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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG
Por Sandra M. Pinto 14:51, 6 Maio 2022

Conheça-os aqui e ponha-os de lado

Peito de peru processado: Tem uma grande quantidade de sódio, conservantes e aditivos.

Barra de cereais: 
A maioria delas contém como principal ingrediente o açúcar.


Gelatina: O açúcar é seu principal ingrediente, além do alimento possuir edulcorante artificial, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio e sacarina sódica, que tem forte poder de adoçar.

Bolachas de água e sal: Estas bolachas são carboidrato refinado puro, ou seja, têm farinha de trigo, soro de leite, sal, fermento (bicarbonato) e gordura vegetal.

Iogurte com sabor: Composto por açúcar, frutas artificiais, aditivos, amido modificado (para ter uma textura mais agradável e consistente), deve estar fora da alimentação diária.

Sumo embalado: Tem baixa concentração de fruta, além de serem adicionados à sua composição muita água e açúcar.

Refrigerantes zero açúcar: O problema da bebida zero açúcar é a variedade e a quantidade de adoçantes presentes. Elas possuem muito mais sódio do que as normais.



Sopa instantânea: 
O seu consumo recorrente pode ser muito prejudicial, pois é um produto que possui uma alta carga de sódio e aditivos como espessantes, realçadores de sabor, aromatizantes e corantes.


Molhos para salada industrializados: possuem conservantes, além de sal e açúcar.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Hospital Galileu renova selo em programa nacional de alimentação sustentável

A certificação Green Kitchen reconhece instituições que trabalham o uso sustentável dos alimentos e o destino consciente dos resíduos orgânicos
12/01/2021 
Por Rafaela Palmieri (HPEG)



As práticas para uma alimentação saudável desenvolvidas pelo Setor de Nutrição e Dietética (SND) do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) garantiram a renovação do selo Green Kitchen para a unidade. A certificação reconhece atitudes e iniciativas sociais e ambientais nos serviços alimentares oferecidos pela instituição. Além disso, fatores como produção sustentável e o destino adequado dos restos alimentares são avaliados.

“Com a implementação dessas práticas, aplicamos estratégias de desenvolvimento sustentável, buscando reforçar o apelo global que a ONU fomenta em relação ao bem-estar da vida e consolidar a responsabilidade socioambiental da instituição”, explica Thiago Silva, coordenador do SND.

Foto: Ascom / HPEG

A certificação veio após uma avaliação padrão com questões relacionadas a alimentação saudável, sustentabilidade e ambientação natural. “O manejo de resíduos produzidos e treinamentos em sustentabilidade foram alguns dos requisitos avaliados e que proporcionaram a conquista”, ressalta Thiago.

Diariamente, a equipe oferece um cardápio equilibrado e saudável aos pacientes, acompanhantes e colaboradores, priorizando alimentos com valores nutricionais agregados e evitando o uso de produtos industrializados.

Sustentabilidade

O HPEG conquistou o selo Green Kitchen pela primeira vez em 2016. Além da qualidade dos alimentos, a unidade prioriza a sustentabilidade na produção e destino dos alimentos.

Para Joabe Lopes, coordenador de apoio, a conquista é o reflexo do engajamento do serviço de nutrição do hospital. “Conseguimos oferecer uma alimentação de qualidade aos usuários com o mínimo de impacto ambiental e a máxima otimização dos recursos disponíveis”, enfatiza o profissional.

Selo Green Kitchen

Além do HPEG, outras instituições no Pará já conquistaram o selo. São elas: Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo na região metropolitana de Belém; e os Hospitais Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso, Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna e Materno-Infantil de Barcarena Dra. Ana Turan, no interior do estado.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Degeneração Macular: um Desastre Alimentar

Jornal do Brasil - WILSON RONDÓ JUNIOR - drrondo@drrondo.com
Pessoas, Mulher, Menina, Vestuário, Olho

Imagem Pixabay

A degeneração macular tem se tornado a principal causa de perda de visão. Mas, antes de 1925, os casos não chegavam a 50 em toda a literatura mundial. Após 1940, ela começou a crescer, e a expectativa para 2020 já são 196 milhões de pessoas acometidas. Trata-se de uma destruição irreversível da mácula, (parte de retina), causando a perda da visão central, mas preservando a visão lateral periférica. O primeiro sinal é a visão embaçada, portanto, nestes casos, procure um oftalmologista. O conceito que aprendemos é que é uma consequência inevitável do envelhecimento e da genética, algo que agora se vê de outra forma.

No livro “Estratégia Dietética Ancestral para Prevenir e Tratar a Degeneração Macular”, o Dr. Chris Knobbe, oftalmologista, descreve suas pesquisas com populações distintas. Ele observou que possivelmente a degeneração macular seria mais uma doença do erro alimentar do mundo moderno, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer etc. Ele conclui que os alimentos industrializados são a raiz do problema, ausente em populações que consumiam e consomem dietas ancestrais.

Portanto, a degeneração macular é uma doença induzida principalmente pela dieta da modernidade no ocidente, rica em carboidrato refinado, grãos, especialmente transgênicos, açúcares, frutose, enlatados, doces, confeitaria, óleos vegetais poli-insaturados e gorduras trans. Além disso, proteínas de animais confinados e laticínios pasteurizados. Com isso, perdemos altas concentrações de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K2), hidrossolúveis (complexo B e C) e minerais (magnésio, zinco, cobre, fósforo, potássio).

Desastre alimentar desde 1880 até hoje

As principais alterações dietéticas causadoras das principais doenças metabólicas são:

1. Surgimento em 1880 de óleos processados, hidrogenados ou parcialmente hidrogenados. Em 1961, já se consumiam 9 g por pessoa por dia de óleos vegetais poli-insaturados. Em 2000, eles chegavam a 40 g por dia, e isso só vem aumentando. Eles são geradores de gorduras trans, pró-inflamatórios, indutores de resistência à insulina e causadores de aumento excessivo de estresse oxidativo.

2. Introdução de carboidrato refinado na dieta, chegando nos dias atuais a 85% desses componentes na alimentação.


3. Aumento de consumo de alimentos processados (produtos industrializados, feitos para serem bonitos, cheirosos, atraentes e durarem nas prateleiras) sendo a grande maioria carregada com óleos vegetais processados e açúcares adicionados.

Para se prevenir, é preciso uma alimentação não processada, incluindo frutos do mar e peixes de águas profundas, carne e laticínios (não pasteurizado) de animais a pasto. Enfatize a ingestão de produtos animais como um todo, ou seja, além da carne, também órgãos e tecido conjuntivo (uma boa ideia é caldo de osso e cartilagens). Agindo assim, você certamente vai manter distância da degeneração macular e garantir uma Supersaúde!

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Referências bibliográficas:

•American Academy of Ophthalmology May 17, 2018

•Bright Focus Foundation January 5, 2016

•Retina. 2015; 35(3): 459-66.

•The Weston A. Price Foundation January 1, 2000

•AllAboutVision.com December 2017

•Cure AMD Foundation, Is Age-Related Macular Degeneration (AMD) Preventable — and Treatable — With Diet?

