quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ESTUDO REVELA EPIDEMIA DE CRIANÇAS COM ATEROSCLEROSE!




Sentado no avião, olhando em volta a distribuição de “Snacks” , salgadinhos e barrinhas de cereais, suquinhos e refrigerantes a todos e observando que a mãe serviu a seus casal de filhos, sentados justamente ao meu lado, tudo isto e mais um pouco. Falo com ela ou não? Será que ela compreenderá ou ficará revoltada comigo? Infelizmente não vou falar nada a ela, mas tentar encontrar um meio de falar pelo menos a esta criança que esta bem ao meu lado...

Mas vou escrever, colocar para fora algo que não vai me deixar descansar durante o vôo que estou fazendo de Porto Alegre para Salvador. Escrever com letras garrafais, para que talvez a mãe dê uma espiada em meu notebook e se interesse, se envergonhe ou qualquer outra coisa, pois estou pronto para tentar mudar a vida de apenas 2 crianças e sair realizado desta viagem.

Estudo recente realizado em 31 mil autópsias de crianças que faleceram nas faixas etárias variando de 6 até 17 anos., demonstrou assustadoramente que mais de 30% destas crianças já apresentavam maciça e difusa ateromatose. Se você não sabe o que é ateromatose, saiba que são placas formadas pela modificação do Colesterol que se depositam nos vasos sanguíneos e geram uma infinidade de problemas. Isto comprova que estas alterações são de fato iniciadas na infância por má alimentação, fórmulas infantis absolutamente danosas, que estão gerando condições inflamatórias e oxidativas, em caráter sub-clínico, ou seja, sem que seja percebidas, causando uma base para desenvolvimento de doenças cada vez mais cedo.

O pior é que infelizmente, já que a única preocupação que o médico tem hoje em dia é encontrar qual remédio pode ser utilizado para determinado problema, se aventa aí, através da influência “diabólica” da indústria farmacêutica, a inserção das terríveis drogas que baixam colesterol para crianças. Realmente lastimável e inacreditável meus amigos.

Eu já escrevi um artigo anteriormente explicando toda esta farsa do Colesterol, mostrando que centenas de estudos já mostram há muito tempo, que baixar colesterol não reduz possibilidade de infarto; mostrando que 75% dos pacientes infartados têm colesterol NORMAL! Que o problema do infarto é uma condição justamente inflamatória e oxidativa, que geram modificação do Colesterol (“estragam o colesterol”) e formam aí sim ateromatose. Ou seja, o problema não é o colesterol, mas sim aquele óleo de Canola adicionado nos compostos infantis, os produtos a base de soja, as fast foods, os sucos prontos de caixinha e toda sorte de venenos que são lançados para facilitar sua vida, faturar, vender, mas trazer dificuldades para a saúde infantil.

E sinceramente, se você parar para pensar, você lembrará que seus pais não lhes davam suquinhos nas caixinhas para levar à escola de lanche; Não tinha latas de refrigerantes para também fazê-lo; não comprava esta diversidade de salgadinhos e biscoitos para que você não passasse fome e tivesse comida fácil e simples.

Pois é caros amigos, chegamos ao nível absurdo em que nem o nutriente mais abundante do corpo, a água, está sendo ingerida pelas crianças. O corpo clamando por hidratação através do nutriente mais básico, puro e simples do corpo humano, e você entrega um líquido ácido, ou uma polpa de fruta que nada tem de natural, mesmo sendo integral ou qualquer coisa do tipo. Onde esta a fruta lá dentro? Onde está a fibra da fruta? Quanto tempo dura um suco natural ou mesmo uma fruta? E quanto tempo dura uma “porcaria” de um suquinho de caixinha, 6 meses? Ora meus queridos amigos, só não se dá conta destes absurdos quem não quer.

Não estou falando que é fácil, mas também não pode ser tão difícil porque na minha infância não havia isto e as mães se viravam muito bem, ninguém passava fome por não ter sucos prontos nem salgadinhos, nem fórmulas infantis. Você já parou para refletir que aquela “pessoinha” que você ama com todo seu coração, não tem culpa de ter sido introduzida a esta sequência de anti-alimentos, e pode ser a primeira geração a viver menos do que os pais, experimentando as doenças que já estão experimentando cada vez mais cedo?

É só parar para pensar: Déficit de Atenção, Hipotireoidismo, Diabetes, Obesidade, Hipertensão, Asma, Renite, Alergias, etc... Eu não lembro de ter tido contato com amigos na infância com estes problemas! E olha que tenho apenas 35 anos.

A questão é realmente tão grave, que existe uma Epidemia de crianças com menos de 1 ano de idade Obesas! Será por causa do sedentarismo, quando uma criança desta idade nunca praticou exercícios na vida? Ou por causa destas “incrivelmente saudáveis” fórmulas infantis?

E a Epidemia de crianças com menos de 10 anos de idade com uma doença chamada Esteatose Hepática, que nada mais é do que múltiplos focos de fibrose e lesões gordurosas no fígado, será por causa de álcool, quando crianças desta idade nunca fizeram ingestão de bebidas alcoólicas, ou devido a refrigerantes e sucos industrializados carregados de aditivos químicos e de Frutose desacompanhada das fibras das frutas?

Estas verdades machucam o mais profundo de meus sentimentos, geram-me uma tristeza do tamanho do mundo, pois sei que minha voz atinge apenas parte ínfima de uma população que deveria ter o direito de saber. Uma geração fadada a viver doente, por pura ignorância de quem deveria estar alertando a todos sobre estes problemas, mas que estão mais importados em saber qual é a nova droga que será lançada, qual o novo alimento preparado super adicionado com todos os enriquecimentos “nutritivos”.

Estas barrinhas de cereais, que são enganosamente vendidas como saudáveis e nutritivas, são compostos com poucas calorias, mas saber número de calorias hoje significa muito pouco! De que adianta baixas calorias, se o que interessa é a fonte destas calorias e sua carga glicêmica?

1- são carboidratos, ou seja, só têm uma função em nosso corpo: gerar energia ou ser armazenada como gordura

2- carga glicêmica equivalente a cerca de 3000, ou seja, capacidade de gerar aumento do açúcar no sangue aproximadamente comparável

Agora você entende porque não emagrece comendo elas? Porque não é saudável comendo elas? Porque elas não nascem em árvores de tão saudáveis que são?

Sim amigos, estou resumindo obviamente uma análise longa a respeito destas barrinhas lançadas como fonte inesgotável de saúde e magreza.

