sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Halloween ou dia do Saci. Que tal fazer essa festa com carinha de Brasil?

Pois é, o Brasil não tinha a tradição de comemorar o Halloween, mas de uns anos para cá até as escolas organizam essa verdadeira orgia de doces. Gostosuras, mas que na verdade são travessuras bem sérias para o organismo dos pequenos.

Muitos de vocês com certeza não sabem que nesse dia aqui no Brasil se comemora o Dia do Saci, uma tentativa de se criar um dia especial para as nossas figuras folclóricas.

O Saci é travesso, muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Moleque acaba levando a culpa de coisas que acontecem nas casas: esconder coisas, fazer a comida queimar, etc.

Reza a lenda, que o Saci vive nos redemoinhos de vento e pode ser capturado com uma peneira, mas para garantir a sua obediência precisa esconder o seu capuz e prendê-lo numa garrafa. Outra lenda é que os Sacis nascem em brotos de bambus, vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida das pessoas e dos bichos, quando morrem viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.

Eu brinco muito com os Sacis quando somem as coisas em casa eu sempre digo: Seu Saci devolve o que eu perdi ou te amarro no pé da mesa. Coincidência ou não as coisas sempre aparecem, rs.

Mas vamos à culinária, que tal fazer essa festa das Bruxas ou dos Sacis com um toque bem mais saudável e ao mesmo tempo engraçado? Andei pesquisando pela Internet e achei fotos bem interessantes:

Cansados da tradicional abóbora?



Quer idéias de carinhas?






















Pipoca feita na panela (pipoca de micro-ondas ninguém merece!) e servida em baldinhos coloridos e com carinhas. Boa opção para comer e decorar.

Bruxas não podem faltar ou pelo menos seus chapéus


Vamos brincar com as frutas, sempre saudáveis cheias de fibra  e sucos?

Que tal uma mousse de abacate com chocolate para rechear as laranjinhas?


Bananas e mexericas também podem ficar 
assustadoramente atraentes para a criançada!

Que tal essas uvas com olhinhos?

Está na hora dos salgados: Pizza sempre é bem recebida por todos




Ovos de aranha, que medo!!!

Olha a bruxa da novo, agora com sua vassoura de queijo.

Mas se a preferência é um sanduíche bem gostoso que tal esses de aranha 
ou um Hamburguer caseiro bem especial?






















Sabe aquela abóbora que você usou na decoração? 
Pode virar um docinho bem gostoso. 


Se você optou pela melancia ou abacaxi, cortadinhos em pedaços também podem virar esses potinhos tão bonitos e fáceis de fazer.

Bolo de chocolate não pode faltar


Bem legal não é, gostosuras e travessuras podem andar juntinhas. Saúde e brincadeira devem estar presentes sempre que o assunto é criança!

Mas se o problema é falta de receita, o meu Blog BioCulinária pode ajudar, são receitinhas bem fáceis de fazer.

Partiu Halloween do Bem?




Imagens: Pixabay e Google

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Hospital Adventista e a preocupação com a alimentação dos pacientes para recuperar saúde

Entrevista concedida a Nadia Cozzi, Consultora, Escritora, Culinarista e Blogueira da Consciência na Alimentação e agora fundadora do grupo no Facebook “Comida de Hospital é Alimento?, que tem como finalidade debater o tipo de alimentação que está sendo servida nos hospitais e as consequências dessa alimentação quase que totalmente industrializada na recuperação da saúde dos pacientes. 
Hospital Adventista e a alimentação de seus pacientes 
Respeito a Deus e à saúde humana 


Os adventistas são reconhecidos internacionalmente por sua longevidade, merecendo até uma pesquisa realizada pela USP sobre sua saúde e seus hábitos alimentares. 

Para eles um estilo de vida saudável, propicia mais qualidade de vida, cria condições para um melhor desenvolvimento do potencial humano e facilita o contato do homem com as realidades espirituais. 

Baseado nesses conceitos os alimentos servidos no Hospital Adventista tanto para pacientes como para funcionários, devem atender 3 requisitos básicos: 

1. Saudáveis: Boa qualidade, boa combinação, nutritivos. De preferência alimentos vegetais ou ovo-lacto-vegetarianos, frutas em abundância e alimentos integrais e naturais. Sucos de frutas, sem aditivos químicos ou conservantes, quando industrializado preferimos os sucos da SUPERBOM, (empresa adventista no ramo de alimentos saudáveis voltados ao público vegano/vegetariano do Brasil), que não coloca nenhum aditivo químico na bebida. E ofertam Cevada instantânea e não café. 

2. Saborosos: É dada prioridades para os temperos frescos e consideram o mel uma opção saudável para adoçar. A comida deve ser apetitosa, ser saudável, mas sem perder o sabor. 

3. Atraentes: O paciente está debilitado, precisa de incentivo para se alimentar. Então aparência, apresentação com criatividade são fatores importantes para a aceitação da refeição



Fui recebida com muita simpatia e carinho pela Silvana Simões, Nutricionista clínica do Hospital Adventista que fica na Aclimação aqui em São Paulo, que me explicou como funciona a alimentação dos pacientes e de cara perguntei a ela: Comida de Hospital é Alimento?

“Aqui no nosso Hospital, com certeza. Servimos carne, somente em casos excepcionais. A cada 50 pacientes, temos uma média de 2 recebendo carne moída ou filé de frango.

Utilizamos a proteína vegetal, em diversos pratos como, panquecas, almôndegas. Os pacientes raramente percebem a diferença. Priorizamos as frutas sempre presentes no desjejum, lanche da tarde e no jantar. No jantar, sempre servimos sopa”. Os colaboradores que se alimentam aqui também têm o mesmo tipo de alimentação. Alguns colaboradores almoçam em outro refeitório, onde consomem suas próprias marmitas.

E quanto aos industrializados?

Servimos iogurte natural, ofertamos sucos Superbom, e também sucos de frutas ou polpas. Aliás, as frutas merecem nossa atenção: banana e mamão sempre no desjejum. No lanche da tarde também tem a opção de fruta, no jantar a fruta mais uma vez se faz presente.

No lanche da tarde pode ser leite liquidificado com banana e aveia ou um mingau tendo o mel como opção. Suco industrializado, chá, bolacha ou torrada no lanche da tarde geralmente é padrão, mas muitas vezes como no caso do idoso pode apresentar dificuldades de deglutição, as adequações são realizadas. Então oferecemos outras opções. O pão ofertado, é o integral que é fabricado todos os dias no local, geralmente não servimos pão francês. Não utilizamos nenhum tipo de tempero pronto, aqui é alho, cebola, manjericão, salsinha e outros temperinhos frescos. Servimos arroz integral com o arroz branco de opção.

Somos em 2 nutricionistas e sempre tentamos atender as solicitações que por ventura aconteça, pois o cardápio sem carne, é diferenciado.

A que você atribui a terceirização presente cada vez mais em todas as áreas dos hospitais, principalmente no caso da alimentação?
Hoje em dia é muito comum terceirizada e mais difícil ter auto-gestão. O custo pode ser uma das razões de maior adesão, entre outras.

Hospital tem que priorizar custo nessa área tão importante para a recuperação do paciente?
A contenção de custos ocorre em todos os setores, hoje em dia, creio que todos passam por adequações.

Acreditação dos hospitais
Estamos em processo de visitas para avaliação com o objetivo de acreditação ONA - 
Organização Nacional de Acreditação.

Em tempo: “Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial/governamental, não devendo ser confundida com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de Estado.”

Esse diferencial na parte da alimentação é muito importante?
Sim, pois será importante para os clientes e para o Hospital em si.

A Gastronomia aplicada ao paciente inapetente:
Muitas vezes o paciente está inapetente, e a preocupação é grande, pois se o paciente não aceita a alimentação, maior é o risco de desnutrição e de comorbidades. Por isso o monitoramento de aceitação da dieta, e o acompanhamento nutricional, devem ser efetivos para minimizar esses riscos.

Qual o conselho para um paciente cuidador e acompanhante que querem uma atenção maior à qualidade da alimentação servida nos hospitais?
Feed back para o serviço de atendimento ao cliente, caixinhas de sugestões, avaliação do atendimento, são ferramentas importantes.