•Arch Ophthalmol. 2001; 119(10): 1417-36

•JAMA. 2013; 309(19): 2005-15

•Knobbe, Chris. Ancestral Dietary Strategy to Prevent & Treat Macular Degeneration. Springville, Utah: Vervante Corporation, 2016, pp. 98-103.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Você conhece o OPA?


Desde abril o IDEC Instituto de Defesa do Consumidor e a Alimentação Adequada e Saudável e outras Organizações lançaram o site OPA - Observatório de Publicidade de Alimentos.

Nele você pode fortalecer seu direito de Consumidor à uma alimentação adequada e apoiar as autoridades competentes quanto à identificação de Publicidades abusivas ou enganosas.

Qual a diferença entre Publicidade abusiva e enganosa?

Abusiva : publicidade discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.


Enganosa: aquela que contenha informação inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.





No OPA qualquer pessoa pode denunciar publicidades abusivas ou enganosas feitas na TV, Internet, rótulos, eventos e outros meios, que desrespeitem o Código de Defesa do Consumidor.

As denúncias são analisadas por uma grupo de advogados, nutricionistas e outros especialistas que definem as estratégias de encaminhamento do caso analisado aos Órgãos Competentes.


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Dieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com naturalidade

Um dos objetivos desse conceito é calar a "polícia dos alimentos" que existe dentro de nós, abolindo regras sobre como ou o que comer

Fonte: CATRACA LIVRE
19/08/2019


Crédito: Jerzy Gorecki/PixabayDieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com mais naturalidade

Você já ouviu falar sobre alimentação intuitiva? Embora esse conceito não seja novo, voltou a ser comentado após diversas pesquisas comprovarem que as dietas proibitivas fazem mal à saúde.

A ideia surgiu em 1995, a partir da publicação do livro “Intuitive Eating: A Revolutionary Program That Works“ (em livre tradução, “Alimentação Intuitiva: Um Programa Revolucionário que Funciona”), das nutricionistas Elyse Resch e Evelyn Tribole.
Afinal, o que é a dieta intuitiva?

A alimentação intuitiva não impõe regras sobre como ou o que comer. Ela é guiada por dez princípios, como “honrar a saúde”, “respeitar a plenitude” e “fazer as pazes com a comida”.

Muitas pessoas se tornam adeptas dessa prática após fracassarem em dietas ou quando se sentem cansadas pela rigidez de algumas regras alimentares.

Mas quem adere à dieta intuitiva pode acabar se deparando com um medo. Será que, quando eu me permitir comer o que quiser, vou querer consumir apenas “porcarias”? Isso pode acontecer no início, mas não é o que se observa a longo prazo. Quando a pessoa se descobre com essa “liberdade”, acaba refletindo melhor sobre suas escolhas.

Para o médico Guilherme Renke, a alimentação intuitiva pode ser interessante “partindo do pressuposto que não seja permissiva para a saúde”. Ele é endocrinologista titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

“É óbvio que nós temos que incluir alimentos saudáveis, mas é bom sempre variar”, diz. “A pessoa que toma o mesmo café da manhã, em algum momento, vai acabar enjoando daquilo”, exemplifica. “Você poder fazer uma troca intuitiva por algo que é saudável, trocar um café da manhã em que você está habituado a comer iogurte e passar a comer abacate, ovo ou outro tipo de alimento.”

“Polícia” dos alimentos


Crédito: Congerdesign/PixabayDieta intuitiva ajuda a encarar a alimentação com mais naturalidade

Na alimentação intuitiva, uma das metas é reconhecer e silenciar a crítica aos alimentos — que alguns chamam de “polícia” dos alimentos. É aquela voz que temos dentro de si dizendo o que devemos ou não comer.

Segundo essa teoria, alguns itens são mais nutritivos do que outros, mas não precisamos comer somente esses alimentos para sermos saudáveis.

A ideia é diferenciar a culpa, que é negativa, do arrependimento, que pode servir como aprendizado por ter tido, por exemplo, uma alimentação inadequada em alguma ocasião.

Renke recomenda “evitar ficar dizendo o tempo todo que determinada coisa faz mal”. Ele alerta que a “polícia dos alimentos” pode levar, inclusive, a transtornos e doenças. “O que a gente tem que ver é aquilo que faz muito bem, que tenha comprovação, favorecendo nossa alimentação para esses alimentos.”

“Acho que nós temos que usar a intuição e nos presentear eventualmente com coisas que estão fora da nossa alimentação”, crê o especialista. “Um dia, por exemplo, sair para jantar, beber alguma coisa que é fora do seu padrão alimentar… Senão, você acaba fazendo uma exclusão, inclusive social.”

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Nutrir o corpo e alimentar a alma

Imagem: Imagem de Divily por Pixabay 
Fonte: nd+
Adriana Salum Nutricionista 17/07/2019

Com a industrialização, há uma mudança no comportamento alimentar, uma vez que passamos a consumir alimentos prontos ou semi-prontos, de rápido preparo, geralmente com alto teor de carboidratos refinados (farinhas, açúcares), gorduras (saturada e trans) e sódio. A entrada da mulher no mercado de trabalho também é um ponto importante na mudança deste comportamento.

Essa mudança na forma de se alimentar, traz consequências importantes à saúde, pois aumenta o risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes mellitus, hiper­tensão arterial sistêmica, esteatose hepática, obesidade, entre outras e carenciais por falta de nutrientes, principalmente vitaminas e mine­rais. A alimentação está relacionada à necessidade, ao prazer, ao lazer, a realizações e com uma relação es­treita com o prazer emocional. O alimento que fornece os nutrientes para o crescimento e manutenção do organismo, passa a ser ameaçador, a magreza passa a ser valorizada e a obesidade estigmatizada, trazendo consequências psicológicas impor­tantes.

Padrões de beleza exigentes com corpos magros, atléticos, musculo­sos e bem torneados trazem com­portamentos deturpados com rela­ção à forma de se alimentar, e com tanta disponibilidade de alimentos, como fazer para alcançar o que a mí­dia e a sociedade impõem as mulhe­res? Resposta: – Dietas restritivas, que trazem sérios prejuízos ao nosso corpo, além do risco de desenvolver uma compulsão alimentar, anorexia nervosa e bulimia nervosa, que são doenças psiquiátricas, ou viverem no que chamamos de efeito sanfona, e uma eterna insatisfação e frustra­ção por não conseguir manter o peso desejado.

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É muito importante um trabalho para esclarecer as dúvidas com re­lação à nutrição e alimentação e o papel essencial que o alimento re­presenta para cada pessoa, além do nutrir. Pense que você deve nutrir seu corpo e alimentar sua alma, e isso não está relacionado apenas a contar calorias, retirar carboidra­tos ou gorduras da sua alimentação. Tem a ver com memória afetiva, com prazer em comer algo que você gosta, sem culpa, proibições e jul­gamentos.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Projeto na AL: Produtos orgânicos poderão ser inseridos na alimentação de pacientes

Fonte: A TRIBUNA DE MATO GROSSO
Por Redação
-11 de junho de 2019



Se aprovado, os hospitais da rede pública estadual serão obrigados a inserir pelo menos 30% de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação fornecida aos seus pacientes – Foto: Maurício Barbant/ALMT


Pacientes da rede pública hospitalar deverão receber alimentação com produtos orgânicos ou de base agroecológica. É o que prevê o projeto de lei 593/19, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), apresentado na semana passada e que aguarda o parecer das comissões permanentes para a votação em Plenário.