Pois é, estou quase pousando em minha conexão em Campinas, não surtiu efeito as letras grandes, porque a mãe está lendo uma revista destas que falam de dicas para melhorar o corpo feminino, onde sai também cada pérola de orientação magnífica e está completamente concentrada. Vou ter que desligar o notebook aqui, mas como sou apaixonado por crianças, ou usar uma maçã que tenho na minha mochila para chamar atenção dela, oferecer e ver o que ela acha desta fruta, além das outras demais. Prometo que depois de pousar e assim que puder escrever novamente, escrevo o fim desta história e depois publico este post/artigo!

De volta ansiosamente para conversar com vocês, venho com felicidade dizer que minha conversa sobre as frutas chamou a atenção não só do garoto, mas da mãe. Fiz ele pensar que se comer estas frutas, terá os meus “múquis” (músculos) e jogará futebol muito melhor. E que estes refrigerantes fazem ficar com a “pança” de um outro senhor que estava no avião, e rimos bastante, pois ele compreendeu que os seus ídolos do futebol não podem ter barrigão e precisam ser fortes.

Pensei na mesma hora, só falta ele ver na TV alguma propaganda em que seus ídolos do esporte estejam tomando refrigerantes ou comendo salgadinhos, aí vai tudo por água a baixo, todo meu trabalho rs.

Mas enfim valeu, a mãe participou meio assustada em princípio, e no final ainda me prometeu ler o Blog! Dei de presente uma nota de 1 dollar para o menino e disse que se ele guardasse bem ela e comesse melhor, quando ele soubesse escrever direitinho deveria escrever o seu sonho nela e deixar guardada, tudo relacionado a bons hábitos alimentares e educação a seus pais, que aquele sonho escrito se realizaria quando ele se tornasse “gente grande”. De onde tirei isto? Ah, até isto tem uma historinha, baseada em um estudo feito com grupos de japoneses e com ex estudantes de Harvard... Mas isto vamos deixar para uma próxima!

Fonte: Blog do Dr. Vitor Sorrentino - www.blogdodrvictorsorrentino.com/2013/06/estudo-revela-epidemia-de-criancas-com.html#sthash.ZsIAiroo.dpuf

terça-feira, 12 de novembro de 2013

1 ANO DE FEIRA DE PRODUTOS ORGÂNICOS NO MODELÓDROMO DO IBIRAPUERA



Dia 16 de novembro teremos degustação de bolos caseiros orgânicos e sorteio de uma cesta orgânica *! Aguardamos você!
Rua Curitiba, 292 Jd Paulista

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Estudo encontra expressivos níveis de substância cancerígena no arroz brasileiro

Posted on 15:14 Relatos Mundiais


O “celeiro do mundo” está enfrentando problemas com expressivos níveis de arsênio no alimento mais comum de seu povo. Um estudo recente encontrou altos níveis de arsênio no arroz brasileiro. A pesquisa foi motivada por estudos similares que encontraram altos níveis de arsênio em arroz de outros países, incluindo a China, Bangladesh e os Estados Unidos.

O arsênio é uma conhecida substância cancerígena e pode causar alterações no corpo humano, levando a doenças vasculares, diabetes e câncer de bexiga e pele, entre outros. Segundo o pesquisador, o nível médio de arsênio encontrado em amostras de arroz brasileiro que examinou foi de 222 nanogramas por grama de arroz.

“Em especial o arroz integral apresentou maiores concentrações, pois, em geral, o arsênio pode se acumular no farelo”, explica o autor da pesquisa Bruno Lemos Batista, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Uma das principais razões para a presença de arsênio é o uso de agrotóxicos que poluem o solo e a água, diz Batista.

Necessidade de controle

Com o aumento de arsênio inorgânico (forma mais tóxica de compostos de arsênio) em carne e grãos em todo o mundo, muitos estão pedindo regulamentações mais claras sobre a quantidade de arsênio permitido em alimentos.

The European Food and Safety Authority (EFSA) aconselha que o consumo diário de arsênio seja limitado entre 0,3 a 8 micro gramas por quilo de peso corporal. No ano passado, um grupo de congressistas dos Estados Unidos introduziu uma legislação para limitar a quantidade de arsênio permitido em arroz e seus produtos.

Batista diz que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizou consultas públicas para definir um limite para a concentração máxima permitida de arsênio em arroz, mas até a data não há limites formais criados no Brasil. “O controle não é feito constantemente e não temos leis para isso”, afirma.

De acordo com o Ministério da Agricultura do Brasil e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o arsênio não está entre as substâncias tóxicas monitoradas nos alimentos. Batista diz que uma das razões para a falta de legislação é o insuficiente conhecimento sobre arsênio e sua presença em produtos alimentícios no Brasil.

“Temos poucas informações sobre a concentração de arsênio em diferentes produtos brasileiros, incluindo o arroz por exemplo, e diferentes variedades de arroz. Neste sentido, nossa pesquisa não pode parar”, diz Batista.

Fonte: EpochTimes

Conheça as 10 empresas que controlam quase tudo o que vc consome

Fonte: Pragmatismo Político

Gráfico chamado "A escolha é uma ilusão" revela que as marcas mais consumidas no mundo são controladas pelas mesmas empresas

empresas controlam tudo você consome
The Ilussion of Choice (Reprodução/Infomoney/PolicyMic)
Luiza Veronesi, Infomoney
Desde produtos de limpeza, passando pelo segmento de beleza e higiene pessoal, até alimentos para pessoas e animais: dez megacorporações fornecem quase tudo que as pessoas consomem em todo o mundo.
O gráfico (imagem ampliada aqui) “The Illusion of Choice”, divulgado pelo sítio PolicyMic, mostra que muitas das marcas mais consumidas do mundo são controladas pelas mesmas empresas.

Azeites: extravirgens só no rótulo


Fontes: O Globo
            Proteste

A PROTESTE testou 19 marcas de azeites extravirgens e constatou que 7 são virgens e 4 têm indícios de fraude contra o consumidor, já que pelos padrões da lei, não podem ser considerados azeites. Dos que se dizem "extravirgens", na verdade, não passa de "virgens" e alguns são até "lampantes".

Havia produtos adulterados, ou seja, comercializados fora das especificações estabelecidas por lei. E, também que preço e renome nem sempre são sinônimos de maior qualidade.