Como lidar com o “contrabando” de comida nos hospitais feito pelos familiares dos pacientes?
Eu converso com as famílias, quando eles querem um alimento especial, uma fruta por exemplo eu peço para não trazerem os alimentos sem o nosso conhecimento. E as frutas, nós higienizamos na SND do hospital. Temos que minimizar os riscos, cercar de todas as formas. Por isso busco estar presente junto ao paciente e família, variamos as frutas, os sucos, buscamos cada vez mais atender suas expectativas. O risco de trazer alimentos externos, é um pouco complicado, pois deve haver um bom monitoramento.

Como você enxerga o nível das nutricionistas hoje em dia nos hospitais em função dessa avalanche de alimentos industrializados?
Não tenho muito conhecimento sobre isso, cada instituição adota o tipo de alimentação conforme lhe apraz e política da instituição. Nós temos o Centro Universitário Adventista de São Paulo. O UNASP com a Faculdade de Nutrição que segue essa linha sem carne, mais baseada em vegetais.

Realizamos Feiras de Saúde na Praça da Sé para promover o ensino prático dos 8 hábitos saudáveis, um programa oficial do Ministério da Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sem fins lucrativos e que é realizado por voluntários. (8 hábitos: Luz Solar, Água, Nutrição, Qualidade de Vida (Temperança), Ar, Exercício, Descanso e Confiança em Deus)

O objetivo deste programa é colaborar para o estabelecimento de um estilo de vida muito mais saudável e feliz, gerando não apenas mais saúde, mas significativa economia para governos e famílias em gastos relacionados à saúde.

“Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios...”

A Ciência do Bom Viver

Serviço:
Hospital Adventista de São Paulo
Rua Rocha Pombo, 49 – Aclimação - São Paulo, SP. (11) 2838-7000 / (11) 3340-6990
UNASP - Centro Universitário Adventista de São Paulo
Minhas considerações:

Em primeiro lugar agradeço muito à Silvana Simões pela atenção e disponibilidade para mostrar sua cozinha, seus conceitos sobre alimentação e também as dependências do Hospital Adventista de São Paulo.

Considero muito interessante essa visão religiosa do alimento, do respeito ao corpo, do respeito ao Universo. Comungo bem com essa visão.

Vi pessoas muito interessadas e realmente comprometidas com o propósito de recuperar a saúde das pessoas. Todos uniformizados, atentos, interessados.

Tem ainda alimentos industrializados? Sim, mas mesmo esses industrializados são escolhidos por terem menos aditivos químicos e você pode escolher outra coisa no lugar. Existe também a perspectiva de aumentar a cozinha para possibilitar que outros alimentos possam ser produzidos ali, como o iogurte por exemplo.

Tem soja na alimentação, num tempo em que 90% das plantações de soja no Brasil são transgênicas? Sim, mas novamente você pode optar por outro tipo de alimento, até porque pode ter problemas de alergia ou intolerância à soja.

Isso só é possível em hospitais pequenos? Talvez, mas será que esse modelo de mega hospitais, com estruturas lindas e suntuosas, não está dando sinais de que não é esse o caminho? Que essa estrutura linda e poderosa em um interior cheio de problemas e desrespeito à saúde?

Tive conhecimento de que existe uma acreditação dos hospitais, quais serão os processos de avaliação da qualidade dos serviços dessas empresas do setor de saúde? Pesquisando sobre isso, descobri que uma das avaliações nacionais do setor mais abrangente é a certificação para acreditação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que possui instituições acreditadas em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal.

A ONA é uma organização privada que surgiu em 1999 com o objetivo de coordenar o Sistema Brasileiro de Acreditação, um conjunto de regras e procedimentos de certificação dos serviços de saúde no Brasil criado por uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com entidades que representam o setor. “Taí um contato a ser feito e tem página no Facebook!”


Estamos apenas começando e fico feliz em ter encontrado um Hospital que tem como slogan “Salvar é a nossa Natureza”.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O mundo inteiro pode ser abastecido por alimentos orgânicos

Fonte: Organic Food Fest

Notícia | 08/06/2016


A universidade estadual de Washington realizou um estudo que mostra que a produção orgânica pode atender a demanda geral da população do planeta. os resultados mostram que ao mesmo tempo em que as condições dos trabalhadores orgânicos e o clima melhora, a produção deste tipo de alimento também é favorecida.

O relatório “agricultura orgânica para o século 21”, tem como base examinar a eficiência da agricultura ecológica que toma como referencia os pilares da sustentabilidade econômica, social e ambiental. Liderado pelo professor de ciência do solo e agroecologia john regalnold e pelo doutorando jonathan wather, o estudo apresenta analises detalhadas de outros estudos acadêmicos que abordam a mesma temática.

Segundo especialistas, o ideal seria mesclar as tecnologias usadas nos plantios tradicionais com os métodos orgânicos. destacam-se: diversificação agrícola e pecuária, rotação de culturas, gestão natural de pragas, adubação verde, animais e melhoras na condição do solo a partir de uso de compostagem.

Segundo eles “fazendas orgânicas têm o potencial para produzir altos rendimentos em consequência da capacidade mais elevada de retenção de água nos solos cultivados sem agrotóxicos”. os autores garantem que independente das mudanças climáticas a agricultura orgânica é capaz de atender todas as necessidades do mundo.

As evidencias apontam que os benefícios da produção orgânica são muitos, pois eles garantem um maior beneficio social, um ganho ambiental relevante e a melhora da qualidade da saúde da população. em contra partida, os ganhos em termos econômicos não são tão rentáveis, já que o uso de pesticidas é menor – o que acaba barateando parte da produção.

Fonte: Ciclo Vivo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Você conhece a roda dos 7 reinos?

Fonte: INC





A roda dos 7 reinos é um guia ilustrado e divertido, desenvolvido para ensinar crianças menores de 10 anos sobre o que é uma alimentação saudável e sua importância para nossa saúde.

Antes de apresentarmos os 7 reinos é importante esclarecer que a alimentação saudável é fundamental para termos saúde e boa disposição para brincar, estudar e fazer todas as atividades divertidas que tanto gostamos. Para isto, precisamos prestar atenção na qualidade, variedade e quantidade do que comemos, pois cada alimento tem sua importância para o nosso corpo, ou melhor, cada alimento tem seu nutripoder. Um dica simples é que uma alimentação saudável é sinônimo de refeição colorida e variada, como encontramos nos 7 reinos, portanto, para fazermos boas escolhas alimentares precisamos dar preferência a alimentos naturais, ricos em diversas cores e sabores maravilhosos, preparados de forma caseira, e evitar o máximo possível produtos alimentícios altamente processados pela indústria, como os diversos tipos de salgadinhos, embutidos, bebidas adoçadas, produtos prontos para o consumo, fast food, guloseimas, etc.

Vamos entender quem é quem nos 7 reinos?

Reino Amarelo

Neste reino estão os alimentos energéticos, fontes de um nutriente chamado “carboidrato”. São eles que dão energia para brincar, correr, pular, praticar esportes, estudar, etc. Assim, o nutripoder deste reino é o da “Energia”. Os alimentos que compõem este reino são conhecidos como cereais, são eles: o arroz, o trigo, a aveia, o milho, a batata, a mandioca, mandioquinha, cará, inhame, etc. Com estes cereais podemos fazer pães, bolos, macarrão, massas, etc. Um dica muito importante é preferir os cereais integrais ou os alimentos preparados com o cereal integral (exemplo: arroz integral, pão integral, macarrão integral, etc) pois eles contém um tipo de energia que tem mais nutripoder, ela dura muito mais que dos cereais comuns (refinados).

OBS: Existem alguns produtos alimentícios produzidos pela industria que se disfarçam do reino amarelo e prometem muita energia, mas cuidado, não se deixem enganar! Muitos deles possuem muito mais componentes dos sub-reinos da gordura, açúcar e sal do que alimentos do reino amarelo e, assim, em vez de dar boa energia acabam tirando a nossa energia e nos deixando cansados, indispostos e com uns quilinhos a mais! São eles salgadinhos de pacote, bolos e bolachas recheadas industrializados, macarrão instantâneo, lanches rápidos, etc

Reino Laranja

Neste reino estão todas as frutas, elas possuem muitas vitaminas, minerais, fibras e agua, que auxiliam no bom funcionamento geral do nosso corpo, prevenindo uma série de doenças e nos dando muita disposição. Na roda dos 7 reinos o nutripoder das frutas é a “Magia”. Para garantir este nutripoder ao nosso corpo é importante consumirmos3 porções de frutas variadas por dia. Temos diversas opções, como laranja, banana, maça, pera, melancia, figo, atemoia, manga, abacaxi, limão, caqui, morango, melão, uva, goiaba, jaca, lichia, caqui, caju, kiwi, pêssego, etc. Uma boa dica é comer frutas após as refeições e também acrescentar no lanche da escola!

