o dono.

Contudo, antes que o Alex pudesse destruir todos os alimentos, Neus, um sábio nutricionista, encarregou os seus sete colaboradores mais experientes de fugirem para longe com a ajuda dos Gugas, pois deste modo cada um deles poderia preservar um grupo de alimentos. Tornaram-se, assim, os Nutri Mestres e vivem, até hoje, isolados em seus reinos longínquos, onde conservam os alimentos que lhes foram confiados.

Caberá a Teo, Lena, Ben e Nina a empolgante missão de descobrir esses Reinos fantásticos e devolver ao mundo a diversidade alimentar que o Alex fez desaparecer. Ao longo da sua aventura, eles vão saborear alimentos desconhecidos, experimentar os seus incríveis Nutri-Poderes e travar duras batalhas, sempre acompanhados do seu Guga Púrpura!

A Instituição Nutri Ventures

A Nutri Ventures é a primeira instituição de entretenimento infantil no mundo a promover, exclusivamente, a alimentação saudável. A empresa portuguesa foi criada em 2010, por Rodrigo Carvalho, paraense, naturalizado português, e Rui Lima Miranda, e desenvolve conteúdos de entretenimento infantil que estimulam a alimentação saudável. Enquanto projeto, a Nutri Ventures conta com parcerias com instituições como a Organização Mundial de Saúde e está presente até o momento em mais de 23 países, entre eles o Brasil. A instituição é muito mais do que desenho animado é um movimento e uma causa, e acredita que só com a participação de todos poderemos vencer a pandemia do século XXI (que é o excesso de peso e doenças crônicas associadas a má alimentação) e criar um futuro mais saudável para as nossas crianças!

Para saber mais sobre o projeto acesse o site: http://www.nutri-ventures.com

Salsicha, hambúrguer “carnes processadas” são consideradas cancerígenas pela OMS.

Fonte INC



A Agencia Agência Internacional de Investigação de Cancer (IARC), órgão ligado a OMS, publicou nesta segunda (26 de outubro) os resultados de uma avaliação feita por 22 cientistas de 10 países sobre a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada. Traduzimos aqui as informações principais do relatório publicado na revista The Lancet.

A carne vermelha não processada refere-se a músculos de mamíferos (carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carne de carneiro, cavalo ou cabra, etc). Já a carne processada é a carne que foi transformada através de salga, cura, fermentação, defumação ou outros processos para melhorar o aspecto sensorial ou melhorar a preservação, como exemplos temos as salsichas, linguiças, hamburguers, embutidos (presunto, salame, etc).

O processamento de carne, como a cura e a defumação, pode resultar na formação de produtos químicos com potencial cancerígeno, incluindo os compostos N-nitrosos (NOC), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP).

Cozinhar melhora a digestibilidade e a palatabilidade da carne, mas pode também produzir substancias conhecidas ou suspeitas de serem cancerígenas, incluindo aminas heterocíclicas (AHC) e hidrocarbonos policíclicos aromáticos (HPA). A alta temperatura de cozimento, obtida ao fritar (com ou sem óleo), grelhar ou no churrasco, produz as maiores quantidades destas substancias químicas (2,3).

A ingestão média de carne vermelha (entre os que consomem) é estimada em 50-100 g por pessoa, por dia, e considera-se um consumo elevado quantidades superiores a 200 g por pessoa, por dia (4). Quanto a carne processada existe pouca informação a respeito da porção usualmente consumida.

Como foi feita a avaliação?
O Grupo de Trabalho avaliou mais de 800 estudos epidemiológicos que investigou a associação de câncer com o consumo de carne vermelha e carne processada ​​em muitos países, e, em vários continentes, com diversificada etnias e dietas. Para a avaliação, o maior peso foi dado aos estudos prospectivos de coorte, de base populacional. Estudos de caso-controle de base populacional de alta qualidade forneceram evidências adicionais. Para ambos desenhos, os estudos considerados mais informativos foram aqueles que consideravam a carne vermelha e carne processada separadamente, possuíam dados dietéticos quantitativos obtidos a partir de questionários validados, um grande tamanho amostral, e foi controlado para os principais fatores de confusão em potencial para o tipo de câncer avaliado. O maior corpo de dados epidemiológicos foi para o câncer colorretal.

O que eles encontraram?


Carne vermelha e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas foram observadas na comparação entre o alto e o baixo consumo de carne vermelha em metade dos estudos avaliados, incluindo uma coorte de dez países europeus e outros grandes grupos na Suécia e Australia (5-7).

– Em estudos caso-controle: Dos 15 estudos de caso-controle considerados, 7 relataram associações positivas entre câncer colorretal e consumo de carne vermelha (alto e baixo consumo).

Carne processada e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas de câncer colorretal com o consumo de carne processada foram relatados em 12 dos 18 estudos de coorte avaliados, incluindo estudos na Europa, Japão e dos EUA (5,8-11).

– Meta-analise: Uma meta-análise de câncer colorretal, feita a partir de 10 estudos de coorte, relatou uma relação dose-resposta, estatisticamente significante, verificando aumento de 17% no risco de câncer para um consumo 100 g/dia de carne vermelha e um aumento de 18% para um consumo de 50 g/dia de carne processada (12).

-Em estudos caso-controle: As provas de apoio vieram de 6 dos 9 estudos caso-controle considerados.

Outros tipos de câncer:

Os dados também estavam disponíveis para outros 15 tipos de câncer.

– Associações positivas foram vistas entre consumo de carne vermelha e câncer de pâncreas e próstata (principalmente câncer de próstata avançado), em estudos de coorte e de caso-controle de base populacional.

– Associações positivas entre o consumo de carne processada e câncer de estômago.

Conclusões:

O Grupo de trabalho julgou que existem provas suficientes, em seres humanos, para considerar que “o consumo de carne processada tem potencial efeito cancerígeno” (colorretal e estomago) classificando-a como Grupo 1 de risco.

O Grupo não atribuiu o mesmo grau de confiança ao potencial cancerígeno para o consumo de carne vermelha, uma vez que nenhuma associação clara foi observada em vários estudos de alta qualidade. Portanto, o Grupo concluiu que há evidências limitadas para afirmar o potencial cancerígeno em seres humanos da carne vermelha não processada, e, classificou “o consumo como de carne vermelha comoprovavelmente cancerígeno para os seres humanos” (Grupo 2A).

É importante esclarecer que a carne vermelha não processada é rica em proteínas de alto valor biológico e muitos micronutrientes importantes como ferro, vitaminas do complexo B e zinco, importantes para boa saúde. Desta forma, a entidade alerta que não é necessário parar de comer carne, o importante é atentar para a quantidade, evitando o consumo excessivo e optando por formas de preparo mais saudáveis. Quanto as carnes processadas (salsichas, linguiças, embutidos, hambúrguer, etc) é necessário reduzir de forma substancial a quantidade e a frequência de consumo.

Entenda o que significa o Grupo da classificação de risco da OMS:

-Grupo 1 – O agente é carcinogênico a humanos. Quando há evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para humanos.

-Grupo 2A – O agente provavelmente é carcinogênico a humanos. Quando existem evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para animais e evidências limitadas ou insuficientes de que ele é carcinogênico para humanos.