Foi feita a análise sensorial em laboratório reconhecido pelo Conselho Oleico Internacional (COI), avaliando a qualidade das amostras quanto ao aroma, à textura e ao sabor de acordo com parâmetros técnicos. Segundo a legislação, em azeites extravirgens não podem ser encontrados defeitos na análise sensorial.

Parâmetros físico-químicos foram usados para detectar presença de óleos refinados; adição de óleos obtidos por extração com solventes; adição e identificação de outros óleos e gorduras; adição de outras gorduras vegetais.


Resultado:
Extra virgens: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá.
Virgens: Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata
Marcas com problemas de fraude: Tradição, Quinta da Aldeia, Figueira da Foz e Vila Real.

Confira o estudo da Proteste na íntegra: Teste Azeites by Mirela Portugal

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

PONTAL DO BURITI - brincando na chuva de veneno


O filme/Documentário se chama PONTAL DO BURITI - brincando na chuva de veneno, e foi dirigido por Dagmar Talga.
Em 3 de maio de 2013, a partir das 9 horas da manhã, uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola Ltda., sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada na área rural do município de Rio Verde/GO, "pulverizando", com o veneno Engeo Pleno da Syngenta, aproximadamente 100 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e adultos, que estava na área externa do prédio em horário de recreio.

Algumas crianças e adolescentes, "encantados" com a proximidade que passava o avião, receberam elevadas "doses" de agrotóxico. Este não é um caso isolado. Esta é a realidade do agronegócio no Brasil.

Ficha técnica:
Direção e Roteiro: Dagmar Talga
Produção executiva: Murilo Mendonça Oliveira de Souza
Imagens e Produção: Murilo Mendonça Oliveira de Souza e Dagmar Talga
Trilha Sonora: Tobias Bueno
Montagem: João Paulo Oliveira
Assistente de Montagem: Girilane Matos
Design de Capa: Janiel Divino de Souza
Entrevistas:
Ana Paula Assis dos Santos;
Annotília Paiva Ferreira;
Cássia Maria Pereira Arantes;
Cláudio Costa Barbosa;
Daniel Rech;
Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira;
Flávia Carvalho;
Gessi Cabral Guimarães;
Giovane Bastos de Miranda;
Hugo Alves dos Santos;
Jenyfer Joice Honorato de Almeida;
Joana D'Arc Honorato de Almeira;
Juarez Martins Rodrigues;
Karen Friedrich;
Leandro Elias dos Santos;
Leila Pereira de Assis;
Lia Giraldo;
Luana Vieira Leal;
Lucimar Arruda Vieira;
Maria de Fátima Rocha;
Maria Divina Faria Alves;
Regina Celi Moreira Vilarinho Barbosa;
Reni Gonçalves de Lima;
Ricardo Arantes Ferreira;
Rita de Cassia Carvalho Oliveira;
Sebastião Carvalho Vasconcelos;
Talya Luíza Faria Alves;
Vanessa Gonçalves Silva;
Wanderlei Pignati;
Wendy Wyne Isabel de Lima;
Wilson Rocha de Assis.
Vídeos:
Jornal Nacional - TV Globo;
Jornal da Globo - TV Globo;
Programa Radar - TV Anhanguera;
Agrolink.
Trilha Sonora:
Brian Crain - Water;
Brian Crain - Rain
Yann Tiersen - La Vie Quotidienne
Brian Crain - Dream Of Flying
Vitor Jara - La Partida

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida - Comitê Goiano

Anvisa vai discutira o rastreamento e a distribuição de verduras, legumes e frutas em todo o país


Conforme anunciado, a Anvisa discutirá o rastreamento e a distribuição de verduras, legumes e frutas em todo o país. O Grupo de Trabalho sobre Rastreabilidade - GT Rastreabilidade - foi criado por meio da Portaria N° 1.739, publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União.

O objetivo é implementar ações e estratégias que garantam rotulagem e a rastreabilidade de produtos de origem vegetal in natura dispostos para o consumo humano, em toda a cadeia de distribuição e comercialização.

Caberá ao Grupo elaborar uma minuta de norma sobre rastreabilidade e definir estratégias que difundam a necessidade da rotulagem e rastreabilidade junto a todos os Estados e Distrito Federal.

Grupo de Trabalho é composto por representantes da Anvisa e de Vigilâncias Sanitárias Estaduais e/ou Municipais. Ficará a critério do GT Rastreabilidade convidar especialistas e representantes de outras instituições para o desenvolvimento do trabalho.

A medida visa fazer um mapeamento dos produtores e, assim, facilitar a fiscalização sobre o abuso no uso dos agrotóxicos.

“Nós temos que saber sobre o alimento com problema, onde ele foi cultivado, quem é o agricultor responsável pelo fornecimento dele, e verificar se de fato é falta de orientação ou se é alguma questão de mercado que move essa utilização indevida do produto”, disse o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante entrevista coletiva para divulgar os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) e a criação do GT, na última terça-feira (29), em Porto Alegre.

Conheça a íntegra da Portaria do GT – Rastreabilidade 
aqui.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

III FESP INOVA: Nutricionista fala sobre Transgênicos e Agrotóxicos

Fonte: FESP

A nutricionista Ana Carolina Brasil e Bernardes foi recebida na FESP durante a semana acadêmica do curso de Nutrição. A delegada titular do Conselho Regional da 9ª região, situado em Pouso Alegre veio expor o posicionamento do CRN9 em relação aos alimentos transgênicos e agrotóxicos.

Para a nutricionista o convite para participar do FESP Inova foi aceito com entusiasmo. “Achei interessantíssima o tema que me ofereceram. Somos convidados para falar dos mesmos assuntos sempre e aqui foi diferente porque transgênico e agrotóxico são coisas muito novas e que as pessoas não discutem muito, então eu achei a iniciativa fantástica. Tem muita coisa pra falar e colocar isso na cabeça desse pessoal que está se formando agora é ótimo. Quero que eles saiam daqui sabendo que ser nutricionista vai além de ensinar a comer”, declarou.

Segundo a nutricionista, alimentos transgênicos são todos aqueles que foram geneticamente modificados e, recentemente, estão sendo produzidos em larga escala. “O transgênico surgiu em 1970 com a insulina humana, porém, a alimentação com transgênicos no Brasil chegou em meados de 98, então tudo é muito novo. O que a gente tem muito aqui é a soja e o milho. Grandes marcas de mercado se utilizam destes transgênicos em bolos, cereais açucarados e sucos, por exemplo”, explica.

