Nadia Cozzi - Alimento Puro

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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Orgânicos não é um “agronegocinho”

Fonte: Negócio Rural
Publicado em 25/06/22

O consumo de produtos orgânicos tem crescido nos últimos anos, principalmente durante a pandemia da Covid-19. Da mesma forma, tem aumentado a variedade de itens. Para falar mais sobre esse setor que tem atraído cada vez mais consumidores, o diretor executivo da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), Cobi Cruz, concedeu uma entrevista à Revista Negócio Rural.

De acordo com o representante da Organis, em 2020 o setor teve um salto de 30%, e a expectativa é de que a demanda se mantenha firme. “Esse setor movimenta cerca de 120 bilhões de dólares em todo o mundo, e o Brasil representa apenas 1% desse movimento financeiro. Não se trata de um ‘agronegocinho’, como dizem”, destaca.

Revista Negócio Rural – Como surgiu a Organis e quais são os objetivos da entidade?

Cobi Cruz – Temos um histórico de promover os orgânicos fora do Brasil desde 2005, em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Federação das Indústrias do Paraná, já que a nossa sede é em Curitiba. Foram 12 anos levando brasileiros para fora do Brasil, montando estandes em feiras e vendendo o conceito de um Brasil orgânico.

Até que nos demos conta de que, para o Brasil crescer lá fora, precisa crescer aqui dentro. E aproveitando essa expertise, começamos a desenvolver ações no Brasil. Então, há seis anos nasceu a Organis, que é uma entidade de marketing dos produtos orgânicos brasileiros.


“Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total”

Nosso trabalho é criar, viabilizar e executar ações em diferentes frentes, com o objetivo de fortalecer toda a cadeia produtiva dos orgânicos (produtores, prestadores de serviço, processadores, indústria e varejistas). Reunimos mais de 70 empresas, que oferecem mais de mil produtos criados em respeito aos princípios, valores e melhores práticas orgânicas.

Durante a pandemia da Covid-19, cresceu a procura pelos produtos orgânicos?

Em 2020, o mercado de orgânicos cresceu cerca de 30%, com uma movimentação financeira de cerca de R$ 5,8 bilhões. Ainda estamos contabilizando os dados de 2021, mas o crescimento foi menor. Infelizmente esse crescimento veio muito por uma questão do medo em relação à doença, além da busca por alimentos mais saudáveis.

Com certeza o Brasil ainda tem muito a crescer. Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total. Não se trata de um “agronegocinho” como muitos ironizam. Os maiores produtores são Estados Unidos, Alemanha e França. A quarta posição fica entre Inglaterra, Canadá e Itália, e em seguida vem a China.



Eu não conheço um lugar do mundo onde o orgânico não passou a crescer. E essa pressão por saúde já acontecia antes da pandemia no mundo inteiro. E isso não tem volta. O Brasil é o celeiro do mundo e tem toda uma história agroecológica desde os anos 70, e tínhamos que estar muito mais avançados.

Muita gente que não se dispunha a pagar o preço dos orgânicos, até quem sempre criticou, mesmo tendo condições de pagar, começou a entender o valor, e consequentemente ter uma predisposição de pagar pelo seu preço.


“Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica”

Nosso site oficial, que tinha de 10 a 12 mil visitas por mês, saltou para 25 mil durante a pandemia. Muita gente no interior do Brasil passou a querer saber como distribuir orgânicos para atender a uma demanda que surgia.

E o número de produtores de orgânicos tem conseguido acompanhar a demanda?

Mesmo com o crescimento de 30% no consumo em 2020, tivemos um aumento de cerca de 5% de novos registros no Ministério da Agricultura. Isso demonstra que os produtores estão prontos para atender a essa demanda, e alguns tiveram que triplicar ou até quadriplicar a sua produção.

Até hoje a oferta tem atendido bem o mercado, mesmo que de uma forma um pouco desorganizada. Temos o varejo, com uma certa dificuldade em achar produtores de orgânicos, e temos produtores com certa dificuldade de escoar seus produtos. O que acontece muito é que muitos produtores não têm um preparo para atender a formalidade e as exigências do varejo, e às vezes ele se frustra e passa raiva.

Quais os Estados que mais produzem orgânicos no Brasil e quais são os principais produtos?

Os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná são os maiores produtores de orgânicos do Brasil. Em cada um desses Estados há mais de quatro mil agricultores cadastrados no Ministério da Agricultura. Esses dois lugares representam quase 30% de todas as unidades produtivas de orgânicos do Brasil.

Cerca de 70% da produção orgânica é de pequenos produtores, e depois vem os médios e os grandes. E apesar de o Brasil representar apenas 1º do mercado de orgânicos no mundo, um dado interessante é que o país é o maior produtor mundial de acerola orgânica, devido a um trabalho feito no Nordeste. E esse trabalho é feito em comunidades de várias cidades.

Outro importante destaque é a produção de açúcar. A maior fazenda de cana-de-açúcar orgânica está no Brasil. E por ser produzida por grandes indústrias, a diferença do preço do açúcar convencional não é tão grande, e esse é um dos produtos orgânicos mais consumidos no país.

Também temos o café, a erva-mate, as castanhas, a noz-pecã, o açaí, entre outros. Sem dúvida as verduras, legumes e frutas são os mais consumidos, com destaque para as verduras, até mesmo pelo tempo mais curto de produção. Também é produzida matéria-prima para cosméticos, e a Amazônia é o destaque.

Por serem mais caros se comparado com os produtos tradicionais, a crise econômica que o país atravessa pode prejudicar a comercialização dos orgânicos?

Em uma pesquisa recente que realizamos com consumidores de orgânicos, 79% dos entrevistados consideram o preço dos orgânicos mais caros ou muito mais caros, comparado com os convencionais. Entretanto, desse público, 71% disseram que é um preço justificável, porque eles entendem que o processo produtivo é diferente, demanda mais mão-de-obra e que há um trabalho de conservação do meio ambiente e de benefícios para a saúde.

Eu classifico o consumidor em quatro perfis: um é o consumidor engajado, que é aquele que entende, conhece o orgânico e levanta essa bandeira. Entretanto, nesse perfil existe o protegido e o restrito. O restrito está com mais dificuldade financeira, seja porque está desempregado ou devido ao aumento dos custos. Os protegidos são aqueles em que o poder de compra não foi muito afetado.

Há ainda aquele perfil “o melhor para a minha saúde”, que é a porta de entrada, que é quem entra para o orgânico pensando no benefício individual, mas depois vai entendendo o benefício coletivo, ambiental e social. Outro perfil é de quem consome parte de orgânico e parte convencional. E tem o outro público que é o “nem aí”. E podemos trazer esse público ao orgânico? Podemos!


“Se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime”

A Organis ouviu produtores rurais, indústria, distribuidores, feirantes, varejistas de todas as regiões do país e a análise dos dados demonstra que os orgânicos conseguiram se adaptar aos impactos sociais e econômicos provocados pela pandemia.

O levantamento confirma a adaptação dos orgânicos ao cenário atual e a persistência do consumidor na escolha dos produtos saudáveis, provando que o crescimento de 30% em 2020 não foi apenas um movimento fora da curva, mas a demonstração de uma tendência.

Os dados mostram que os orgânicos ainda têm muito espaço para se movimentar. A demanda continua alta, o que abre oportunidades de negócios. A gente vê que o mercado ganha corpo ano a ano, com aumento de produção e entrada de novos players neste movimento orgânico.

Podemos dizer que está cada vez mais fácil produzir orgânicos, devido às novas tecnologias e mais conhecimentos do setor?

Sem dúvida as tecnologias e o conhecimento avançaram muito. A variedade de produtos também cresceu. Hoje é possível produzir alimentos mais bonitos e ter uma produtividade bem melhor que anos atrás. Atualmente vemos um preconceito ao contrario de antigamente. Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica.

Mudar a produção convencional para o orgânico requer dedicação, e uma mudança de conceitos. É preciso entender que durante o processo de transição, a renda vai cair, porque há uma mudança na produtividade e não é possível vender como orgânico durante esse período, que pode levar um ano ou até mais, dependendo do tipo de produção.