O relatório original publicado na revista The Lancet está disponível em:http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lanonc/PIIS1470-2045(15)00444-1.pdf

Link para o IARC:

http://www.iarc.fr/

http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/Monographs-Q&A_Vol114.pdf

Referências citadas:

1 International Agency for Research on Cancer. Volume 114: Consumption of red meat and processed meat. IARC Working Group. Lyon; 6–13 September, 2015. IARC Monogr Eval Carcinog Risks Hum (in press).

2 Alaejos MS, Afonso AM. Factors that aff ect the content of heterocyclic aromatic amines in foods. Comp Rev Food Sci Food Safe 2011; 10: 52–108.

3 Alomirah H, Al-Zenki S, Al-Hooti S, et al. Concentrations and dietary exposure to polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) from grilled and smoked foods. Food Control 2011; 22: 2028–35.

4 Food and Agriculture Organization of the United Nations Statistics Division. Food balance. 2015. http://faostat3.fao.org/browse/ FB/*/E (accessed July 9, 2015).

5 Norat T, Bingham S, Ferrari P, et al. Meat, fi sh, and colorectal cancer risk: the European Prospective Investigation into cancer and nutrition. J Natl Cancer Inst 2005; 97: 906–16.

6 Larsson SC, Rafter J, Holmberg L, Bergkvist L, Wolk A. Red meat consumption and risk of cancers of the proximal colon, distal colon and rectum: the Swedish Mammography Cohort. Int J Cancer 2005; 113: 829–34.

7 English DR, MacInnis RJ, Hodge AM, Hopper JL, Haydon AM, Giles GG. Red meat, chicken, and fi sh consumption and risk of colorectal cancer. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2004; 13: 1509–14.

8 Oba S, Shimizu N, Nagata C, et al. The relationship between the consumption of meat, fat, and coff ee and the risk of colon cancer: a prospective study in Japan. Cancer Lett 2006; 244: 260–67.

9 Bernstein AM, Song M, Zhang X, et al. Processed and unprocessed red meat and risk of colorectal cancer: analysis by tumor location and modifi cation by time. PLoS One 2015; 10: e0135959.

10 Cross AJ, Ferrucci LM, Risch A, et al. A large prospective study of meat consumption and colorectal cancer risk: an investigation of potential mechanisms underlying this association. Cancer Res 2010; 70: 2406–14.

11 Chao A, Thun MJ, Connell CJ, et al. Meat consumption and risk of colorectal cancer. JAMA 2005; 293: 172–82.

12 Chan DS, Lau R, Aune D, et al. Red and processed meat and colorectal cancer incidence: meta-analysis of prospective studies. PLoS One 2011; 6: e20456.

13 Pierre F, Freeman A, Tache S, van der Meer R, Corpet DE. Beef meat and blood sausage promote the formation of azoxymethaneinduced mucin-depleted foci and aberrant crypt foci in rat colons. J Nutr 2004; 134: 2711–16.

14 Pierre F, Santarelli R, Tache S, Gueraud F, Corpet DE. Beef meat promotion of dimethylhydrazine-induced colorectal carcinogenesis biomarkers is suppressed by dietary calcium. Br J Nutr 2008; 99: 1000–06.

15 Santarelli RL, Vendeuvre JL, Naud N, et al. Meat processing and colon carcinogenesis: cooked, nitrite-treated, and oxidized high-heme cured meat promotes mucin-depleted foci in rats. Cancer Prev Res (Phila); 3: 852–64.

16 Aune D, Chan DS, Vieira AR, et al. Red and processed meat intake and risk of colorectal adenomas: a systematic review and metaanalysis of epidemiological studies. Cancer Causes Control 2013; 24: 611–27.

17 Gay LJ, Mitrou PN, Keen J, et al. Dietary, lifestyle and clinicopathological factors associated with APC mutations and promoter methylation in colorectal cancers from the EPIC-Norfolk study. J Pathol 2012; 228: 405–15.

18 Pierre FH, Martin OC, Santarelli RL, et al. Calcium and alpha-tocopherol suppress cured-meat promotion of chemically induced colon carcinogenesis in rats and reduce associated biomarkers in human volunteers. Am J Clin Nutr 2013; 98: 1255–62.

19 Le Leu RK, Winter JM, Christophersen CT, et al. Butyrylated starch intake can prevent red meat-induced O6-methyl-2-deoxyguanosine adducts in human rectal tissue: a randomised clinical trial. Br J Nutr 2015; 114: 220–30.

20 Lewin MH, Bailey N, Bandaletova T, et al. Red meat enhances the colonic formation of the DNA adduct O6-carboxymethyl guanine: implications for colorectal cancer risk. Cancer Res 2006; 66: 1859–65

Açúcar o filme.

Fonte INC



A intrigante história real do documentário “Açúcar”, que mostra os efeitos corporais sofridos pelo ator Damon Gameau ao deixar sua dieta baseada em “alimentos” e passar consumir, durante dois meses, uma alimentação baseada em “produtos industrializados” tidos como “saudáveis”, tem chamado a atenção de muitas pessoas no mundo. A questão intrigante nesta história é que a dieta seguida pelo ator, a base de industrializados vendidos como “saudáveis”, contabilizavam cerca de 40 colheres de chá de “açúcar oculto” por dia (~160 gramas/dia), e, lembrem-se, estes produtos não eram refrigerantes, chocolates, sorvetes ou fast foods. Os produtos consumidos eram produtos vendidos com apelo comercial de “saudáveis”, como iogurtes com baixo teor de gorduras, sucos de frutas, barras de cereal, granolas e até mesmo pães integrais. O documentário além de mostrar os efeitos do açúcar no corpo, debate a ação da indústria alimentícia, que, cada vez ilude o consumidor, por meio de estratégias sofisticadas de marketing e desenvolvimento.

O filme discute que atualmente cerca de 80% dos produtos industrializados contém “açúcares” em sua lista de ingredientes. Este açúcar “escondido” passa muitas vezes despercebido pelo consumidor. Este filme também foi transformado em livro chamado The Sugar Book.

A quantidade de 40 colheres de chá de açúcar por dia consumida pelo ator no filme foi baseada no consumo médio de açúcar da dieta ocidental, valor esse praticamente consumido de forma escondida em alimentos industrializados. Uma equipe de médicos e nutricionistas orientaram o consumo e acompanharam a saúde do protagonista ao longo dos dois meses, por meio de medições de peso, medidas corporais, pressão arterial, glicemia, entre outros parâmetros. Apesar de continuar a sua rotina de exercícios regulares durante os 60 dias Damon ganhou 10 cm de gordura ao redor da cintura, desenvolveu esteatose hepática (gordurosa no fígado), alterações de humor, cansaço, entre outros sintomas.

Estes efeitos negativos do excesso de açúcares sobre a saúde são bem conhecidos na literatura. Tanto que em março de 2015, a Organização Mundial de Saúde – OMS publicou uma Diretriz com orientações para redução da ingestão de açúcar. Tal documento recomenda que todas as pessoas, incluindo crianças, reduzam a ingestão de açúcar, não excedendo ao limite diário de 10% do total de energia consumida, para uma dieta de 2000 Kcal isto equivale a 50 gramas de açúcares por dia. No Brasil, a última POF (2008-2009) estimou que a ingestão média de açúcar está em torno de 150 gramas por dia, ou seja cerca de 3 vezes maior, semelhante a quantidade consumida pelo ator no filme. A OMS ainda acrescenta que a redução para abaixo de 5%, ou cerca de 6 colheres de chá (25g) por dia, fornece benefícios adicionais de saúde.

