segunda-feira, 25 de setembro de 2017

OS 10 PIORES INGREDIENTES QUE VOCÊ NUNCA DEVERIA COMER NOVAMENTE

Fonte: Yogui.Co

Você sabia que 90% dos produtos que vemos nas prateleiras do supermercado são carregados de ingredientes processados?

A dura realidade é que estes ingredientes estão nos causando diversas doenças modernasque antes não existiam e nos matando a cada mordida.

Eles são viciantes e geralmente mascarados com uma série de publicidades criativas, mas enganosas.

No entanto, há um fato surpreendente sobre a nossa saúde, que esquecemos de vez em quando.

Todos nós temos o poder de escolher os alimentos que vamos colocar em nossos corpos. É um fato simples e poderoso, mas que precisamos relembrar antes de jogar algo para dentro.

Imagine que seu corpo é um templo sagrado, você deve ver e analisar claramente o que entra pelas portas deste templo.

É difícil? Sim, é.

Porque necessita-se muita disciplina para analisar quais ingredientes contém naquele alimento.

Quando você entra no supermercado e vê uma comida que tem duração de 1 ano por exemplo, algo está errado, como um alimento pode ter validade de 1 ano, 2 anos?

É possível se ele for bombardeado de conservantes e diversos ingredientes químicos para manter sua bela aparência.

Veja a lista dos 10 piores ingredientes para sua saúde.

Você sabe a quantidade de açúcar que tem nos achocolatados em pó?


O açúcar está no topo da pirâmide alimentar o que significa que seu consumo deve ser reduzido. Uma colher de chocolate em pó pode atingir o limite diário de consumo de açúcar de uma criança

Fonte: UAI

por Valéria Mendes 25/03/2014 



Não é segredo. A informação está na embalagem e a constatação no fundo do copo. Quem nunca terminou de tomar um leite com achocolatado e notou a sobra de açúcar? Mas será que o consumidor tem a exata noção do excesso de sacarose nesse produto alimentício? Em tempos de redes sociais, nada é perdoado. E com o avanço da obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros, a mobilização também é crescente. O movimento Infância Livre de Consumismo publicou na internet imagens que desvendam a quantidade de açúcar presente no alimento e assustou muita gente.

Resultado da pesquisa 'Marcas Líderes de Vendas Nielsen/SuperHiper' da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de 2014 revela que o Nescau/Nestlé é o mais vendido seguido do Toddy/Pepsico. Na sequência, aparecem o Ovomaltine/AB Foods, Nesquik/Nestlé e Santa Amália/Santa Amália. Seguindo o critério de marcas mais vendidas no Brasil, o Saúde Plena mostra a quantidade de açúcar presente em cada um dos produtos da categoria achocolatados.

Para se ter uma ideia, 75% dos componentes de uma embalagem de Nescau são açúcares. Na de Toddy, o percentual é de 90% Veja gráfico:



A escolha de alimentos é livre e nenhum especialista em criança quer cercear esse direito. O que se faz necessário em tempos de epidemia de obesidade, como vem alertado a Organização Mundial de Saúde (OMS), é informação para que a decisão seja consciente. A nutricionista Cláudia Guimarães, que trabalha com educação e reeducação alimentar há 18 anos, faz um primeiro alerta: “Assim como o café, o achocolatado também diminui a absorção do cálcio”. Para ela, a presença desse pó nas mamadeiras e copos de meninos e meninas é um hábito familiar que vem sido passado de geração a geração. Além disso, funciona, em muitas situações, como um facilitador para que a criança tome o leite “exatamente pelo sabor bastante adocicado”, diz Cláudia. A nutricionista sequer considera o produto industrializado como um alimento. “É algo que dá sabor, mas como tem indicação de energia, as pessoas acham que é bom. Mas qual energia? O açúcar simples que está no topo da pirâmide alimentar”, responde a própria especialista.

Pirâmide alimentar é um gráfico que distribui os grupos alimentares e as proporções que cada um deles deve ser ingerido e serve como um roteiro para uma alimentação saudável. “O açúcar está no topo e o espaço desse topo é reduzido. Isso quer dizer que o consumo deve ser reduzido”, explica Cláudia.


A nutricionista Karine Durães diz o açúcar branco não é necessário na vida da criança antes dos 2 anos. Acima dessa idade, o ideal é que esse carboidrato venha de outras fontes como cereais, tubérculos e frutas. Arte: Soraia Piva

Nutricionista especializada em pediatria, Karine Durães concorda. “O achocolatado é dispensável por conta do excesso de açúcar. A sacarose ou o açúcar branco não são necessários na vida da criança. Esse carboidrato simples, de alto índice glicêmico, não tem nutrientes. O ideal é que esse carboidrato viesse de outras fontes como cereais, tubérculos e frutas”, recomenda. A especialista lembra ainda que o excesso de consumo de açúcar predispõe a criança a doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e obesidade. “Para proteger a criança, o consumo de açúcar deve ser limitado. Acontece que uma colher de achocolatado muitas vezes já é o máximo de açúcar que a criança deve consumir durante o dia”, explica. Para piorar, de acordo com ela, o açúcar está presente também em outros alimentos consumidos diariamente pelos pequenos como bisnaguinhas, biscoitos, doces, alguns molhos de tomate, sucos industrializados. Ou seja, em apenas uma refeição como o café da manhã, por exemplo, é muito provável que meninos e meninas estejam ingerindo açúcar em porções superiores às que precisam.


Karine Durães, nutricionista: "O excesso de consumo de açúcar predispõe a criança a doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e obesidade" (foto: Arquivo Pessoal )Karine observa, no entanto, que algum açúcar pode sim, ser consumido por crianças maiores de 2 anos. “Mas é necessário escolher o açúcar que essa criança irá consumir. Se optar por tomar achocolatado uma vez ao dia, não cabe mais açúcar na dieta dessa criança. A pirâmide alimentar infantil sugere até uma porção ao dia, que representa uma colher de açúcar refinado”, reforça.

Cláudia Guimarães acredita que a facilidade pode ser também uma das razões para as famílias optarem pelo achocolatado no leite das crianças. “Pensar a saúde da criança significa ir além da praticidade. Será que esse pai ou essa mãe pararam para pensar ou estão repetindo um hábito? Nutricionalmente, o achocolatado não é interessante por causa da quantidade de açúcar. Além disso, as crianças ficam habituadas a sabores muito doces”, alerta.