OBS: Não se deixem enganar por alguns produtos “mascarados e encaixotados” que tentam entrar disfarçados neste reino, estamos falando de produtos industrializados como os “sucos de caixinha” que afirmam ser de frutas, porém a maioria possuem muito mais componente do sub-reino do açúcar do que alimentos do Reino Laranja e acabam por roubar o nutripoder das frutas. Ao comprar produtos industrializados fiquem de olho nos rótulos e prefiram sempre frutas de verdade!

Reino Verde

Os alimentos que compõem este reino são todas as verduras (couve, alface, chicória, espinafre, alface, rúcula, agrião, escarola, acelga, brócolis, couve flor, etc) e os legumes (tomate, aboboras, abobrinha, cenoura, beterraba, pepino, vagem, berinjela, jiló, pimentão, etc). O nutripoder destes alimentos é a “Recuperação”, pois ajuda o nosso corpo a evitar doenças e se recuperar mais rapidamente quando adoecemos. Eles possuem muitas vitaminas, minerais e fibras que ajudam na boa saúde. Para conseguirmos obter todo o nutripoder deste reino é importante comer pelo menos 3 porções por dia de alimentos do Reino Verde. Uma boa dica é garantir tanto no almoço quanto no jantar uma salada de folhas verdes e um legume cozido ou assado. Estes alimentos também podem ser acrescentados em sucos e nos lanches da escola. Aproveitem!

Reino Vermelho

O reino Vermelho é conhecido pelo seu nutripoder da “Força”, principalmente porque eles contêm muita proteína, ferro, além de outros minerais, que são nutrientes que dão uma força especial para o nosso corpo e nos ajudam a crescer bem. Os alimentos que contem este nutripoder são as carnes (bovina, suína e de aves) e os ovos. Para garantir este nutripoder todo dia precisamos consumir pelo menos uma porção de alimentos deste grupo por dia!

OBS: Existem alguns alimentos que se disfarçam de reino vermelho para nos enganar, são eles os embutidos, nuggetts, hambúrguer industrializados, salsichas, linguiças, fiquem atentos, eles só tem um pouquinho do reino vermelho e um montão do sub-reino do sal e da gordura! Fiquem atentos!

Reino marrom

O nutripoder deste reino é a força “Turbo”, os alimentos deste reino que dão este poder turbo são as leguminosas, como todos os tipos de feijões, lentilha, grão de bico, ervilha, etc. Semelhante ao reino vermelho eles também contém proteínas e ferro e também fibras que ajudam a regular nosso corpo. Para obter este nutripoder todos os dias é importante comer pelo menos 1 porção destes alimentos todos os dias. Eles combinam muito bem com os outros alimentos que comemos no almoço ou no jantar.

Reino Azul

Neste reino estão os peixes e frutos do mar (caranguejo, camarão, lula, ostra, etc). O nutripoder deste reino é a “Inteligência”, pois contém nutrientes muito importantes para a nossa mente, como proteínas, ferro, zinco e uma gordura muito boa conhecida como ômega 3, presente principalmente em peixes do mar. Para obtermos este nutripoder devemos consumir peixes pelo menos 1 vez por semana em substituição aos alimentos do grupo vermelho.

Reino Branco

Neste reino está o leite e todos os seus derivados, como queijos, iogurtes, requeijão, etc. Estes alimentos tem um nutripoder muito especial que é o da “Resistência”, pois contém nutrientes importantes como proteínas e cálcio, o qual é fundamental para garantir a boa resistência dos ossos e dentes e, assim, promover um bom crescimento físico. Para garantir este nutripoder todos os dias precisamos consumir 3 porções de leites e derivados por dia.

OBS: Algumas crianças possuem alergias aos alimentos do reino branco e nestes casos devem contar com a força especial dos alimentos dos outros reinos que também contém proteínas e calcio, como por exemplo dos alimentos do reino verde e do reino marrom.

Reflexão importante!

Esta roda dos 7 reinos foi criada pela equipe do projeto Nutri Ventures, que atuam por meio de atividades lúdicas, como jogos, músicas e desenhos animados para estimular entre as crianças a prática da alimentação saudável, o comer “comida de verdade”, conforme orienta o novo guia alimentar brasileiro. A estória dos episódios dos Nutri Ventures foi criativamente baseada nas transformações sofridas no mundo real, onde a indústria e o marketing agressivo de produtos alimentícios, está transformando negativamente as escolhas alimentares e a forma de se alimentar, levando-nos a consumir exageradamente produtos embalados prontos para o consumo, apoiados na praticidade, rapidez e estimulo sensorial intenso, com produtos cada vez mais “hiperpalatáveis”, para não dizer, carregados de açúcar, sódio e gorduras.

O desenho animado

Os heróis da história, Teo, Lena, Ben e a pequena Nina, vivem em uma cidade cinzenta, onde não existem alimentos. Isto porque 30 anos atrás, Alex Grand, o terrível vilão, mandou o seu exército de G-Squads destruir todos os tipos de comida que existiam e obrigou a população a alimentar-se unicamente de Genex 100, um composto calórico fabricado na Corporação Grand, da qual ele é o dono.

Contudo, antes que o Alex pudesse destruir todos os alimentos, Neus, um sábio nutricionista, encarregou os seus sete colaboradores mais experientes de fugirem para longe com a ajuda dos Gugas, pois deste modo cada um deles poderia preservar um grupo de alimentos. Tornaram-se, assim, os Nutri Mestres e vivem, até hoje, isolados em seus reinos longínquos, onde conservam os alimentos que lhes foram confiados.

Caberá a Teo, Lena, Ben e Nina a empolgante missão de descobrir esses Reinos fantásticos e devolver ao mundo a diversidade alimentar que o Alex fez desaparecer. Ao longo da sua aventura, eles vão saborear alimentos desconhecidos, experimentar os seus incríveis Nutri-Poderes e travar duras batalhas, sempre acompanhados do seu Guga Púrpura!

A Instituição Nutri Ventures

A Nutri Ventures é a primeira instituição de entretenimento infantil no mundo a promover, exclusivamente, a alimentação saudável. A empresa portuguesa foi criada em 2010, por Rodrigo Carvalho, paraense, naturalizado português, e Rui Lima Miranda, e desenvolve conteúdos de entretenimento infantil que estimulam a alimentação saudável. Enquanto projeto, a Nutri Ventures conta com parcerias com instituições como a Organização Mundial de Saúde e está presente até o momento em mais de 23 países, entre eles o Brasil. A instituição é muito mais do que desenho animado é um movimento e uma causa, e acredita que só com a participação de todos poderemos vencer a pandemia do século XXI (que é o excesso de peso e doenças crônicas associadas a má alimentação) e criar um futuro mais saudável para as nossas crianças!

Para saber mais sobre o projeto acesse o site: http://www.nutri-ventures.com

Salsicha, hambúrguer “carnes processadas” são consideradas cancerígenas pela OMS.

Fonte INC



A Agencia Agência Internacional de Investigação de Cancer (IARC), órgão ligado a OMS, publicou nesta segunda (26 de outubro) os resultados de uma avaliação feita por 22 cientistas de 10 países sobre a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada. Traduzimos aqui as informações principais do relatório publicado na revista The Lancet.

A carne vermelha não processada refere-se a músculos de mamíferos (carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carne de carneiro, cavalo ou cabra, etc). Já a carne processada é a carne que foi transformada através de salga, cura, fermentação, defumação ou outros processos para melhorar o aspecto sensorial ou melhorar a preservação, como exemplos temos as salsichas, linguiças, hamburguers, embutidos (presunto, salame, etc).

O processamento de carne, como a cura e a defumação, pode resultar na formação de produtos químicos com potencial cancerígeno, incluindo os compostos N-nitrosos (NOC), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP).

Cozinhar melhora a digestibilidade e a palatabilidade da carne, mas pode também produzir substancias conhecidas ou suspeitas de serem cancerígenas, incluindo aminas heterocíclicas (AHC) e hidrocarbonos policíclicos aromáticos (HPA). A alta temperatura de cozimento, obtida ao fritar (com ou sem óleo), grelhar ou no churrasco, produz as maiores quantidades destas substancias químicas (2,3).

