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sábado, 14 de outubro de 2017

Europa teme entrada de “salmonstro”, o salmão transgênico canadense

Fonte: RFI BR
Por Lúcia Müzell Publicado em 12-10-2017



Canadá foi o primeiro país a aprovar tecnologia do salmão transgênico, em agosto de 2017.


Desde que o CETA, o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá, passou a valer, organizações ambientalistas europeias estão preocupadas. Os ecologistas temem a entrada de um produto indesejado no menu: o salmão transgênico canadense.

O país se tornou o primeiro do mundo a autorizar a comercialização de um animal geneticamente modificado, para o consumo humano. 


O salmão, apelidado de “salmonstro” ou “Frankensalmão” pelos detratores dos transgênicos, cresce bem mais rápido do que um peixe tradicional. Ele é produzido pela companhia americana AquaBounty, especializada em biotecnologia, e chega à idade ideal para o consumo em 18 meses, em vez dos habituais 30 meses que leva um salmão selvagem.

O CETA flexibiliza barreiras alfandegárias e, desta forma, abre o caminho para que o produto entre na União Europeia, onde a produção de transgênicos é rigidamente enquadrada. Organizações como a Fundação para a Natureza e o Homem, da França, pressionam Bruxelas para que as regras de fiscalização previstas no acordo sejam revistas.

“Por enquanto, não podemos saber se há riscos desse salmão para o consumo humano. E o principal é que a União Europeia fez uma escolha de sociedade que é se recusar a comer produtos transgênicos e, em especial, os animais. Essa escolha precisa ser respeitada e devemos adotar uma fiscalização eficiente, para termos a certeza de que não haverá salmão transgênico no nosso prato”, explica o porta-voz Samuel Leré. 

“O CETA não oferece mecanismos para proibir a entrada ilegal desse tipo de produto., e a fiscalização atual é insuficiente.”

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A diretora de pesquisas da Unidade de Biologia do Desenvolvimento e da Reprodução do Instituto Francês de Pesquisas Agronômicas (Inra), Corinne Cotinot, afirma que, hoje, não é possível garantir que o consumo de animais transgênicos seja inofensivo ao homem. Ela nota que, na Europa, a regra é seguir o princípio da precaução, enquanto as pesquisas não trazem a certeza sobre os efeitos no homem e na natureza, a longo prazo.

“A cada vez, é um gene diferente e o método para obtê-lo é diferente, por isso não podemos generalizar. Cada caso é distinto, portanto cada problema que o organismo geneticamente modificado pode trazer é diferente de um animal para o outro”, diz a pesquisadora.

Embalagens pouco claras

Cotinot constata que, no caso do salmão canadense, é a falta de transparência que mais gera insegurança. “A reticência das pessoas é ligada ao fato de que, pelo que eu sei, esse salmão não é identificado claramente como salmão transgênico. Acho que o consumidor deve poder fazer as suas escolhas com conhecimento de causa, ou seja, decidir se ele quer comer um salmão transgênico ou não”, assinala. “Se isso não está claro na embalagem, o consumidor vira refém - algo que provoca reações extremamente negativas sobre o produto.”

COMPARAÇÃO DE SALMÃO TRANSGÊNICO

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O impacto ambiental também é uma preocupação. O salmão transgênico é produzido em piscinas gigantescas no Panamá, distantes do mar. Porém, acidentes ambientais não podem ser descartados, por erro humano ou uma ação intencional.

“O que é certo é que os transgênicos, sejam plantas ou animais, criam riscos para a natureza. Se salmões transgênicos escaparem do local onde eles são produzidos, haveria riscos para a população selvagem de salmões, afinal não temos certeza sobre como seria a interação e a reprodução entre eles”, indica Samuel Leré.

Independência das pesquisas

A diretora de pesquisas do Inra é mais cética sobre a hipótese de os salmões transgênicos irem parar na natureza. Mas ela levanta a questão dos interesses por trás das companhias privadas que realizam esse tipo de produção.

“Em matéria de animais geneticamente modificados, é preciso avançar com prudência e ter todas as cartas na mão antes de tomar decisões. É muito importante que os organismos públicos possam fazer pesquisas independentes – e, para isso, eles precisam de recursos financeiros suficientes, para que os testes e estudos sejam realmente independentes”, ressalta a cientista.


O salmão está longe de ser o único animal visado pelas pesquisas genéticas. Os estudos para aumentar a resistência de frangos à gripe aviária avançam no Reino Unido, enquanto os canadenses aprimoram as modificações genéticas em porcos para que emitam menos fosfato na atmosfera. Por enquanto, os resultados obtidos não liberam os animais para o consumo humano.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os norte-americanos não querem salmão transgénico no prato



Um salmão geneticamente modificado numa imagem da empresa AquaBounty
Fonte: DN - Sociedade


Foi o primeiro animal transgênico legalizado nos EUA - na UE, são proibidos. Mas os consumidores não querem 'Frankenfish'

O primeiro animal transgênico legalizado nos Estados Unidos para consumo humano é um salmão, mas apesar de autorizado pelas autoridades tem enfrentado a contestação dos opositores aos organismos geneticamente modificados.