Vice-presidente do Comitê de Nutrologia da Sociedade Mineira de Pediatra, Joel Alves Lamounier explica que o gosto adocicado é algo que o ser humano tem mais predileção. “Nossa cultura valoriza muito o açúcar. O costume de alimentos muito adocicados é um hábito e deveria ser combatido desde a infância. Mas para que isso aconteça, precisa-se também da ajuda dos pais em mudar os seus próprios hábitos e reduzir a quantidade de alimentos doces ou de açúcar nos alimentos”, diz. Para ele, a informação seria uma das formas para provocar mudanças.

O pediatra afirma que os achocolatados não são exclusividade do cardápio das crianças. “As características sensoriais e nutricionais do produto, assim como a conveniência e praticidade, fazem com que o alimento seja bem aceito”, pondera. Lamounier ressalta, entretanto que “na apresentação mais simples, o achocolatado contém cerca de 70% de sacarose ou de outros açúcares e cerca de 30% de cacau em pó. Outros ingredientes típicos usados na formulação de achocolatados comerciais incluem extrato de malte, açúcar e glicose, vitaminas e sais minerais como suplementos. A fortificação de achocolatados com sais de ferro vem sendo realizada com o intuito de diminuir o índice de anemia. Eles são consumidos por pessoas de todas as idades e no rótulo dos produtos estão descritas as quantidades dos nutrientes que compõem os achocolatados”, alerta.

No caso específico das crianças, o especialista aponta o impacto do excesso de açúcar na alimentação de meninos e meninas. “Podemos começar pelas cáries dentárias, fato já bastante comprovado. O excesso de açúcar pode levar ao excesso de peso, pois no metabolismo se transforma em gordura”, enumera. Além disso, o pediatra reforça que o consumo exagerado açúcar pode desencadear o diabetes. “Neste caso, cuidado maior devem ser tomados em casos de história de diabetes na família”, fala.
Cláudia Guimarães, nutricionista: "Pensar a saúde da criança significa ir além da praticidade" (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)Quero mudarA mudança de hábito alimentar não é uma tarefa fácil. Se não é para os adultos, imagine para os pequenos. Culinarista infantil, estudante de gastronomia e mãe de Eduardo, de 3 anos, Thais Ventura é autora do blog ‘As delícias do Dudu’. Foi um texto dela que gerou a mobilização do Infância Livre de Consumismo para alertar pais e mães sobre a quantidade de açúcar presente nos achocolatados. Ela acredita que muitas famílias têm no leite o refúgio da boa alimentação infantil, mas lembra que existem crianças com alergia ao alimento que crescem saudáveis. “O leite não pode ser o principal alimento de uma criança depois de um ano de idade. O cálcio é um nutriente que não pode faltar para a criança, mas existe uma infinidade de alimentos que podem suprir essa necessidade diária”.

Uma dica que ela dá para os casos das crianças que já se acostumaram com o leite com o chocolate em pó é tentar o caminho reverso. “A família pode começar com o cacau em pó para manter a cor da bebida e acrescentar açúcar mascavo. Com o tempo, vai diminuindo a quantidade de açúcar até que o paladar da criança se acostume”, indica.

Cláudia Guimarães sugere o leite batido com fruta. “É rico em fibra e sais minerais”, afirma. A nutricionista diz que os pais podem começar com uma brincadeira associando a cor da fruta com o resultado do leite batido para entusiasmar meninos e meninas para a mudança.

O pediatra Joel Alves Lamounier afirma que o leite é uma das melhores fontes de cálcio que a criança tem na alimentação. “Sua importância está principalmente na formação de ossos e dentes, além de outras funções no organismo”.

Outras fontes de cálcio
Vale lembrar ainda que o leite não é o único alimento rico em cálcio. “Iogurtes, queijos, algumas verduras verde-escuras, gergelim, coentro, peixes, crustáceos e bebidas vegetais fortificadas também são ricos em cálcio”, enumera Karine Durães.

Lamounier cita o brócolis, espinafre, agrião. Entre os peixes, salmão, bacalhau e sardinha também são ricos em cálcio, além dos cereais e dos próprios derivados de leite. “É importante lembrar que a vitamina D exerce papel fundamental na fixação do cálcio nos tecidos duros e a principal fonte de vitamina D é o sol, pelo menos 15 minutos diariamente. Mas alimentos como ovos, óleos vegetais, manteiga e vísceras animais também contêm a vitamina. A absorção do cálcio pode ser prejudicada pela presença de fibras na dieta e deve ser evitado cafeína e proteína em excesso”, completa.

Segundo o pediatra, a Academia Americana de Pediatria passou a recomendar maiores quantidades de cálcio de acordo com as faixas etárias (veja tabela). “É importante lembrar também que o cálcio está relacionado com a osteoporose, e, portanto, a preocupação de uma boa ingestão desse nutriente na alimentação”, informa.

O Ministério da Saúde recomenda o consumo de 1.000 miligramas de cálcio ao dia para adultos e de 700 miligramas para crianças de 7 a 10 anos, segundo Lamounier. Para as mulheres que já passaram pela menopausa, o consumo deve ser de 1.300 miligramas por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A ingestão do mineral também deve ser aumentada no crescimento, durante a gravidez e no período da lactação”, diz o especialista.
O leite não é o único alimento rico em cálcio.

Atenção na hora de escolher o leite
Outra preocupação que as famílias precisam ter é na hora de escolher o leite. “Sugiro o consumo de leite tipo A, que tem uma cadeia de processo mais controlada, portanto, mais passível de ser livre de contaminação”, indica Karine Durães. Cláudia Guimarães recomenda também o leite de soja suplementado.

E uma última dica: trocar o leite com achocolatado por iogurte de morango não resolve. “Iogurtes prontos já são adoçados. O ideal é o iogurte natural batido com fruta”, afirma Karina Durães. Além disso, Cláudia Guimarães reforça que o iogurte de boa qualidade que tem lactobacilos ajuda ainda a equilibrar a flora intestinal.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Uma de cada cinco mortes no mundo é associada à má alimentação

Fonte: DC
15/09/2017- 08h54min


Uma de cada cinco mortes no mundo está associada à má alimentação, e o câncer mata mais agora do que há 10 anos, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira (15), que comemora, por outro lado, a maior expectativa de vida já registrada.