Se quisermos contar com um Brasil cada vez mais orgânico, temos que contar com os convencionais de hoje, que vão fazer a sua transição para os orgânicos. Temos que trabalhar melhor o tema com o produtor. Temos que mostrar um caminho de segurança e dar apoio técnico para essa mudança de cultura e da forma de trabalhar.

Onde vemos que o crescimento flui de uma maneira mais orgânica, é onde tem estrutura de conhecimentos mais desenvolvida, ou seja, uma boa extensão rural. Não é apenas levar assistência técnica, mas é entender e trocar conhecimento.

O consumidor pode confiar que o produto orgânico é de fato orgânico? Como ter essa segurança?

Há órgãos fiscalizadores em todos os Estados brasileiros, mas um dos pontos centrais do orgânico é que ele é uma lei, a Lei dos Orgânicos, que é a 10.831. E por isso existem normativas. Portanto, se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime. O consumidor também deve fazer a sua parte, e existem mecanismos para saber se o que ele está comprando é de fato orgânico.

No supermercado é mais fácil, porque normalmente tudo é embalado e é só verificar o selo de certificação. E se o produto não for embalado, deve haver uma informação que permite identificar o produtor. E o consumidor tem o direito de pedir a nota de compra do estabelecimento, inclusive de restaurantes de alimentos orgânicos.

Hoje existem três mecanismos de garantias. São duas certificações e uma declaração. Há a certificação por auditoria, que é feita por uma empresa credenciada, e a certificação participativa, essa que pode ser feita por um grupo, em que todos se responsabilizam mutualmente. Nas embalagens dos produtos há a informação se a certificação é por auditoria ou participativa.

A terceira maneira é por declaração. Nesse caso, o produtor precisa fazer parte de um mecanismo de controle social, que normalmente é ligado a um centro de organizações estaduais. Ele declara que está seguindo as regras, mas essa declaração serve apenas para a venda direta do produtor ao consumidor final ou para compras governamentais. Eu digo que esse é uma passagem transitória.








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Publicado em 25/06/2022

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domingo, 8 de agosto de 2021

Interesse por alimentação saudável aproxima pequenos produtores e consumidores

Iniciativas se adaptam para atender alta na demanda; entenda o papel da agricultura familiar na promoção da segurança alimentar

A Tribuna
Por Nayara Zanetti, estagiária sob supervisão do editor Eduardo Valente

Com o cultivo livre de componentes químicos, como agrotóxicos, antibióticos e fertilizantes, os alimentos orgânicos e agroecológicos têm sido, cada vez mais, inseridos na alimentação. De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), a venda de produtos orgânicos aumentou em mais de 50% no primeiro semestre de 2020 no Brasil. Além de proporcionar alimentos mais nutritivos com um maior benefício para a saúde, seu cultivo contribui com o manejo correto das culturas, respeitando os recursos naturais.

Em Juiz de Fora, iniciativas tiveram que se adaptar na pandemia de Covid-19 para facilitar o acesso a alimentos orgânicos. As redes sociais se tornaram o principal meio de conexão entre pequenos produtores e consumidores, que compartilham informações na intenção de conscientizar a forma como nos relacionamos com a comida e fortalecer o consumo sustentável.

O hábito de destinar uma parte da manhã para ir na feira, realizar as compras da semana ou até mesmo tomar um suco natural enquanto observa o movimento ao redor, foi mais um dos comportamentos interrompidos pela pandemia. As tradicionais feiras locais, que fazem parte da história cultural e gastronômica de Juiz de Fora, foram suspensas por um período, acatando às medidas restritivas para conter a transmissão do coronavírus. Porém, o seu propósito de aproximar pequenos produtores a consumidores e conscientizar sobre o consumo de alimentos saudáveis se propagou durante esse tempo.

Esse foi o caso da associação Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico (MOGICO), uma iniciativa de comercialização conjunta oficializada em novembro de 2013. Com o objetivo de incentivar a produção e o consumo de produtos orgânicos, além de promover ações orientadas para a sustentabilidade, surgiu a feira orgânica Mogico, que, atualmente, acontece todos os sábados, de 8h ao meio-dia, na Praça Bom Pastor.

Antes da pandemia, a feira também era realizada no estacionamento do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, mas, em março de 2020, foi suspensa. Dessa maneira, o coletivo criou a Cesta Coletiva Mogico, como alternativa para apoiar os produtores associados e os clientes neste período de distanciamento. Os pedidos das cestas são feitos pelo site do projeto. O cliente monta sua própria cesta de acordo com os produtos disponíveis no intervalo de 17h de sábado até as 20h de domingo e a entrega acontece na terça-feira entre 9h e 16h em toda Juiz de Fora. Até o momento, já foram entregues mais de 5.300 cestas coletivas.

O presidente da associação, Waltencir Carlos da Silva, conta que o contato com o cliente mudou bastante. “A feira era um espaço de bate-papo, aprendizado, troca de informações, de abraços, e, com os protocolos acerca da pandemia para evitar aglomerações, o tempo de permanência dos clientes automaticamente foi se reduzindo. Sendo assim, o contato com o produto tornou-se limitado.”

Mesmo diante desses impactos, muitos clientes se mantiveram fiel à Mogico. “Nós notamos uma mudança de hábitos dos consumidores e, entre as ondas Roxa, Laranja e Amarela, alguns clientes se adaptaram ao delivery, outros no processo de compra na feira e teve os que utilizaram as duas operações conforme disponibilidade”, comenta Waltencir.

Além disso, o coordenador informa que a associação conseguiu alcançar clientes que anteriormente não participavam de nenhum processo de compra, buscando os produtos benéficos à saúde e ao meio ambiente, o que aumentou a demanda do coletivo.

Frutas, verduras, legumes, queijos, broa, plantas alimentícias não convencionais (PANCS), entre outros produtos orgânicos são comercializados no Mogico, que é composto por 12 unidades produtivas distribuídas em Juiz de Fora e municípios ao entorno. “Acreditamos que a valorização local é um grande incentivo ao pequeno produtor.”



Tradicional Feira do Mogico movimenta Praça do Bairro Bom Pastor, aproximando produtores de alimentos orgânicos com consumidores em busca de frutas e verduras mais saudáveis (Foto: Leonardo Costa)


(Foto: Leonardo Costa)
Cada vez mais conectados

As redes sociais conectaram os produtores rurais aos interessados em consumir uma alimentação mais saudável. O aumento da procura de produtos orgânicos e agroecológicos foi percebido pelo projeto Cestas Agroecológicos JF, uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
às agosto 08, 2021 Nenhum comentário:
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Doença ainda desconhecida pelos agricultores faz milho apodrecer antes da colheita

Segundo pesquisadores, o problema teria origem no uso de agrotóxicos e das sementes transgênicas

Fonte: Brasil de Fato
Frei Sérgio Antônio Görgen* e Marcos Antonio Corbari
Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) | 24 de Janeiro de 2021 às 10:45


Agricultores familiares da região do Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, em municípios ao redor da cidade de Erechim, perceberam uma estranha doença que acomete o milho já na formação da espiga. Os grãos, ao invés de se formarem adequadamente, ficam escuros e apodrecem. 

O problema já foi identificado também em Santa Catarina e no Paraná. Alguns citam perdas superiores a 20% de suas lavouras, o que causa um prejuízo significativo. Outros falam em até 60% de perdas, além da péssima qualidade dos grãos ou da silagem resultante das plantas atingidas.

A Rede Técnica Cooperativa (RTC) da Central das Cooperativas Gaúchas de Leite (CCGL) – uma das principais empresas multiplicadoras de sementes de milho no RS, as chamadas “sementeiras” –, emitiu “alerta” e orientação para os produtores e assistentes técnicos dizendo tratar-se de “enfezamento”, que seria causado por vírus, bactérias e fungos transmitidos pela cigarrinha, um inseto comum na cultura do milho. 

A empresa diz ainda que os sintomas aparecem após o florescimento, provocando “morte prematura da planta, redução do tamanho da espiga, enchimento incompleto dos grãos, morte de espigas, chochamento dos grãos e tombamento das plantas”, o que seria ocasionado por “fungos oportunistas Pythum e Fusarium”. A empresa recomenda intervenção química ou biológica com intervalos de 5 a 7 dias. Reconhece, porém, que não há o que fazer depois da área infestada.