A delegada do Conselho expôs conceitos, discutiu estudos recentes que envolvem o assunto e tirou diversas dúvidas dos alunos e professores que estiveram presentes na palestra. “Atenção para o rótulo! Produtos importados costumam ter grande quantidade de alimentos transgênicos. Todo alimento que é transgênico tem que ter sinalização. No seu rótulo, por obrigatoriedade, tem que ter um T informando que ele é transgênico. Podemos evitar o consumo. O problema é está muito discriminado o uso dos transgênicos e às vezes a gente n

ão sabe que aquele alimento é um deles”, alertou Ana Carolina.
A exposição também envolveu o debate sobre agrotóxicos e as questões que envolvem o consumo de alimentos produzidos com seu uso. A delegada defendeu que a alternativa é o consumo dos alimentos orgânicos que são muito mais saudáveis. “O número de vitaminas que você vai encontrar no orgânico é maior do que no alimento com agrotóxico e ainda tem a vantagem de você comer um alimento com agrotóxico e correr o risco de isso virar contra você como uma doença no futuro”.

A semana acadêmica do curso de Nutrição também teve palestras acerca de quebra de paradigmas, higiene profissional em restaurantes, controle de qualidade na indústria de alimentos, entre outros.

FONTE: Departamento de Comunicação e Marketing FESP/UEMG





sábado, 2 de novembro de 2013

Brasil perde controle do milho transgênico.



Fonte: Folha Online

AGNALDO BRITO
Enviado especial da Folha ao Paraná

O Brasil começa a colher em algumas semanas a primeira safra comercial de milho transgênico autorizada pelo governo. O tamanho exato dessa produção ninguém ainda sabe, nem a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

O certo é que uma parte importante dos 17,4 milhões de toneladas da produção prevista do milho safrinha terá a tecnologia Bt (sigla para Bacillus thuriengensis), pela qual um gene não existente na planta é inserido no DNA de algumas variedades de milho.

A missão dessa proteína é criar toxinas inseticidas que matam três tipos de lagarta quando elas ingerem qualquer parte da planta. Para os produtores, a tecnologia promete reduzir o número de aplicações de veneno nas lavouras.

Mas a grande preocupação do campo agora nem é exatamente o volume de produção de milho Bt, mas sim os riscos sobre os milhões de toneladas que não são geneticamente modificadas e que vão entrar na cadeia de produção de alimentos nas próximas semanas.

Os agricultores informam que a separação entre OGM (organismo geneticamente modificado) e não OGM será mínima. Procuradas, grandes indústrias consumidoras de grãos utilizados na produção de ração para frangos e suínos, como as gigantes Sadia e Perdigão, prometem manter políticas de aquisição de não OGMs. Como o farão não informaram.

A reportagem da Folha percorreu uma das maiores regiões de produção de grãos do país, o oeste do Paraná, e flagrou o plantio fora das regras impostas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, maior autoridade em biossegurança do país) para o cultivo do milho transgênico. Mais: uma boa parte da nova safra desse OGM será colhida, transportada, armazenada e provavelmente processada sem nenhuma separação.

O assunto traz também uma enorme ameaça para boa parte da indústria de alimentos, cujo esforço tem sido o de tentar de todas as formas se enquadrar nos limites de até 1% de OGM na composição de seus produtos e evitar a rotulagem com o selo indicador de existência de transgênico.

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) acredita que o milho vai agravar um problema que já ocorre com a soja. O governo admite: "[A rotulagem] está sendo cumprida, [mas] não na abrangência que a lei requer", afirma Jairon do Nascimento, secretário-executivo da CTNBio, autoridade responsável por liberar 11 tecnologias transgênicas no país.

A propósito, a CTNBio considera a rotulagem "um luxo desnecessário". A alegação é que o consumidor deve confiar na segurança dos OGMs autorizados pela comissão.

Tudo misturado
A exemplo do que ocorreu com a soja transgênica, hoje quase que totalmente misturada às variedades convencionais, o milho, segundo os produtores, terá o mesmo destino.

O problema começa já na lavoura, com o risco real de contaminação de plantações convencionais ou orgânicas por plantas transgênicas. A possibilidade de uma planta polinizar outra cria dúvidas sobre as garantias reais de que a lavoura convencional não receberá pólen transgênico.

A Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e do Abastecimento do Paraná), Estado que mais tem combatido o avanço dos transgênicos no país, confere a eficácia das regras fixadas pela CTNBio que determinam espaços e tempos de plantios não coincidentes com o objetivo de não misturar milhos.

A reportagem da Folha acompanhou fiscais da secretaria num teste em plantação no município de Goioerê e constatou, em análise preliminar, traços de transgênicos em lavoura de milho convencional.

Segundo o engenheiro agrônomo Marcelo Silva, fiscal do Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária da Seab, há fortes indícios de que o afastamento exigido hoje (veja quadro) não é suficiente para assegurar a coexistência com a tecnologia transgênica sem que ela contamine plantios convencionais ou orgânicos por polinização.

O assunto é polêmico, envolve risco de perda de contratos (o que já ocorreu com produtores de soja) e até o direito de produtores que não queiram adotar a tecnologia de companhias multinacionais de biotecnologia, como Monsanto, Syngenta, Bayer e outras.

O trabalho da Secretaria de Agricultura do Paraná pode culminar num enorme revés para a CTNBio, que admite que, se houver fatos novos no estudo de transgênicos, pode reavaliar as suas decisões.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quem disse que criança não come brócolis?

Câncer de intestino X Alimentação!Muito bom para os que acham que crianças sem doces cheios de corantes vão ficar traumatizadas! Tadinhas ...


Parte da entrevista do Dr Dráuzio Varela à Dra. Angelita Habr Gama, muito interessante quanto ao assunto Câncer de intestino X Alimentação!



Drauzio – Já citamos a idade e os fatores genéticos nos casos de câncer de cólon. E a alimentação?

Angelita Habr Gama – O câncer de intestino têm fatores de risco genéticos hereditários e genéticos ambientais. Neste último grupo, os fatores dietéticos são muito importantes. Alimentação rica em gordura animal, pobre em fibra e rica em corantes favorece a incidência desse tipo de câncer. Gosto de citar os corantes, porque são elementos que poderiam ser eliminados sem prejuízo, principalmente no Brasil onde existem pigmentos naturais que colorem os alimentos. Corantes são fator de risco, porque liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente carcinogênicas. Se prestarmos atenção, veremos que atualmente as crianças ingerem uma quantidade enorme de corantes nos doces, balas, pirulitos. Na verdade, até o algodão doce não é mais branco. É verde, cor-de-rosa…

Angelita Habr Gama é médica, especialista em coloproctologia e gastrenterologia, professora da Universidade de São Paulo e trabalha nos hospitais Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa.