Se aprovado, os hospitais da rede pública estadual serão obrigados a inserir pelo menos 30% de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação fornecida aos seus pacientes. A adequação será feita de forma gradual, sendo 10% no primeiro ano, após sanção da nova lei; 20% no segundo ano, até atingir os 30% exigidos.

Conforme a proposta, caracteriza-se como produto orgânico in natura ou processado, os obtidos em sistema orgânico de produção agropecuária ou oriundo de processo extrativista sustentável.

Durante a aquisição dos produtos, os hospitais deverão escolher os reconhecidos pelo Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos; enquadrados no conceito de agricultura familiar; organizados em associações e cooperativas. Além disso, terão preferência os que forem produzidos nos municípios da mesma região da unidade hospitalar; os produzidos no estado de Mato Grosso, quando em igualdade de condições de preço, qualidade e prazo de entrega em relação aos provenientes de outros estados.

Dessa forma, o governo do estado deverá elaborar o Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica – PLEAPO, no prazo de 180 dias após a regulamentação da lei.

“Objetivo é melhorar a qualidade da alimentação que é servida aos pacientes dos hospitais da rede pública estadual, pois se tem conhecimento de que os alimentos orgânicos reúnem mais vitaminas, minerais e outros nutrientes do que aqueles cultivados no âmbito da agricultura tradicional. Além disso, esta iniciativa busca também criar, progressivamente, uma cultura de substituição dos alimentos oriundos da agricultura tradicional, na qual se observa o uso corrente de agrotóxicos, por aqueles de origem orgânica”, diz trecho do projeto, ao citar que alguns estados já aprovaram essa proposta.

“Conforme o exposto, entendemos como de fundamental importância, razão pela qual submeto aos nobres pares a presente proposta a qual solicito o devido apoio para sua análise e aprovação”, concluiu Botelho.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Má alimentação mata mais do que cigarro, afirma estudo


Fonte: Terra

Estudo global afirma que má dieta alimentar é fator de risco responsável pelo maior número de mortes no mundo e que pessoas comem muito açúcar e sódio e poucos cereais integrais, grãos, frutas e legumes. Pessoas em todo o mundo estão comendo muito pouco alimentos saudáveis e demais dos não saudáveis, afirmou um estudo científico publicado nesta quinta-feira (04/04) na revista médica The Lancet.

Segundo o estudo, uma má dieta alimentar é responsável por mais mortes do que qualquer outro fator de risco, incluindo o hábito de fumar. Cerca de 11 milhões de pessoas morrem todos os anos devido à má alimentação.

Uma em cada cinco mortes no mundo em 2017 estava associada a uma má dieta alimentar, que provoca doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes tipo 2. O cigarro matou 8 milhões, afirma o estudo.

O estudo Carga global da doença examinou as tendências de consumo de acordo com 15 fatores, entre 1990 e 2017, em 195 países.

A maior proporção de mortes relacionadas com a dieta alimentar foi registrada no Uzbequistão (195º colocado), seguido por Afeganistão, ilhas Marshall e Papua Nova Guiné. Os países que tiveram a menor proporção desse tipo de morte foram Israel, com apenas 89 óbitos por 100 mil pessoas, seguido por França, Espanha, Japão e Andorra. O Brasil ficou na 50ª colocação.

"Este estudo afirma o que muitos pensam há vários anos: que uma dieta pobre é responsável por mais mortes do que qualquer outro fator de risco no mundo", disse o autor da pesquisa Christopher Murray, da Universidade de Washington.

Na média global, o consumo per capita de bebidas com açúcar é dez vezes superior ao recomendado, e o de sódio, 86% superior. As pessoas comem, em média, apenas 12% da quantidade recomendada de nozes e grãos. O consumo de carne vermelha é 18% superior ao considerado adequado.

No Brasil, detectou-se uma deficiência de consumo de grãos e cereais integrais, assim como nos Estados Unidos, na Alemanha, na Nigéria, na Rússia e no Irã.

O estudo concluiu que as dietas mais fatais são aquelas com muito sódio (encontrado no sal) e as com insuficiente ingestão de cereais integrais, frutas, nozes, grãos, vegetais e ômega-3. A ingestão de bebidas doces, açúcares, gorduras e carne vermelha têm menor influência.

Para os pesquisadores, portanto, "as mortes se associam mais com não comer suficientemente alimentos saudáveis do que com comer demais dos que são ruins para a saúde".

Segundo os dados, das 11 milhões de mortes, 10 milhões foram por doenças cardiovasculares, 913 mil por câncer e 339 mil por diabetes tipo 2.

Mas manter uma dieta saudável e equilibrada não depende apenas da vontade das pessoas. A pesquisa mostra que a desigualdade econômica influencia negativamente nas escolhas alimentares. Em média, chegar às porções de frutas e vegetais recomendadas pelos médicos (cinco por dia) custa apenas 2% da renda das famílias nos países ricos, mas mais da metade da renda familiar nos mais pobres.

A partir do estudo, os autores defendem que as autoridades devem se concentrar em impulsionar dietas equilibradas e o acesso a produtos saudáveis em vez de focar na restrição de alimentos menos saudáveis.
LE/rtr/afp/efe

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Consumo consciente revoluciona indústria

Enquanto itens industrializados perdem espaço no cardápio, produtos saudáveis e orgânicos ganham mercado. Fenômeno obriga empresas tradicionais a rever política de investimentos
Fonte: EM.COM.BR Economia
JMJaqueline Mendes

postado em 21/02/2019 06:00 / atualizado em 21/02/2019 09:29


Muitos consumidores têm deixado de comprar itens processados e buscam alimentos orgânicos, sustentáveis e de origem local(foto: Casa Horta/divulgação 9/1/18 )

São Paulo – A indústria de alimentos está no meio de uma revolução. Desencadeada na última década, a onda de consumo consciente colocou em xeque os produtos tradicionais e estimulou o surgimento de uma série de inovações. Os consumidores, principalmente os da chamada geração millennials – que correspondem a um universo de 2 bilhões de pessoas – têm deixado de comprar itens processados e buscam alimentos orgânicos, sustentáveis e de origem local. Isso eleva a necessidade de as empresas investirem em uma cadeia de fornecimento segura e rastreável.

Essas são as principais conclusões de um estudo realizado pela consultoria Condere, sócia brasileira do Global M&A Partners (GMAP). O relatório é amparado por inúmeras estatísticas que mostram o notável crescimento da procura por alimentos e bebidas capazes de proporcionar bem-estar e o rápido declínio do segmento oposto, o de produtos que possam acarretar algum tipo de dano à saúde do consumidor.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o consumo anual per capita de carne vermelha no país caiu 15% nos últimos 10 anos. As vendas britânicas de salsichas encolheram 26% desde 2008, e o ritmo da queda se intensificou de três anos para cá. Na Alemanha, o consumo de carne está em declínio constante. Em 2017, o alemão médio comeu 59,6 quilos de carne, 1,4 quilo a menos do que no ano anterior.