Quando os agricultores percebem, há pouco a fazer. Uma das intervenções químicas recomendadas é através de inseticidas a base de “neonicotinóides”, um dos agrovenenos já identificado como responsável pelo extermínio de abelhas e, por isto, já proibido em muitos países.

Hélio Mecca, agricultor e dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), de Chopinzinho (PR), relata que surge “uma doença no miolo do pé, cai e não dá nada, o que se colhe é um milho de péssima qualidade e perde muita produtividade”. O dirigente sindical José Valério Cavalli, Secretário Geral do Sindicato Unificado da Agricultura Familiar do Alto Uruguai (Sutraf/AU), de Itatiba do Sul (Rio Grande do Sul), informa que “na formação da espiga, quando está se formando o grão, o problema aparece e o pé morre”. Outros relatos de agricultores falam em plantas fracas, pouco desenvolvidas e com espigas mal formadas, com mofo, grãos chochos ou podres. “Além da estiagem e da falta de apoio do governo, agora mais este problema”, desabafa Mecca.

De acordo com informações que chegam através de sindicatos, lideranças de movimentos sociais e técnicos de campo, as variedades mais afetadas são o Dekalb 230, o Agroeste 1666, o Agroceres 9025, Morgan 699 e algumas variedades da Pionner. Todas transgênicos, com os transgenes Bt e RR, precoces e super precoces. “Estas variedades foram apresentadas aos agricultores como 'top de linha' pelas empresas e o preço cobrado pelas sementes foi muito elevado”, afirma o sindicalista José Cavalli.

Não há informação de nenhuma semente de variedade de milho crioulo afetada. 

Aparentemente, o fenômeno é conhecido e comum: presença do inseto chamado cigarrinha (Dalbulus maidis), infectando e transmitindo vírus, bactérias e fungos. O que não se sabe ainda, com segurança, é quais são estes micro-organismos e porque a agressividade com que se comportam, já que este tipo de impacto sobre a produção é novo, não é comum, entre os agricultores. Também impressiona a velocidade com que se propaga e a baixa capacidade imunológica apresentada pelas variedades afetadas em contraposição com as variedades crioulas e não transgênicas.

Segundo o professor Rubens Nodari, da Universidade Federal de Santa Catarina, doutor em Genética pela Universidade da Califórnia, “este é um fenômeno que deve ser estudado com atenção. A ocorrência cada vez mais frequente de sintomas que aparecem antes da maturação, como secamento, quebra de plantas e podridão na espiga, parte deles atribuídos ao enfezamento no milho, é mais um alerta de problemas que emergem do sistema agrícola usado na produção de milho.

Há uns 20 anos atrás, muitos cientistas não conheciam e nem tinham como prever os possíveis efeitos da transgenia em plantas. No entanto, vários afirmaram que os piores problemas seriam “os imprevistos”. Aqueles que ocorrem em plantas transgênicas e não nas não transgênicas e não tinham sido previstos. Estes problemas não serão os últimos, mas os danos certamente recaem sobre o produtor. Assim espera-se que os pesquisadores, em particular os fitopatologistas, contribuam para a avaliação holística do que está acontecendo. Cabe uma de tantas perguntas: quanto o sistema de cultivo utilizado e a transgenia contribuem para os problemas citados?”



Agricultores que já foram castigados pela seca, agora têm prejuízos por conta da doença em seu milho / FETRAF

Um fato chama atenção: variedades de milho crioulo não apresentam sintomas da doença

De acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS), Irajá Antunes, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (USP), “quando se trata de germoplasma crioulo, mais precisamente, de variedades crioulas, em princípio, por sua intrínseca variabilidade genética, as mesmas apresentam uma significativa capacidade de tolerância frente a fenômenos naturais que possam ser detrimentais às mesmas (maior resiliência), dentre os quais, a ocorrência de doenças, como no presente caso”. Antunes explica ainda que “tal resiliência é fruto dos processos de seleção natural que ocorrem a partir das interações dessas populações de plantas com os ambientes onde são cultivadas, interações estas que são permanentes e dinâmicas”.

Luís Dalla Costa, dirigente do MAB e da Via Campesina, que vem acompanhando a situação, entende que as “empresas de sementes são as responsáveis por venderem como excelentes, sementes que causam enormes perdas aos agricultores e devem indenizá-los por estes prejuízos”.

Rui Valença, Coordenador Geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar – Fetraf/RS, que tem acompanhado de perto a situação, entende que o grande problema é o modelo de produção do agronegócio que é imposto aos agricultores, uma vez que “todo ano surgem novas doenças, novas pragas, novas plantas invasoras resistentes”. Valença aponta que há um desequilíbrio causado pelos venenos, chamados equivocadamente de “remédios”. 

Para ele, “as plantas transgênicas têm sua estrutura alterada, pouca resistência, o que torna fácil a infestação de pragas, abre a porta de entrada para inúmeras doenças”. Valença, que afirma ainda que é “preciso fazer um grande debate sobre que tipo de produção de alimentos a sociedade quer”, informa que a Fetraf está solicitando análise de laboratório e identificando a forma de responsabilizar as empresas para que os agricultores sejam ressarcidos em seus prejuízos.

Josuan Schiavon, engenheiro agrônomo, mestre em Produção Orgânica e Agroecologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), defende o uso das sementes de milho crioulo e varietais como a principal alternativa para os pequenos agricultores. 

“O principal problema da produção dos crioulos e varietais, que é a lagarta do cartucho, tem várias soluções através do controle biológico, como por exemplo, o uso do Bacillus thuringiensis ou a vespinha Trichograma. “A qualidade nutricional de um milho crioulo é melhor, o alimento que vem dele é saudável, o custo da semente é menor e o agricultor pode guardar para o ano seguinte”, aponta Schiavon, acrescentando ainda que “a produtividade, como temos constatado, pode ser alta, se assemelhando a alguns transgênicos”. Para ele, levando em conta os prejuízos que estão aparecendo agora, “o milho crioulo produz mais, tem um custo benefício melhor, já que tem alta qualidade e baixo custo de produção”.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul



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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Saiba tudo sobre os alimentos orgânicos


FONTE: CI.ORGÂNICOS


Saiba tudo sobre Orgânicos

Diferente da produção convencional, a produção de orgânicos não utiliza agrotóxicos, transgênicos, fertilizantes sintéticos, além disso, não são processados com radiação ionizadora ou aditivos, seja na questão nutricional da planta ou no tratamento contra
doenças e pragas. 

Logo, são isentos de quaisquer resíduos de agroquímicos prejudiciais à saúde humana e animal, são mais seguros para o consumidor e não contaminam o meio ambiente.

Saiba mais sobre Orgânicos:

O QUE SÃO ORGÂNICOS

COMO PRODUZIR ORGÂNICOS

COMÉRCIO DE ORGÂNICOS

LEGISLAÇÃO DE ORGÂNICOS
às agosto 28, 2019 Nenhum comentário:
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terça-feira, 11 de junho de 2019

Projeto na AL: Produtos orgânicos poderão ser inseridos na alimentação de pacientes

Fonte: A TRIBUNA DE MATO GROSSO
Por Redação
-11 de junho de 2019



Se aprovado, os hospitais da rede pública estadual serão obrigados a inserir pelo menos 30% de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação fornecida aos seus pacientes – Foto: Maurício Barbant/ALMT


Pacientes da rede pública hospitalar deverão receber alimentação com produtos orgânicos ou de base agroecológica. É o que prevê o projeto de lei 593/19, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), apresentado na semana passada e que aguarda o parecer das comissões permanentes para a votação em Plenário.

Se aprovado, os hospitais da rede pública estadual serão obrigados a inserir pelo menos 30% de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação fornecida aos seus pacientes. A adequação será feita de forma gradual, sendo 10% no primeiro ano, após sanção da nova lei; 20% no segundo ano, até atingir os 30% exigidos.

Conforme a proposta, caracteriza-se como produto orgânico in natura ou processado, os obtidos em sistema orgânico de produção agropecuária ou oriundo de processo extrativista sustentável.

Durante a aquisição dos produtos, os hospitais deverão escolher os reconhecidos pelo Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos; enquadrados no conceito de agricultura familiar; organizados em associações e cooperativas. Além disso, terão preferência os que forem produzidos nos municípios da mesma região da unidade hospitalar; os produzidos no estado de Mato Grosso, quando em igualdade de condições de preço, qualidade e prazo de entrega em relação aos provenientes de outros estados.