Infelizmente, estas orientações impressas, não impactaram totalmente as pessoas, principalmente aquelas que estão em maior risco. Assim, os produtores do filme acreditam que o documentário possa promover maior impacto e conscientização na população, podendo ser uma ferramenta adicional na promoção da saúde, auxiliando as pessoas a fazerem melhores escolhas e motivando-as a levar uma vida saudável.

O filme apresenta um novo olhar, mais crítico e mais consciente para o nosso ambiente alimentar, desmontando a crença comum de que de que a atual epidemia de obesidade é um resultado simplesmente da falta de exercício e consumo de fast food.

Segundo o autor a proposta do documentário não foi demonizar o açúcar, mas sim levar maior consciência a população sobre a qualidade dos produtos industrializados a que estamos expostos no nosso dia a dia e chamar a atenção para a necessidade de pautarmos a nossa alimentação em “alimentos de verdade”.

No Brasil, o novo Guia Alimentar Brasileiro lançado pelo Ministério da Saúde é um documento que foca exatamente nesta recomendação, a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, tendo sido muito elogiado por diversas autoridades de saúde internacionais.

Os produtores do filme e seus patrocinadores, criaram um site, para ser um lugar de aprendizagem e motivação para ação, onde se pode acessar receitas e e-books, descobrir como fazer para exibir o filme em uma comunidade, escola, etc. A comunidade Australiana, local de origem dos organizadores do filme, podem ainda encomendar um kit de ferramentas para educação nutricional em escolas e participar do programa de educação desenvolvido para escolas, obtendo ainda dicas e métodos que o autor utilizou para voltar a levar uma vida saudável novamente, depois do seu experimento. O site dá dicas para ajudar as pessoas a reduzir o teor de açúcar na família e nas cantinas escolares.

O trailer do documentário em inglês pode ser visto no youtube. O filme com legendas em português pode ser visto aqui.

Referencias citadas:

World Health Organization. Sugars intake for adults and children. Guideline -WHO, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2º ed. 2014.

Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009 : análise do consumo alimentar pessoal no Brasil/IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. – Rio de Janeiro : IBGE, 2011.

Secretaria de Agricultura ensina receitas para população manter alimentação saudável fora de casa


Fonte: Maxpressnet


A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), lançou uma série de vídeos com receitas de preparações no pote, uma alternativa acessível e prática para manter hábitos alimentares saudáveis fora de casa. No canal “Alimentação Saudável”, os visitantes podem assistir aos vídeos que ensinam, passo a passo, como elaborar duas opções de saladas e uma de café da manhã, à base de frutas, vegetais, grãos e condimentos da época. A preparação feita em um recipiente de vidro facilita o transporte e o consumo.

Elaboradas pela equipe de nutricionistas da cozinha experimental do Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans), da Secretaria, as receitas trazem, em média, 10 ingredientes, levando em consideração o valor energético, a sazonalidade e a combinação de sabores, como explica a nutricionista da Secretaria, Milene Gonçalves Massaro Raimundo.

“As preparações no pote são uma grande tendência, por reunir alimentos nutritivos para levar ao local de trabalho, faculdade, academia, passeios, etc. A porção individual também é ideal para deixar na geladeira, pronta para o consumo a qualquer hora do dia. É uma forma de aproveitar bem os alimentos com economia e praticidade”, disse a especialista, ressaltando que o canal de vídeos da Codeagro traz outras opções de receitas saudáveis para o dia-a-dia.


“Cada vez mais a população paulista tem necessidade de se alimentar fora de casa e o dever da Secretaria é promover políticas de orientação e incentivo a hábitos alimentares saudáveis. O governador Geraldo Alckmin, que é médico, sabe da importância da alimentação na qualidade de vida dos cidadãos e nos orienta a zelar pela saudabilidade dos alimentos, assim como apoiar o pequeno agricultor, que é o responsável por levar bons produtos à mesa das famílias paulistas”, ressaltou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim.

Por: Paloma Minke


domingo, 25 de setembro de 2016

Médica apela aos bons costumes alimentares

Fonte: Jornal de Angola
Elautério Silipuleni| Ondjiva
25 de Setembro, 2016



Fotografia: António Soares

A médica Algeciras Poupiu, do Hospital Geral de Ondjiva, aconselhou ontem os munícipes a apostarem numa alimentação saudável, evitando comidas com muito açúcar e gordura, para prevenir a diabetes.

Algeciras Poupiu chamou a atenção para a redução no consumo de bebidas alcoólicas e o aumento da prática de exercícios físicos, duas grandes armas para travar o surgimento da doença.

A médica de clínica geral pediu às pessoas doentes de diabetes a redobrarem os cuidados com a alimentação, salientando que estas pessoas estão proibidas de se alimentar do pão, massa, batatas fritas, hambúrguer e bolacha. “Não devem fumar, nem consumir bebidas alcoólicas”, recomenda.

Aos diabéticos, Algeciras Poupiu aconselhou a redução da quantidade de alimentos e de hidratos de carbono nas refeições, dai sugerir uma alimentação balanceada em poucas quantidades seis vezes ao dia, ou seja, três de manhã e mesmas quantidades de tarde e noite, além das mesmas repetições para os lanches, nos intervalos das refeições.

A médica, que explicou que os doentes devem praticar muito exercício físico, avançou que a diabetes é caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), que pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na acção do harmónio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A médica Algeciras Poupiu defendeu ainda a promoção de mais acções de sensibilização junto das comunidades sobre os riscos das hipoglicemias, no sentido de se baixar os casos da doença na região.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Alimentação e doença de Alzheimer

Fonte: Público PT
INÊS TELLO RODRIGUES - 21/09/2016 



Imagem: Remédio da Terra


Nas fases mais avançadas da doença, as alterações globais na alimentação podem intensificar-se com dificuldades na própria capacidade em deglutir.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, uma doença do foro neurológico que afecta 4,7 milhões de pessoas no mundo. Trata-se da forma mais comum de demência, já que representa entre 50% a 70% de todos os casos desta patologia. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde, todos os anos são registados quase oito milhões de novos casos de Alzheimer no mundo.

A doença de Alzheimer provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível, principalmente do funcionamento cognitivo (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). No entanto, sendo uma doença do cérebro, também se verificam alterações noutras funções (ex: motora, emocional e comportamental).

À medida que a doença de Alzheimer vai afectando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades, o que se repercute na realização das diferentes actividades da vida diária.

Um dos aspectos afectados, vulgarmente desconhecido ou pouco abordado quando se fala de doença de Alzheimer, é o da alimentação. A perda de capacidades cognitivas e alterações fisiológicas podem interferir na alimentação e nutrição destas pessoas. Adicionalmente, podem surgir alterações na mastigação e problemas de deglutição, acentuados não só pela idade, mas também pela doença e que contribuem para agravar a situação.