No setor de lácteos, observa-se fenômeno parecido. O aumento do veganismo, preocupações crescentes com o bem-estar animal e preferências por outras fontes de proteína estão afetando as vendas de laticínios no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, elas despencaram 11% desde 2015 e muitas fazendas estão enfrentando dificuldades para sobreviver.

Além de beber menos leite, os consumidores também estão deixando os cereais de lado. Em 2017, último ano com dados disponíveis, o negócio dos cereais matinais encolheu 2,3%. A líder global Kellogs foi a que mais sofreu, com um volume de vendas 4% inferior em relação ao ano anterior.

Até os alimentos congelados, que pareciam se encaixar com perfeição na rotina atribulada dos profissionais da nova era, sofrem com o desejo por itens mais saudáveis. Nos Estados Unidos, as vendas de alimentos congelados devem cair 1,2% por ano até 2021. Segundo os especialistas, é óbvio que eles estão sendo substituídos por itens frescos.

No campo oposto, o de alimentos saudáveis, há um movimento oposto. O mercado global de bebidas não alcoólicas deve crescer 5,8% ao ano até 2025, puxado principalmente pelo aumento do consumo de água, água de coco, chás e sucos naturais. Para o mercado global de barras de cereais, a previsão é crescer 3,9% ao ano até 2023, como resultado da maior preocupação das pessoas em manter a forma física.

Não é só. Espera-se que o mercado global de alimentos embalados com sal reduzido alcance US$ 125 bilhões até 2022, 50% a mais do que o número atual. Entre as comidas sem açúcar, a projeção é crescer 10,2% ao ano até 2021. No mercado de alimentos livres (que não provocam qualquer tipo de intolerância) estima-se um avanço de 4,8% ao ano entre 2018 e 2023.

Em resumo: as pessoas estão preferindo comer alimentos frescos, feitos em casa ou sob encomenda, do que comida industrial processada. Também é óbvio que elas começaram a trocar o fast food por produtos naturais e orgânicos.

Os números apresentados no levantamento explicam por que a indústria tradicional está investindo em novas frentes de negócios. Em outubro de 2017, a Kellogs adquiriu a RXBar, uma fabricante de barras de proteína. No mesmo mês, a Unilever comprou a brasileira Mãe Terra, especializada em alimentos naturais e orgânicos. Um ano antes, a Ambev havia adquirido a empresa de sucos Do Bem.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O ano de 2019 pode ser o marco para os produtos orgânicos

Fonte: Globo Rural

O Brasil precisa tirar o atraso dos últimos 10 anos. Temos que reatar tratativas de acordos comerciais com os blocos europeu e americano e formalizar a equivalência de certificação com o Chile


POR MING LIU*
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Apenas 1,2% das terras do planeta são ocupadas por produtores de orgânicos. (Foto: Roberta Pessoa)

O mercado global de produtos orgânicos é território fértil para inovação e novos empreendimentos, já que os consumidores buscam alimentos nutritivos, limpos e saudáveis para suas famílias e para o meio ambiente. Além disso, estão dispostos a pagar mais pela credibilidade resultante do comprimento das regulamentações feitas para garantir qualidade e segurança.

+ Orgânicos, modismo ou fato
+ Por que devemos falar sobre o desperdício de alimentos?

Os orgânicos são produzidos em mais de 180 países, mas apenas 87 têm regulamentação própria. O dado é da IFOAM (Internacional Federation of the Organic Agriculture Movement), que ainda revela: 1,2% das terras agriculturáveis do planeta – algo em torno de 58 milhões de hectares – são ocupadas por cerca de 2,7 milhões de produtores orgânicos.

Nos Estados Unidos, pesquisa de perfil do consumidor feita pela Organic Trade Association detectou que o comércio de produtos orgânicos é maior entre a geração Milênio (18-35 anos). 25% dos que consomem orgânicos são novos pais. Daqui a 10 anos, 80% desses jovens já serão pais e impulsionarão ainda mais o mercado.

Nos EUA, 25% dos consumidores de orgânicos têm de 18 a 35
anos (Foto:TV Globo)

O negócio mundial de orgânicos, que fatura cerca de 90 bilhões de dólares, estará reunido neste mês de fevereiro na maior feira mundial do setor: a Biofach em Nurenberg, na Alemanha, que promove o encontro de 2.900 expositores com mais de 50 mil compradores de 134 países. O Brasil estará presente.

Mas qual é a posição do Brasil neste contexto? Os Estados Unidos representam quase a metade do mercado mundial, seguidos por Alemanha, França, China e Canadá. Por aqui, o segmento dos orgânicos ainda é um nicho se compararmos seus números aos do agronegócio, mas pela grande variedade de produtos e lançamentos já pode ser considerado como mainstream. Nosso varejo investe para formar cadeias de fornecedores mais seguras, ampliar a rastreabilidade informando de onde vêm os produtos. O objetivo é fidelizar o consumidor.
Os Estados Unidos representam quase a metade do mercado mundial, seguidos por Alemanha, França, China e Canadá"

Após 15 anos de regulamentação, os dados sobre o segmento ainda são limitados. O cadastro dos produtores do Ministério da Agricultura diz que há pouco mais de 18 mil unidades produtivas. Mas em 2011 elas eram cerca de 4 mil. O faturamento do setor em 2018 será de R$ 4 bilhões. Segundo o Programa Organics Brasil, teremos um aumento de 10% nas exportações, atingindo perto de US$ 130 milhões de dólares. Todo este crescimento se revela também no número de expositores da principal feira do setor no Brasil: a Bio Brazil Fair/Biofach América Latina, que espera crescer pelo menos 20%.

Uma pesquisa do Organis apontou que cerca de 15% da nossa população tem o hábito de consumir orgânicos. Revelou também uma importante janela de oportunidade para os empreendedores: 84% deles ainda não fixaram na mente uma marca de orgânicos. Outro fato relevante: três empresas multinacionais compraram as três principais marcas de produtos saudáveis e orgânicos, originárias de empresas locais e familiares. O consumidor está fazendo pressão por novos produtos.
Se queremos crescer internamente, não podemos ignorar as ações externas, achando que sozinhos desenvolveremos o nosso mercado de orgânicos"

O Brasil precisa tirar o atraso dos últimos 10 anos. Temos que reatar tratativas de acordos comerciais com os blocos europeu e americano e formalizar a equivalência de certificação com o Chile. Se queremos crescer internamente, não podemos ignorar as ações externas, achando que sozinhos desenvolveremos o nosso mercado de orgânicos.

Isso não é abrir a porteira, nem é perder a soberania! Significa conviver com um mercado que hoje é complexo, biodiverso e sustentável.

*Ming Liu é diretor do Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Produtos orgânicos podem ser pedidos pelo WhatsApp em São Paulo

Fonte: Brasil de Fato
Nadine Nascimento*
São Paulo (SP),26 de Dezembro de 2018 às 10:01


Alimentos de assentamentos da reforma agrária são entregues quinzenalmente na Zona Sul da cidade


Roseli Maria Paini, assentada do Dom Tomás Balduíno: aliança campo-cidade fortalece a luta pela terra e pela alimentação saudável para todos / Daniela Stefano


Quem mora em São Paulo e vive na correria da maior cidade da América Latina pode pensar que é complicado encontrar produtos orgânicos a preços acessíveis. Mas isso não é verdade. Consumir produtos sem veneno pode ser mais simples do que você pensa.