Dessa forma, o governo do estado deverá elaborar o Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica – PLEAPO, no prazo de 180 dias após a regulamentação da lei.

“Objetivo é melhorar a qualidade da alimentação que é servida aos pacientes dos hospitais da rede pública estadual, pois se tem conhecimento de que os alimentos orgânicos reúnem mais vitaminas, minerais e outros nutrientes do que aqueles cultivados no âmbito da agricultura tradicional. Além disso, esta iniciativa busca também criar, progressivamente, uma cultura de substituição dos alimentos oriundos da agricultura tradicional, na qual se observa o uso corrente de agrotóxicos, por aqueles de origem orgânica”, diz trecho do projeto, ao citar que alguns estados já aprovaram essa proposta.

“Conforme o exposto, entendemos como de fundamental importância, razão pela qual submeto aos nobres pares a presente proposta a qual solicito o devido apoio para sua análise e aprovação”, concluiu Botelho.
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segunda-feira, 1 de abril de 2019

GRUPOS DE CONSUMO: COMO APOIAR UM AGRICULTOR E AINDA SÓ COMER ORGÂNICOS

Fonte: Jardim do Mundo



Cada vez mais falamos de consumir local, de conhecer o nosso produtor, de como todo produto é feito por pessoas. Pode parecer difícil praticar essas relações na cidade grande, mas estão se tornando cada vez mais disponíveis modelos que as fomentam.

As feirinhas de revenda, como, em São Paulo, a do Bixiga (aos domingos pela manhã e começo de tarde), já são velhos conhecidos de quem gosta de comprar diretamente de pessoas e não de grandes lojas. As feiras de artesanato (como Jardim Secreto e Feira Rosenbaum) também vem crescendo. Mas a grande novidade fica por conta dos grupos de consumo que estão se formando.

Grupos de consumo responsável

A filosofia por trás do grupo de consumo responsável é que, independentemente do que as condições climáticas favorecerem, um grupo de pessoas sustentará uma comunidade de produtores.

Os grupos de consumo de orgânicos são organizados da seguinte forma: um grupo de pessoas, em contato com uma comunidade de produtores, estabelece um valor mensal ou semanal a ser pago, invariavelmente. Os produtores, por sua vez, organizam-se para entregar seus melhores produtos, que variam e não podem ser previstos com antecedência. No dia da entrega, cada um dos apoiadores/consumidores montam sua cesta com sua cota de orgânicos.

Grupo de consumo na USP, foto de @gobattifotografia

Casa da quebrada

Como é de se imaginar, a produção de alimentos demanda espaço e terra, o que não costuma estar disponível no centro das cidades. Com raras exceções (como o Sítio Semente, em Brasília), os produtores estão em geral nas periferias. E isso tem uma mágica consequência: o acesso de orgânicos à periferia é muito facilitado e muito mais barato do que nos grandes centros.

A Comunidade que Sustenta a Agricultura é o grupo do Grajaú/Parelheiros/Cidade Dutra. Organizados em torno da casa Ecoativa e do Sítio Paiquerê, primeira produção certificada orgânica da região, eles foram criados depois de perceberem que os produtos ali produzidos em quantidade e qualidade só estavam sendo consumidos pelo centro. Uma vez por semana, as 20 famílias que, contribuindo mensalmente, tornaram-se coprodutoras, buscam sua cota dos melhores produtos orgânicos na Ecoativa, pequeno paraíso cultural na Ilha do Boreré.

Montagem das cestas de orgânicos da Ecoativa

Já o Armazém Organicamente foi criado como um delivery de orgânicos da Zona Sul, especialmente do Campo Limpo. Os produtores entregam semanalmente, na casa de seus consumidores, uma cesta de produtos colhidos no mesmo dia ou, no máximo, na noite anterior. Eles também entregam em outras zonas de São Paulo, mas com taxas diferenciadas dada a distância e necessidade de mais trabalho de logística.

Em outras regiões de São Paulo, também há produções de orgânicos que produzem e atendem a periferia. Em São Mateus, Zona Leste da capital, são diversas as hortas urbanas, pequenos paraísos orgânicos que ocuparam zonas abandonadas. Moradores da região entram nas hortas para conversar com os produtores, e frequentemente saem com uma muda de planta medicinal para ajudar na saúde da família. Um pé de hortaliça, da mão do agricultor, não sai por mais de R$ 0,50.
Horta urbana em São Mateus
Centro

Quem mora no centro também nunca sai perdendo. São diversas as lojas que vem se organizando para oferecer os produtos desses mesmos produtores da cidade.

O Armazém do Campo fica nos Campos Elísios e, além de uma área de feirinha orgânica, tem um delicioso café e uma seção de livros. O Chão, na Vila Madalena, também disponibiliza produtos direto da terra e alguns processados, como geleias e farinhas.

Quem não pode se deslocar semanalmente para nenhum desses lugares para comprar sua comida fresquinha e de verdade também pode ser atendido pelo Bica Orgânicos. Sebastião e Gisele enviam semanalmente uma lista com seus produtos mais frescos e entregam em quase todo o centro de São Paulo, em 3 dias da semana.

Essas ações para levar mais alimentos orgânicos às mesas das pessoas não existem só em São Paulo. Pesquise na sua cidade ou região que, com certeza, você encontrará pessoas que promovem a venda de produtos orgânicos, seja por meio de um clube de assinaturas ou feiras.

Aliás, acesse o site Feiras Orgânicas e encontre um mapa com os locais perto da sua cidade onde são comercializados produtos orgânicos.
às abril 01, 2019 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Menopausa tem jeito?


Imagem por StockSnap na Pixabay 

Hoje o meu papo é com as meninas, apesar que os meninos também sofrem por causa dela: a Menopausa.

Ansiedade, ganho de peso, ondas de calor, dificuldades para dormir, alterações de humor, dor de cabeça, são os sintomas do Climatério: o que você come e a maneira como você vive são essenciais para driblar os sintomas dessa danadinha da menopausa.

Para começar a falar no assunto, atividades físicas são essenciais, procure uma atividade que você goste e comece aos pouquinhos, afinal ninguém sai de uma vida sedentária e vira atleta no outro dia. Calma, um pouquinho por dia!

Nada melhor para gerar bem-estar do que se exercitar, contribuindo para a liberação da serotonina, e isso serve para todas as fases da vida da mulher.

A dieta nessa fase deve ser baseada em alimentos menos calóricos, ricos em cálcio e boas fontes de gordura e proteína, assim ossos e músculos estarão protegidos.

Tudo bem, mas afinal quais são os alimentos que ajudam a diminuir os sintomas da menopausa?

· Alimentos ricos em fitoestrogênios:
Vocês não vão me ver falando bem da soja, porque infelizmente 93% da soja plantada no Brasil está transgênica, e alimento transgênico está fora do meu cardápio.

Mas a Natureza sempre generosa nos dá outras fontes de fitoestrogênicos como inhame, lentilha, grão de bico, amendoim, sementes de linhaça, entre outras.

· Vitamina A:
Todos os alimentos de cor laranja como cenoura, abóbora, etc

· Verduras verde escuro ricas em cálcio:
Couve, brócolis, espinafre, rúcula.

· Alimentos ricos em ômega 3:
Esqueçam o salmão, no Brasil é muito difícil e caro o salmão de verdade, o selvagem; a maioria do salmão servido no Brasil é de cativeiro, que não tem ômega 3, pois sua alimentação é diferente dos seus irmãos originais.

Mas temos a sardinha e a cavalinha que ocupam esse espaço com honra e mérito. Esses alimentos também são ricos em Vitamina D, mas 15 minutos de sol por dia sem protetor solar fazem maravilhas para a absorção do cálcio.

· Frutas cítricas:
Laranja, limão, tangerina

· Gorduras boas:
Azeite, óleo de coco

· Ovos: sempre orgânicos e de galinhas criadas soltas

· Vitamina E:
Oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas aliviam as ondas de calor. Ah não esqueçam a castanha do Pará com seu selênio que ajudam as funções cerebrais.