A ingestão média de carne vermelha (entre os que consomem) é estimada em 50-100 g por pessoa, por dia, e considera-se um consumo elevado quantidades superiores a 200 g por pessoa, por dia (4). Quanto a carne processada existe pouca informação a respeito da porção usualmente consumida.

Como foi feita a avaliação?
O Grupo de Trabalho avaliou mais de 800 estudos epidemiológicos que investigou a associação de câncer com o consumo de carne vermelha e carne processada ​​em muitos países, e, em vários continentes, com diversificada etnias e dietas. Para a avaliação, o maior peso foi dado aos estudos prospectivos de coorte, de base populacional. Estudos de caso-controle de base populacional de alta qualidade forneceram evidências adicionais. Para ambos desenhos, os estudos considerados mais informativos foram aqueles que consideravam a carne vermelha e carne processada separadamente, possuíam dados dietéticos quantitativos obtidos a partir de questionários validados, um grande tamanho amostral, e foi controlado para os principais fatores de confusão em potencial para o tipo de câncer avaliado. O maior corpo de dados epidemiológicos foi para o câncer colorretal.

O que eles encontraram?


Carne vermelha e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas foram observadas na comparação entre o alto e o baixo consumo de carne vermelha em metade dos estudos avaliados, incluindo uma coorte de dez países europeus e outros grandes grupos na Suécia e Australia (5-7).

– Em estudos caso-controle: Dos 15 estudos de caso-controle considerados, 7 relataram associações positivas entre câncer colorretal e consumo de carne vermelha (alto e baixo consumo).

Carne processada e câncer colorretal

– Em estudos de coorte: Associações positivas de câncer colorretal com o consumo de carne processada foram relatados em 12 dos 18 estudos de coorte avaliados, incluindo estudos na Europa, Japão e dos EUA (5,8-11).

– Meta-analise: Uma meta-análise de câncer colorretal, feita a partir de 10 estudos de coorte, relatou uma relação dose-resposta, estatisticamente significante, verificando aumento de 17% no risco de câncer para um consumo 100 g/dia de carne vermelha e um aumento de 18% para um consumo de 50 g/dia de carne processada (12).

-Em estudos caso-controle: As provas de apoio vieram de 6 dos 9 estudos caso-controle considerados.

Outros tipos de câncer:

Os dados também estavam disponíveis para outros 15 tipos de câncer.

– Associações positivas foram vistas entre consumo de carne vermelha e câncer de pâncreas e próstata (principalmente câncer de próstata avançado), em estudos de coorte e de caso-controle de base populacional.

– Associações positivas entre o consumo de carne processada e câncer de estômago.

Conclusões:

O Grupo de trabalho julgou que existem provas suficientes, em seres humanos, para considerar que “o consumo de carne processada tem potencial efeito cancerígeno” (colorretal e estomago) classificando-a como Grupo 1 de risco.

O Grupo não atribuiu o mesmo grau de confiança ao potencial cancerígeno para o consumo de carne vermelha, uma vez que nenhuma associação clara foi observada em vários estudos de alta qualidade. Portanto, o Grupo concluiu que há evidências limitadas para afirmar o potencial cancerígeno em seres humanos da carne vermelha não processada, e, classificou “o consumo como de carne vermelha comoprovavelmente cancerígeno para os seres humanos” (Grupo 2A).

É importante esclarecer que a carne vermelha não processada é rica em proteínas de alto valor biológico e muitos micronutrientes importantes como ferro, vitaminas do complexo B e zinco, importantes para boa saúde. Desta forma, a entidade alerta que não é necessário parar de comer carne, o importante é atentar para a quantidade, evitando o consumo excessivo e optando por formas de preparo mais saudáveis. Quanto as carnes processadas (salsichas, linguiças, embutidos, hambúrguer, etc) é necessário reduzir de forma substancial a quantidade e a frequência de consumo.

Entenda o que significa o Grupo da classificação de risco da OMS:

-Grupo 1 – O agente é carcinogênico a humanos. Quando há evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para humanos.

-Grupo 2A – O agente provavelmente é carcinogênico a humanos. Quando existem evidências suficientes de que o agente é carcinogênico para animais e evidências limitadas ou insuficientes de que ele é carcinogênico para humanos.

O relatório original publicado na revista The Lancet está disponível em:http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lanonc/PIIS1470-2045(15)00444-1.pdf

Link para o IARC:

http://www.iarc.fr/

http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/Monographs-Q&A_Vol114.pdf

Referências citadas:

1 International Agency for Research on Cancer. Volume 114: Consumption of red meat and processed meat. IARC Working Group. Lyon; 6–13 September, 2015. IARC Monogr Eval Carcinog Risks Hum (in press).

2 Alaejos MS, Afonso AM. Factors that aff ect the content of heterocyclic aromatic amines in foods. Comp Rev Food Sci Food Safe 2011; 10: 52–108.

3 Alomirah H, Al-Zenki S, Al-Hooti S, et al. Concentrations and dietary exposure to polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) from grilled and smoked foods. Food Control 2011; 22: 2028–35.

4 Food and Agriculture Organization of the United Nations Statistics Division. Food balance. 2015. http://faostat3.fao.org/browse/ FB/*/E (accessed July 9, 2015).

5 Norat T, Bingham S, Ferrari P, et al. Meat, fi sh, and colorectal cancer risk: the European Prospective Investigation into cancer and nutrition. J Natl Cancer Inst 2005; 97: 906–16.

6 Larsson SC, Rafter J, Holmberg L, Bergkvist L, Wolk A. Red meat consumption and risk of cancers of the proximal colon, distal colon and rectum: the Swedish Mammography Cohort. Int J Cancer 2005; 113: 829–34.

7 English DR, MacInnis RJ, Hodge AM, Hopper JL, Haydon AM, Giles GG. Red meat, chicken, and fi sh consumption and risk of colorectal cancer. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2004; 13: 1509–14.

8 Oba S, Shimizu N, Nagata C, et al. The relationship between the consumption of meat, fat, and coff ee and the risk of colon cancer: a prospective study in Japan. Cancer Lett 2006; 244: 260–67.

9 Bernstein AM, Song M, Zhang X, et al. Processed and unprocessed red meat and risk of colorectal cancer: analysis by tumor location and modifi cation by time. PLoS One 2015; 10: e0135959.

10 Cross AJ, Ferrucci LM, Risch A, et al. A large prospective study of meat consumption and colorectal cancer risk: an investigation of potential mechanisms underlying this association. Cancer Res 2010; 70: 2406–14.

11 Chao A, Thun MJ, Connell CJ, et al. Meat consumption and risk of colorectal cancer. JAMA 2005; 293: 172–82.

12 Chan DS, Lau R, Aune D, et al. Red and processed meat and colorectal cancer incidence: meta-analysis of prospective studies. PLoS One 2011; 6: e20456.

13 Pierre F, Freeman A, Tache S, van der Meer R, Corpet DE. Beef meat and blood sausage promote the formation of azoxymethaneinduced mucin-depleted foci and aberrant crypt foci in rat colons. J Nutr 2004; 134: 2711–16.

14 Pierre F, Santarelli R, Tache S, Gueraud F, Corpet DE. Beef meat promotion of dimethylhydrazine-induced colorectal carcinogenesis biomarkers is suppressed by dietary calcium. Br J Nutr 2008; 99: 1000–06.

15 Santarelli RL, Vendeuvre JL, Naud N, et al. Meat processing and colon carcinogenesis: cooked, nitrite-treated, and oxidized high-heme cured meat promotes mucin-depleted foci in rats. Cancer Prev Res (Phila); 3: 852–64.

16 Aune D, Chan DS, Vieira AR, et al. Red and processed meat intake and risk of colorectal adenomas: a systematic review and metaanalysis of epidemiological studies. Cancer Causes Control 2013; 24: 611–27.

17 Gay LJ, Mitrou PN, Keen J, et al. Dietary, lifestyle and clinicopathological factors associated with APC mutations and promoter methylation in colorectal cancers from the EPIC-Norfolk study. J Pathol 2012; 228: 405–15.

18 Pierre FH, Martin OC, Santarelli RL, et al. Calcium and alpha-tocopherol suppress cured-meat promotion of chemically induced colon carcinogenesis in rats and reduce associated biomarkers in human volunteers. Am J Clin Nutr 2013; 98: 1255–62.