Uma opção prática é entrar em contato com pessoas que fazem a aliança entre os agricultores no campo e os consumidores na cidade. O pedido de frutas, verduras e hortaliças sem agrotóxico pode ser feito via WhatsApp!

Maria Alves é acampada na Comuna da Terra Irmã Alberta, que fica na região de Perus, na capital paulista. Ela é uma agricultora do acampamento do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que oferece alimentos orgânicos para quem mora na área urbana.

“Essas hortaliças e frutas são sem agrotóxicos, sem adubo químico, sem nenhum veneno. Aqui a gente procura recursos naturais. Eu garanto que vai limpinho. Quando vocês receberem o kit lá, podem ter certeza que vocês conhecem a origem do produto”, garante Maria Alves, acampada na Comuna da Terra Irmã Alberta, na região de Perus.

Aliando o campo e a cidade, Marilene de Camargo e Paulo Nakamura recebem pedidos de consumidores urbanos nos grupos de aplicativo de celular e ofertam os produtos disponibilizados por produtores como a Maria. As entregas acontecem quinzenalmente na zona sul de São Paulo.

“Um dos problemas do assentamento é a distribuição de mercadoria. O pessoal não tem transporte e os produtos são perecíveis. Então, desde outubro de 2017, a gente começou a fazer um grupo de compras”, conta Marilene.

Resistência

Para Paulo Nakamura seu trabalho contribui para aproximar aqueles que produzem, daqueles que procuram os alimentos orgânicos, quebrando a lógica do mercado. “A ideia é não ter lucro. Queremos fazer esse trabalho através do relacionamento entre as pessoas e não através da mercadoria, um relacionamento humano entre trabalhadores e consumidores”, acredita.

Localizado em Franco da Rocha, cidade da grande São Paulo, o assentamento Dom Tomás Balduíno completou 16 anos em 2018. Em sua extensão de oito mil hectares, vivem 63 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para Rosely Maria Paini, assentada do Dom Tomás, essa aliança campo-cidade fortalece a luta pela terra e pela alimentação saudável para todos.

“Essa interlocução de quem compra e quem vende é muito importante. É muito legal porque as pessoas trazem força para a gente. Elas se identificam com a luta, e muitas delas são lutadoras também em seus espaços. A gente junta aqui as experiências, as forças e essa identidade. Por isso, estou sempre de portas abertas. A conquista da terra não foi uma conquista só nossa, ela foi de muita gente”, diz a assentada.



Serviço


Os produtos ofertados pelos assentados são variados, vão desde verduras, legumes, até frutas, todos orgânicos. Tem alface, couve, rúcula, cebolinha, cenoura, beterraba, mandioca, abacate, limão, banana, uva, entre outros. Neste ano, os assentamentos puderam vender cerca de quatro toneladas de manga através de grupos como este organizado por Marilene e Paulo Nakamura.

Os pedidos são feitos até a quinta-feira duas vezes no mês. A entrega é realizada quinzenalmente aos sábados no Centro de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima, na rua Jacinto Paes, 57, em Americanópolis, Região Sul de São Paulo. Para pedir, basta entrar em contato pelo (11) 98972-4382.

* Produção: Daniela Stefano
  Edição: Daniela Stefano

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

É preciso incluir os custos à saúde no preço dos alimentos ultraprocessados, defende Cecília Rocha

Fonte: SUL 21
Publicado em: setembro 22, 2018


A professora brasileira Cecília Rocha, da Universidade de Ryerson, no Canadá, participou nesta semana de conferência sobre alimentação e agricultura na Ufrgs | Foto: Joana Berwanger/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Qual é o efeito dos alimentos que ingerimos para a saúde? Qual é o impacto dos sistemas alimentares correntes para o corpo humano e para o meio ambiente? Esses foram alguns dos temas do painel que Cecília Rocha, professora de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional na Universidade de Ryerson, localizada em Toronto, no Canadá, e pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança Alimentar da mesma universidade, apresentou em sua fala na Conferência Internacional Agricultura em uma Sociedade Urbanizada (AgUrb), realizada ao longo da semana que passou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

Cecília defende

Merendeiras estimulam alimentação saudável dos alunos com pratos exóticos e atraentes

Fonte: Jornal de Jales
por Bruno Gabaldi
23 de setembro de 2018



Mesmo com o tempo curto, as profissionais da merenda escolar realizam a montagem dos pratos coloridos com total delicadeza

A infância é a fase da vida dos aprendizados, curiosidades e claro, muita energia acumulada para as diversas brincadeiras de criança.

É exatamente nesse ciclo em que se precisa tomar cuidado com a alimentação dos pequenos. Além dos fatores citados, não se pode esquecer que também estão em fase de crescimento, afinal esse é o período mais importante do desenvolvimento do organismo de qualquer pessoa.

Nesse sentido, as merendeiras da E.M. Profª Elza Pirro Viana e Unidade Juvenal Giraldelli realizam montagens de pratos exóticos, sendo confeccionados com a própria comida, dando forma a vários animais e plantas estimulando a uma alimentação saudável na escola.

O objetivo a ser alcançado por elas e pela escola é incentivar as crianças a terem uma refeição positiva durante o momento do intervalo.

“Nós estimulamos eles estarem se alimentando com a merenda escolar, porque é nutritiva, saborosa e é alimentação saudável. Aqui nós não proibimos o lanche de casa, mas procuramos o máximo fazer com que eles comam a comida da escola. As decorações que as merendeiras fazem são justamente para atrai-los para o refeitório, sendo assim, já é meio caminho andado para a criança comer”, afirmou Ivana Maria Scatena Robeti, diretora da E.M. Profª Elza Pirro Viana.

Segundo a coordenadora de contrato da merenda escolar, Maibi Vieira Locati, a ideia surgiu para ter mais satisfação e atração no refeitório para as crianças. “A intenção é trazer mais alunos para uma alimentação mais saudável que buscamos na merenda escolar. Infelizmente com a mídia trazendo muitos produtos industrializados que cativam as crianças, desmotivavam um pouco levar a alimentação saudável, que é o natural e básico, então a gente trouxe essa decoração em forma de bichinhos para trazê-los mais próximos”, completou a coordenadora.

Os benefícios de uma alimentação saudável na infância além de proporcionar uma boa qualidade de vida e prevenir infecções e patologias na vida adulta, pode favorecer a concentração e melhora no desempenho escolar.


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Café da manhã tem que ser saudável. Vamos ver como?

Por Nadia Cozzi - Alimentação e Desenvolvimento Humano


Tem um ditado popular que diz: “Tomar café da manhã como um Rei, almoçar como um Príncipe e jantar como um Plebeu.”

Os médicos também orientam sobre a importância de um bom café da manhã, por ser a primeira refeição do dia e de o corpo ter ficado muitas horas sem alimentação. Perfeito!