Apesar da recente autorização da agência norte-americana dos alimentos e medicamentos (FDA), o salmão da empresa AquaBounty voltou a pôr em confronto os defensores e opositores dos organismos geneticamente modificados (OGM).

A decisão da FDA foi tomada após anos de polêmica em torno deste peixe - um salmão do Atlântico ao qual foi injetado um gene importado de outra espécie para o fazer crescer duas vezes mais depressa do que da forma natural.

Devin Bartley, especialista em pesca da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, citado noticiosa espanhola EFE, considera que se trata de "um passo em frente" para conseguir responder às necessidades de uma população mundial que aumenta.


Greenpeace lança aplicação que permite detetar alimentos com ingredientes transgénicos

O perito sublinha que são necessárias "alternativas criativas, socialmente aceitáveis, inócuas e respeitadoras do ambiente" para responder ao aumento das necessidades de pescado numa população mundial em crescimento e que, neste sentido, a engenharia genética é uma "opção real".


Recordou ainda que este novo salmão passou por vários controles que garantiram a
segurança do seu consumo e que os riscos ambientais não são nulos em nenhum sistema, apesar de as autoridades terem exigido que o salmão se crie em instalações terrestres e não no oceano.

Apesar da comunidade científica pretender continuar estas investigações, cadeias de supermercados e de distribuição nos Estados Unidos já manifestaram a sua intenção de não vender por enquanto este salmão, já chamado como 'Frankenfish'.

Na União Europeia, a Autoridade de Segurança Alimentar não permite o comércio de animais transgénicos.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Comer salmão não é bom para o oceano, diz especialista

Utilização intensiva de antibióticos, pesticidas e hormônios na criação de salmão em viveiros marítimos atinge as águas e traz risco de contaminação


Comentário Akatu: A entrevista abaixo, concedida por Andrew Sharpless, especialista da Oceana, uma das maiores organizações internacionais dedicadas à proteção dos oceanos, traz um exemplo importante de como as escolhas de consumo são capazes de causar impactos ao meio ambiente, mesmo a milhares de quilômetros de distância do local onde se dá o consumo. 

Comer aqui no Brasil um salmão criado em uma área de piscicultura no Chile pode estar prejudicando a vida marítima naquela região, como mostra a entrevista. A criação de salmão em viveiros marítimos traz altos riscos de contaminação de todo o habitat, dado a utilização intensiva de antibióticos, pesticidas e hormônios, que acabam por atingir as águas de toda a região. 

Além disso, essa criação gera um consumo muito maior de recursos naturais, na medida em que para cada kg de salmão cultivado são necessários cerca de 5kgs de outros peixes em sua alimentação. As empresas em geral precisam reconhecer que é preciso criar formas sustentáveis de produzir, considerando todas as etapas da sua cadeia produtiva, visto que um impacto em um ponto da cadeia pode causar um efeito dominó para muito além da própria empresa. E os consumidores, conscientes de seu poder de escolha, são os agentes capazes de provocar empresas, ao demandar informações sobre os impactos da produção, levando-as a produzir bens e serviços de forma mais limpa e sustentável em todas as etapas da cadeia de produção.

A América Latina está preparada para explorar os recursos do mar? Confira entrevista de Andrew Sharpless, CEO da Oceana.

Como você vê o panorama da indústria da pesca na América Latina?
O Peru representa quase 12% da pesca mundial, e o Chile 5%, ou seja, esses dois países lidam com parte importante do futuro. Bem manejadas, a pesca chilena e peruana poderiam alimentar milhões de pessoas ainda nesse século. A má notícia é o colapso da indústria pesqueira, com a diminuição da captura de peixes e da biomassa. A boa notícia é que o Chile adotou leis importantes, que colocam o país na vanguarda mundial nesses temas.

Como está o famoso cinturão de plástico do Pacífico? Existe uma ameaça real para os recursos marítimos?
Há muito plástico boiando na região da costa do Pacífico. Esse plástico se degrada em pequenas partículas que são perigosas para peixes e organismos marinhos. É um problema grave, mas não é o responsável pelo colapso da indústria pesqueira, que é resultado da superexploração. Mas é um problema urgente e para qual não há outra solução além de deixar de despejar plásticos no mar, ou seja, encontrar um substituto biodegradável e economicamente viável para o plástico.