São várias as causas possíveis da falta de apetite na pessoa com doença de Alzheimer, entre as quais se destaca o facto de:

— O centro da fome no cérebro, o hipotálamo, responsável pelo apetite, pode tornar-se disfuncional;
— Poderem existir alterações da visão ou do olfacto;
— Poder, igualmente, existir uma alteração do paladar, o que pode fazer com que a comida seja menos apetitosa;
— Algumas doenças crónicas ou certos medicamentos também poderem diminuir o apetite;
— Quando a pessoa ainda vive sozinha ou com pouco apoio, pode esquecer-se de cozinhar e de se alimentar;
— Ambientes novos ou não familiares poderem originar agitação e confusão;
— Distracções, tais como muito barulho ou muita gente, poderem influenciar negativamente a refeição;
— Alimentos pouco atractivos, refeições repetidas ou odores inoportunos contribuem para a recusa alimentar.

Algumas pequenas medidas poderão ajudar a tornar as refeições mais fáceis:

— Usar taças ou chávenas, em vez de pratos, e maiores do que as porções de alimentos, para evitar que se entornem.
— Não utilizar utensílios de plástico por serem demasiado leves para se manipularem e poderem partir-se na boca.
— Servir alimentos que se possam comer com as mãos, tais como pedacinhos de batata cozida, queijo, mini-sandes, pedacinhos de frango, fruta ou vegetais, pois, muitas vezes, as pessoas com demência recusam sentar-se para comer.
— Se necessário, dar instruções verbais como “mastigue agora”, “engula agora”, espaçadamente.
— Humedecer os alimentos com molho.
— Servir alimentos macios e finamente cortados.
— Evitar extremos de temperaturas como o muito quente e/ou muito frio.
— Se a pessoa necessitar de ser alimentada, oferecer alimentos pequenos, um de cada vez, pacientemente.
— Não alimentar a pessoa deitada.
— Se for necessário, reaquecer a comida.

Mas não só a ingestão de alimentos pode estar afectada; também a ingestão de líquidos pode estar comprometida.

A desidratação é uma das principais causas de problemas de saúde geral na pessoa com demência, mas é frequente existir uma recusa na ingestão de líquidos.

Algumas das estratégias para fomentar o consumo de líquidos podem passar por:

— Preparar infusões, sumos sem açúcar, bebidas energéticas e sopas mais líquidas, que podem ser ajudas preciosas na manutenção dos níveis de hidratação.
— Deixar sempre água disponível perto da pessoa, pronta a servir.
— Promover a ingestão de líquidos em pequenas porções ao longo de todo o dia.
— Experimentar acrescentar água com gás nos sumos, servir as bebidas a diferentes temperaturas e observar se existe preferência por alguma destas opções. Por vezes, existem alterações na sensibilidade intra-oral (boca) que podem também condicionar a ingestão de líquidos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Metade das causas de morte e doença têm relação direta com alimentação.

19 DE SETEMBRO DE 2016 - 14:22

De acordo com a Direção-geral da Saúde, o consumo excessivo de sal e de açúcar é apontado como fator de risco para várias doenças.

Foto: Arquivo Global Imagens

Na conferência sobre o Plano Nacional da Saúde que hoje decorreu em Loures, o diretor-geral da Saúde avisou que quase metade dos portugueses adultos tem hipertensão, sendo o consumo de sal uma das principais causas para aquela doença crónica.

"Pelo menos metade das causas de doença e de morte têm relação direta com a alimentação, sobretudo com o excesso de sal, mas também o excesso de calorias, as gorduras de fabrico industrial e o açúcar", afirmou Francisco George em declarações aos jornalistas.

Um dos objetivos centrais do atual Plano Nacional de Saúde é diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70).

Portugal quer ainda aumentar em 30% a esperança de vida saudável aos 65 anos em 2020, assumindo como fundamental ter programas que intervenham no grupo etário dos 50 a 60 anos.

Traçada como uma das metas do atual Plano Nacional de Saúde, o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos passaria nos homens a ser de 12,9 anos e de 11,7 anos nas mulheres.

Atualmente, embora as mulheres tenham maior esperança média de vida, registam valores inferiores no que respeita à esperança de vida saudável. Ou seja, vivem mais que os homens, mas com menos qualidade a partir da terceira idade.

O aumento da esperança média de vida saudável e a diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70) são duas das quatro grandes metades definidas no Plano, que contempla ainda objetivos mais dirigidos às gerações mais jovens.

Um deles é a redução da prevalência do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos e a eliminação ao fumo ambiental, enquanto o outro é o controlo da obesidade na população infantil para que não aumente em relação aos valores atuais.

Segundo a Direção-geral da Saúde (DGS), as melhorias de vários indicadores de saúde, que se registaram até 2008, desaceleraram a partir dessa data e até 2012, coincidindo com o período de crise, o que pode dificultar algumas metas previstas no Plano Nacional de Saúde.

O coordenador do Plano, Rui Portugal, explicou aos jornalistas que, no período de crise e de assistência financeira, os indicadores foram evoluindo, mas o rtimo de melhoria foi menor do que nos anos anteriores.

Nutrição infantil: muitas famílias ainda não conseguem colocar bons hábitos em prática

Fonte: Crescer online - atualizada em 19/09/2016 10h03

As falhas na dieta são algumas das principais causas de obesidade



Todo mundo sabe que a alimentação equilibrada é o ponto de partida para uma vida saudável, mas muitas famílias ainda não conseguem colocar isso em prática. Foi esse o tema discutido na última sexta-feira (16), no 3° Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, em São Paulo (SP), que reuniu médicos e nutricionistas. Segundo dados do Ministério da Saúde, apresentados durante o evento, apenas 60% dos bebês entre 6 meses e 2 anos consomem verduras e legumes. E, acredite: com essa pouca idade, 43% deles já consomem sucos industrializados e 48% tomam refrigerante. Para completar o quadro preocupante, 20% se alimentam diante da TV.

“Quanto antes a criança fica obesa, mais grave é a situação na vida adulta”, alerta a endocrinologista Cristiane Kochi, da Santa Casa de São Paulo. “A oferta exclusiva de leite materno ao bebê durante os 6 primeiros meses de vida é muito importante, porque melhora o controle da fome e saciedade, que protege contra o ganho excessivo de peso”, afirma.

A médica também mostrou números alarmantes divulgados pelo Ministério da Saúde. Entre as crianças com menos de 1 ano, 72% comem regularmente biscoitos recheados. E, apesar de não ser recomendada a alimentação sólida até o sexto mês de vida, 30% dos bebês brasileiros consomem petit suisse e, 12%, macarrão instantâneo. Esses erros na dieta são algumas das principais causas de obesidade.
Para começo de conversa

Mas não basta apenas ingerir os alimentos corretos. É preciso também que a criança saiba se alimentar da forma certa. “O ‘como’ comer deve vir antes ‘do que’ comer”, defende a nutricionista Rachel Machado, do Instituto Pensi, braço da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

De acordo com Rachel, os adultos precisam observar o seguinte: quando a criança come? Onde gasta a energia? Por que come? Como come? A nutricionista falou sobre a importância de conscientizar os filhos sobre bons hábitos alimentares e deu dicas de comportamentos que judam a melhorar a rotina alimentar da família.

O primeiro deles é a autonomia às refeições: a criança pode e deve ser encorajada a se alimentar sozinha. Isso melhora a autoconfiança e a integração com a comida. O segundo ponto é a postura, ou seja, a posição durante a refeição. Seu filho deve estar devidamente sentado à mesa – e não na cama, no sofá ou correndo pela casa (e você correndo atrás com o prato de comida!). A boa postura diminui os engasgos e a aspiração de alimentos, além de melhorar a mastigação e deglutição.