19 Le Leu RK, Winter JM, Christophersen CT, et al. Butyrylated starch intake can prevent red meat-induced O6-methyl-2-deoxyguanosine adducts in human rectal tissue: a randomised clinical trial. Br J Nutr 2015; 114: 220–30.

20 Lewin MH, Bailey N, Bandaletova T, et al. Red meat enhances the colonic formation of the DNA adduct O6-carboxymethyl guanine: implications for colorectal cancer risk. Cancer Res 2006; 66: 1859–65

Açúcar o filme.

Fonte INC



A intrigante história real do documentário “Açúcar”, que mostra os efeitos corporais sofridos pelo ator Damon Gameau ao deixar sua dieta baseada em “alimentos” e passar consumir, durante dois meses, uma alimentação baseada em “produtos industrializados” tidos como “saudáveis”, tem chamado a atenção de muitas pessoas no mundo. A questão intrigante nesta história é que a dieta seguida pelo ator, a base de industrializados vendidos como “saudáveis”, contabilizavam cerca de 40 colheres de chá de “açúcar oculto” por dia (~160 gramas/dia), e, lembrem-se, estes produtos não eram refrigerantes, chocolates, sorvetes ou fast foods. Os produtos consumidos eram produtos vendidos com apelo comercial de “saudáveis”, como iogurtes com baixo teor de gorduras, sucos de frutas, barras de cereal, granolas e até mesmo pães integrais. O documentário além de mostrar os efeitos do açúcar no corpo, debate a ação da indústria alimentícia, que, cada vez ilude o consumidor, por meio de estratégias sofisticadas de marketing e desenvolvimento.

O filme discute que atualmente cerca de 80% dos produtos industrializados contém “açúcares” em sua lista de ingredientes. Este açúcar “escondido” passa muitas vezes despercebido pelo consumidor. Este filme também foi transformado em livro chamado The Sugar Book.

A quantidade de 40 colheres de chá de açúcar por dia consumida pelo ator no filme foi baseada no consumo médio de açúcar da dieta ocidental, valor esse praticamente consumido de forma escondida em alimentos industrializados. Uma equipe de médicos e nutricionistas orientaram o consumo e acompanharam a saúde do protagonista ao longo dos dois meses, por meio de medições de peso, medidas corporais, pressão arterial, glicemia, entre outros parâmetros. Apesar de continuar a sua rotina de exercícios regulares durante os 60 dias Damon ganhou 10 cm de gordura ao redor da cintura, desenvolveu esteatose hepática (gordurosa no fígado), alterações de humor, cansaço, entre outros sintomas.

Estes efeitos negativos do excesso de açúcares sobre a saúde são bem conhecidos na literatura. Tanto que em março de 2015, a Organização Mundial de Saúde – OMS publicou uma Diretriz com orientações para redução da ingestão de açúcar. Tal documento recomenda que todas as pessoas, incluindo crianças, reduzam a ingestão de açúcar, não excedendo ao limite diário de 10% do total de energia consumida, para uma dieta de 2000 Kcal isto equivale a 50 gramas de açúcares por dia. No Brasil, a última POF (2008-2009) estimou que a ingestão média de açúcar está em torno de 150 gramas por dia, ou seja cerca de 3 vezes maior, semelhante a quantidade consumida pelo ator no filme. A OMS ainda acrescenta que a redução para abaixo de 5%, ou cerca de 6 colheres de chá (25g) por dia, fornece benefícios adicionais de saúde.

Infelizmente, estas orientações impressas, não impactaram totalmente as pessoas, principalmente aquelas que estão em maior risco. Assim, os produtores do filme acreditam que o documentário possa promover maior impacto e conscientização na população, podendo ser uma ferramenta adicional na promoção da saúde, auxiliando as pessoas a fazerem melhores escolhas e motivando-as a levar uma vida saudável.

O filme apresenta um novo olhar, mais crítico e mais consciente para o nosso ambiente alimentar, desmontando a crença comum de que de que a atual epidemia de obesidade é um resultado simplesmente da falta de exercício e consumo de fast food.

Segundo o autor a proposta do documentário não foi demonizar o açúcar, mas sim levar maior consciência a população sobre a qualidade dos produtos industrializados a que estamos expostos no nosso dia a dia e chamar a atenção para a necessidade de pautarmos a nossa alimentação em “alimentos de verdade”.

No Brasil, o novo Guia Alimentar Brasileiro lançado pelo Ministério da Saúde é um documento que foca exatamente nesta recomendação, a importância de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, tendo sido muito elogiado por diversas autoridades de saúde internacionais.

Os produtores do filme e seus patrocinadores, criaram um site, para ser um lugar de aprendizagem e motivação para ação, onde se pode acessar receitas e e-books, descobrir como fazer para exibir o filme em uma comunidade, escola, etc. A comunidade Australiana, local de origem dos organizadores do filme, podem ainda encomendar um kit de ferramentas para educação nutricional em escolas e participar do programa de educação desenvolvido para escolas, obtendo ainda dicas e métodos que o autor utilizou para voltar a levar uma vida saudável novamente, depois do seu experimento. O site dá dicas para ajudar as pessoas a reduzir o teor de açúcar na família e nas cantinas escolares.

O trailer do documentário em inglês pode ser visto no youtube. O filme com legendas em português pode ser visto aqui.

Referencias citadas:

World Health Organization. Sugars intake for adults and children. Guideline -WHO, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2º ed. 2014.

Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009 : análise do consumo alimentar pessoal no Brasil/IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. – Rio de Janeiro : IBGE, 2011.

Secretaria de Agricultura ensina receitas para população manter alimentação saudável fora de casa


Fonte: Maxpressnet


A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), lançou uma série de vídeos com receitas de preparações no pote, uma alternativa acessível e prática para manter hábitos alimentares saudáveis fora de casa. No canal “Alimentação Saudável”, os visitantes podem assistir aos vídeos que ensinam, passo a passo, como elaborar duas opções de saladas e uma de café da manhã, à base de frutas, vegetais, grãos e condimentos da época. A preparação feita em um recipiente de vidro facilita o transporte e o consumo.

Elaboradas pela equipe de nutricionistas da cozinha experimental do Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans), da Secretaria, as receitas trazem, em média, 10 ingredientes, levando em consideração o valor energético, a sazonalidade e a combinação de sabores, como explica a nutricionista da Secretaria, Milene Gonçalves Massaro Raimundo.

“As preparações no pote são uma grande tendência, por reunir alimentos nutritivos para levar ao local de trabalho, faculdade, academia, passeios, etc. A porção individual também é ideal para deixar na geladeira, pronta para o consumo a qualquer hora do dia. É uma forma de aproveitar bem os alimentos com economia e praticidade”, disse a especialista, ressaltando que o canal de vídeos da Codeagro traz outras opções de receitas saudáveis para o dia-a-dia.


“Cada vez mais a população paulista tem necessidade de se alimentar fora de casa e o dever da Secretaria é promover políticas de orientação e incentivo a hábitos alimentares saudáveis. O governador Geraldo Alckmin, que é médico, sabe da importância da alimentação na qualidade de vida dos cidadãos e nos orienta a zelar pela saudabilidade dos alimentos, assim como apoiar o pequeno agricultor, que é o responsável por levar bons produtos à mesa das famílias paulistas”, ressaltou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim.

Por: Paloma Minke


domingo, 25 de setembro de 2016

Médica apela aos bons costumes alimentares

Fonte: Jornal de Angola
Elautério Silipuleni| Ondjiva
25 de Setembro, 2016



Fotografia: António Soares

A médica Algeciras Poupiu, do Hospital Geral de Ondjiva, aconselhou ontem os munícipes a apostarem numa alimentação saudável, evitando comidas com muito açúcar e gordura, para prevenir a diabetes.

Algeciras Poupiu chamou a atenção para a redução no consumo de bebidas alcoólicas e o aumento da prática de exercícios físicos, duas grandes armas para travar o surgimento da doença.

A médica de clínica geral pediu às pessoas doentes de diabetes a redobrarem os cuidados com a alimentação, salientando que estas pessoas estão proibidas de se alimentar do pão, massa, batatas fritas, hambúrguer e bolacha. “Não devem fumar, nem consumir bebidas alcoólicas”, recomenda.