Então vamos lá: pão, margarina, café, leite, bolacha, fruta. Delícia não é?

Analisando os alimentos: o café, a fruta, o leite, a não ser que sejam orgânicos, estão sujeitos à contaminação por agrotóxicos. Aqui cabe um alerta, lavar frutas, verduras e legumes diminui a quantidade de agrotóxico que ainda estão na superfície mas não eliminam o agrotóxico que foi absorvido durante o seu crescimento.

Bom, mas ainda temos o pão, a margarina e a bolacha! Encontramos então os aditivos químicos, muitos no caso do pão, imensos no caso da margarina e na bolacha, entre outros, a nossa velha conhecida Gordura Vegetal Hidrogenada ou Trans. Outro alerta: leia sempre os ingredientes presentes nos rótulos de todos os alimentos, principalmente daquelas bolachinhas que se gabam de ter 0% de gordura trans, você vai ver que ela continua lá bem escondidinha e feliz.

O Que fazer então? No caso do café, do açúcar temos várias opções orgânicas. Bolachinhas também. E que tal um pão caseiro? Calma… este é bem fácil, gostoso e feito no liquidificador.




Pão da Hora – Receita simples e nutritiva

Sabe aquelas receitas que são fáceis e que nunca saem errado? Esta é uma delas. Ideal para quem está iniciando na cozinha, mas já tem consciência da quantidade de aditivos químicos que ingerimos no pão nosso de cada dia. Vamos lá?

Ingredientes:
1 copo tipo requeijão de leite fresco
1 copo tipo requeijão de água
3 ovos caipiras
3 tabletes de fermento para pão (45g)
1 xícara não muito cheia de óleo de Girassol
1 colher de chá de sal, prefira o sal marinho
2 colheres rasas de açúcar orgânico

Modo de fazer:

Bata no liquidificador todos os ingredientes menos a farinha. Despeje numa tigela e junte aos poucos 1 kg de farinha de trigo orgânica, pode ser um pouco mais ou um pouco menos, depende da umidade da farinha. Lembre-se da dica soltando das mãos, mas ainda molinha. Coloque numa tigela grande, cubra com um pano e deixe descansar por 02 horas.

É suficiente para 3 pães. Colocar naquelas formas tipo bolo inglês, untadas com manteiga e polvilhadas com farinha de trigo. Colocar só 1/3 da forma, pois cresce muito. Pincele a parte de cima com gema de ovo. Asse por mais ou menos 20 minutos.

Variações: como a receita dá para 03 pães, um você deixa simples, outro você mistura ½ xícara de queijo ralado e a mesma quantidade de azeitonas picadas. No outro você pode misturar gergelim, amêndoas fatiadas ou linhaça. Pode congelar. Não esqueça: o que você está consumindo guarde na geladeira, pois ele não tem conservante. Pronto o pão está resolvido, no caso da margarina, esqueça ela lá na prateleira do supermercado e compre manteiga, que é feita de creme de leite e sal. O truque é comer pão com manteiga e não manteiga com pão. Tudo que é exagerado faz mal, até água.

Mas na hipótese de você não poder comer manteiga de jeito nenhum que tal uma ricota?



A receita é simples e divertida. Em uma panela grande coloque 03 litros de leite para ferver. Quando estiver começando a ferver acrescente 1 xícara (café) de vinagre. O leite vai talhar e formar uma massa que você retira com uma escumadeira e coloca para escorrer em uma peneira ou nas formas próprias para queijo. Deixe escorrer o soro por meia hora, depois disso tempere com sal e azeite. Se quiser a ricota mais durinha é só deixar sorar mais tempo.

Esta é a massa básica que você pode usar no lugar da manteiga. Mas para variar coloque essa massa no liquidificador e saborise com o que mais lhe agradar.

Ervas: salsa, orégano a gosto.
Atum: uma lata de atum e salsinha
Queijo: parmesão a gosto, ou roquefort, ou gorgonzola.
Azeitonas pretas: coloque azeitonas a gosto, aos poucos para não ficar muito forte.
Roquefort com ervas aromáticas.

Aqui você tem boas sugestões de sanduíches para lanches e até aquela reunião com os amigos.

A coalhada com granola é outra boa sugestão para o café da manhã. O leite deve ser sempre fresco, se for Orgânico melhor ainda. Se gostar de achocolatado, troque por Cacau em pó, que não tem açúcar e nem aditivos químicos. Bata no liquidificador com açúcar orgânico, mel ou rapadura ralada. Coloque numa jarra bem bonita e sirva em copos altos. Mas lembre-se o Cacau é muito forte então para 1 copo de leite 1 colher de chá de cacau em pó basta!

Podemos dizer que uma pessoa assim alimentada terá um lindo dia a sua frente!






segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Quando será que teremos isso no Brasil? Canadá investirá mais de US$8 milhões em orgânicos

Por EquipeONB
-01/09/2018

(Foto: Pixabay)

O governo canadense anunciou um financiamento de US$8,3 milhões para a Federação Orgânica do Canadá investir em pesquisas para melhorar a produção, como gestão da fertilidade, a saúde do solo e a avaliação dos impactos ambientais das práticas agrícolas.

Em média, as vendas no varejo de alimentos orgânicos cresceram dois dígitos na última década, com vendas atuais estimadas em US$5,4 bilhões.

“O investimento significativo de hoje na ciência da agricultura orgânica ajudará nossos agricultores orgânicos a crescer mais e a crescer melhor. E temos o prazer de apoiar os Padrões Orgânicos Canadenses, que são a espinha dorsal da indústria orgânica”, afirmou Lawrence MacAulay, Ministro da Agricultura e Agroalimentar.

O ministro também anunciou um investimento adicional de US$ 292.555 sob o programa federal Canadian Agricultural Adaptation, para ajudar a indústria a agilizar o processo de revisão dos Padrões Orgânicos Canadenses e a melhorar a competitividade orgânica do país.

** Com informações do jornal Pioneer do Canadá

terça-feira, 10 de julho de 2018

Na Califórnia, alimentação se torna tratamento para doenças crônicas

Fonte: Estadão

Um estudo clínico financiado pelo estado testará se as refeições diárias nutritivas para pessoas com essas enfermidades podem melhorar a saúde e reduzir os custos médicos
Patricia Leigh Brown, The New York Times
08 Julho 2018


SEBASTOPOL, CALIFÓRNIA - Certa tarde, a assistente jurídica aposentada Diana Van Ry passou na cozinha da organização sem fins lucrativos na qual atua como voluntária para apanhar um pouco de falso bacalhau, cuscuz de couve-flor e um “caldinho da imunidade” enriquecido com legumes e alga. Ela planejava levar a comida para Brandi Dornan, 46 anos, que está se recuperando do tratamento contra o câncer de mama.

“É um cardápio que eu não pensaria em preparar", disse Brandi, que recebeu as refeições enquanto fazia radioterapia e se mostrou grata pela ajuda.