· Carboidratos complexos:
São aqueles digeridos mais lentamente pelo organismo, ideais para quem tem problemas com a glicemia. São mais nutritivos e dão mais sensação de saciedade. Batata doce, mandioca, maçã, grão de bico, massas, arroz e pães integrais.

· Triptofano:
Essa é a melhor parte, pois essa substância está presente nele- o chocolate 70% cacau – que estimula a produção de serotonina, o hormônio do bem-estar, dando adeus à depressão e ansiedade. Outros alimentos ricos em triptofano são a banana, as sementes de abóbora, queijo, abacate, nozes, canela.


Para terminar, incluo uma informação bem interessante e que é bem útil para quem quer deixar a menopausa para um pouco mais tarde: a Universidade de Leeds, na Inglaterra, em uma pesquisa sobre os hábitos alimentares de 914 mulheres entre 40 e 65 anos, descobriu que as que comiam mais peixes e legumes frescos diariamente tiveram a menopausa adiada em até 3 anos que a média das mulheres britânicas (51 anos).


Por Nadia Cozzi
Instituto Pedro Cozzi - Espaço DAR VIDA
BioCulinária
Alimento Puro

às fevereiro 27, 2019 Nenhum comentário:
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Consumo consciente revoluciona indústria

Enquanto itens industrializados perdem espaço no cardápio, produtos saudáveis e orgânicos ganham mercado. Fenômeno obriga empresas tradicionais a rever política de investimentos
Fonte: EM.COM.BR Economia
JMJaqueline Mendes

postado em 21/02/2019 06:00 / atualizado em 21/02/2019 09:29


Muitos consumidores têm deixado de comprar itens processados e buscam alimentos orgânicos, sustentáveis e de origem local(foto: Casa Horta/divulgação 9/1/18 )

São Paulo – A indústria de alimentos está no meio de uma revolução. Desencadeada na última década, a onda de consumo consciente colocou em xeque os produtos tradicionais e estimulou o surgimento de uma série de inovações. Os consumidores, principalmente os da chamada geração millennials – que correspondem a um universo de 2 bilhões de pessoas – têm deixado de comprar itens processados e buscam alimentos orgânicos, sustentáveis e de origem local. Isso eleva a necessidade de as empresas investirem em uma cadeia de fornecimento segura e rastreável.

Essas são as principais conclusões de um estudo realizado pela consultoria Condere, sócia brasileira do Global M&A Partners (GMAP). O relatório é amparado por inúmeras estatísticas que mostram o notável crescimento da procura por alimentos e bebidas capazes de proporcionar bem-estar e o rápido declínio do segmento oposto, o de produtos que possam acarretar algum tipo de dano à saúde do consumidor.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o consumo anual per capita de carne vermelha no país caiu 15% nos últimos 10 anos. As vendas britânicas de salsichas encolheram 26% desde 2008, e o ritmo da queda se intensificou de três anos para cá. Na Alemanha, o consumo de carne está em declínio constante. Em 2017, o alemão médio comeu 59,6 quilos de carne, 1,4 quilo a menos do que no ano anterior.

No setor de lácteos, observa-se fenômeno parecido. O aumento do veganismo, preocupações crescentes com o bem-estar animal e preferências por outras fontes de proteína estão afetando as vendas de laticínios no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, elas despencaram 11% desde 2015 e muitas fazendas estão enfrentando dificuldades para sobreviver.

Além de beber menos leite, os consumidores também estão deixando os cereais de lado. Em 2017, último ano com dados disponíveis, o negócio dos cereais matinais encolheu 2,3%. A líder global Kellogs foi a que mais sofreu, com um volume de vendas 4% inferior em relação ao ano anterior.

Até os alimentos congelados, que pareciam se encaixar com perfeição na rotina atribulada dos profissionais da nova era, sofrem com o desejo por itens mais saudáveis. Nos Estados Unidos, as vendas de alimentos congelados devem cair 1,2% por ano até 2021. Segundo os especialistas, é óbvio que eles estão sendo substituídos por itens frescos.

No campo oposto, o de alimentos saudáveis, há um movimento oposto. O mercado global de bebidas não alcoólicas deve crescer 5,8% ao ano até 2025, puxado principalmente pelo aumento do consumo de água, água de coco, chás e sucos naturais. Para o mercado global de barras de cereais, a previsão é crescer 3,9% ao ano até 2023, como resultado da maior preocupação das pessoas em manter a forma física.

Não é só. Espera-se que o mercado global de alimentos embalados com sal reduzido alcance US$ 125 bilhões até 2022, 50% a mais do que o número atual. Entre as comidas sem açúcar, a projeção é crescer 10,2% ao ano até 2021. No mercado de alimentos livres (que não provocam qualquer tipo de intolerância) estima-se um avanço de 4,8% ao ano entre 2018 e 2023.

Em resumo: as pessoas estão preferindo comer alimentos frescos, feitos em casa ou sob encomenda, do que comida industrial processada. Também é óbvio que elas começaram a trocar o fast food por produtos naturais e orgânicos.

Os números apresentados no levantamento explicam por que a indústria tradicional está investindo em novas frentes de negócios. Em outubro de 2017, a Kellogs adquiriu a RXBar, uma fabricante de barras de proteína. No mesmo mês, a Unilever comprou a brasileira Mãe Terra, especializada em alimentos naturais e orgânicos. Um ano antes, a Ambev havia adquirido a empresa de sucos Do Bem.
às fevereiro 22, 2019 Nenhum comentário:
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O ano de 2019 pode ser o marco para os produtos orgânicos

Fonte: Globo Rural

O Brasil precisa tirar o atraso dos últimos 10 anos. Temos que reatar tratativas de acordos comerciais com os blocos europeu e americano e formalizar a equivalência de certificação com o Chile


POR MING LIU*
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Apenas 1,2% das terras do planeta são ocupadas por produtores de orgânicos. (Foto: Roberta Pessoa)

O mercado global de produtos orgânicos é território fértil para inovação e novos empreendimentos, já que os consumidores buscam alimentos nutritivos, limpos e saudáveis para suas famílias e para o meio ambiente. Além disso, estão dispostos a pagar mais pela credibilidade resultante do comprimento das regulamentações feitas para garantir qualidade e segurança.

+ Orgânicos, modismo ou fato
+ Por que devemos falar sobre o desperdício de alimentos?

Os orgânicos são produzidos em mais de 180 países, mas apenas 87 têm regulamentação própria. O dado é da IFOAM (Internacional Federation of the Organic Agriculture Movement), que ainda revela: 1,2% das terras agriculturáveis do planeta – algo em torno de 58 milhões de hectares – são ocupadas por cerca de 2,7 milhões de produtores orgânicos.

Nos Estados Unidos, pesquisa de perfil do consumidor feita pela Organic Trade Association detectou que o comércio de produtos orgânicos é maior entre a geração Milênio (18-35 anos). 25% dos que consomem orgânicos são novos pais. Daqui a 10 anos, 80% desses jovens já serão pais e impulsionarão ainda mais o mercado.

Nos EUA, 25% dos consumidores de orgânicos têm de 18 a 35
anos (Foto:TV Globo)

O negócio mundial de orgânicos, que fatura cerca de 90 bilhões de dólares, estará reunido neste mês de fevereiro na maior feira mundial do setor: a Biofach em Nurenberg, na Alemanha, que promove o encontro de 2.900 expositores com mais de 50 mil compradores de 134 países. O Brasil estará presente.

Mas qual é a posição do Brasil neste contexto? Os Estados Unidos representam quase a metade do mercado mundial, seguidos por Alemanha, França, China e Canadá. Por aqui, o segmento dos orgânicos ainda é um nicho se compararmos seus números aos do agronegócio, mas pela grande variedade de produtos e lançamentos já pode ser considerado como mainstream. Nosso varejo investe para formar cadeias de fornecedores mais seguras, ampliar a rastreabilidade informando de onde vêm os produtos. O objetivo é fidelizar o consumidor.
Os Estados Unidos representam quase a metade do mercado mundial, seguidos por Alemanha, França, China e Canadá"

Após 15 anos de regulamentação, os dados sobre o segmento ainda são limitados. O cadastro dos produtores do Ministério da Agricultura diz que há pouco mais de 18 mil unidades produtivas. Mas em 2011 elas eram cerca de 4 mil. O faturamento do setor em 2018 será de R$ 4 bilhões. Segundo o Programa Organics Brasil, teremos um aumento de 10% nas exportações, atingindo perto de US$ 130 milhões de dólares. Todo este crescimento se revela também no número de expositores da principal feira do setor no Brasil: a Bio Brazil Fair/Biofach América Latina, que espera crescer pelo menos 20%.