Isso  é muito bom para aqueles que acham que se não derem doces cheios de corantes às crianças elas vão ficar traumatizadas!


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alimentação no Green Nation News

  
O conceito de Sustentabilidade muitas vezes é confundido com ambientalismo, mas ser sustentável vai muito além da preservação do meio ambiente. Em outubro comemoramos o Dia da Alimentação e aproveitamos a data para lembrar que a primeira natureza que precisa de cuidados é o nosso próprio corpo. O Green Nation preparou uma lista com restaurantes saudáveis e feiras orgânicas em diversas cidades, além de outras matérias interessantes para construção de novos hábitos alimentares.
O Green Nation Fest 2013 já começou e as obras concorrentes já estão no ar disposponíveis para visualização e votos do júri popular.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Uma alimentação mais saudável pode transformar o seu dia a dia, seu humor e sua forma de lidar com os estresses do cotidiano. Saiba onde encontrar restaurantes saudáveis e feiras orgânicas em diversas capitais do Brasil.

CONHEÇA E VOTE NAS OBRAS INSCRITAS NA SEGUNDA EDIÇÃO DO GREEN NATION FEST COM O TEMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

Vote nas obras do Green Nation Fest!
No Festival de cinema e novas mídias, as inscrições para Twitter, Blog, Filmes, Fotos, Facebook e Cartuns estão abertas. Conheça as obras concorrentes, vote, comente, compartilhe e participe desse movimento que também é seu.

BLOG

Em outubro começou o horário de verão e as preocupações com a alimentação na estação do calor devem ser bem observadas. Confira dicas e instruções para uma boa alimentação nessa época do ano.




COLABORAÇÃO

Uma ótima dica da nossa colaboradora Nadia Cozzi para a alimentação das mamães, que precisam cuidar de si e do futuro que carregam consigo.

CONFIRA TAMBÉM!

  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nestlé financia desmatamento. Vai um kitkat aí?


Na Indonésia, óleo de palma comprado pela companhia para a produção de chocolate vem de áreas devastadas. Pressão sobre habitat põe orangotangos à beira da extinção.

Londres, Reino Unido - Ativistas vestidos de orangotango protestam em frente a fábrica da Nestlé no Reino Unido. A empresa usa óleo de palma em seus produzido às custas da destruição das florestas tropicais da Indonésia.
Esta manhã, protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.

Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.

Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo  para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia.

As manifestações coincidiram com o lançamento de um novo relatório do Greenpeace – 'Pega com a mão na cumbuca: como o emprego de óleo de palma pela Nestlé tem um impacto devastador na floresta tropical, no clima e nos orangotangos' (em inglês) – que expõe os laços entre a Nestlé e fornecedores de óleo de palma, como a Sinar Mas, que estão ampliando suas plantações em florestas de turfa (ricas em carbono) e nas florestas tropicias da Indonésia.

Além da produção de óleo de palma, a Sinar Mas também é proprietária da Ásia celulose, a maior empresa de papel da Indonésia. A empresa também infringe a lei da Indonésia ao destruir as florestas protegidas para cultivar plantações de óleo de palma.

Como todos devem saber, a Nestlé é a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. O que ninguém sabia até então era que a empresa também é um grande consumidor de óleo de palma produzido às custas do desmatamento das florestas tropicais. Nos últimos três anos, a utilização anual do óleo quase duplicou, alcançando a marca de 320000 toneladas  que entram em uma enorme gama de produtos, incluindo o chocolate mega popular KitKat, que não é vendido no Brasil.

"Toda vez que você der uma mordida em um KitKat, você pode estar dando uma mordida nas florestas tropicais da Indonésia, que são fundamentais para a sobrevivência dos orangotangos. A Nestlé precisa dar aos orangotangos uma pausa  e parar de utilizar óleo de palma de fornecedores que estão destruindo as florestas",  disse Daniela Montalto, do Greenpeace internacional.
A fornecedora da Nestlé, Sinar Mas, é responsável por considerável destruição da floresta que serve de habitat para orangotangos

O lançamento do relatório segue numerosas tentativas de convencer a Nestlé a cancelar seus contratos com a Sinar Mas. Recentemente, o Greenpeace contactou várias vezes a empresa com provas sobre as práticas da Sinar Mas,  mas mesmo assim a Nestlé continua usando o óleo de palma da Indonésia em seus produtos.

Diversas empresas importantes, incluindo a Unilever e Kraft, cancelaram os contratos de óleo de palma com a Sinar Mas. A Unilever cancelou um contrato de 30 milhões de dólares no ano passado. A Kraft cancelou o seu em fevereiro. "Outras grandes empresas estão agindo, mas a Nestlé continua fechando os olhos para os piores infratores. É tempo de a Nestlé cancelar seus contratos com a Sinar Mas e parar de contribuir com a destruição das floresta tropical e de turfas," frisou Montalto.

As florestas tropicais da Indonésia e seus orangotangos estão precisando desesperadamente de um refresco! Participe da cyberação e peça para a Nestlé dar um tempo as florestas! Clique aqui!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Simone de Carvalho uma mulher que faz a diferença!

Simone de Carvalho, nossa sempre colaboradora quando o assunto é amamentação e aleitamento materno.
Uma pessoa especial com um coração enorme, que o digam seus seguidores nos grupos que ela coordena ou participa. Veja   AMS (aleitamento materno solidário) são 6 mil membros na comunidade.

Uma grande amiga acima de tudo! E não é que ela está concorrendo como uma das mulheres que está transformando o Brasil?
Vamos votar nela? Bora lá?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A vida secreta dos ingredientes

"Comida fresca não dá dinheiro", diz o jornalista Steve Ettlinger, que desvendou a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor

Publicado em 13/02/2009
Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim
Revista Vida Simples - Edição 0077


A indústria alimentícia e seus bastidores
Foto: Reprodução

Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?
Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?
Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?
Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?
Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.

Livro para saber mais
Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

sábado, 24 de agosto de 2013

Couve, o bife vegetal

Saiu no Portal do Bem


Por Gislaine Rabelo, do site www.outramedicina.com

A couve está sendo chamada de bife vegetal pelo seu poder, mesmo grandioso, de nutrição. Comparada com outras verduras, está num patamar muito superior quando o tema são proteínas. 