Nos últimos quase 50 anos, a expectativa de vida de ambos os sexos aumentou 14 anos, de 58,4 para 72,5. Para as mulheres, chega a 75,3 anos, e para os homens, a 69,8, segundo este panorama mundial da saúde de 2016, publicado na revista médica The Lancet.

Na América Latina e no Caribe, a expectativa de vida para as mulheres é de 78,9 anos, e a dos homens de 72,8. O estudo destaca o caso do Peru que, com uma longevidade feminina de 81,6 anos e masculina de 77,8, "registrou um aumento acima do se esperaria tendo em conta seu nível de desenvolvimento".

- O caso "exemplar" do Peru -

Peru, Portugal, Etiópia, Nepal, Maldivas e Níger são casos "exemplares" e deveriam fornecer "informações sobre suas exitosas políticas" de saúde, sugere o estudo, coordenado pelo Instituto de Avaliação e Medição de Saúde (IHME, em inglês) da Universidade de Washington.

Os autores destacam outras boas notícias: as mortes de crianças menores de cinco anos somaram pela primeira vez menos de cinco milhões em 2016, em comparação com 16,4 milhões em 1970.

As mortes por doenças infecciosas também diminuíram, exceto no caso da dengue, que causou 37.800 falecimentos no ano passado, um aumento de 81,8% desde 2006.

As mortes por aids diminuíram 45,8% nesse período, com 1,03 milhão de pessoas em 2016, enquanto a tuberculose tirou a vida de 1,21 milhão de pessoas (-20,9%).

No ano passado, houve cerca de 55 milhões de falecimentos e 129 milhões de nascimentos, com um balanço positivo de 74 milhões de pessoas adicionais no planeta.

- 7,1 milhões de mortes por tabaco -


Mas o estudo apresenta também dados preocupantes: 72% das mortes se devem a doenças não transmissíveis, principalmente cardiovasculares, exceto nos países pobres, onde a principal causa de morte são as infecções respiratórias.

O diabetes matou 1,43 milhão de pessoas no ano passado, um aumento de 31% em uma década, e o câncer, com quase nove milhões de mortes, também foi 17% mais mortífero, sendo o de pulmão o mais comum.

Um total de 7,1 milhões de mortes foram atribuídas ao tabaco.

A má alimentação, particularmente a que é pobre em alimentos saudáveis como cereais, frutas, verduras, frutos secos e peixes, ou a que contém sal em excesso, está relacionada com cerca de 10 milhões de óbitos, 18,8% do total.

"Entre todas as formas de desnutrição, os maus hábitos alimentares representam o maior fator de risco de mortalidade", segundo o estudo.

- Transtornos mentais, drogas e álcool -

Um total de 1,1 bilhão de pessoas, ou seja, mais de um sexto da população mundial, são afetadas por transtornos mentais ou sofrem com as consequências do abuso de álcool e de drogas.

Os grandes transtornos depressivos estão entre as 10 principais doenças na maioria dos 195 países estudados.

A população global com Alzheimer ou Parkinson totalizou 2,6 milhões no ano passado, um salto de mais de 40% em 10 anos.

O álcool e as drogas foram responsáveis por 320.000 mortes.

As mortes por conflitos e terrorismo - especialmente no Oriente Médio e no norte da África -, ultrapassaram a marca de 150.000 em 2016, um aumento de 140% em relação a 10 anos antes.

"Enfrentamos uma tríade de problemas que afetam muitos países e comunidades: a obesidade, os conflitos e as doenças mentais, incluindo os transtornos por abuso de substâncias", resumiu Christopher Murrray, diretor do IHME.

- Mortes evitáveis por hepatite -

O estudo ressalta, ainda, as mortes por hepatite viral, que matou 1,34 milhão de pessoas no ano passado, um aumento de 22% em relação ao ano 2000, segundo a Organização Mundial da Saúde.

"As mortes por hepatite podem ser evitadas", disse Raquel Peck, da Aliança Mundial de Hepatite, apontando como um dos principais problemas o fato de que apenas 5% dos afetados por esta doença são conscientes disso.

Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina encontrou soja e milho em metade dos produtos analisados. Contrariando a lei, nenhum deles indicava presença de componentes geneticamente modificados

Fonte: SEARADIONAOTOCA
por Cida de Oliveira, da RBA publicado 15/09/2017 


ARQUIVO/EBC


Presença de transgênicos é omitida pela indústria de alimentos. Peito de peru e patês foram os itens com maior concentração de derivados de soja e milho




Brasília – Metade das carnes e derivados contém em sua composição ingredientes transgênicos e o consumidor nem desconfia. É o que sugere uma pesquisa do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgada durante o Agroecologia 2017 – 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno


Dos 496 produtos analisados, 49,2% continham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho. A maior concentração foi encontrada nos subgrupos de peito de peru e patês. A proteína de soja, detectado em 217 alimentos do grupo (43,7%), foi o ingrediente mais usado. (43,7%), seguido do amido de milho, que estava em 27 itens (5,4%).
Do total, 209 alimentos continham ingredientes derivados de soja, 18 deles continham derivados de milho e outros 21, derivados de ambos.
Os ingredientes derivados de milho e soja identificados na tabela dos rótulos destes alimentos são a proteína de soja, o amido de milho, lecitina de soja, óleo de milho, farinha de soja, farinha de milho, óleo de soja, xarope de milho, molho de soja e dextrose de milho.

As lavouras brasileiras de soja e milho são, em sua maioria, geneticamente modificadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os organismos geneticamente modificados (OGM) estão cada vez mais presentes na alimentação da população mundial, seja como alimento ou como ingrediente de alimentos industrializados.

O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.

"Tais cultivos dão origem a subprodutos que são utilizados pela indústria alimentícia como constituintes de muitos alimentos. Considerando a crescente produção de alimentos transgênicos no Brasil, presume-se uma grande possibilidade de que os ingredientes derivados de milho e soja, presentes nesses produtos, também sejam transgênicos", afirmou a professora da UFSC e líder da pesquisa, Suzi Barletto Cavalli.

REPRODUÇÃO

94% da soja e 85% do milho cultivados no Brasil são transgênicosMais agrotóxicos
Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo "T" referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.