O Projeto Comunitário Ceres, na Califórnia, faz parte de uma abordagem que trata a 'alimentação como tratamento' para males que vão das diabetes ao câncer. Voluntários adolescentes preparam hambúrgueres de cogumelo Foto: Ramin Rahimian para The New York Times

O Projeto Comunitário Ceres, cujas refeições são preparadas por sous-chefs adolescentes e se destinam aos pacientes em tratamento contra o câncer, está na vanguarda da abordagem do “alimento como tratamento” que é cada vez mais adotada por médicos, seguradoras de saúde, pesquisadores e autoridades de saúde pública.

O grupo está participando de um ambicioso estudo financiado pelo estado para testar se a oferta de refeições nutritivas para pessoas de baixa renda com doenças crônicas afeta suas perspectivas de tratamento, ou o custo do seu atendimento de saúde.

Nos próximos três anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, e da Universidade Stanford, não muito distante, vão acompanhar os casos de mil pacientes de diabetes tipo 2 ou insuficiência cardíaca aos quais será oferecida uma dieta saudável e conscientização nutricional, para saber se isso afeta seu retorno ao hospital e possibilidade de novas internações e encaminhamento para tratamento de prazo mais longo, comparando-os aos casos de 4 mil pacientes semelhantes de baixa renda que não receberão a alimentação controlada.

O interesse na alimentação enquanto forma de terapia nasceu da epidemia de Aids dos anos 1980. Organizações como o Projeto Mão Aberta, de San Francisco, e God’s Love We Deliver, de Nova York, surgiram para ajudar a cuidar da saúde de pessoas cujas vidas eram dizimadas, frequentemente em decorrência da perda de peso chamada caquexia. Conforme a doença passou a ser tratada com medicamentos antirretrovirais, esses grupos passaram a ajudar pessoas que sofrem de doenças crônicas como as diabetes e insuficiência cardíaca.

“Quando a pessoa se sente péssima, cuidar da própria alimentação deixa de ser uma de suas prioridades", disse Karen Pearl, presidente da God’s Love We Deliver.

Um estudo realizado na Filadélfia pela Aliança de Nutrição da Vizinhança da Área Metropolitana comparou retroativamente as despesas apresentadas por 65 pacientes de baixa renda e portadores de doenças crônicas que receberam seis meses de alimentação balanceada por médicos com as despesas de um grupo de controle. Os pacientes que receberam a alimentação pouparam cerca de US$ 12 mil por mês em despesas médicas.


Refeição do projeto Ceres é entregue a Brandi Dornan, que tem câncer de mama Foto: Ramin Rahimian para The New York Times
Outro pequeno estudo realizado por pesquisadores da UCSF acompanhou pacientes com HIV e diabetes tipo 2 que receberam refeições especiais por seis meses para ver se isso traria efeitos positivos para a sua saúde. Os pesquisadores descobriram que os pacientes se mostraram menos deprimidos, menos propensos a ceder à má alimentação e aos seus efeitos nocivos, e mais propensos a respeitar o tratamento receitado.

Seu tratamento também custou menos: para a alimentação de cada participantes durante seis meses foram gastos US$ 1.184 por pessoa, menos da metade do custo diário de US$ 2.774 para a internação num hospital da Califórnia.

“É algo que alivia o farto mental", disse Conrad Anthony Nesossis, 69 anos, que tem diabetes e recebeu refeições quentes como parte do estudo. Ele ainda usa uma mistura de alho, cebola e pimenta em pó que aprendeu a fazer com o programa. “Não sou um grande cozinheiro, mas a experiência abriu meus olhos e me fez prestar mais atenção nos sabores.”

Pessoas de baixa renda podem enfrentar dificuldades para controlar doenças crônicas, pois frequentemente consomem alimentos baratos, repletos de açúcar e sal, evitando alternativas mais caras como frutas e legumes.



O projeto Ceres vai participar de um estudo trazendo refeições nutritivas para pessoas de baixa renda e más condições de saúde Foto: Ramin Rahimian para The New York Times

Para os pacientes com câncer, a perda do apetite que surge como efeito colateral do tratamento pode levar à desnutrição, reduzindo a capacidade do corpo de enfrentar a doença. O Dr. Fasih Hameed, diretor-assistente de medicina do Centro de Saúde de Petaluma, ao norte de San Francisco, receita as refeições do programa Ceres a pacientes com câncer e também àqueles com hepatite C.

“É uma forma de fazer um recomeço holístico", disse ele.

A Dra. Hilary K. Seligman, professor da UCSF, disse, “as epidemias mais perigosas da nossa era - obesidade e diabetes - estão ligadas à alimentação". Ela disse que a profissão médica “aceita sem pestanejar os medicamentos e procedimentos mais caros. Mas, em se tratando da alimentação, temos que provar que é mais barato aceitar esta forma de tratamento".



sábado, 7 de julho de 2018

Quem é realmente Fake News. Uma reflexão em cima de tanta bobagem!!!!

Amplamente discutido nas redes sociais e na mídia em geral nestas últimas semanas, o Projeto de Lei 6299 ou o Pacote do Veneno com tem sido "carinhosamente" chamado, promete combater as pragas das lavouras utilizando menos "defensivos agrícolas", pois o projeto permite a liberação de novos produtos mais "modernos e eficientes". De quebra garantem ainda acabar com a fome do Brasil e do mundo.

Pelo menos é o que diz um vídeo que circula pela Internet promovendo o uso de agrotóxicos, ops... "defensivos agrícolas", seus benefícios para a Agricultura e chamando de Fake News os argumentos utilizados por artistas na Campanha do Movimento 342 contra o PL dos agrotóxicos. Vamos ver o vídeo e depois comentamos:


No vídeo original, artistas como Zezé Motta, Alinne Moraes, Maitê Proença, Bruna Marquezine, Caetano Veloso, Guta Stresser e Paula Burlamaqui, entre outros, alertam a sociedade para os perigos dos agrotóxicos e do Pacote do Veneno.


Não pretendo nem comentar sobre as imagens colocadas para tornar a propaganda engraçadinha, pois são de extremo mau gosto e debocham de um assunto tão importante para a Saúde, o Meio Ambiente e nós Consumidores.

Mas quanto aos argumentos para defender o uso de agrotóxicos, sim é esse o nome correto, não posso me calar, mas não vou dar a minha opinião e sim de pessoas e entidades abalizadas (com os respectivos links), para discutir mais profundamente o assunto. 



O comportamento do agrotóxico no ambiente é bastante complexo.  Quando utilizado um agrotóxico, independente do modo de aplicação, possui grande potencial de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio ambiente, invariavelmente o homem é seu potencial receptor.

A complexidade da avaliação do comportamento de um agrotóxico, depois de aplicado deve-se à necessidade de se considerar a influência dos agentes que atuam provocando seu deslocamento físico e sua transformação química e biológica. As substâncias sofrem processos físicos, ou químicos ou biológicos, os quais podem modificar as suas propriedades e influenciar no seu comportamento, inclusive com a formação de subprodutos com propriedades absolutamente distintas do produto inicial e cujos danos à saúde ou ao meio ambiente também são diferenciados.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente 





Mais importante do que participar de rankings sobre qual é o país que usa mais ou menos agrotóxicos é verificar o mapa de uso, abuso e tragédias relacionadas aos agrotóxicos no Brasil. 

No final de 2017, foi lançado o estudo “Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia”, de autoria da pesquisadora Larissa Mies Bombardi, do Laboratório de Geografia Agrária da Universidade de São Paulo (USP). 