Aos diabéticos, Algeciras Poupiu aconselhou a redução da quantidade de alimentos e de hidratos de carbono nas refeições, dai sugerir uma alimentação balanceada em poucas quantidades seis vezes ao dia, ou seja, três de manhã e mesmas quantidades de tarde e noite, além das mesmas repetições para os lanches, nos intervalos das refeições.

A médica, que explicou que os doentes devem praticar muito exercício físico, avançou que a diabetes é caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), que pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na acção do harmónio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A médica Algeciras Poupiu defendeu ainda a promoção de mais acções de sensibilização junto das comunidades sobre os riscos das hipoglicemias, no sentido de se baixar os casos da doença na região.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Alimentação e doença de Alzheimer

Fonte: Público PT
INÊS TELLO RODRIGUES - 21/09/2016 



Imagem: Remédio da Terra


Nas fases mais avançadas da doença, as alterações globais na alimentação podem intensificar-se com dificuldades na própria capacidade em deglutir.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, uma doença do foro neurológico que afecta 4,7 milhões de pessoas no mundo. Trata-se da forma mais comum de demência, já que representa entre 50% a 70% de todos os casos desta patologia. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde, todos os anos são registados quase oito milhões de novos casos de Alzheimer no mundo.

A doença de Alzheimer provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível, principalmente do funcionamento cognitivo (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). No entanto, sendo uma doença do cérebro, também se verificam alterações noutras funções (ex: motora, emocional e comportamental).

À medida que a doença de Alzheimer vai afectando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades, o que se repercute na realização das diferentes actividades da vida diária.

Um dos aspectos afectados, vulgarmente desconhecido ou pouco abordado quando se fala de doença de Alzheimer, é o da alimentação. A perda de capacidades cognitivas e alterações fisiológicas podem interferir na alimentação e nutrição destas pessoas. Adicionalmente, podem surgir alterações na mastigação e problemas de deglutição, acentuados não só pela idade, mas também pela doença e que contribuem para agravar a situação.

São várias as causas possíveis da falta de apetite na pessoa com doença de Alzheimer, entre as quais se destaca o facto de:

— O centro da fome no cérebro, o hipotálamo, responsável pelo apetite, pode tornar-se disfuncional;
— Poderem existir alterações da visão ou do olfacto;
— Poder, igualmente, existir uma alteração do paladar, o que pode fazer com que a comida seja menos apetitosa;
— Algumas doenças crónicas ou certos medicamentos também poderem diminuir o apetite;
— Quando a pessoa ainda vive sozinha ou com pouco apoio, pode esquecer-se de cozinhar e de se alimentar;
— Ambientes novos ou não familiares poderem originar agitação e confusão;
— Distracções, tais como muito barulho ou muita gente, poderem influenciar negativamente a refeição;
— Alimentos pouco atractivos, refeições repetidas ou odores inoportunos contribuem para a recusa alimentar.

Algumas pequenas medidas poderão ajudar a tornar as refeições mais fáceis:

— Usar taças ou chávenas, em vez de pratos, e maiores do que as porções de alimentos, para evitar que se entornem.
— Não utilizar utensílios de plástico por serem demasiado leves para se manipularem e poderem partir-se na boca.
— Servir alimentos que se possam comer com as mãos, tais como pedacinhos de batata cozida, queijo, mini-sandes, pedacinhos de frango, fruta ou vegetais, pois, muitas vezes, as pessoas com demência recusam sentar-se para comer.
— Se necessário, dar instruções verbais como “mastigue agora”, “engula agora”, espaçadamente.
— Humedecer os alimentos com molho.
— Servir alimentos macios e finamente cortados.
— Evitar extremos de temperaturas como o muito quente e/ou muito frio.
— Se a pessoa necessitar de ser alimentada, oferecer alimentos pequenos, um de cada vez, pacientemente.
— Não alimentar a pessoa deitada.
— Se for necessário, reaquecer a comida.

Mas não só a ingestão de alimentos pode estar afectada; também a ingestão de líquidos pode estar comprometida.

A desidratação é uma das principais causas de problemas de saúde geral na pessoa com demência, mas é frequente existir uma recusa na ingestão de líquidos.

Algumas das estratégias para fomentar o consumo de líquidos podem passar por:

— Preparar infusões, sumos sem açúcar, bebidas energéticas e sopas mais líquidas, que podem ser ajudas preciosas na manutenção dos níveis de hidratação.
— Deixar sempre água disponível perto da pessoa, pronta a servir.
— Promover a ingestão de líquidos em pequenas porções ao longo de todo o dia.
— Experimentar acrescentar água com gás nos sumos, servir as bebidas a diferentes temperaturas e observar se existe preferência por alguma destas opções. Por vezes, existem alterações na sensibilidade intra-oral (boca) que podem também condicionar a ingestão de líquidos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Metade das causas de morte e doença têm relação direta com alimentação.

19 DE SETEMBRO DE 2016 - 14:22

De acordo com a Direção-geral da Saúde, o consumo excessivo de sal e de açúcar é apontado como fator de risco para várias doenças.

Foto: Arquivo Global Imagens

Na conferência sobre o Plano Nacional da Saúde que hoje decorreu em Loures, o diretor-geral da Saúde avisou que quase metade dos portugueses adultos tem hipertensão, sendo o consumo de sal uma das principais causas para aquela doença crónica.

"Pelo menos metade das causas de doença e de morte têm relação direta com a alimentação, sobretudo com o excesso de sal, mas também o excesso de calorias, as gorduras de fabrico industrial e o açúcar", afirmou Francisco George em declarações aos jornalistas.

Um dos objetivos centrais do atual Plano Nacional de Saúde é diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70).

Portugal quer ainda aumentar em 30% a esperança de vida saudável aos 65 anos em 2020, assumindo como fundamental ter programas que intervenham no grupo etário dos 50 a 60 anos.

Traçada como uma das metas do atual Plano Nacional de Saúde, o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos passaria nos homens a ser de 12,9 anos e de 11,7 anos nas mulheres.

Atualmente, embora as mulheres tenham maior esperança média de vida, registam valores inferiores no que respeita à esperança de vida saudável. Ou seja, vivem mais que os homens, mas com menos qualidade a partir da terceira idade.

O aumento da esperança média de vida saudável e a diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70) são duas das quatro grandes metades definidas no Plano, que contempla ainda objetivos mais dirigidos às gerações mais jovens.

Um deles é a redução da prevalência do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos e a eliminação ao fumo ambiental, enquanto o outro é o controlo da obesidade na população infantil para que não aumente em relação aos valores atuais.

Segundo a Direção-geral da Saúde (DGS), as melhorias de vários indicadores de saúde, que se registaram até 2008, desaceleraram a partir dessa data e até 2012, coincidindo com o período de crise, o que pode dificultar algumas metas previstas no Plano Nacional de Saúde.

O coordenador do Plano, Rui Portugal, explicou aos jornalistas que, no período de crise e de assistência financeira, os indicadores foram evoluindo, mas o rtimo de melhoria foi menor do que nos anos anteriores.

Nutrição infantil: muitas famílias ainda não conseguem colocar bons hábitos em prática

Fonte: Crescer online - atualizada em 19/09/2016 10h03

As falhas na dieta são algumas das principais causas de obesidade



Todo mundo sabe que a alimentação equilibrada é o ponto de partida para uma vida saudável, mas muitas famílias ainda não conseguem colocar isso em prática. Foi esse o tema discutido na última sexta-feira (16), no 3° Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, em São Paulo (SP), que reuniu médicos e nutricionistas. Segundo dados do Ministério da Saúde, apresentados durante o evento, apenas 60% dos bebês entre 6 meses e 2 anos consomem verduras e legumes. E, acredite: com essa pouca idade, 43% deles já consomem sucos industrializados e 48% tomam refrigerante. Para completar o quadro preocupante, 20% se alimentam diante da TV.

“Quanto antes a criança fica obesa, mais grave é a situação na vida adulta”, alerta a endocrinologista Cristiane Kochi, da Santa Casa de São Paulo. “A oferta exclusiva de leite materno ao bebê durante os 6 primeiros meses de vida é muito importante, porque melhora o controle da fome e saciedade, que protege contra o ganho excessivo de peso”, afirma.