Em tempos de revolução “verde”, onde ambientalistas defendem a redução da criação de animais (já que este seguimento da agro-indústria é tido como um dos maiores contribuintes para o aquecimento global), onde é cada vez maior o número de vegetarianos, e também dos defensores de uma alimentação mais saudável, há alimentos que estão recebendo o título de “futurefood”, ou a comida do futuro. 

Por causa disso, as investigações científicas vêm centrando-se em descobrir quais são os vegetais que podem suprir a alimentação do ser humano de uma maneira mais completa, principalmente em proteínas. Como resultado, a couve já é chamada de bife verde. Além de ser totalmente capaz de suprir o organismo com as proteínas necessárias, contém um arsenal de nutrientes, que são fundamentais para a manutenção da saúde.

Nutrição completa

Inflamações como artrite, doença cardíaca, entre outras condições auto-imunes, estão associadas ao consumo de produtos animais. A couve, assim, é uma excelente alternativa, não só para substituir o consumo de carne (para os vegetarianos), como para que o organismo não sofra deficiência de proteínas (para aqueles que querem descansar o corpo do bife diário). Sendo um dos principais alimentos anti-inflamatórios no reino vegetal, é potencialmente indicada para prevenir, e até mesmo reverter essas doenças.

Por cada caloria, uma folha de couve possui mais ferro que um bife, e mais cálcio que o leite. Contêm grande riqueza em fibra, que é um macronutriente (leia-se que é uma necessidade diária do corpo humano). Quantidade insuficiente de fibras é uma das principais causas de desordens no aparato digestivo. Alimentos ricos em proteína animal, como a carne, possuem pouca, ou quase nenhuma fibra. Já uma porção média de couve garante 5% da ingestão diária recomendada.

Se um pedaço de carne, normalmente, o que fornece são gorduras saturadas, a couve é rica em Ácidos Graxos Ômega 3, onde a porção média contém 121 miligramas de Ômega 3 e também Ômega 6. É rica em carotenóides e flavonóides, que são antioxidantes.

Os defensores do desenvolvimento sustentável do planeta, e os adeptos da comida saudável e orgânica, apontam outro motivo para que a couve substitua a carne: Couve cresce com facilidade em quase todos os tipos de clima, o cultivo é relativamente simples, seja numa fazenda, seja em casa. 

Por outro lado, para que se produza 1 quilo de carne bovina são necessários 16 quilos de grãos, 11 vezes mais a utilização de combustível fóssil, e cerca de 2.400 litros de água. Se apesar desta enorme diferença no custo de produção, e de todos os benefícios nutricionais, seu cérebro está achando difícil construir a imagem mental de um churrasco de couve, calma. Enquanto a realidade do planeta permitir que as “futurefood” não sejam obrigação, basta apenas incrementar o consumo deste vegetal, pelo menos para primar pela saúde.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Papo com feirante - O veneno nosso de cada dia, continua na mesa ... Muito preocupante!

De MuralVirtual


Google imagem

Jales é uma cidade do noroeste paulista.

Sábado, dia de feira dos produtores. Normalmente as 3h30min da madrugada, já estão montando as barracas.
Gosto de comprar na feira, é uma oportunidade de conversar com os produtores, que sempre tem uma lição de vida a dar e além do mais, é uma forma de saber quando foi feito a última aplicação de agrotóxicos; quando compramos no supermercado, não temos a garantia por parte de ninguém, que o período de carência foi observado.
Recentemente, um colega comprou tomate em um supermercado da cidade e ao chegar em casa, sentiu um cheiro forte de veneno e mesmo lavando o cheiro não saia e acabou jogando os tomates no lixo.
O trabalho agrícola é a atividade de maior risco econômico e especialmente para o pequeno produtor rural , que produz a maior parte dos alimentos que consumimos.
Seo Benedito, tem uma pequena chácara e é um dos vários feirantes.
Pessoa simples e sincera e sempre que se pergunta responde:
Essa couve faz 15 dias que já apliquei e é um produto que pode aplicar de manhã e colher a tarde, fique tranquilo.
Mas, que veneno é esse que o Sr. aplicou ?
Malathion
Mas, quem disse que esse produto pode aplicar de manhã e colher a tarde?
O vendedor da casa agropecuária que comprei o produto. Pode ficar tranquilo, esse produto usamos no milho pipoca e depois só damos uma abanada e colocamos para estourar, é fraquinho
O argumento do Seo Benedito continuou.

Olha tem uma pessoa que só pega couve de mim. Ela disse - que há um tempo atrás, comprou couve no supermercado, mas ao chegar em casa percebeu que ela tinha um cheiro muito forte de veneno e não teve coragem de comer e deu as folhas para um passarinho e sabe o que aconteceu?
O que?
A tarde o passarinho estava morto.
Sério?
Estou te falando! Que coisa... ele comprou a couve para fazer remédio. Eu não faço isso não... sempre passo uma dose mais fraca e espero 15 dias para colher.
Em uma dia desses... conversando com Sr. Arlindo outro produtor rural e ao comentar essa história, do Seo Benedito, ele me fez uma outra narrativa:
(...)
Conheço uma pessoa que comprou almeirão na feira para tratar os canários, e morreram os 10 pássaros que ele tinha, ele foi até a feira e ameaçou a pessoa que vendeu, dizendo que iria denunciar e o feirante disse que ele apenas revendia e que as verduras vinham de outra cidade.
Seo Benedito continuou...
Esses dias uma pessoa comprou uma alface do meu vizinho, era uma alface muito bonita, mas a alface fez mal a ela – deu dor de barriga.
Fui conversar com o vizinho, para saber o que ele aplicava para deixar alface bonita. Ele me disse que aplica um veneno, que coloca na uva para a baga crescer. Pode uma coisa dessa? Uva leva 90 dias para colher e a alface colhe rapidinho...
Seo Benedito que produto é?
È um veneno bravo que aplica na uva o nome não sei não.
Seo Benedito, continuou com suas explicações e depois veio uma outra história...