Outro fator importantíssimo é a distração causada por telas, seja de TV, computador, tablet ou smartphone. Não é nada positivo distrair criança para fazê-la comer maior quantidade ou mais rapidamente. Esse hábito diminui a interação e com a família, além de estar associado ao sobrepeso e obesidade. E nem é preciso dizer que os mecanismos de recompensa, pressão, ameaça e castigo nunca devem ser usados para fazer a criança a se alimentar.

Um estudo recente apresentado no evento pela nutricionista Priscila Maximino, do Instituto Pensi, traz números surpreendentes. Segundo o levantamento, entre as crianças com dificuldades alimentares (aquelas que “comem mal”), 53% se alimentam em ambiente inadequado, isto é, fora da mesa, e 73% não realizam as refeições em família.

E na sua casa, como estão as refeições? Sempre é tempo de iniciar hábitos mais saudáveis.

Pessoal de Recife: Pesquisa revela que produtos orgânicos custam menos que convencionais

Fonte: TV Jornal


Reprodução/TV Jornal

As feirinhas de produtos orgânicos estão se tornando cada dia mais populares. No Recife, já são 28 cadastradas pela Secretaria de Agricultura de Pernambuco. Tanta oferta está fazendo cair um mito: o de que produto orgânico é mais caro que os produzidos na agricultura convencional com o uso de agrotóxicos.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Federal Pernambuco junto com Centro Sabiá, legumes, verduras e frutas orgânicas comercializadas nas feiras são em média 56% mais baratas que os convencionais vendidos nos mercados. Comparado com os produtos de feiras populares, os orgânicos ainda custam 19% menos.

Percorrendo as bancas de uma feirinha é fácil comprovar. As folha de uma maneira geral custam R$ 1,50, o quilo do repolho custa R$ 3, a porção da vagem R$ 2 e o rabanete que nem é tão fácil encontrar nos supermercados também é vendido por R$ 1,50.

A explicação para a diferença dos preços é a eliminação da figura do atravessador. Os produtores vendem diretamente para os consumidores. Além da vantagem no bolso e da ausência de veneno, os orgânicos trazem uma série de vantagens nutricionais que a longo prazo podem significar menos doenças.

"O Orgânico ou agroecológico é mais rico em micro nutrientes. Passa o tempo certo no solo. Não existe acelerador do processo, respeitando a natureza. Já há pesquisas da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) de um conjunto de doenças que vem por conta de alimento com agrotóxicos. O próprio câncer. Só 10% dos casos são relacionados a fatores genéticos e 90% fatores externos, o estilo de vida. A alimentação é um desses fatores", avalia a agrônoma Maria Cristina Aureliano, coordenadora pedagógica do Centro Sabiá.

Saiba onde encontrar esses produtos

Feira Agroecológica da Juventude do Cordeiro
Avenida Caxangá, 2200 – Madalena.
Ás sextas-feiras, das 5h às 11h

Feira do Colégio Fazer Crescer
Av. Santos Dumont, 167 - Graças
Ás quintas e sábados, das 5h às 12h

Espaço Agroecológico do Sítio da Trindade
Sítio da Trindade - Estrada do Arraial, 3129 - Casa Amarela
Aos sábados, das 5h às 11h

Feira de Economia Solidária e Agroecológica UFPE/CCSA
Campus da Universidade Federal de Pernambuco, ao lado do prédio do Centro de Ciências Sociais Aplicáveis – CCSA - Cidade Universitária
Ás quartas-feiras, das 5h às 13h

Feira Gervásio Pires
R. Gervásio Píres, 436-470 - Santo Amaro, Recife – PE
Às quartas-feiras, pela manhã

Feira Agroecológica Chico Mendes
Praça Farias Neves, em frente ao LAFEPE - Dois Irmãos
Quartas-feiras, das 6h às 12h

Feira Orgânica do Condomínio Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste)
Praça Ministro João Gonçalves de Souza - Engenho do Meio
Sextas-feiras, das 13h às 16h

Feira do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Av. Mário Melo, 343 - Santo Amaro
Quintas-feiras, quinzenalmente das 6h às 10h

Feira do Tribunal Regional do Trabalho – 6a região
Caminho do Apolo, 925 - Bairro do Recife
Quarta-feiras, das 7h às 12h

Feira de Orgânicos do Shopping Recife – Projeto Pernambuco Agroecológico
Rua Padre Carapuceiro , 777 (Área C do estacionamento, próximo à entrada P) - Boa Viagem
Sábados, das 5h às 10h

Feira do Fúrum des. Rodolfo Aureliano
Av. Des.Guerra Barreto, S/N - Ilha Joana Bezerra
Quintas-feiras, das 10h às 16h

Feira Agroecológica do Espinheiro
Rua do Espinheiro, 26 - Graças
Sextas-feiras, das 10h às 17h

Espaço Agroecológico das Graças
Graças Recife, em frente ao Colégio São Luiz, Sem número - Graças
Sábados, das 5h á 11h

Feira Agroecológica da Justiça Federal
Av. Recife, 6250 - Jardim São Paulo
Sextas-feiras, das 10h ás 15h

Espaço Agroecológico de Boa Viagem
Praça Jules Rimet, por trás do 1º Jardim de Boa Viagem - Boa Viagem
Sábados, das 6h ás 11h

Feira Agroecológica da Praça de Casa Forte
Praça de Casa Forte - Casa Forte
Sábados, das 5h ás 10h

Feira Agroecológica de Olinda
Rua do Bonfim – Carmo
Aos sábados, das 5h ás 12h

Industrializados: você sabe o que está comendo?

Fonte: Bonde
Carolina Avansini - Grupo Folha - 18/09/2016


Embalagens bonitas e chamativas, com rótulos extensos e selos de origem, nem sempre são suficientes para garantir a qualidade dos alimentos contidos nas latas, caixas, bisnagas, bandejas ou garrafas dispostas nas prateleiras dos supermercados. Apenas entre os meses de julho e setembro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu lotes de diferentes alimentos por estarem em desacordo com as regras de segurança alimentar previstas. Queijo ralado, pão de mel falsificado, extrato de tomate, molho de tomate, catchup, peixe congelado, bala e café são alguns dos alimentos que foram tirados das prateleiras recentemente por oferecerem possíveis riscos ao consumidor.

A nutricionista Juliana Dias, pesquisadora da associação de defesa dos direitos de consumidor Proteste, explica que o controle de qualidade é obrigatório em todas as etapas da produção de alimentos industrializados, mas nem sempre as regras são seguidas. O resultado do "descaso" são produtos com pelo de roedores ou restos de insetos acima do previsto pela lei, presença de micro-organismos que podem causar doenças ou mesmo produtos químicos como formol, antibióticos ou agrotóxicos em volume maior que o permitido. Quando a Anvisa fiscaliza os produtos e suspende os lotes, o consumidor não consome. O problema é quando a fiscalização falha e eles chegam à mesa das pessoas.