A médica também mostrou números alarmantes divulgados pelo Ministério da Saúde. Entre as crianças com menos de 1 ano, 72% comem regularmente biscoitos recheados. E, apesar de não ser recomendada a alimentação sólida até o sexto mês de vida, 30% dos bebês brasileiros consomem petit suisse e, 12%, macarrão instantâneo. Esses erros na dieta são algumas das principais causas de obesidade.
Para começo de conversa

Mas não basta apenas ingerir os alimentos corretos. É preciso também que a criança saiba se alimentar da forma certa. “O ‘como’ comer deve vir antes ‘do que’ comer”, defende a nutricionista Rachel Machado, do Instituto Pensi, braço da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.

De acordo com Rachel, os adultos precisam observar o seguinte: quando a criança come? Onde gasta a energia? Por que come? Como come? A nutricionista falou sobre a importância de conscientizar os filhos sobre bons hábitos alimentares e deu dicas de comportamentos que judam a melhorar a rotina alimentar da família.

O primeiro deles é a autonomia às refeições: a criança pode e deve ser encorajada a se alimentar sozinha. Isso melhora a autoconfiança e a integração com a comida. O segundo ponto é a postura, ou seja, a posição durante a refeição. Seu filho deve estar devidamente sentado à mesa – e não na cama, no sofá ou correndo pela casa (e você correndo atrás com o prato de comida!). A boa postura diminui os engasgos e a aspiração de alimentos, além de melhorar a mastigação e deglutição.

Outro fator importantíssimo é a distração causada por telas, seja de TV, computador, tablet ou smartphone. Não é nada positivo distrair criança para fazê-la comer maior quantidade ou mais rapidamente. Esse hábito diminui a interação e com a família, além de estar associado ao sobrepeso e obesidade. E nem é preciso dizer que os mecanismos de recompensa, pressão, ameaça e castigo nunca devem ser usados para fazer a criança a se alimentar.

Um estudo recente apresentado no evento pela nutricionista Priscila Maximino, do Instituto Pensi, traz números surpreendentes. Segundo o levantamento, entre as crianças com dificuldades alimentares (aquelas que “comem mal”), 53% se alimentam em ambiente inadequado, isto é, fora da mesa, e 73% não realizam as refeições em família.

E na sua casa, como estão as refeições? Sempre é tempo de iniciar hábitos mais saudáveis.

Pessoal de Recife: Pesquisa revela que produtos orgânicos custam menos que convencionais

Fonte: TV Jornal


Reprodução/TV Jornal

As feirinhas de produtos orgânicos estão se tornando cada dia mais populares. No Recife, já são 28 cadastradas pela Secretaria de Agricultura de Pernambuco. Tanta oferta está fazendo cair um mito: o de que produto orgânico é mais caro que os produzidos na agricultura convencional com o uso de agrotóxicos.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Federal Pernambuco junto com Centro Sabiá, legumes, verduras e frutas orgânicas comercializadas nas feiras são em média 56% mais baratas que os convencionais vendidos nos mercados. Comparado com os produtos de feiras populares, os orgânicos ainda custam 19% menos.

Percorrendo as bancas de uma feirinha é fácil comprovar. As folha de uma maneira geral custam R$ 1,50, o quilo do repolho custa R$ 3, a porção da vagem R$ 2 e o rabanete que nem é tão fácil encontrar nos supermercados também é vendido por R$ 1,50.

A explicação para a diferença dos preços é a eliminação da figura do atravessador. Os produtores vendem diretamente para os consumidores. Além da vantagem no bolso e da ausência de veneno, os orgânicos trazem uma série de vantagens nutricionais que a longo prazo podem significar menos doenças.

"O Orgânico ou agroecológico é mais rico em micro nutrientes. Passa o tempo certo no solo. Não existe acelerador do processo, respeitando a natureza. Já há pesquisas da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) de um conjunto de doenças que vem por conta de alimento com agrotóxicos. O próprio câncer. Só 10% dos casos são relacionados a fatores genéticos e 90% fatores externos, o estilo de vida. A alimentação é um desses fatores", avalia a agrônoma Maria Cristina Aureliano, coordenadora pedagógica do Centro Sabiá.

Saiba onde encontrar esses produtos

Feira Agroecológica da Juventude do Cordeiro
Avenida Caxangá, 2200 – Madalena.
Ás sextas-feiras, das 5h às 11h

Feira do Colégio Fazer Crescer
Av. Santos Dumont, 167 - Graças
Ás quintas e sábados, das 5h às 12h

Espaço Agroecológico do Sítio da Trindade
Sítio da Trindade - Estrada do Arraial, 3129 - Casa Amarela
Aos sábados, das 5h às 11h

Feira de Economia Solidária e Agroecológica UFPE/CCSA
Campus da Universidade Federal de Pernambuco, ao lado do prédio do Centro de Ciências Sociais Aplicáveis – CCSA - Cidade Universitária
Ás quartas-feiras, das 5h às 13h

Feira Gervásio Pires
R. Gervásio Píres, 436-470 - Santo Amaro, Recife – PE
Às quartas-feiras, pela manhã

Feira Agroecológica Chico Mendes
Praça Farias Neves, em frente ao LAFEPE - Dois Irmãos
Quartas-feiras, das 6h às 12h

Feira Orgânica do Condomínio Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste)
Praça Ministro João Gonçalves de Souza - Engenho do Meio
Sextas-feiras, das 13h às 16h

Feira do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Av. Mário Melo, 343 - Santo Amaro
Quintas-feiras, quinzenalmente das 6h às 10h

Feira do Tribunal Regional do Trabalho – 6a região
Caminho do Apolo, 925 - Bairro do Recife
Quarta-feiras, das 7h às 12h

Feira de Orgânicos do Shopping Recife – Projeto Pernambuco Agroecológico
Rua Padre Carapuceiro , 777 (Área C do estacionamento, próximo à entrada P) - Boa Viagem
Sábados, das 5h às 10h

Feira do Fúrum des. Rodolfo Aureliano
Av. Des.Guerra Barreto, S/N - Ilha Joana Bezerra
Quintas-feiras, das 10h às 16h

Feira Agroecológica do Espinheiro
Rua do Espinheiro, 26 - Graças
Sextas-feiras, das 10h às 17h

Espaço Agroecológico das Graças
Graças Recife, em frente ao Colégio São Luiz, Sem número - Graças
Sábados, das 5h á 11h

Feira Agroecológica da Justiça Federal
Av. Recife, 6250 - Jardim São Paulo
Sextas-feiras, das 10h ás 15h

Espaço Agroecológico de Boa Viagem
Praça Jules Rimet, por trás do 1º Jardim de Boa Viagem - Boa Viagem
Sábados, das 6h ás 11h

Feira Agroecológica da Praça de Casa Forte
Praça de Casa Forte - Casa Forte
Sábados, das 5h ás 10h

Feira Agroecológica de Olinda
Rua do Bonfim – Carmo
Aos sábados, das 5h ás 12h

Industrializados: você sabe o que está comendo?

Fonte: Bonde
Carolina Avansini - Grupo Folha - 18/09/2016


Embalagens bonitas e chamativas, com rótulos extensos e selos de origem, nem sempre são suficientes para garantir a qualidade dos alimentos contidos nas latas, caixas, bisnagas, bandejas ou garrafas dispostas nas prateleiras dos supermercados. Apenas entre os meses de julho e setembro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu lotes de diferentes alimentos por estarem em desacordo com as regras de segurança alimentar previstas. Queijo ralado, pão de mel falsificado, extrato de tomate, molho de tomate, catchup, peixe congelado, bala e café são alguns dos alimentos que foram tirados das prateleiras recentemente por oferecerem possíveis riscos ao consumidor.

A nutricionista Juliana Dias, pesquisadora da associação de defesa dos direitos de consumidor Proteste, explica que o controle de qualidade é obrigatório em todas as etapas da produção de alimentos industrializados, mas nem sempre as regras são seguidas. O resultado do "descaso" são produtos com pelo de roedores ou restos de insetos acima do previsto pela lei, presença de micro-organismos que podem causar doenças ou mesmo produtos químicos como formol, antibióticos ou agrotóxicos em volume maior que o permitido. Quando a Anvisa fiscaliza os produtos e suspende os lotes, o consumidor não consome. O problema é quando a fiscalização falha e eles chegam à mesa das pessoas.