Fulano ... aplicou um veneno de amendoim na couve no sábado e na segunda-feira, ele colheu a couve para comer. Após o almoço, o filho dele passou mal e ele levou para o pronto socorro e no caminho a mulher dele passou mal e durante o atendimento dos dois, ele também passou mal.
O médico, quis saber o que eles tinham comido. Ele contou, que tinham comido couve e que no sábado havia passado Hamidop. O Doutor colocou- que eles deveriam ter esperados pelo menos 15 dias e que correram grandes riscos.
Toda a história, foi para ilustrar que ele tem medo de veneno e que somente usa porque precisa – mas, sempre espera 15 dias.
Chegando em casa, fui pesquisar sobre os produtos que Seo Benedito falou.
Começando pelo Matathion, aquele produto fraquinho, que se pode aplicar de manhã e colher a tarde. Fui ver do que se trata...



Um dos trabalhos que encontrei sobre esse produto, foi uma revisão bibliográfica que se chama: a atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation.
(...)
Através desta pesquisa verificamos que o malation é um agrotóxico organofosforado que, no organismo humano, age inibindo a acetilcolinesterase, interferindo no mecanismo de transmissão neural e conseqüentemente, ocasionando diversos efeitos danosos como: visão borrada, tosse, anorexia, náuseas, vômitos, dores abdominais, aumento da amplitude das contrações e do peristaltismo gastrintestinal, diarréia, sudorese excessiva, sialorréia, dispnéia, cianose, acúmulo de secreções brônquicas, lacrimejamento, miose, midríase, tremores de língua, olhos e pálpebras, cãibras, paralisia, fraquezas musculares, cefaléia, tontura, tremores, ataxia, distúrbios da palavra, sonolência, disartria, rigidez de nuca, depressão do centro respiratório e do vasomotor, rigidez na nuca, convulsões e coma.
Além dessas manifestações, verificamos que o malation pode ocasionar efeitos imunossupressores em diversos níveis, gerar manifestações tardias e neuropatia tardia, tem capacidade de alterar o DNA de uma célula e de estimular a célula alterada a se dividir de forma desorganizada, revelando uma possível capacidade de desenvolvimento do câncer e associam-se sua ação a Arteriosclerose, Parkinson, Alzheimer, malformação congênitas, infertilidade e esterilidade.
O trabalho completo pode ser consultado no link abaixo:

http://br.monografias.com/trabalhos3/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida3.shtml

Depois pesquisei, sobre o “veneno bravo que se utiliza na uva”, que o seu vizinho usa para crescer o alface e como não ele não sabia o nome do produto, a pesquisa ficou um pouco prejudicada.
Normalmente o que se utiliza na uva, é um regulador de crescimento conhecido como ácido giberélico, que também é liberado para a cultura do alface, conforme podemos ver abaixo:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ad593e004745886d9211d63fbc4c6735/Microsoft+Word+-+A04++%C3%81cido+Giber%C3%A9lico.pdf?MOD=AJPERES

Na literatura o ácido giberélico é classificado como mutagênico e cancerígeno ( Bedor, 2009 pág 63) Estudo do potencial carcinogênico dos agrotóxicos empregados na fruticultura e sua implicação para a vigilância da saúde.

Será que não passou da hora da ANVISA, rever a liberação do ácido giberélico para cultura do alface?
Conclui a pesquisa procurando sobre o hamidop, inseticida usado no amendoim, mas que foi usado na couve. É importante lembrar, que essa pratica é um tanto comum entre os agricultores e já foi identificada pela ANVISA, que iniciou em 2001, um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com o objetivo de avaliar, os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam á mesa do consumidor.
O hamidop é inseticida Acaricida, sistêmico do grupo dos organofosforados e tem como principio ativo o METAMIDOFÓS e desde junho de 2012 esta proibido no Brasil.
O intervalo de segurança para as principais culturas que ele era registrado é de 21 dias.

http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Inseticidas/HAMIDOP_600.pdf
Vamos recordar que : esse intervalo de segurança, é para que os resíduos presentes nos alimentos estejam dentro do limite máximo permitido, limite este, que é contestado por muitos especialistas.

Para quem não esta familiarizado com os termos, vamos a algumas definições
Limite máximo de resíduo - quantidade máxima de resíduo de agrotóxico legalmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa fase específica, desde sua produção até o consumo, expressa em partes (em peso) do agrotóxico ou seus derivados por um milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg / kg).


Intervalo de segurança ou período de carência - intervalo de tempo entre a última aplicação do agrotóxico e a colheita ou comercialização.
Fonte: http://celepar07web.pr.gov.br/agrotoxicos/legislacao/port03.asp
Podemos tirar algumas conclusões sobre esse último caso:
O agricultor não tinha percepção do risco que ele estava correndo e colocou em risco a saúde de sua família e coloca em riscos muitas famílias;
Mostra que ele não leu o rótulo e tão pouco sabe o que é intervalo de segurança;
O uso de produtos registrado para uma cultura e usado para outra, é um problema muito grave - por não ter estudo do intervalo de segurança, e tão pouco estabelecido o limite máximo de resíduos.
A entrada dos agrotóxicos no Brasil, foi praticamente imposto pelo governo na época e se nos dias atuais acontece, o que podemos ver nos relatos acima e abaixo, com certeza os governos são responsáveis por essa situação de descaso e mal uso dos agrotóxicos, que além de afetar diretamente a saúde dos agricultores também afeta ao dos consumidores.
Muita vezes, o pequeno produtor mal saber ler , não foi treinado para utilizar de uma forma “segura” esses produtos e não tem qualquer tipo de assistência, ficando nas mãos de pessoas que apenas tem o interesse em vender .
" O estado não tem política pública que coloca os extensionistas, através de concurso público, dentro das áreas de produção" afirmou a engenheira florestal Denise Batista Alves, vice presidente da associação dos engenheiros florestais do Rio de Janeiro, durante o evento "Impactos dos agrotóxicos: alternativas e posicionamentos dos engenheiros agrônomos e florestais" realizado pelo clube de engenharia e que poderá ser acessado no link abaixo:
Agrotóxicos e saúde: questões urgentes
Infelizmente as história não terminam por ai...
Dona Ana vende frutas. Segundo ela, o produto que vende é confiável e que seu marido, pega de um mesmo produtor há 10 anos e quando ele aplicou alguma coisa – avisa.
Ela comenta que tem uma boa clientela ...
- A banana, o mamão e a manga que vendo, não é amadurecida a força com carbureto, porque essas frutas amadurecida a força não tem gosto e faz mal a saúde.
Dona Ana, comentou algo que a deixou indignada.