Juliana esclarece que segurança alimentar envolve risco de perigos microbiológicos, químicos ou físicos. A contaminação de cinco marcas de produtos derivados de tomate por pelos de roedores se enquadra na última classificação. "Outros perigos físicos são insetos, pedras como encontramos no feijão, cabelo e até vidro, muitas vezes decorrente de uma lâmpada que quebrou em local sem proteção", detalha. A pesquisadora esclarece que, há alguns anos, a lei não permitia qualquer quantidade de "matérias estranhas nos alimentos". Em 2014, porém, uma mudança nas regras passou a considerar a presença de "matérias estranhas inevitáveis" nos produtos, em quantidades limitadas.

Conforme nota da assessoria de imprensa da Anvisa, "as matérias estranhas indicativas de risco à saúde humana e indicativas de falhas nas boas práticas não são permitidas nos alimentos. Já as matérias estranhas inevitáveis são aquelas que estão presentes no processo de produção do alimento e se mantêm apesar de todos os procedimentos de boas práticas, onde qualquer ação adicional para tentar excluí-las poderia levar a prejuízos ao alimento e ao consumidor. Para essas matérias se estabeleceu limites de tolerância." Ainda segundo a agência, nenhuma "matéria estranha" pode causar repugnância, ou seja, não pode ser visualizada a olho nu. "O estabelecimento dos limites considera a realidade de cada produto, sua forma de extração, produção e processamento industrial. De toda forma, os limites adotados no Brasil são compatíveis ou mais rígidos na comparação com os países que estabelecem este tipo de referência", explica a nota.

Juliana discorda da flexibilização da lei. "Quando há pelos de ratos, significa que o animal passou pelo local em algum momento. E ratos transmitem doenças importantes, como a leptospirose", critica. Ela comenta que os fabricantes de produtos à base de tomate, por exemplo, justificam que o problema não é na indústria, mas na produção da matéria-prima, sobre a qual não têm controle. "Eles invertem a culpa", diz, lembrando que, na dúvida, o melhor é fazer o próprio molho de tomate em casa. "É mais gostoso e mais saudável."

Reprodução/Pixabay

Biológicos e químicos

Já os perigos biológicos são mais relacionados à higiene, o que inclui manipulação do alimentos, controle de temperatura, contaminação cruzada em equipamentos que não foram limpos corretamente. "Os perigos biológicos decorrem de erros na cadeia produtiva e podem causar vários danos, dependendo do micro-organismo presente", afirma a nutricionista Juliana Dias, lembrando que idosos, grávidas, crianças ou pessoas com problemas de imunidade são os mais vulneráveis a esse tipo de contaminação. "As consequências podem ser desde uma simples diarreia ou vômito até casos graves de paralisia e óbito", comenta.

Juliana esclarece que os perigos biológicos são mais recorrentes em produtos como frango e ovos, suscetíveis à salmonela. "Também há riscos nos pontos de venda, onde condições de temperatura e higiene, por exemplo, favorecem a proliferação de micro-organismos. Como as alterações nem sempre são vistas à olho nu, o ideal é sempre observar as condições do local e a aparência do produto", ensina.

Os riscos químicos mais presentes no mercado brasileiro são o uso de agrotóxicos ou antibióticos acima do volume permitido ou ainda produtos não indicados para a cultura dos legumes, verduras e frutas em questão. "Não há estudos conclusivos, mas indicações de que agrotóxicos em excesso podem causar câncer. Outro risco é o de intoxicação. Já os antibióticos usados indiscriminadamente aumentam o risco de resistência bacteriana", diz.

Por fim, a nutricionista cita que os alimentos industrializados recebem aditivos como corantes e conservantes que, apesar de permitidos, podem fazer mal à saúde. "Na dúvida, o melhor é evitar", defende.

Mudar os hábitos

A nutricionista e cozinheira Valéria Mortara, de Londrina, é uma entusiasta do ato de aprender a preparar os próprios alimentos para ter uma boa saúde. Ela ressalta, porém, que alimentação saudável depende da dedicação de um certo tempo para o preparo das refeições. "É uma ilusão achar que existe uma pessoa na indústria lavando tomate por tomate que será usado para fabricar o molho. Fazer em casa é mais gostoso e mais saudável, mas é claro que dá um pouco de trabalho", diz.

Ela adverte que ter hábitos de alimentação mais saudáveis implica em realizar algumas mudanças no estilo de vida, inclusive reservando um tempo para cozinhar. "Ou a pessoa muda de hábito e vai para a cozinha ou segue acreditando que as regras da Vigilância Sanitária são suficientes para garantir comida saudável à mesa. São escolhas", compara.

Entre os riscos de consumir muitos alimentos industrializados, Valéria destaca o excesso de aditivos. "Sal, açúcar e gordura têm ação conservante e são adicionados aos alimentos para manter o tempo na prateleira. Já o leite UHT não tem bactéria alguma, apesar delas serem importantes para o nosso organismo. Sempre digo que comida boa é aquela que estraga", brinca, esclarecendo que a comida é "viva" e passa por um ciclo até ficar imprópria para consumo.

Outra preocupação é que o consumo de alimentos processados cria um paladar "viciado" em açúcar e sal, apesar da Organização Mundial de Saúde recomendar o consumo moderado destas substâncias. "Suco de caixa ou achocolatado são excessivamente doces e deixam as crianças acostumadas com esse sabor", exemplifica. Aditivos como corantes e conservantes também podem ser nocivos. "O consumo exagerado pode estar relacionado com câncer, alergias, gastrites, problemas intestinais e circulatórios", avisa.

Por entender que não dá para cortar todos os industrializados da mesa, Valéria ensina a ler o rótulo dos produtos e tentar evitar aqueles cuja lista de ingredientes contém muitos itens que não reconhecemos como "comida". "Pão integral industrializado, por exemplo, tem muitos aditivos", diz.

A dica para incorporar "comida de verdade" à mesa é se organizar para preparar os alimentos em casa no dia a dia. "Não funciona fazer tudo no fim de semana, pois a pessoa vai ficar cansada e desistir", acredita. Começar preparando molho de tomate, geleia, pão, bolo e bolacha são as dicas de Valéria para quem quer comer melhor. "Quem consome alimentos saudáveis regularmente é claro que pode comer 'porcarias' eventualmente. O que não pode é acumular resíduos que o corpo não reconhece. O que diferencia o remédio do veneno é a dose", cita.

Produtos naturais

A infância e adolescência vividas em Santa Catarina deixaram a fotógrafa Michele de Melo "mal acostumada" com as comidas caseiras preparadas pela mãe. Na cidade natal, a família sempre comprou leite, manteiga e ovos de produtores locais, assim como verduras, frutas e legumes consumidos no dia a dia. Muita coisa também era cultivada na horta que a mãe mantinha em casa e até os remédios eram preferencialmente caseiros. Por isso, quando se mudou para Londrina para estudar, Michele não se adaptou ao hábito de comer em restaurantes ou mesmo consumir produtos industrializados.

"Comecei a trazer os produtos de Santa Catarina e fui aprendendo as receitas da minha mãe. Hoje preparo quase tudo o que consumo", conta ela, que sempre dá preferência a alimentos comprados de produtores locais. "Não me acostumo com o sabor muito doce ou muito salgado dos alimentos prontos."