Hoje, é possível ter uma piscicultura sustentável?
Boa pergunta. O produto mais comum da piscicultura é o salmão, que se alimenta de outros peixes na proporção de 2,27 kg de alimento por cada 0,454kg de carne obtida. Os produtores de salmão têm interesse econômico em reduzir essa proporção e estão trabalhando com a introdução de alguma porcentagem de grãos no alimento, mas, infelizmente, isso prejudica o sabor. Até o momento, esse é um problema sem solução. Por isso, comer salmão não é algo bom para o oceano.

Nesse contexto, que função tem o mar para o futuro da humanidade?
Acabo de publicar um livro, chamado A Proteína Perfeita, cujo ponto central é que temos que tomar uma decisão. Seremos um planeta de 9 milhões de habitantes em 2050, em que mais pessoas pertencerão à classe média e, assim, consumirão mais proteínas. E como as alimentaremos? A carne de boi é uma das formas mais onerosas de alimento que conhecemos: consome quantidades enormes de grãos e água e emite metano, um gás de efeito estufa. Por isso, dizemos que quando comemos peixe não cultivado não estamos pressionando os recursos naturais. Mas, se permitirmos que os oceanos entrem em colapso ainda nesse século, conseguiremos alimentar apenas a 450 milhões de pessoas. Se o gerirmos bem, poderemos alimentar até 1,2 bilhão.

Clique aqui para ler o original da notícia, publicada em espanhol pela Revista AméricaEconomía.

Fonte- See more at: http://www.akatu.org.br/Temas/Sustentabilidade/Posts/Comer-salmao-nao-e-bom-para-o-oceano-diz-especialista#sthash.oNm1fnxL.dpuf

sábado, 2 de março de 2013

O Abate do Salmão é o Mais Cruel Possível


Por Alexandre Feldman, Quarta, 5 de outubro de 2011 às 09:08 ·
Em conversa ontem com fonte ligada à indústria de peixes, fui informado que salmões criados em cativeiro, recebem corantes, rações e antibióticos em quantidade impressionante. Além disso, o método de abate desses peixes não poderia ser mais cruel: simplesmente cortam-se as guelras e deixa-se os peixes morrendo lentamente com muito sofrimento.

Tudo pela preservação de cor e outros "padrões de qualidade".


Eu já não como salmão de cativeiro há muitos anos. Apenas salmão selvagem quando em viagem por países que possuem acesso a eles.


Ao contrário do que lemos e ouvimos, o salmão cultivado em cativeiro (que perfaz 100% do salmão disponível no Brasil) não é boa fonte de ômega-3, devido justamente à sua ração, distante da alimentação natural, que seria necessária para formar esse ácido graxo essencial.


De tão doente e deficiente em nutrientes, a carne do salmão cultivado não é rosada, mas cinza. Apenas quando o distribuidor vai comprar o salmão é que a tonalidade de rosa a lhe ser conferida.

Veja também: 
A indústria do Salmão e os danos à saúde e meio ambiente

A indústria do Salmão e os danos à saúde e meio ambiente

Em Coletivo Verde - 01 out 2012 - Por Nadia Cozzi em Saúde e Alimentação




Já faz algum tempo que ando ensaiando escrever sobre o salmão, tão aclamado por suas qualidades nutricionais, combate ao colesterol ruim, anti-inflamatório e que traz inúmeros benefícios para a saúde, inclusive altas doses de ômega 3. Tudo verdade dependendo do tipo de salmão que se consome.

Como assim, mas salmão não é tudo a mesma coisa?

Não, infelizmente o alto consumo criou moda e percebeu-se que poderia haver muito lucro nessa fatia de mercado. Surgiu então o salmão de cativeiro, que nada tem a ver com o salmão selvagem encontrado na América do Norte, com sua carne rosa, que vive em liberdade no oceano e que na época da reprodução sobe para os rios. Esse é o verdadeiro salmão, raro, caro, colorido à base de uma dieta composta entre outras coisas de camarão e Krill, e representa “pasmem”, somente 5% de todo o salmão vendido nos Estados Unidos e que chega ao Brasil em quantidades irrisórias e claro caríssimas.

A indústria do Salmão


Mais da metade do consumo mundial de salmão atualmente tem como origem viveiros produtores do Chile, Canadá, Estados Unidos e norte da Europa, com isso a iguaria acabou perdendo suas importantes qualidades nutricionais. Ômega 3, vitaminas A,D,E e do complexo B, Magnésio, Ferro, que bom seria se isso fosse verdade nos peixes vendidos “aos quilos” e em promoção nos supermercados por preços tão acessíveis, não é?

Na realidade o peixe de cativeiro tem uma cor que vai do cinza ao bege claro, talvez no máximo um rosinha pálido. As astaxantina e cantaxantina são iguais às que, na Natureza, tingem a carne do salmão, mas no cativeiro são substâncias sintéticas derivadas do Petróleo. Também são usadas na ração de galinhas, dando um tom mais alaranjado às gemas de algumas marcas de ovos “tipo caipira”. Em grandes quantidades podem causar problemas de visão e alergias. Estudos mais recentes apontam a astaxantina como tóxica e carcinogênica. Uma informação interessante é que 100g de salmão com corante equivale em toxinas a 1 ano consumindo enlatados.