Uma pesquisa do Organis apontou que cerca de 15% da nossa população tem o hábito de consumir orgânicos. Revelou também uma importante janela de oportunidade para os empreendedores: 84% deles ainda não fixaram na mente uma marca de orgânicos. Outro fato relevante: três empresas multinacionais compraram as três principais marcas de produtos saudáveis e orgânicos, originárias de empresas locais e familiares. O consumidor está fazendo pressão por novos produtos.
Se queremos crescer internamente, não podemos ignorar as ações externas, achando que sozinhos desenvolveremos o nosso mercado de orgânicos"

O Brasil precisa tirar o atraso dos últimos 10 anos. Temos que reatar tratativas de acordos comerciais com os blocos europeu e americano e formalizar a equivalência de certificação com o Chile. Se queremos crescer internamente, não podemos ignorar as ações externas, achando que sozinhos desenvolveremos o nosso mercado de orgânicos.

Isso não é abrir a porteira, nem é perder a soberania! Significa conviver com um mercado que hoje é complexo, biodiverso e sustentável.

*Ming Liu é diretor do Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável)
às fevereiro 01, 2019 Nenhum comentário:
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Produtos orgânicos podem ser pedidos pelo WhatsApp em São Paulo

Fonte: Brasil de Fato
Nadine Nascimento*
São Paulo (SP),26 de Dezembro de 2018 às 10:01


Alimentos de assentamentos da reforma agrária são entregues quinzenalmente na Zona Sul da cidade


Roseli Maria Paini, assentada do Dom Tomás Balduíno: aliança campo-cidade fortalece a luta pela terra e pela alimentação saudável para todos / Daniela Stefano


Quem mora em São Paulo e vive na correria da maior cidade da América Latina pode pensar que é complicado encontrar produtos orgânicos a preços acessíveis. Mas isso não é verdade. Consumir produtos sem veneno pode ser mais simples do que você pensa.

Uma opção prática é entrar em contato com pessoas que fazem a aliança entre os agricultores no campo e os consumidores na cidade. O pedido de frutas, verduras e hortaliças sem agrotóxico pode ser feito via WhatsApp!

Maria Alves é acampada na Comuna da Terra Irmã Alberta, que fica na região de Perus, na capital paulista. Ela é uma agricultora do acampamento do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que oferece alimentos orgânicos para quem mora na área urbana.

“Essas hortaliças e frutas são sem agrotóxicos, sem adubo químico, sem nenhum veneno. Aqui a gente procura recursos naturais. Eu garanto que vai limpinho. Quando vocês receberem o kit lá, podem ter certeza que vocês conhecem a origem do produto”, garante Maria Alves, acampada na Comuna da Terra Irmã Alberta, na região de Perus.

Aliando o campo e a cidade, Marilene de Camargo e Paulo Nakamura recebem pedidos de consumidores urbanos nos grupos de aplicativo de celular e ofertam os produtos disponibilizados por produtores como a Maria. As entregas acontecem quinzenalmente na zona sul de São Paulo.

“Um dos problemas do assentamento é a distribuição de mercadoria. O pessoal não tem transporte e os produtos são perecíveis. Então, desde outubro de 2017, a gente começou a fazer um grupo de compras”, conta Marilene.

Resistência

Para Paulo Nakamura seu trabalho contribui para aproximar aqueles que produzem, daqueles que procuram os alimentos orgânicos, quebrando a lógica do mercado. “A ideia é não ter lucro. Queremos fazer esse trabalho através do relacionamento entre as pessoas e não através da mercadoria, um relacionamento humano entre trabalhadores e consumidores”, acredita.

Localizado em Franco da Rocha, cidade da grande São Paulo, o assentamento Dom Tomás Balduíno completou 16 anos em 2018. Em sua extensão de oito mil hectares, vivem 63 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para Rosely Maria Paini, assentada do Dom Tomás, essa aliança campo-cidade fortalece a luta pela terra e pela alimentação saudável para todos.

“Essa interlocução de quem compra e quem vende é muito importante. É muito legal porque as pessoas trazem força para a gente. Elas se identificam com a luta, e muitas delas são lutadoras também em seus espaços. A gente junta aqui as experiências, as forças e essa identidade. Por isso, estou sempre de portas abertas. A conquista da terra não foi uma conquista só nossa, ela foi de muita gente”, diz a assentada.



Serviço


Os produtos ofertados pelos assentados são variados, vão desde verduras, legumes, até frutas, todos orgânicos. Tem alface, couve, rúcula, cebolinha, cenoura, beterraba, mandioca, abacate, limão, banana, uva, entre outros. Neste ano, os assentamentos puderam vender cerca de quatro toneladas de manga através de grupos como este organizado por Marilene e Paulo Nakamura.

Os pedidos são feitos até a quinta-feira duas vezes no mês. A entrega é realizada quinzenalmente aos sábados no Centro de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima, na rua Jacinto Paes, 57, em Americanópolis, Região Sul de São Paulo. Para pedir, basta entrar em contato pelo (11) 98972-4382.

* Produção: Daniela Stefano
  Edição: Daniela Stefano
às dezembro 27, 2018 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Encontro de Gastronomia Hospitalar

 Hoje participei a convite da Nutrinews do Encontro de Gastronomia Hospitalar, onde foram debatidos temas como hospitalidade, gastronomia, sustentabilidade e idosos.

Veja a programação: 



Foi um encontro interessante com pessoas que realmente desejam fazer a diferença, mas ainda falta apoio e também do conhecimento sobre a importância de alimentos orgânicos. 
Muito interessante a palestra da Dra Valéria Paschoal falando sobre biodiversidade, alimentos orgânicos - Biodinâmicos e apontando as vantagens das PANCS (plantas alimentícias não convencionais) no tratamento e prevenção das doenças.

Eu especialmente fui fazer a mediação do TALK SHOW - Seniors um mercado em expansão, onde discutimos as medidas e cuidados com essa nova realidade, como lidar com o idoso ativo, que trabalha e produz e com o idoso mais dependente. A alimentação exerce um papel importante, nutrindo o corpo e as lembranças. O alimento que cuida mais  presente ainda.

Obrigada Adélia pelo convite e espero ansiosa que a Nutrinews disponibilize o material do encontro para que todos possam analisar e usufruir das informações.

às outubro 31, 2018 Nenhum comentário:
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terça-feira, 16 de outubro de 2018

O desafio de um chef estrelado na cozinha de um hospital alemão


Fonte:GAÚCHA ZH
15/10/2018 - 13h56min

THE NEW YORK TIMES

Berlim – Com a habilidade natural de um chef que comanda a cozinha de um restaurante estrelado pelo guia Michelin, Patrick Wodni rapidamente reuniu os ingredientes de que necessitaria para fazer o prato do dia, uma torta de cebola. Dessa vez, porém, em vez de colocar tudo em sua tigela de aço inox favorita, despejou o creme azedo, os ovos, o cominho, o feno-grego, o pimentão vermelho e o açafrão em uma cuba de proporções industriais e misturou tudo com as mãos.

"Normalmente você acompanharia isto aqui com um bom copo de Riesling, mas, infelizmente, estamos em um hospital", disse Wodni, 29 anos, com o aroma dos temperos se espalhando pelo ambiente para se misturar ao perfume das cebolas refogadas que saía da estufa.

Mesmo sem a harmonização do vinho, a maioria dos pacientes e funcionários do Havelhöhe, em Berlim, é

unânime em afirmar que os pratos de Wodni são muito mais saborosos que a comida típica de hospital. Como parte de um experimento atípico – que o fez abandonar o posto em um dos restaurantes mais badalados da cidade –, o hospital substituiu suas milanesas padrão por legumes e verduras orgânicos, carne de vacas criadas em pasto e peixes de um criadouro ecologicamente consciente.