Origem
Foram considerados subprodutos de soja e milho aqueles ingredientes que continham a determinação da origem, como óleo de milho, proteína de soja. Ingredientes como óleo vegetal ou amido não foram considerados, se não contivessem essa especificação. Também foi analisada a frequência dos ingredientes, com o intuito de verificar quais ingredientes derivados de soja e/ou milho estavam entre os mais frequentes nos alimentos analisados.

Do total de carnes e preparações à base de carnes analisadas, 49,2% traziam em sua composição pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho, sendo que a maioria dos subgrupos apresentava mais da metade dos alimentos com esses componentes.
Em apenas dois subgrupos (caviar e charque) não havia nenhum alimento contendo ingredientes derivados de soja e/ou milho. Os subgrupos que continham mais alimentos com ingredientes passíveis de serem transgênicos foram os subgrupos 13 – peito de peru; 14 – patês; 11 – preparações de carnes com farinhas ou empanadas e 1 – almôndegas a base de carnes.

Os achados são semelhantes aos de estudos internacionais e nacionais, que demonstraram a utilização de proteína de soja pela indústria alimentícia como um ingrediente em produtos processados à base de carne.

No caso de carnes e preparações à base de carnes, as proteínas de soja são amplamente utilizadas por suas propriedades de ligação de água, ligação de gordura, textura e capacidade emulsionante, além das características organolépticas como aparência, firmeza e corte.

No estudo catarinense, nenhum dos alimentos analisados continha identificação da presença de transgênicos no rótulo. Contudo, estudos brasileiros identificaram a presença de soja e milho em diversos alimentos, incluindo carne processada e produtos à base de soja em quantidade superior a 1% sem, no entanto, declarar a presença de transgênicos no rótulo, conforme a legislação de rotulagem

"Assim, considerando que 94% da soja e 85% do milho cultivados no país são transgênicos, é provável que os ingredientes derivados de soja e milho identificados no presente estudo também o sejam", disse Suzi Cavalli.

Segundo ela, esses resultados são preocupantes porque, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, 24,5% da quantidade per capita média diária de consumo da população brasileira são provenientes de produtos de origem animal, incluindo carnes, leite e derivados e ovos.

Além da grande quantidade de ingredientes possivelmente transgênicos adicionados pela indústria alimentícia em carnes e preparações a base de carnes, animais alimentados com ração produzida com milho e/ou soja transgênicas também podem constituir fonte de transgênicos na alimentação humana.

Outro lado
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informou à redação, por meio de nota, que é bastante clara quanto a esse tema e recomenda às suas associadas o pleno cumprimento do Decreto 4.680/03, que determina a rotulagem de alimento ou ingrediente alimentício com a presença de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). 

E que nos casos em que houver comprovação efetiva de desacordo com a legislação vigente estarão sujeitos às penalidades aplicadas pelas autoridades competentes.

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde

Fonte UAI - por Lilian Monteiro 18/09/2017 10:00



Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde
Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos.

Falta de tempo, salada é sem graça, arroz integral é seco, produto orgânico é caro (e tem razão!), o cansaço torna mais rápido e prático comer qualquer coisa do fast food do que preparar a própria refeição ou lanche, só hoje... E você, qual a sua desculpa? Ahh, alimentos sugeridos por médicos e nutricionistas são caros, não têm sabor, difíceis de ter no dia a dia... Será? A lista é mesmo enorme e cada um tem a sua, defende como pode.

Mas Aline Penedo, nutricionista consultora do supermercado Verdemar, pós-graduada em nutrição clínica funcional e em nutrição esportiva funcional, faz uma provocação: 

“A primeira pergunta que me vem à cabeça é: 'Você quer ter uma vida longa e saudável?'. Se a pessoa falar que sim, eu diria que a primeira atitude a tomar é estar aberta para novas experiências. Ou seja, ter o desejo de se alimentar bem, ter curiosidade de provar novos sabores, testar diferentes formas de preparo daquele alimento que ela não gostava, utilizar ferramentas que temos na cozinha, como os temperos, que são capazes de trazer um sabor especial à comida”.

Outra questão a se pensar é se programar para se alimentar bem – preparar 'marmitas' para levar para a escola ou trabalho, evitando o consumo de alimentos indesejados para aquele momento. “Com relação aos produtos orgânicos, procure comprar alimentos da safra, já que assim eles costumam ter o preço mais acessível. No caso das frutas, é possível comprá-las quando estiverem com o preço melhor e congelar, para posteriormente preparar um suco. Em suma, quem quer mudar precisa de foco e disciplina, assim tudo fica mais fácil e logo os novos hábitos alimentares se tornam parte da rotina.”

Aline Penedo propõe caminhos para que o brasileiro volte a comer comida de verdade, que vença a luta contra a obesidade e todas as consequências ruins de uma alimentação de baixa qualidade. “O governo deve atuar em mídias de grande alcance, como a TV, rádio e internet, e incentivar a população a consumir alimentos saudáveis e com grande valor nutricional. Ações em creches, escolas e universidades contribuem para disseminar informações sobre a alimentação. Contratar nutricionistas e introduzir nas escolas uma matéria obrigatória sobre alimentação saudável e nutrição é uma maneira de resgatar os bons hábitos alimentares”, diz.

RÓTULOS NUTRICIONAIS

Para a nutricionista, evitar o consumo de alimentos industrializados e priorizar os alimentos vindos do hortifrúti ou colhidos na fazenda é uma das melhores alternativas para a população reduzir os industrializados. “Alimentos embutidos, enlatados, sucos em pó, refrigerantes, biscoitos, pães e bolos de maneira geral devem ser substituídos por alimentos saudáveis, como os integrais, frutas, oleaginosas, carnes magras, leguminosas e hortaliças. E se, mesmo assim, a pessoa procurar por um alimento industrializado, é importante se habituar a ler os rótulos nutricionais, que vão mostrar se aquele alimento é considerado saudável ou não - já que atualmente é possível encontrar alimentos saudáveis nas gôndolas dos supermercados. Inclusive, esse é um setor que vem crescendo e tomando cada vez mais seu espaço no mercado - o setor 'Bem-Estar' - onde você encontra alimentos nutricionalmente adequados para consumo.” 