Entusiasta dos doces, ela sempre prepara as receitas com açúcar demerara orgânico e aromatiza com favas de baunilha para não exagerar no açúcar. Leite condensado, uma unanimidade da confeitaria brasileira, não entra na cozinha de Michele. "Acho muito doce. Prefiro passar horas dando o ponto no creme feito com leite e açúcar", conta. Alfajor e pão de mel são as especialidades da fotógrafa, que usa mel comprado direto do produtor e doce de leite argentino. "Só não faço doce de leite caseiro porque ainda não conheço produtores de leite em Londrina. Mas não como os que vêm em potes e nunca fiz brigadeiro", revela ela, que também dá preferência para o trigo integral nas massas. "Faço meu próprio macarrão, mas quando não dá tempo, compro integral", ensina.

As especialidades de Michele podem ser conferidas no instagram "Cozinha da quinta", onde ela posta fotos das receitas. "Adoro cozinhar e fotografar", destaca ela, que considera a cozinha uma "terapia". "Agora estou tentando criar meu próprio fermento para fazer pão, mas o clima não está ajudando."

Os resultados dos bons hábitos alimentares são sentidos no prazer de comer comidas sempre frescas e também na saúde. "Meu pai sempre diz que a boa alimentação melhora a imunidade. Acredito que seja verdade, pois quase nunca fico doente."



terça-feira, 6 de setembro de 2016

Após crítica, hospital especializado em câncer coloca lanches veganos para doadores de sangue

Fonte: Vista-se

Doe sangue: o hospital fica em São Paulo, perto do Metrô São Joaquim.
Fabio Chaves
Do Vista-se



O A.C.Camargo Cancer Center é um hospital especializado na prevenção e tratamento de diversos tipos de câncer. Fundado 1953 e localizado no bairro Liberdade, em São Paulo, o local é uma referência mundial e um dos maiores centros oncológicos integrados. Somando as 4 unidades que o hospital possui, a equipe conta com mais de 4 mil profissionais e são feitos mais de 3,5 milhões de atendimentos por mês.

Todo esse know-how não foi suficiente, no entanto, para uma observação muito importante a respeito dos lanches oferecidos a quem vai ao hospital para doar sangue. Como em todo banco de sangue, os doadores do A.C.Camargo são encorajados a comer algo antes de sair do local, para evitar quedas de pressão e possíveis acidentes.

Embora seja um centro voltado para o combate ao câncer reconhecido mundialmente, os restaurantes internos do A.C.Camargo Cancer Center praticamente só servem produtos indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como cancerígenos. O anúncio da OMS sobre carnes estarem na lista dos cancerígenos, feito em outubro de 2015, foi motivo de matéria aqui no Vista-se (relembre aqui).

Em junho deste ano, Fabio Chaves, fundador do portal Vista-se, doou sangue para o banco de sangue do A.C.Camargo Cancer Center e constatou que não havia nenhuma opção de lanche vegano após o procedimento. Nem mesmo frutas ou bolachas sem ingredientes de origem animal havia. Dos sucos em caixinha – pouco recomendados por nutricionistas –, havia apenas uma opção sem o corante cochonilha, que é feito a partir de insetos.

No dia 30 de junho, uma crítica foi feita de forma pública na página oficial do hospital no Facebook (leia aqui). Na ocasião, o hospital respondeu que entraria em contato por meio de sua ouvidoria para tentar melhorar o atendimento aos doadores de sangue. Ao contrário do que possa parecer, eles realmente levaram a questão a sério e deram andamento.

Dois meses e alguns telefonemas depois, o A.C.Camargo Cancer Center nos enviou uma nota informando que a crítica foi aceita e que já foram incluídas 4 opções veganas para qualquer doador de sangue que colaborar com o hospital.

Ainda é questionável o fato de lanchonetes e restaurantes internos do hospital servirem carnes processadas e outros produtos de origem animal sabidamente cancerígenos às pessoas que estão ali para prevenir um tratar um tumor cancerígeno.

Mas, diante da postura humilde e profissional do A.C.Camargo Cancer Center, vale um voto de confiança para a equipe. Eles mostraram que realmente estão abertos às críticas e que podem evoluir ainda mais o atendimento ao público, que já é tido como exemplar.

Convidamos todos os leitores do Vista-se a doarem sangue para ajudar no tratamento dos pacientes do A.C.Camargo Cancer Center. De quebra, ainda tem lanches veganos de graça quando acabar a doação.

Serviço

Todas as informações sobre como doar sangue, horário e endereço estão no site do hospital. Fica a 500 metros do Metrô São Joaquim, não deixe de ir (clique aqui).

Confira a nota enviada ao Vista-se na íntegra:



Ir para a capa do Vista-se (clique aqui).

A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida.


Fonte: INCA



A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida. São responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença.

Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas açucaradas, podem prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo.

Caso a população adotasse uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, mantendo o peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com câncer, 33 casos poderiam ser prevenidos.

Confira no menu à esquerda as recomendações sobre alimentação e prevenção de câncer. Pessoas que superaram o câncer também devem seguir essas recomendações. Neste momento, cuidar da alimentação, praticar atividade física e buscar manter o peso adequado é essencial para recuperar a saúde e prevenir recidivas. As informações são baseadas nos relatórios do Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF) e do Instituto Americano de Pesquisa em Câncer (AICR), entre outras pesquisas. Além disso, veja as dicas para uma alimentação saudável, os mitos e verdades e acesse as publicações, legislação e vídeos sobre o tema.

Confira também as recomendações referentes ao consumo de bebidas alcoólicas, peso corporal e atividade física.

Ministério da Saúde reconhece alimentação vegana como saudável e alerta sobre produtos de origem animal como carnes, laticínios e ovos

Fonte:Vista-se
Fabio Chaves 07/12/2014
Do Vista-se



No Guia Alimentar Para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o governo brasileiro admite que produtos de origem animal podem ser prejudiciais à saúde e certamente são prejudiciais ao meio ambiente. O documento será distribuído em escolas e hospitais gratuitamente e também está disponível no endereço eletrônico http://bvsms.saude.gov.br (se preferir, utilize o link direto para o PDF, clique aqui).

O novo material, que substitui o guia lançado pelo Ministério da Saúde em 2006, muda completamente o tom em relação à alimentação que não inclui produtos de origem animal. O texto de 2014 – atualizado por pesquisas oficiais publicadas ao longo dos anos em todo o mundo – trata a alimentação sem nada de origem animal de forma mais natural e cotidiana. O novo guia reconhece que não é necessário consumir carne, laticínios ou ovos para ser saudável, embora mantenha o posicionamento presente no guia antigo de que vegetarianos precisam ter atenção na hora de combinar os alimentos.

“Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir alimentos de origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas. A restrição pode ser apenas com relação a carnes ou pode envolver também ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de origem animal. Embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, como o de qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento obriga que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista.” – alega a página 84.

O Ministério da Saúde continua indicando que a população brasileira consuma carnes, ovos e laticínios, mas cada vez menos. Na versão 2014, o Ministério alerta que, embora sejam boas fontes nutricionais, produtos de origem animal podem ser fortes colaboradores para a obesidade, para doenças do coração e para outras doenças crônicas. O posicionamento se alinha perfeitamente aos grandes estudos de nutrição da última década.

“Alimentos de origem animal são boas fontes de proteínas e da maioria das vitaminas e minerais de que necessitamos, mas não contêm fibra e podem apresentar elevada quantidade de calorias por grama e teor excessivo de gorduras não saudáveis (chamadas gorduras saturadas), características que podem favorecer o risco de obesidade, de doenças do coração e de outras doenças crônicas.” – diz a página 30.