Muitos hospitais e clínicas médicas simplesmente esquentam as refeições congeladas que compram fora, mas Wodni, que combina uma atitude gentil com uma propensão para os xingamentos, mostra que é possível melhorar a qualidade da comida oferecida aos pacientes mantendo os preços baixos.

E ele não para por aí; espera que esse projeto seja o primeiro passo para transformar a forma como escolas e hospitais preparam e compram os alimentos. "Na verdade, queria ver a mudança chegar às práticas agrícolas, aumentando a demanda por solos saudáveis e uma produção orgânica e regional, de menor escala", explica.

"Logo no início, analisei bem o orçamento para ver o que podia ser feito com o que tínhamos", conta Wodni, logo de manhã na cozinha grande, meio antiquada, mas perfeitamente funcional do hospital. Parando para dar uma mordida na cenoura da horta orgânica comunitária que fica no mesmo quarteirão (como até a pele era docinha, ele pediu ao aprendiz que nem se desse ao trabalho de descascar), Wodni explicou que, mantendo os padrões do setor, o Havelhöhe gasta 4,74 euros (cerca de US$5,50) em alimentação por pessoa.

E, segundo ele, esse valor parece mais desqualificativo do que na verdade é. "Eu não conseguiria comer bem com tão pouco, mas quando se prepara 500 refeições por dia, dá para ajustar a proporção."

Sua primeira medida foi suspender os pedidos da empresa que fornecia a maior parte da comida hospitalar. "Não dava para saber se era carne moída ou uma esponja picada", conta, balançando a cabeça.

Depois, apelando para os contatos que fizera trabalhando no cenário da alta gastronomia berlinense, procurou produtores orgânicos locais, padeiros, açougueiros e criadores de peixes de água doce sustentáveis. Em sete meses, o hospital passou a se servir de seis atacadistas, e não mais três, como anteriormente, além de nove produtores.

"Meu principal objetivo com isso foi criar uma relação comercial local direta entre os agricultores, horticultores, padeiros e piscicultores com o hospital", explica Wodni, que confessa ter abdicado do veganismo quando percebeu que a inveja que sentia dos sanduíches de queijo dos outros estava tornando-o uma pessoa desagradável.

"O impacto de trabalhar diretamente com o produtor vai muito além de uma questão econômica. Obter ingredientes de qualidade, na verdade, é a parte mais importante do meu trabalho", prossegue, mostrando com os olhos as pilhas vistosas de acelga de talo colorido, salsão, rabanetes vermelhos, cebolinha e tomates de todos os formatos.

"Se você tem uma cenoura ruim na mão, não dá para fazer nada com ela", usando um palavrão para dar ênfase ao "ruim". "Já uma cenoura saborosa, não precisa de muito preparo. Por que cozinhar legumes que são gostosos crus?", questiona.

A seguir, ele começa a moer espelta e centeio, além de preparar o próprio queijo. "Tudo o que for possível fazer a partir do zero, nós fazemos. É uma questão de opção, de mudar de dentro para fora", ele completa, tirando um vidro de limões e limas marinando há três meses com cravo-da-índia e folhas de louro para usar no preparo do molho do peixe do dia.

Nem todo mundo no hospital ficou completamente satisfeito. Muita gente reclamou, por exemplo, da decisão de Wodni de reduzir drasticamente a quantidade de carne servida – que costumava ser duas vezes por dia, e passou para três vezes por semana, mais o peixe das sextas-feiras – substituindo-a por opções como grão-de-bico e cuscuz marroquino.

"No geral, a comida é muito boa, mas podia ter mais carne. E mais molhos", opinou o paciente cardíaco Waldemar Lichtneckert, em entrevista recente para a TV, quando perguntado sobre o novo cardápio.

Conforme ia fatiando o peixe em porções uniformes, guardando os restos para fazer um caldo, ele contou que agora que o programa do Havelhöhe tinha sido instaurado e estava funcionando bem, ele ia deixar a função do preparo diário para se dedicar à supervisão. Isso também porque sua mulher, que é historiadora da arte, fora contratada para trabalhar a uma boa distância dali, na região de Eifel, periferia de Colônia, onde o casal mora com outras famílias em uma comuna estabelecida em um castelo antigo.

A mudança também se adequa à sua ambição de promover reformas além dos limites do hospital. Wodni está em negociação com várias instituições públicas, tentando convencê-las a melhorar a qualidade de sua comida; além disso, é também o "curador gastronômico" de um festival de Berlim cujo lema este ano é: "Comida boa para todos!".

"Acho que sempre fui um crítico da sociedade. Se você cria demanda por produtos bons, acho que há um potencial enorme para a mudança", filosofa durante uma pausa breve, antes de ser chamado pelo pessoal da cozinha para fazer mais arroz para o almoço dos pacientes.

Por Sally McGrane


às outubro 16, 2018 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

É preciso incluir os custos à saúde no preço dos alimentos ultraprocessados, defende Cecília Rocha

Fonte: SUL 21
Publicado em: setembro 22, 2018


A professora brasileira Cecília Rocha, da Universidade de Ryerson, no Canadá, participou nesta semana de conferência sobre alimentação e agricultura na Ufrgs | Foto: Joana Berwanger/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Qual é o efeito dos alimentos que ingerimos para a saúde? Qual é o impacto dos sistemas alimentares correntes para o corpo humano e para o meio ambiente? Esses foram alguns dos temas do painel que Cecília Rocha, professora de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional na Universidade de Ryerson, localizada em Toronto, no Canadá, e pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança Alimentar da mesma universidade, apresentou em sua fala na Conferência Internacional Agricultura em uma Sociedade Urbanizada (AgUrb), realizada ao longo da semana que passou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

Cecília defende

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às setembro 24, 2018 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Quando será que teremos isso no Brasil? Canadá investirá mais de US$8 milhões em orgânicos

Por EquipeONB
-01/09/2018

(Foto: Pixabay)

O governo canadense anunciou um financiamento de US$8,3 milhões para a Federação Orgânica do Canadá investir em pesquisas para melhorar a produção, como gestão da fertilidade, a saúde do solo e a avaliação dos impactos ambientais das práticas agrícolas.

Em média, as vendas no varejo de alimentos orgânicos cresceram dois dígitos na última década, com vendas atuais estimadas em US$5,4 bilhões.

“O investimento significativo de hoje na ciência da agricultura orgânica ajudará nossos agricultores orgânicos a crescer mais e a crescer melhor. E temos o prazer de apoiar os Padrões Orgânicos Canadenses, que são a espinha dorsal da indústria orgânica”, afirmou Lawrence MacAulay, Ministro da Agricultura e Agroalimentar.

O ministro também anunciou um investimento adicional de US$ 292.555 sob o programa federal Canadian Agricultural Adaptation, para ajudar a indústria a agilizar o processo de revisão dos Padrões Orgânicos Canadenses e a melhorar a competitividade orgânica do país.

** Com informações do jornal Pioneer do Canadá

às setembro 03, 2018 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Batata doce fashion e gostosinha

Pois é gente, há quase 2 semana venho recebendo os alimentos orgânicos em minha casa com a qualidade e o carinho do pessoal do Caminhos da Roça.

Há tempos, mas põe tempo nisso, conheço o trabalho da minha querida Marina Pascon, uma mulher forte, lutadora e que sempre teve a Agricultura Orgânica como lema. Pois bem, mas somente agora , sei lá porque, fui utilizar os serviços da sua empresa. 

Esta semana entre outras coisas vieram uma batatas doces com uma cor laranja incrível e quando olhei para elas de cara pensei numa coisa que o pessoal lá em casa ama: batata doce frita!

Ah mas frita, "num pooode né"?. Aqui em casa pode sim, só que um jeitinho todo especial.



Sabe aquela batata frita SQN? 
Então aqui eu fiz bem rústica, mas você pode usar aqueles cortadores "caríssimos" que vendem nas casas de 1,99 que ficam feito as chips de saquinho, só que milhares de vezes mais saudáveis.

Cortadas as batatas coloque por cima azeite extra virgem, sal marinho, pimenta moída na hora (se gostar), orégano ou qualquer outra ervinha de sua preferência. Mexa bem nas batatinhas para que todas fiquem lambuzadas desse tempero.