"O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta" - Aline Penedo, nutricionista (foto: Arquivo Pessoal )

Difícil de acreditar (ou melhor, aceitar) que o brasileiro, vivendo num país tropical, com variedade de frutas, simplesmente não consome o mínimo suficiente para sua saúde. “O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta. A população deve ser conscientizada de que cuidar da saúde agora é muito melhor que tratar das doenças crônicas no futuro e depender de medicamentos de uso contínuo. O 'agora' é um investimento para o futuro e agir na prevenção é a melhor forma de se ter uma longevidade saudável”, alerta a nutricionista.

Quanto ao compromisso assinado em maio pelo Brasil, o Década de Ação em Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra (Suíça), traz esperança a Aline Toledo. Entre as metas buscadas (deter o crescimento da obesidade, aumentar o consumo de adultos de hortaliças e frutas, e diminuir a ingestão de refrigerante e sucos artificiais), a nutricionista afirma que é preciso o governo ter foco e total atenção na área da saúde, fornecendo recursos para que essas metas sejam alcançadas.

“Uma das ações que considero mais importantes é o incentivo ao pequeno produtor agrícola por meio da redução de impostos e subsídios para a aquisição de ferramentas para o plantio e colheita dos alimentos. Dessa maneira, deve-se estimular as famílias a comprar esses produtos para que eles façam parte da rotina da casa - tais como frutas, legumes e hortaliças em geral. Essa é uma maneira fácil de fazer com que todos tenham acesso a alimentos frescos e saudáveis, independentemente do local onde moram. Além disso, tem toda a questão da geração de empregos e renda para as famílias com menor condição financeira.”

MUDANÇA

Para Aline Penedo, um dos aspectos que devem ser trabalhados é o acesso à informação, já que muitas vezes as pessoas consomem os alimentos industrializados de maneira exagerada, sem medir as consequências, e por achar que eles são mais baratos que os naturais. Palestras de nutrição e alimentação saudável são importantes para que seja criada uma consciência a respeito. “E quando falamos em atitudes para 'atacar' essas três áreas, é necessário pensar na fonte da mudança que esperamos - as crianças. Durante os primeiros anos de vida, a criança forma o seu paladar e é nesse momento que ela solidifica os hábitos alimentares que levará para o resto da vida. Os pais têm papel fundamental, então toda a família deve estar envolvida nesse processo. Aliado à família, o governo deve fornecer alimentos saudáveis e indicados para consumo nas creches, onde, muitas vezes, a criança fica em tempo integral e faz ali todas as suas refeições. Os cozinheiros também devem ser treinados para o preparo desses alimentos, e os professores devem incentivar e acompanhar o momento da refeição.”
(foto: Yoorin/Divulgação) Palavra de especialista - Yuji Ieiri, agrônomo

Responsabilidade social e ambiental

“Com relação à nutrição das plantas, para que cresçam, se desenvolvam e produzam frutos saudáveis, garantindo boa produtividade e alta qualidade, são essenciais os nutrientes e minerais. Os elementos minerais são classificados em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. O primeiro é exigido em grandes quantidades e englobam o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já os micronutrientes são exigidos em menores quantidades, mas são tão importantes quanto os principais, e contemplam o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco. Outros elementos, como cobalto, selênio e silício são considerados nutrientes benéficos. O bom funcionamento e desenvolvimento do organismo é resultado de uma alimentação balanceada, com quantidade adequada de vitaminas e minerais. As boas escolhas também envolvem estar atento à forma como esses alimentos são produzidos e à sustentabilidade do processo produtivo. Dessa forma, o desenvolvimento de fertilizantes não químicos e com produção ecologicamente correta, que asseguram longevidade ao solo e contribuem para uma agricultura sustentável e de grande capacidade produtiva, são mais assertivos para lavouras focadas na qualidade e, acima de tudo, na responsabilidade social e ambiental.”

Canal com o cidadão

Está à disposição da população, no endereço www.saude.gov.br/saudebrasil, um canal exclusivo de informação sobre promoção à saúde voltada ao cidadão. Com foco em quatro pilares - “Eu quero parar de fumar”, “Eu quero ter um peso saudável”, “Eu quero me exercitar” e “Eu quero me alimentar melhor” -, a ferramenta reúne conteúdos, serviços e a voz de especialistas para apoiar a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. A plataforma é dinâmica e conta até com as sugestões da população, que poderá usar um canal feito especialmente para se manifestar, narrar suas histórias de superação e mostrar que é possível se tornar mais saudável.

Aplicativo mostra as feiras de orgânicos mais próximas à clientela

Fonte: Gazeta do Povo
19/09/2017

Mapa interativo, que tem cadastradas feiras de todo o país, permite achar o ponto de venda mais perto do cliente; ferramenta torna os orgânicos mais acessíveis

Daniel Castellano /AGP

Segundo o Idec, um levantamento realizado em 2016 constatou que uma cesta de produtos orgânicos é, em média, 50% mais barata nas feiras do que nos supermercados.

Quem quiser conhecer mais sobre os alimentos orgânicos tem agora a chance na palma da mão. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumir (Idec) fez melhorias no aplicativo “Mapa de Feiras Orgânicas”, que existe desde 2012 e é voltando para que os consumidores possam ter acesso aos orgânicos por um preço mais acessível.

A novidade agora é que, além dos pontos de venda, o cliente encontra receitas e uma biblioteca com informações detalhadas sobre agroecologia e produção orgânica.
Feira de smartphone

São quase 650 pontos de comercialização de orgânicos e agroecológicos cadastrados em todo o país. O aplicativo, cujo mapa também está disponível no site do Idec, oferece as melhores escolhas, encurtando o caminho entre o agricultor familiar e o consumidor, tornando mais barato na banca e mais lucrativo para o produtor.

Todos os pontos são identificados com a ajuda da geolocalização no site, que é colaborativo. É possível, ainda, traçar rotas para chegar ao local escolhido.

São quase 650 pontos de comercialização de orgânicos e agroecológicos cadastrados em todo o país.

“Quando o Mapa foi criado, havia cerca de 100 feiras cadastradas no Brasil. Cinco anos depois, já são cerca de 500 feiras disponíveis, o que demonstra o crescente interesse da população por produtos orgânicos e a importância de aprimorar a ferramenta”, avalia Mariana Garcia, nutricionista e pesquisadora do Idec.

Mariana destaca que o Mapa de Feiras é uma forma de criar relações mais próximas e saudáveis entre os consumidores e agricultores e estimular a economia local. “Para que as informações se mantenham atualizadas e corretas, é importante que os usuários participem e enviem informações sobre novas feiras, mudança de local ou horário”, acrescenta.