Hoje, existem 504 agrotóxicos de uso permitido no Brasil, sendo que 30% desses são proibidos na União Europeia – alguns há mais de dez anos. Porém, entre os dados mais chocantes apresentados no Atlas, está a constatação de que os que são vetados na Europa figuram entre os mais vendidos por aqui. Os dados demonstram que a alternativa é rever o modelo baseado no agronegócio.

Veja as informações aterradores de mortes, envenenamentos e suicídios causados pelos agrotóxicos em Gastrolândia  e mais informações sobre o Mapa e a autora em SUL 21 
Agrotóxicos: ‘Produzimos algo que deixou de ser alimento, virou commodity e agroenergia’



Engraçado falar de viés ideológico e partidário quando o projeto foi proposto originalmente pelo ex-senador e atual ministro da Agricultura Blairo Maggi, um dos mais conhecidos e poderosos políticos amazônicos. 

Segundo levantamento do Greenpeace, é responsável por pelo menos metade da devastação ambiental brasileira entre os anos de 2003 e 2004. Conhecido com o “Rei da Soja”, em 2003 declarou ao jornal The New York Times: “Um aumento de 40% no desmatamento da Amazônia não significa nada. Não sinto a menor culpa pelo que estamos fazendo por aqui”. Veja mais.

Outro detalhe: diminuir o uso dos agrotóxicos também promessa dos transgênicos e na prática se deu o contrário. Brasil 21 - Ao contrário do prometido, transgênicos trouxeram aumento do uso de agrotóxicos

Quando iniciou o debate sobre a utilização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) na agricultura, uma das principais promessas feitas por seus defensores era que o cultivo de transgênicos, entre outros benefícios, traria uma diminuição do uso de agrotóxicos, em função do desenvolvimento de plantas resistentes a pragas. 

Passadas cerca de duas décadas, o que se viu no Brasil foi exatamente o contrário. A crescente liberação do plantio de variedades transgênicas de soja, milho e outros cultivos trouxe não uma diminuição, mas um aumento da utilização de agrotóxicos. 

Mais grave ainda: vem provocando o surgimento de novas pragas mais resistentes aos venenos, que demandam o desenvolvimento de novos venenos, numa espiral que parece não ter fim e que vem sendo construída sem os estudos de impacto ambiental necessários.


Em nota técnica sobre o PL 6922/2002, a Anvisa diz que, o país não tem estrutura, atualmente, para fazer a análise de risco dos agrotóxicos.

Já o professor José Otávio Menten, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é a favor do Projeto de Lei : Isso são "limitações" que o país pode ultrapassar. "Os nossos técnicos talvez tenham que ser reciclados, atualizados. Não é uma coisa que vai acontecer de um dia para o outro, mas não podemos ficar parados por falta de técnicos suficientes. Na contramão de Europa e EUA, Brasil caminha para liberar mais agrotóxicos -  BBC News


“É hora de derrubar o mito de que pesticidas são necessários para alimentar o mundo” afirmou Hilal Elver, relatora da Organização das Nações Unidas (ONU)

A especialista em leis ambientais apresentou, junto a Baskut Tuncak, um novo relatório no qual defende que o uso de pesticidas não contribui para a erradicação da fome, sendo ainda prejudicial à saúde e à alimentação. 

A produção alimentícia atual já tem a capacidade de suprir a demanda de 9 bilhões de indivíduos que habitarão a Terra em 2050 e que o problema está na “pobreza e desigualdade”, afirmou Hilal. Revista Veja Necessidade de pesticidas no combate à fome é um mito, diz ONU

O “Pacote do Veneno” limita a atuação de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) na liberação de pesticidas agrícolas, comumente chamados de agrotóxicos.

Segundo o relator, a ideia é “modernizar” o processo de liberação dos produtos. Agrotóxicos: ‘Produzimos algo que deixou de ser alimento, virou commodity e agroenergia’




Devemos também levar em conta o desperdício de alimentos e a logística. Será que precisamos produzir mais?

Como o desperdício de alimentos afeta o Brasil e o seu bolso
"O maior problema no Brasil está na logística de armazenagem e transporte", disse o presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga. "Nossa infraestrutura de transporte é lastimável e acarreta grandes perdas de produtos, com elevados prejuízos para os produtores. Nossa capacidade de armazenagem também é deficiente, sobretudo nas unidades de produção.

Segundo a consultora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) Catalina Etcheverry no Brasil pelo menos 10% dos alimentos se perdem nas plantações. 

Do que sobra, 50% são perdidos na distribuição, no transporte e no abastecimento. E do restante, 40% se perdem na cadeia do consumo, como nas feiras livres.


Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - organização internacional de 37 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de mercado, que procura fornecer uma plataforma para comparar políticas econômicas, solucionar problemas comuns e coordenar políticas domésticas e internacionais. 

A maioria dos membros da OCDE é composta por economias com um elevado PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano e são considerados países desenvolvidos.???? Aqui se fala em desenvolvimento econômico e estamos com problemas de saúde e Meio Ambiente, ou não? O que isso tem a ver conosco?


 

De alto interesse da bancada ruralista, o projeto, que substitui a atual Lei dos Agrotóxicos (7.802/89), é apontado por pesquisadores, organizações ambientalistas e de defesa do Consumidor como de alto risco ao meio ambiente e à saúde. Rejeitado pela população, entidades de saúde, meio ambiente, consumidor, direitos humanos e pequenos agricultores. 

Entre eles, ANVISA,  Instituto Nacional do Câncer, Fundação Oswaldo Cruz, Ibama, Idec - Instituto de Defesa do Consumidor, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ministério Público Federal e do Trabalho e mais de outras 200 entidades, associações e conselhos se manifestaram contra.

Se fosse pouco, a própria ONU Organização das Nações Unidas enviou carta ao governo brasileiro advertindo sobre os perigos do Pacote do Veneno e as ameaças reais a diversos direitos humanos, entre eles à alimentação, à água de qualidade e a um meio ambiente equilibrado. SUL 21 


                 Ah... finalmente concordamos! 

Isso mesmo, leia, se informe, faça-se ouvir!
Não caia em Fake News.



e assine a petição contra o Pacote do Veneno. 







Mais dados sobre a alimentação?


Quem produz os alimentos que chegam à mesa do brasileiro?
  • Após safra recorde em 2017, agronegócio é consagrado campeão do PIB e da inflação baixa, e celebrado por muitos como garantia de comida na mesa. Maioria dos alimentos, porém, vem de outra fonte. 
  • Em 2017, o Brasil aumentou o volume do produto mais vendido pelo país: soja. Das 115 milhões de toneladas colhidas, 78% foram para a China. 
  • A exportação de milho também cresceu. "O milho brasileiro está se consolidando como grande commodity internacional", afirma Geller. 
  • Quando se consideram alimentos consumidos no país, 70% vêm da agricultura familiar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São pequenos agricultores que plantam para abastecer a família e vendem o que sobra da colheita – como mandioca, feijão, arroz, milho, leite, batata.
Estudo mostra que agricultura orgânica pode alimentar o mundo inteiro





Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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