Outro ponto importante que o guia aborda é a questão do meio ambiente. Sobre este assunto, o Ministério da Saúde é enfático em dizer que a produção de produtos de origem animal é um dos maiores problemas ambientais do Brasil e motivo de preocupação. O guia aponta danos desde o desmatamento para abertura de pastos e uso intenso da água até os problemas causados pelas monoculturas de soja e milho utilizadas para a fabricação de ração para animais da pecuária.

“A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz notavelmente as emissões de gases de efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento do planeta), o desmatamento decorrente da criação de novas áreas de pastagens e o uso intenso de água. O menor consumo de alimentos de origem animal diminui ainda a necessidade de sistemas intensivos de produção animal, que são particularmente nocivos ao meio ambiente. Típica desses sistemas é a aglomeração de animais, que, além de estressá-los, aumenta a produção de dejetos por área e a necessidade do uso contínuo de antibióticos, resultando em poluição do solo e aumento do risco de contaminação de águas subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região. Sistemas intensivos de produção animal consomem grandes quantidades de rações fabricadas com ingredientes fornecidos por monoculturas de soja e de milho. Essas monoculturas, por sua vez, dependem de agrotóxicos e do uso intenso de fertilizantes químicos, condições que acarretam riscos ao meio ambiente, seja por contaminação das fontes de água, seja pela degradação da qualidade do solo e aumento da resistência de pragas, seja ainda pelo comprometimento da biodiversidade. O uso intenso de água e o emprego de sementes geneticamente modificadas (transgênicas), comuns às monoculturas de soja e de milho, mas não restritos a elas, são igualmente motivo de preocupações ambientais.” – explicam as páginas 31 e 32.

O Conselho Regional de Nutricionistas da 4ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) publicou um boletim eletrônico sobre o novo guia destacando como primeiro ponto para uma alimentação saudável uma dieta predominantemente de origem vegetal (leia aqui).

O Guia Alimentar Para a População Brasileira é o material mais importante do país e o posicionamento oficial do governo a respeito da alimentação dos brasileiros. Serve também para formar a opinião de milhares de profissionais de saúde como médicos e nutricionistas. Por isso, o novo jeito do Ministério da Saúde encarar a alimentação praticada pelos veganos é uma excelente notícia, principalmente para os animais.

Ir para a capa do Vista-se (clique aqui).

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

PepsiCo entra na onda natural e Gatorade agora é orgânico


Fonte: Exame Abril

A PepsiCo está lançando uma versão do Gatorade com certificação orgânica do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), testando se um produto criado em laboratório com sabores artificiais pode se adaptar ao crescente movimento dos alimentos naturais no país.

Após dois anos de pesquisas, a empresa agora está vendendo o G Organic de morango, limão e frutas vermelhas em alguns supermercados Kroger, disse Brett O’Brien, vice-presidente sênior e gerente-geral da Gatorade. Leia o artigo na íntegra

Gatorade orgânico????

Vamos pensar qual é a necessidade de um isotônico na vida de uma pessoa:
  1. A grande maioria que toma Gatorade não é atleta. Um relatório da Universidade da Califórnia, Berkeley diz que bebidas esportivas podem ser melhores do que água para crianças e atletas que se dedicam a atividade física vigorosa, prolongada por mais de uma hora, especialmente em condições climáticas elevadas.
  2. Segundo os mesmos pesquisadores de Berkeley uma porção de 354 ml de Gatorade contém 21 gramas de açúcar. Num quadro de obesidade infantil como vivemos atualmente  se você não for atleta Gatorade engorda.
  3. Além do açúcar contém eletrólitos como sódio e potássio. O sódio extra pode aumentar o risco de hipertensão arterial.



No artigo do NY Times sobre o assunto, Lindsay Moyer, nutricionista do Centro para a Ciência no Interesse Público , que promove um sistema alimentar mais saudável e nutritivo, comenta que o Gatorade G Organic descarta os corantes alimentares artificiais o que é uma vantagem, mas ainda é uma bebida açucarada - cada frasco  de 500ml de G Organic tem 07 colheres de chá de açúcar, que é mais do que o limite diário recomendado pela American Heart Association. (leia o artigo na íntegra)

A melhor forma de ficar hidratado é tomando água

Sendo orgânicas ou não as bebidas esportivas, como são chamadas, não devem ser consumidas por crianças ou adultos que não fazem exercícios  prolongados, hidratar é com água, substituir eletrólitos se faz com alimentos frescos orgânicos de preferência como frutas, verduras e legumes.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Como saber se os alimentos são orgânicos mesmo?


Como saber se um alimento é orgânico de verdade

Fonte: ZH Vida

Por: Greyce Vargas
20/04/2015 - 04h07min


Foto: Diego Vara / Agencia RBS


Mais do que estar livre de agrotóxicos, os alimentos orgânicos, sejam in natura ou processados, precisam passar por constante processo de auditoria para serem certificados como, de fato, orgânicos. 

Desde que entrou em vigor, em 2003, a Lei 10.831 determina os mecanismos de avaliação da qualidade orgânica dos alimentos. Hoje, apenas um único selo (do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica) garante que um produto processado ou embalado está mesmo de acordo com a lei. Para receber o selo, o Ministério da Agricultura por meio de certificadoras, garante que um produto não recebeu adubos químicos, agrotóxicos, hormônios, antibióticos, insumos geneticamente modificados, radiação ou qualquer aditivo sintético.

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Produtores que vendem diretamente na feira os alimentos sem embalagens, não precisam de selo, mas devem apresentar a declaração de conformidade orgânica que também garante que o item passou por todo o processo exigido pela lei. Quem chega na banca de Nei Behenck Dimer não precisa pedir o documento. O produtor rural de Três Cachoeiras ampliou e imprimiu em lona sua declaração para estampar a área em que vende os produtos nas feiras ecológicas.


Assista ao vídeo com os produtores certificados que participam da Feira Ecológica de Porto Alegre:

– A lei exige que a gente carregue o certificado na banca. Essa declaração é, para mim, um troféu e uma gratificação para o meu cliente. O consumidor da feira já tem segurança em relação ao alimento que produzimos e vendemos. Ele convive com a gente, sabe como queremos o bem de quem come o que criamos com tanta dedicação e cuidado – conta.


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O Brasil tem hoje oito empresas que podem ser contratadas pelos agricultores para fazer a auditoria das propriedades e dos alimentos cultivados. O serviço prestado por elas pode chegar a R$ 15 mil por ano.

– Ela deve ser credenciada no ministério e obedecer critérios internacionais de reconhecimento orgânico e atuar de acordo com os requisitos técnicos estabelecidos pela legislação do país – afirma Rogério Dias, coordenador de agroecologia do Ministério de Agricultura.

Além delas, há outros 13 coletivos autorizados a atuar dentro do Sistema participativo de garantia. Nesse modelo, produtores, consumidores e técnicos formam um grupo de responsabilidade compartilhada.

– Os produtores têm que ter disponibilidade para abrir sua propriedade para auditoria do coletivo e do ministério e, ainda, visitar outros agricultores para analisar o processo de produção deles – aponta Dias.


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