Olha sabe o que estão fazendo agora? Estão aplicando Etrel na manga já colhida... para amadurecer, pode uma coisa dessa?
Outro dia ao comentar isso com um colega de trabalho ele disse:
Isso é verdade! Fulano … vendeu as mangas no pé e a pessoa que comprou, passou ethrel e em seguida colheu.
Houve-se falar, no uso de ethrel na laranja e para dar mais cor na uva ...
Fui pesquisar sobre o ethrel na manga e encontrei o arquivo abaixo:
http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Outros/ETHREL_720.pdf
Etrel - Classe toxicológica II – ALTAMENTE TÓXICO e na cultura da manga é indicado para indução de florescimento e não existe indicação desse produto para aplicação no pós colheita para acelerar a maturação …. e como podemos ver no link acima – intervalo de segurança, não determinado devido à modalidade de emprego.
Na cultura da uva o ethrel ao consultar o AGROFIT – sistema de agrotóxico fitossanitário do Ministério da Agricultura, encontramos: A aplicação deverá ser de 15 a 20 dias antes da realização da poda de frutificação. Única aplicação.
Não existe recomendação para utilização para dar cor na uva.
No citrus? Não existe registro.
Então? Se não existe recomendação do ethrel para maturação da manga, do citrus e para melhorar a coloração da uva – isto significa, que não existe estudo e se não existe estudo, não existe intervalo de seguração estabelecido e tão pouco limite máximo de ingestão diária.
Quando existe intervalo de segurança e limite máximo de resíduos estabelecidos, mesmo assim, muitos especialistas tem vindo a público, para dizer que o limite máximo de resíduos é arbitrário e não é confiável - e quando não existe? O problema é maior ainda!
Infelizmente esse é um pequeno retrato do que acontece no dia a dia com a agricultura brasileira que descobri com uma pequena conversa … e a fiscalização como é que fica?
Se pegarmos a história da entrada dos agrotóxicos na agricultura, podemos ver, que tudo começou com o apoio oficial, vamos dar uma breve recordada:
A política de crédito adotado pelo governo brasileiro foi bastante decisiva e ao mesmo momento impositivo para que o novo modelo de produção fosse implantado conforme podemos observar abaixo:
Desde a década de 70, exatamente no ano de 1976, o governo criou um plano nacional de defensivos agrícolas. Dentro do modelo da Revolução Verde os países produtores desses agroquímicos pressionaram os governos, através das agências internacionais, para facilitar a entrada desse pacote tecnológico. Em 1976, o Brasil criou uma lei do plano nacional de defensivos agrícolas na qual condiciona o crédito rural ao uso de agrotóxicos. Assim, parte desse recurso captado deveria ser utilizada em compra de agrotóxicos, que eles chamavam, com um eufemismo, de defensivos agrícolas. Então, com isso, os agricultores foram praticamente obrigados a adquirir esse pacote tecnológico ( GIRALDO, 2011).
Corraborando a citação anterior (FLORES, 2004) vai mais além ao mostrar a irresponsabilidade do governo brasileiro ao ceder as pressões internacional e obrigar os agricultores a adotar tecnologias desnecessária que não condizia com a realidade e necessidade da agricultura.
No Brasil, a partir de 1970, a produção agrícola sofreu grandes transformações. A política de estímulo do crédito agrícola, associada às novas tecnologias, impulsionou várias culturas, principalmente destinadas à exportação. Pacotes tecnológicos ligados ao financiamento bancário obrigavam os agricultores a adquirir insumos e equipamentos, muitas vezes desnecessários. Entre os insumos, estavam os pesticidas, que eram recomendados para o controle de pragas e doenças, como método de resguardar o potencial produtivo das culturas. Esse método obrigava aplicações sistemáticas de pesticidas, mesmo sem ocorrência das pragas, resultando em pulverizações excessivas e desnecessárias (RUEGG et al., 1991 apud Flores et all 2004 pág. 113).

Fonte: AGROTÓXICO NO BRASIL – USO E IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE E A SAÚDE PÚBLICA
Sem dúvidas, o governo e responsável pelo quadro acima e não é a toa que desde 2008 , somos o país que mais utiliza agrotóxicos e já passou da hora da sociedade, exigir uma resposta responsável a esse quadro de uso abusivo, que já vem se alastrando por muitos anos e sem ação efetiva, para que sejam controlados e os produtores efetivamente orientados.
Existe muitas técnicas desenvolvidas que se fossem amplamente utilizadas, contribuiria e muito para a redução do uso de agrotóxicos, como por exemplo o manejado integrado de pragas e doenças.
Vejamos uma nota da EMBRAPA sobre o MIP.
O MIP – Soja é uma tecnologia que utiliza um conjunto de técnicas econômicas e ambientalmente sustentáveis para o manejo eficiente de insetos pragas que atacam as lavouras de soja. Nos últimos anos, infelizmente, os princípios do MIP não tem sido adotados, gerando desequilíbrios e contribuindo para um crescente aumento de uso de agrotóxicos.
Inseticida são usados de forma abusiva, com base em calendário, aproveitamento de operações, ou seja, junto com herbicidas e/ou fungicidas, sem considerar a presença efetiva das pragas. Isso provoca a eliminação precoce de inimigos naturais e forte desequilíbrios ambiental nas propriedades, podendo favorecer a seleção de insetos resistentes a determinados ingredientes ativos

Fonte: Folder 04/2012-Janeiro 2012 - Embrapa Soja
Infelizmente, em muitas regiões a assistência técnica oficial não é suficiente para atender toda a demanda, e os agricultores ficam, muitas vezes , apenas nas mão de vendedores que tem interesse em comercializar seus produtos e não tem interesse em técnicas para reduzir o uso de agrotóxicos.
A agricultura convencional, se for bem feita, daria uma contribuição grande para redução do uso de agrotóxicos e isto deve ser um dever a ser garantido pelo estado, que deveria tomar medidas urgentes para garantir a redução dos usos de agrotóxicos e garantir a sociedade alimentos livres de resíduos.
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica que esta em fase final de estudo, será sem dúvida , uma importante resposta a sociedade- no sentido de oferecer alternativas tanto aos produtores, como aos consumidores – desde que, sai do papel e chegue até aos produtores com assistência técnica efetiva.
Grande parte dos pequenos agricultores ou os agricultores da agricultura familiar como um todo, no geral, não tem instrução e nem preparo para utilizar os agrotóxicos de uma forma mais "segura"; não utilizam EPI e quando utilizam, utilizam parcialmente ou de forma errada, o que aumentam o risco de intoxicação , isto sem falar do período de reentrada nas áreas e outras normas de segurança ambiental e pessoal que são ignoradas.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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