Numa forma untada com azeite coloque uma por uma para que nenhuma fique por cima da outra. Leve ao forno já aquecido. (Quando começar a descascar as batatas já acenda o forno, assim ele estará na temperatura certinha). Deixe até que estejam douradinhas por cima e vire uma a uma. Quando estiverem todas douradas dos dois lados, sirva.

Vai bem com um arroz e feijão fresquinho ou como aperitivo no fim de semana. Experimente a Caminhos da Roça, seus alimentos orgânicos e esta receita "facinha e gostosa".


Nem sempre temos tempo para comprar nossos orgânicos então que tal deixar que façam isso para nós, os deliveries estão aí pra isso. Receba em casa frescor, saúde e sabor. 



às agosto 15, 2018 Nenhum comentário:
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quarta-feira, 16 de maio de 2018

São Paulo ganha nova feira orgânica – e por que isso é muito importante

Fonte: Revista Boa Forma
Quanto maior o número de adeptos dos alimentos sem defensivos, menor o risco da liberação de novos agrotóxicos
Por Eliane Contreras
6 maio 2018

(a_namenko/Thinkstock/Getty Images)

Prepare a sacola sustentável: a partir desta sexta-feira (18/05), o mapa de feiras orgânicas de São Paulo ganha mais um novo endereço – desta vez, no espaço da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). As barracas de pequenos produtores certificados serão montadas uma vez por semana, sempre às sextas, das 7 da manhã às 13 horas.

Veja também

SAÚDEOrgânicos: uma boa aposta!query_builder12 mar 2015 - 10h03

A promessa é de preços acessíveis para desmistificar a ideia de que os orgânicos são necessariamente mais caros. “Queremos que mais pessoas conheçam os alimentos orgânicos e queiram entrar nesse estilo de vida“, diz André Pereira, um dos sócios da Plural Bio e da Só Orgânicos – empresas parceiras na criação e organização da feira.

Por coincidência, a Feira Orgânica Ceagesp surge no momento em que os adeptos da alimentação livre de defensivo agrícola se mobiliza contra a PL dos Venenos – Projeto de Lei 6299/2002 em curso na Câmara Federal que defende a liberação de mais substâncias nocivas no cultivo agrícola. E várias delas são proibidas há anos nos Estados Unidos e na Europa pelos prejuízos comprovados à nossa saúde e à natureza.

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Os ativistas alertam para mais um retrocesso na legislação dos defensivos agrícolas, a PL3200, que sugere alterar o nome de “agrotóxico” para “defensivos fitossanitários”. “A mudança de nome desinforma e mascara o risco que esses venenos trazem para a nossa saúde e o meio-ambiente. As pessoas podem achar que não é perigoso e que existe um uso seguro, o que é absolutamente falso”, ressalta a especialista em agricultura e alimentação Marina Lacôrte, do Greenpeace Brasil. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) já afirmaram que não há nível de consumo seguro para essas substâncias.

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Só para constar: por causa da economia baseada no agronegócio (monoculturas), desde 2008 o Brasil é o primeiro no ranking de países que mais empregam agrotóxicos nas plantações. Que venham mais feiras orgânicas para que essa história possa ser mudada e a nossa comida de todo o dia chegue à mesa livre de substâncias nocivas.

Endereço Feria Orgânica Ceagesp: Av. Dr. Gastão Vidigal, Vila Leopoldina (Zona Oeste), portão 7, entrada gratuita.


Nota:

Previamente divulgada para dia 11/5 e, posteriormente, para 18/5, a inauguração da 1ª Feira de Orgânicos da CEAGESP de São Paulo foi suspensa por tempo indeterminado por conta de atrasos na análise da documentação dos agricultores participantes para legalização da feira orgânica.

“Queremos finalizar os trâmites legais para que a feira esteja em pleno funcionamento o mais rápido possível. Assim que a data for definida, haverá ampla divulgação. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, diz porta-voz da Plural, uma das empresas organizadoras da feira.

A primeira Feira Orgânica da CEAGESP é uma iniciativa de pequenos produtores orgânicos certificados e acontecerá semanalmente, às sextas-feiras, no Varejão da CEAGESP.

Fonte: Plural
Telefone: (11) 2977-4304
Site: www.pluralbio.com.br
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segunda-feira, 30 de abril de 2018

Supermercados optam por agricultor local para rastrear melhor orgânicos

FONTE: DCI

Varejo de todos os portes monitora cada vez mais o trajeto dos alimentos e foca no desenvolvimento de marcas próprias de produtos livres de agrotóxicos para maior disseminação
JOÃO VICENTE RIBEIRO • SÃO PAULO
Publicado em 30/04/18 às 05:07



A fim de garantir a devida origem e pureza de alimentos classificados como orgânicos, redes varejistas de diversos tamanhos têm elevado o esforço no monitoramento do trajeto que o produto percorre até as gôndolas e, para isso, priorizam mais negócios com produtores locais.

Redes como Carrefour, Pão de Açúcar e – de menor porte – Savegnago apostam no discurso em favor da saudabilidade alimentícia e gama de produtos orgânicos dentro de suas marcas próprias e descentralizam seus fornecedores do eixo Rio-São Paulo.

Para o superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan, os orgânicos estão mais disseminados e a tendência é que apresentem incremento nos próximos anos, por motivos que vão além da saudabilidade.

“A preocupação com a saúde ainda é a que mais impulsiona o consumo [destes produtos] no Brasil. Porém, para um determinado grupo de consumidores, a principal motivação para o consumo destes produtos são questões ligada ao meio ambiente”, destaca Milan.

“Acredito que o mercado de orgânicos nacional vá crescer substancialmente dentro de cinco anos e, em torno de dez anos, chegaremos ao patamar de produção de países como Inglaterra e regiões da França”, afirma o diretor de sustentabilidade do Carrefour, Paulo Pianez. Segundo a empresa, a descentralização de fornecedores, com o surgimento de produtores locais próximos às unidades da rede, já pode ser vista nas regiões Centro-Oeste e Sul.

De acordo com ele, no Brasil, a rede varejista francesa está investindo em um movimento para converter seus distribuidores tradicionais em produtores mais engajados na produção “agroecológica” – conhecida também como uma prática agrícola ligada à sustentabilidade.

“Não basta fazer essa conversão, isso também tem que ser visto em valores mais acessíveis e competitivos dos nossos produtos orgânicos”, afirma Pianez, destacando que a popularização dessa categoria de alimentos acarretaria em uma diminuição dos preços.

O diretor afirma que a variação do preço dos alimentos orgânicos é de 20% a 50% em relação aos itens tradicionais. O Carrefour começou há dez anos a trabalhar por meio de sua marca própria nessa categoria de produtos sem agrotóxico. Atualmente, o sortimento de hortifruti “natural” da rede varejista corresponde a mais de 12% de toda a variedade de frutas, legumes e verduras do negócio.

Em 2017, a empresa foi eleita – pelo Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (Rama) – como a rede que melhor rastreou seus alimentos no Brasil. Com 46 varejistas participantes, a iniciativa tem como objetivo supervisionar, por meio de análises técnicas, que o limite legal da aplicação de defensivos agrícolas nos produtos seja respeitado.

Também com marca própria de orgânicos – batizada há dez anos como Taeq –, a rede de supermercados Pão de Açúcar vislumbra um aumento no número de produtores cadastrados caso haja um incremento na demanda por essa categoria de alimento. Hoje, o negócio conta com mais de 1,6 mil itens deste tipo.

“Inicialmente contávamos com uma variedade menor de produtos – bastante concentrada em frutas, verduras e legumes. Porém, nos últimos anos, o mercado cresceu e hoje já é possível encontrar alternativas orgânicas em quase todas as categorias como palmito, azeite, sucos, biscoitos, massas, energéticos e vinhos”, disse o Grupo GPA por meio de comunicado.Portes menores

A disseminação dos produtos orgânicos também se dá em redes menores. É o caso da Savegnago, que tem como principais fornecedores pequenos agricultores e cooperativas locais. Para o gerente comercial, Belchior Martins, porém, um dos principais desafios a ser enfrentados está relacionado a acessibilidade. “Os valores variam muito, mas geralmente está em torno de 30% a 50% mais caro. Com maior produtividade e tecnologia os valores tendem a ficar mais acessíveis”, comenta.


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