Orgânicos, mas salgados

Segundo o Idec, um levantamento realizado em 2016 em diversos comércios do Brasil constatou que uma cesta de produtos orgânicos é, em média, 50% mais barata nas feiras do que nos supermercados. 

Em outra pesquisa mais antiga, realizada pelo Idec em 2012, a diferença verificada foi ainda maior: um mesmo produto custava até 430% mais no supermercado do que nas feiras especializadas. “O Mapa de Feiras Orgânicas surgiu dessa necessidade e é por isso que ele continua sendo importante: para mostrar que o consumo de orgânicos pode ser, sim, barato e de fácil acesso”, conclui a nutricionista.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Nutricionista do Hospital de Évora integra Grupo Interministerial sobre alimentação saudável nos hospitais

Fonte: Radio Campanário


A nutricionista Graça Raimundo, responsável pelo serviço de Nutrição e Dietética do Hospital do Espirito Santo de Évora, integra a partir de agora um Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração de uma estratégia integrada para a promoção da alimentação saudável, que visa garantir o fornecimento de uma alimentação nutricionalmente adequada.

Segundo a informação que a Rádio Campanário recolheu, o Conselho de Ministros criou, em junho de 2017, um Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração de uma estratégia integrada para a promoção da alimentação saudável, que visa garantir o fornecimento de uma alimentação nutricionalmente adequada, contribuindo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados nas entidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Graça Raimundo, nutricionista e responsável pelo serviço de Nutrição e Dietética do HESE,EPE, que acumula atualmente o cargo de vice-presidente da Direção da Ordem dos Nutricionistas, foi convidada pelos seus conhecimentos técnicos e científicos, pela sua dedicação e experiência profissional, a integrar o Grupo de Trabalho, que tem como objetivo assegurar uma alimentação equilibrada no SNS.

Este grupo de trabalho deverá apresentar ao fim de 180 dias uma estratégia de uniformização das dietas hospitalares de forma a garantir o fornecimento de refeições nutricionalmente mais adequadas, e assim assegurar a qualidade dos cuidados de saúde prestados ao Cidadão.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A fazenda em Nova York que doa 100% dos alimentos orgânicos que produz àqueles que têm fome

Em Ambiente
21 ago 2017



Com pouco mais de 16 hectares, uma fazenda orgânica localizada em Nova York, nos EUA, doa 100% dos alimentos que produz para bancos de alimentos do Estado norte-americano – incluindo ovos e carnes provenientes de animais locais, que vivem livremente no espaço. Batizada de Sky High Farm, a fazenda pertence ao artista Dan Colen, que encontrou no local seu refúgio para viver longe do caos das grandes cidades.

O espaço existe desde 2011 com o objetivo de oferecer – na medida do possível – segurança alimentar para a região. A ideia é que esses alimentos sejam colocados na mesa de quem realmente precisa, garantindo comida de qualidade para famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Mais de 50% do local é utilizado para criação de animais e aproximadamente um hectare é dedicado ao cultivo orgânico de vegetais. No momento, a fazenda está trabalhando para a sua 15ª colheita “do bem”, o que representa 36 mil refeições de qualidade para quem precisa. No total, a iniciativa já doou mais de 10 toneladas de carne orgânica.

A fazenda foi elaborada pelo estúdio Berman Horn, que desenvolveu o espaço em formato de L para que fosse capaz de abrigar animais, quando necessário, e também de ser usado como centro de colheita.





quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Inseticida que contaminou ovos é descoberto em dezenas de alimentos na França

Fonte: RFI
Publicado em 15-08-2017 Modificado em 15-08-2017 em 14:42


REUTERS/Hannibal Hanschke/Illustration Photo

Mesmo após o escândalo, jornal francês escreve que 250 mil ovos contaminados foram vendidos por supermercados da França na semana passada.

O jornal Aujourd'hui en France publica uma reportagem especial nesta terça-feira (15) na qual revela que o escândalo dos ovos contaminados pelo inseticida fipronil na Europa vai além do que se imaginava: traços da substância foram encontrados em dezenas de outros produtos, como bolos, massas, biscoitos e pratos pré-cozidos. O Ministério da Agricultura promete revelar a lista destes alimentos nos próximos dias.

"A interminável caça aos ovos" é a manchete da matéria de capa publicada pelo jornal Aujourd'hui en France desta terça-feira. Segundo uma investigação realizada pelos jornalistas do diário, 45 toneladas de produtos derivados de ovos contaminados com o fipronil foram importados da Holanda pela França.

O jornal lembra que na origem do escândalo está a sociedade holandesa ChickFriend, especializada na desinfecção de criações de animais. Ela propunha aos criadores avícolas um tratamento especial para erradicar de forma mais eficaz as pragas nas fazendas. Comercializado sob o nome de Dega-16, a esse medicamento continha fipronil, inseticida proibido desde 2004 em vários países europeus.

Desde que o escândalo veio à tona, há pouco mais de uma semana, milhões de ovos foram retirados do mercado europeu. Para endossar o caldo, no fim da semana passada, a imprensa europeia revelou que ovos orgânicos não foram poupados. Apenas na França, 48 mil ovos contaminados com o fipronil foram vendidos pela rede se supermercados Leader Price.

Na França, as investigações visam agora determinar as quantidades de ovos contaminados que foram importados pelo país e a traçar o percurso desses produtos na cadeia agroindustrial. Segundo a reportagem do Aujourd'hui en France, na semana passada, cerca de 250 mil ovos contaminados com o fipronil foram vendidos por supermercados franceses.

Lista de produtos contaminados

As associações de consumidores estão indignadas e exigem que a lista dos novos produtos contaminados com a substância seja tornada pública o mais rápido possível. Em entrevista ao Aujourd'hui en France, o ministro francês da Agricultura, Stéphane Travert, promete não reter nenhuma informação logo que saírem os resultados sobre da lista dos novos produtos investigados.

Travert voltou a garantir que a substância, em baixas quantidades, não representa risco à saúde das pessoas. Mas, independente da baixa periculosidade, é urgente que os consumidores tenham toda a transparência necessária sobre o caso, diz Aujourd'hui en France. Para o diário, a confiança nos produtores de alimentos, autoridades sanitárias e políticas envolvidas no caso está gravamente abalada.