Juliana esclarece que segurança alimentar envolve risco de perigos microbiológicos, químicos ou físicos. A contaminação de cinco marcas de produtos derivados de tomate por pelos de roedores se enquadra na última classificação. "Outros perigos físicos são insetos, pedras como encontramos no feijão, cabelo e até vidro, muitas vezes decorrente de uma lâmpada que quebrou em local sem proteção", detalha. A pesquisadora esclarece que, há alguns anos, a lei não permitia qualquer quantidade de "matérias estranhas nos alimentos". Em 2014, porém, uma mudança nas regras passou a considerar a presença de "matérias estranhas inevitáveis" nos produtos, em quantidades limitadas.

Conforme nota da assessoria de imprensa da Anvisa, "as matérias estranhas indicativas de risco à saúde humana e indicativas de falhas nas boas práticas não são permitidas nos alimentos. Já as matérias estranhas inevitáveis são aquelas que estão presentes no processo de produção do alimento e se mantêm apesar de todos os procedimentos de boas práticas, onde qualquer ação adicional para tentar excluí-las poderia levar a prejuízos ao alimento e ao consumidor. Para essas matérias se estabeleceu limites de tolerância." Ainda segundo a agência, nenhuma "matéria estranha" pode causar repugnância, ou seja, não pode ser visualizada a olho nu. "O estabelecimento dos limites considera a realidade de cada produto, sua forma de extração, produção e processamento industrial. De toda forma, os limites adotados no Brasil são compatíveis ou mais rígidos na comparação com os países que estabelecem este tipo de referência", explica a nota.

Juliana discorda da flexibilização da lei. "Quando há pelos de ratos, significa que o animal passou pelo local em algum momento. E ratos transmitem doenças importantes, como a leptospirose", critica. Ela comenta que os fabricantes de produtos à base de tomate, por exemplo, justificam que o problema não é na indústria, mas na produção da matéria-prima, sobre a qual não têm controle. "Eles invertem a culpa", diz, lembrando que, na dúvida, o melhor é fazer o próprio molho de tomate em casa. "É mais gostoso e mais saudável."

Reprodução/Pixabay

Biológicos e químicos

Já os perigos biológicos são mais relacionados à higiene, o que inclui manipulação do alimentos, controle de temperatura, contaminação cruzada em equipamentos que não foram limpos corretamente. "Os perigos biológicos decorrem de erros na cadeia produtiva e podem causar vários danos, dependendo do micro-organismo presente", afirma a nutricionista Juliana Dias, lembrando que idosos, grávidas, crianças ou pessoas com problemas de imunidade são os mais vulneráveis a esse tipo de contaminação. "As consequências podem ser desde uma simples diarreia ou vômito até casos graves de paralisia e óbito", comenta.

Juliana esclarece que os perigos biológicos são mais recorrentes em produtos como frango e ovos, suscetíveis à salmonela. "Também há riscos nos pontos de venda, onde condições de temperatura e higiene, por exemplo, favorecem a proliferação de micro-organismos. Como as alterações nem sempre são vistas à olho nu, o ideal é sempre observar as condições do local e a aparência do produto", ensina.

Os riscos químicos mais presentes no mercado brasileiro são o uso de agrotóxicos ou antibióticos acima do volume permitido ou ainda produtos não indicados para a cultura dos legumes, verduras e frutas em questão. "Não há estudos conclusivos, mas indicações de que agrotóxicos em excesso podem causar câncer. Outro risco é o de intoxicação. Já os antibióticos usados indiscriminadamente aumentam o risco de resistência bacteriana", diz.

Por fim, a nutricionista cita que os alimentos industrializados recebem aditivos como corantes e conservantes que, apesar de permitidos, podem fazer mal à saúde. "Na dúvida, o melhor é evitar", defende.

Mudar os hábitos

A nutricionista e cozinheira Valéria Mortara, de Londrina, é uma entusiasta do ato de aprender a preparar os próprios alimentos para ter uma boa saúde. Ela ressalta, porém, que alimentação saudável depende da dedicação de um certo tempo para o preparo das refeições. "É uma ilusão achar que existe uma pessoa na indústria lavando tomate por tomate que será usado para fabricar o molho. Fazer em casa é mais gostoso e mais saudável, mas é claro que dá um pouco de trabalho", diz.

Ela adverte que ter hábitos de alimentação mais saudáveis implica em realizar algumas mudanças no estilo de vida, inclusive reservando um tempo para cozinhar. "Ou a pessoa muda de hábito e vai para a cozinha ou segue acreditando que as regras da Vigilância Sanitária são suficientes para garantir comida saudável à mesa. São escolhas", compara.

Entre os riscos de consumir muitos alimentos industrializados, Valéria destaca o excesso de aditivos. "Sal, açúcar e gordura têm ação conservante e são adicionados aos alimentos para manter o tempo na prateleira. Já o leite UHT não tem bactéria alguma, apesar delas serem importantes para o nosso organismo. Sempre digo que comida boa é aquela que estraga", brinca, esclarecendo que a comida é "viva" e passa por um ciclo até ficar imprópria para consumo.

Outra preocupação é que o consumo de alimentos processados cria um paladar "viciado" em açúcar e sal, apesar da Organização Mundial de Saúde recomendar o consumo moderado destas substâncias. "Suco de caixa ou achocolatado são excessivamente doces e deixam as crianças acostumadas com esse sabor", exemplifica. Aditivos como corantes e conservantes também podem ser nocivos. "O consumo exagerado pode estar relacionado com câncer, alergias, gastrites, problemas intestinais e circulatórios", avisa.

Por entender que não dá para cortar todos os industrializados da mesa, Valéria ensina a ler o rótulo dos produtos e tentar evitar aqueles cuja lista de ingredientes contém muitos itens que não reconhecemos como "comida". "Pão integral industrializado, por exemplo, tem muitos aditivos", diz.

A dica para incorporar "comida de verdade" à mesa é se organizar para preparar os alimentos em casa no dia a dia. "Não funciona fazer tudo no fim de semana, pois a pessoa vai ficar cansada e desistir", acredita. Começar preparando molho de tomate, geleia, pão, bolo e bolacha são as dicas de Valéria para quem quer comer melhor. "Quem consome alimentos saudáveis regularmente é claro que pode comer 'porcarias' eventualmente. O que não pode é acumular resíduos que o corpo não reconhece. O que diferencia o remédio do veneno é a dose", cita.

Produtos naturais

A infância e adolescência vividas em Santa Catarina deixaram a fotógrafa Michele de Melo "mal acostumada" com as comidas caseiras preparadas pela mãe. Na cidade natal, a família sempre comprou leite, manteiga e ovos de produtores locais, assim como verduras, frutas e legumes consumidos no dia a dia. Muita coisa também era cultivada na horta que a mãe mantinha em casa e até os remédios eram preferencialmente caseiros. Por isso, quando se mudou para Londrina para estudar, Michele não se adaptou ao hábito de comer em restaurantes ou mesmo consumir produtos industrializados.

"Comecei a trazer os produtos de Santa Catarina e fui aprendendo as receitas da minha mãe. Hoje preparo quase tudo o que consumo", conta ela, que sempre dá preferência a alimentos comprados de produtores locais. "Não me acostumo com o sabor muito doce ou muito salgado dos alimentos prontos."

Entusiasta dos doces, ela sempre prepara as receitas com açúcar demerara orgânico e aromatiza com favas de baunilha para não exagerar no açúcar. Leite condensado, uma unanimidade da confeitaria brasileira, não entra na cozinha de Michele. "Acho muito doce. Prefiro passar horas dando o ponto no creme feito com leite e açúcar", conta. Alfajor e pão de mel são as especialidades da fotógrafa, que usa mel comprado direto do produtor e doce de leite argentino. "Só não faço doce de leite caseiro porque ainda não conheço produtores de leite em Londrina. Mas não como os que vêm em potes e nunca fiz brigadeiro", revela ela, que também dá preferência para o trigo integral nas massas. "Faço meu próprio macarrão, mas quando não dá tempo, compro integral", ensina.

As especialidades de Michele podem ser conferidas no instagram "Cozinha da quinta", onde ela posta fotos das receitas. "Adoro cozinhar e fotografar", destaca ela, que considera a cozinha uma "terapia". "Agora estou tentando criar meu próprio fermento para fazer pão, mas o clima não está ajudando."

Os resultados dos bons hábitos alimentares são sentidos no prazer de comer comidas sempre frescas e também na saúde. "Meu pai sempre diz que a boa alimentação melhora a imunidade. Acredito que seja verdade, pois quase nunca fico doente."



Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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