Difícil será reconquistar os consumidores franceses, que já estão a par que a lista de produtos contaminados é imensa e envolve um número de marcas e empresas sem precedentes, diz Rodolphe Labal, diretor do escritório agroalimentar do laboratório europeu Eurofins, em entrevista ao jornal. O temor é tamanho que a maior parte das empresas alimentícias europeias está testando seus produtos. Segundo o especialista,10% dos produtos derivados de ovos controlados na Europa até o momento contêm traços de fipronil.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Por que pressuponho a loucura?, por Gustavo Gollo

Fonte: Jornal GGN
ENVIADO POR GUSTAVO GOLLO SEX, 04/08/2017 - 14:01



Por que pressuponho a loucura?
por Gustavo Gollo


Análises, em geral, sobre qualquer tema, pressupõem que estejamos mentalmente sãos; que a humanidade, o planeta, como um todo, esteja de posse da razão e não imersa em um delírio desvairado. Quanto a mim, pressuponho o contrário: estamos todos loucos.​

O diagnóstico me parece simples e óbvio, dado que estamos levando o planeta à destruição de maneiras tão claras quanto notórias. Nossa insensatez gigantesca salta aos olhos, e se fingimos não vê-la, é por estarmos loucos. Assim, continuamos esquentando o planeta, derretendo as calotas polares que nos protegem do aquecimento solar, liberando mais metano alimentador do ciclo e agindo como se nada estivesse acontecendo, como se estando prestes a mergulhar em um precipício, continuássemos acelerando em direção a ele, tranquilamente, e isso nos parecesse normal.

Também estamos perdendo o controle sobre os transgênicos, envenenando o planeta com pesticidas e transformando o mundo em uma imensa lixeira, mas tudo isso é normal. É precisamente na normalidade, aliás, que nossa loucura se revela: quando, por exemplo, obtusamente compramos uma garrafa de água, tolice desnecessária cujas consequências durarão mil anos, na forma de uma garrafa utilizada para beber água uma única vez, coisa normal.

Estamos à beira de uma guerra apocalíptica. O poder está mudando de mãos – também fingimos não ver esse fato. Em breve, novas diretrizes se imporão. As novas regras serão consideradas inaceitáveis por todos no ocidente, até pelas pessoas comuns, acostumadas a ouvir um único e mesmo discurso, desabituadas a considerar visões de mundo diferentes da dominante, reiterada diariamente pela TV. Mas se as pessoas comuns estranharão as novas regras, os poderosos, os que sempre mandaram, os que inventaram tais regras, esses se insubordinarão, e não aceitarão seguir diretrizes que nem ao menos tentarão compreender. Aguardamos apenas a próxima crise para a deflagração do conflito. Haverá guerra.

Os poderosos não se preocuparão com o apocalipse, se proclamarão escolhidos e se enfiarão em buracos repletos de alimentos e antidepressivos onde esperarão, durante anos, pela dissipação da radiação.

Mas, por estarmos loucos, muitos apoiarão a guerra.


Franca recebe 1ª Feira de Orgânicos e Naturais

Fonte: GCN

Foto de: Divulgação

Imagem ilustrativa

Pela primeira vez em Franca, a partir de 12/08, a Feira de Orgânicos e Naturais será realizada quinzenalmente no Espaço Cultural do Shopping do Calçado, das 9 às 14 horas. Além dos alimentos orgânicos e naturais, os visitantes poderão conferir cosméticos e artesanatos. Nessa data houve também, o workshop gratuito “Salada sustentável no pote”, oferecido pelo Sesi, às 13 horas.

Cuidado! Nutróloga fala sobre os Perigos dos Óleos Transgênicos

Fonte: Portal AG1 Notícias


Muita gente troca o óleo de milho por versões que consideram mais saudáveis como de canola, soja ou algodão. A verdade é que nenhum desses é recomendado para as pessoas que querem ter uma vida mais saudável. Ao menos é o que afirma a médica especialização em nutrição, Tamara Mazaracki.

Em sua rede social a nutróloga pergunta: “você sabia que os óleos de canola, de soja, de milho e de algodão são transgênicos e passam por um processo de refino sob altas temperaturas e uso de solventes químicos cancerígenos como o hexano?”.

Para se ter uma ideia, o hexano pode causar outros problemas de saúde como doenças cardiovasculares, respiratórias e implicações dermatológicas. Além disso, a substância em grandes quantidades pode prejudicar a memória, causar dores de cabeça, náuseas e tonturas.


Essa substância é um solvente que é largamente utilizado na composição desses tipos de óleo. “O resultado é um óleo que sofre oxidação e contém gordura trans. Se quiser evitar os efeitos prejudiciais dos óleos vegetais oxidados substitua por óleos verdadeiramente saudáveis, como o azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palma ou de dendê”, aconselha a especialista.

Fonte: Remédio Caseiro

Agro, negócio?


Imagem Pixabay

Tenho pensado ultimamente como está difícil entender os caminhos da alimentação, de um lado, conceitos disputando a melhor posição: vegetariano, vegano, orgânico, sem lactose, sem carne, sem glúten, sem carboidrato, sem açúcar.... O que ganhamos? O apelido, na maioria das vezes pejorativo, de naturebas!

De outro lado, profissionais de saúde que vinculam alimentação a ser magro, ter um corpo de acordo com as exigências e os padrões ditados pela Moda . E aí vale tudo isso e mais: suplementos, jejuns, remédios, culpa, culpa, muita culpa.

Esquecem que alimento é sabor, é prazer, é nutrir, é carinho, é qualidade, é cultura. Esquecem que o corpo humano não é padrão, que isso é uma criação do marketing da beleza. Esquecem que ser magro não é sinônimo de saúde. Esquecem que comida de verdade vem da terra sim, mas que tudo pode, desde que seja com moderação, até que o paladar retorne ao seu estado natural.

Todas essas restrições e neuras, vem criando um mundo alimentício austero, insípido, sem cor e sem graça. E aí entra com todo seu esplendor “o lado negro da força” e o seu mundo cor de rosa!

As comidas industrializadas garantem em seus pacotinhos coloridos e alegres, facilidade no preparo, praticidade, rapidez, prazos de validade enormes e sabores incríveis (e viciantes, o que se omite, é lógico!).

As indústrias de agrotóxicos e transgênicos, vem com a promessa de lucros e abundância de alimentos como jamais se viu na história deste país. Filmes institucionais asseguram que com a ajuda delas teremos uma agricultura farta e rentável. (Tudo bem que não explicam que essa promessa existe desde o fim da 2ª. Guerra Mundial, que já esgotaram os solos da Europa e dos EUA, e muito menos que os produtos químicos que vendem aqui, estão banidos em muitos lugares do mundo por causarem doenças graves tanto em quem os utiliza, quanto em quem consome os alimentos cultivados com eles. Também não se fala das atrocidades praticadas aos animais em prol do dinheiro, sempre o dinheiro).

Em seus eventos luxuosos e bem patrocinados, encontramos conforto, tecnologia, coffee breaks e almoços servidos à vontade através de buffets e garçons solícitos. Participam formadores de opinião, executivos de empresas, imprensa, políticos de alto escalão apresentando um “Brasil que tem jeito, é só uma questão de tempo”, dizem eles. Um show, acompanhado via internet por milhares de pessoas, materiais de divulgação a rodo, tudo tão perfeito!

Recentemente fui a um desses eventos de agronegócios e confesso quase acreditei nesse mundo tão fascinante, não fosse por um pequeno detalhe: esqueceram do Agricultor. Aquele que planta, que cuida da terra, que trabalha de sol a sol alimentando o progresso e a população. Aquele pequeno agricultor que é maioria em nosso País. Definia-se o seu futuro e ele não estava lá.

Isso doeu muito em mim, mesmo preparada, sabendo que o evento era de empresas multinacionais que visam muito mais o lucro que o bem-estar de quem quer que seja, foi árduo ver pessoas cegas por promessas e brilhos, saber que ali desenhava-se um futuro de doenças e terras devastadas. Um rolo compressor que avança forte para esmagar sentimentos e valores, sem impedimento, sem oposição. E as pessoas brindam, sorriem, felizes com seus pratos finos e cheios de comida e promessas. Me lembrou um pouco aquele burrico que trabalha porque tem uma cenoura inatingível à sua frente.

Quando foi que nos afastamos do verdadeiro valor do alimento? Quando foi que aceitamos que executivos bem vestidos e políticos prolixos com palavras bem colocadas dissessem o que é bom para nós e para o País. Quando foi que permitimos que nossa vida valesse tão pouco?

E nós, que trabalhamos com alimentação consciente em todas as suas modalidades, estamos esquecendo dos nossos primeiros passos, dos nossos erros e acertos, tombos e enganos. Foram eles que contribuíram para formarmos nossas convicções.

O momento é de cultivar união, fortalecer elos, orientar passo a passo. Pegar pacientemente pela mão aqueles que ainda não sabem bem por onde ir. Esclarecer a real importância da Agricultura: Produzir com qualidade e respeito. Não estamos fabricando armas ou carros, estamos cultivando vida, alimento, futuro.

Só assim venceremos esse horizonte ou nos posicionamos ou em breve estaremos reféns das forças imperiais comandadas por um bando de Darth Vaders do Agronegócio.

Que a força esteja conosco!

por Nadia Cozzi

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

As oito principais razões para banir os refrigerantes da alimentação


  1. Não compre. Se você não tiver em casa fica mais fácil resistir.
  2. Se gosta das bolhas, tome água com gás.
  3. Não substitua por sucos em pó ou de caixinha, você estará trocando 6 por meia dúzia.
  4. Leia os ingredientes no rótulo e veja quanta química tem nessa bebida, claro que só podem fazer mal à saúde e viciar, né não?
  5. Cada latinha de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, experimente comer 10 colheres de chá de açúcar, acho que vai pensar melhor depois dessa experiência. Você precisa realmente do refri?
  6. No começo procure não cair em tentação, porque para se livrar do mal, rs seu corpo precisa se desacostumar de tanto açúcar. Depois de um tempo vai achar um gosto muito ruim nessa bebida que hoje você considera dos Deuses!
  7. Isso eu li em algum lugar, nunca lembrei de fazer: cheire o refrigerante, parece que o cheiro enjoa e você não tem mais vontade de beber.
  8. E por último e muito mais importante: Pense! Vale a pena colocar sua saúde em risco? 

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Tang é multada em R$ 1 milhão por informação enganosa no rótulo

Embalagens dos refrescos em pó da marca continham a expressão “sem corantes artificiais”
Fonte: IDEC- Instituto de Defesa do Consumidor




A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) multou a empresa Mondelez Brasil Ltda., fabricante da marca Tang, em R$ 1 milhão por publicidade enganosa nas embalagens dos produtos. No rótulo frontal dos refrescos constava a expressão "sem corantes artificiais", proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A punição foi aplicada no início de julho deste ano, mas o processo começou em março de 2012, quando a Anvisa informou o problema à Senacon. A Mondelez chegou a recorrer, alegando que estava trabalhando com corantes naturais. Porém, os órgãos ponderaram que a expressão “sem corantes artificiais” não pode ser utilizada, pois não há critérios específicos definidos para o uso do termo.

Além disso, segundo a nota técnica divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o caso, a Anvisa afirma que na composição do refresco eram utilizados corantes inorgânicos e corante caramelo, que não são ingredientes considerados naturais. Portanto, a informação contida na embalagem poderia induzir o consumidor a engano quanto à natureza do produto.

De acordo com Flavio Siqueira, advogado do Idec, as informações que constam nos rótulos dos produtos alimentícios são fundamentais para garantir o direito à livre escolha, por isso uma informação enganosa no rótulo é um grande obstáculo para a alimentação saudável.

“O papel de órgãos como a Anvisa e a Senacon são essenciais para garantir o direito à informação e demais direitos a todos os consumidores”, afirma.

Atenção aos ultraprocessados

De acordo com a definição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, refrescos em pó pertencem à categoria de produtos ultraprocessados, que não são recomendados como parte de uma alimentação adequada e saudável.

Os utlraprocessados possuem um número elevado de ingredientes (sobretudo com nomes pouco familiares), passam por diversos processos químicos e, portanto, perdem as características básicas de um alimento.

No caso dos refrescos em pó, além dos aditivos químicos, o excesso de açúcar contido neles contribui para o aumento de peso, cáries, diabetes e diversos outros problemas de saúde.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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Feiras Orgânicas