Para piorar a situação, muitas vezes os ambientes onde são criados têm higiene duvidosa, os peixes recebem altas doses de antibióticos e sua alimentação é muito gordurosa, à base de farinha e azeite de peixe. Uma saída segundo os pesquisadores é exigir mais informações nas etiquetas dos alimentos, como país de origem do produto e se é criado em cativeiro ou não.

Principais diferenças

Salmão Selvagem:
Custa o dobro, mas suas principais diferenças estão na qualidade e nos benefícios.
Come crustáceos coloridos, por isso a cor rosa suave
Possui grandes quantidades de Ômega 3
Sua textura é macia e aveludada como todo peixe gordo, desmancha na boca.

Salmão de Cativeiro:
Come ração, os corantes sintéticos dão cor à carne, normalmente uma forte cor alaranjada.
Menor quantidade de gorduras boas, grande quantidade de gorduras saturadas.
Textura de peixe: normalmente muito macio à mordida.

Químicos e transgênicos

A vantagem do cativeiro é padronizar o produto, garantindo assim a estabilidade da oferta. Garantimos também a candidatura do salmão à extinção. Daqui há alguns anos só teremos fazendas de peixes,principalmente se for aprovado o salmão transgênico, desenvolvido nos Estados Unidos pela empresa de biotecnologia Aqua Bounty Technologies. Essa nova raça artificial pode atingir o tamanho de mercado na metade do tempo que leva um salmão selvagem para crescer (de 22 a 30 meses). Claro que se por acaso um desses “espécimes” escapar para o ambiente natural, a tragédia genética e o impacto ambiental serão inevitáveis.




Os salmões são criados em tanques rede (cercos de tela de nylon) com pouco espaço e regime de engorda intensiva. Muito parecido com o que se faz nas granjas de frangos. À ração misturam-se altas doses de antibióticos, fungicidas e vermicidas, para evitar doenças e o rendimento da produção. Só para se ter uma idéia, a indústria canadense gasta cerca de 7 toneladas de antibióticos em seus cultivostodos os anos.

Salmão é um dos melhores indicadores de qualidade da água, precisa dela extremamente limpa e gelada, condições ambientais que se não forem satisfeitas provocam um decréscimo acentuado à população. O uso de pesticidas na Agricultura e nas cidades contamina as águas e compromete a vida do salmão selvagem há algumas décadas já, alterando seus padrões de reprodução, provocando doenças e morte.

Para nós que além de uma alimentação saudável procuramos também atitudes sustentáveis e ecológicas o texto do Dr. Alexandre Feldman sobre o abate dos salmões é esclarecedor e definitivo para nossas futuras escolhas.

O Abate do Salmão é o Mais Cruel Possível
por Alexandre Feldman, Quarta, 5 de Outubro de 2011 às 13:08https://www.facebook.com/notes/alexandre-feldman/o-abate-do-salm%C3%A3o-%C3%A9-o-mais-cruel-poss%C3%ADvel/257572254285355

Em conversa ontem com fonte ligada à indústria de peixes, fui informado que salmões criados em cativeiro, recebem corantes, rações e antibióticos em quantidade impressionante. Além disso, o método de abate desses peixes não poderia ser mais cruel: simplesmente cortam-se as guelras e deixam-se os peixes morrendo lentamente com muito sofrimento. Tudo pela preservação de cor e outros “padrões de qualidade”.

Eu já não como salmão de cativeiro há muitos anos. Apenas salmão selvagem quando em viagem por países que possuem acesso a eles.

Ao contrário do que lemos e ouvimos o salmão cultivado em cativeiro, (que perfaz 100% do salmão disponível no Brasil) não é boa fonte de ômega-3, devido justamente à sua ração, distante da alimentação natural, que seria necessária para formar esse ácido graxo essencial.

De tão doente e deficiente em nutrientes, a carne do salmão cultivado não é rosada, mas cinza. Apenas quando o distribuidor vai comprar o salmão é que a tonalidade de rosa a lhe ser conferida será escolhida numa tabela de cores.

E para terminar mais uma informação surpreendente: o salmão selvagem traz em sua embalagem os dizeres “Made in China”, mas na verdade ele não vem de lá, ele é pescado em algum mar gelado do Atlântico, depois comprado por uma empresa chinesa que corta, limpa, retira a cabeça, congela e distribui para o mundo todo. Ou seja, compram matéria prima a baixo custo e pagam pouco pela mão de obra. Você vai querer continuar alimentando esse processo?

Peixe faz muito bem à saúde, sem dúvida. Procure então aqueles que são mais comuns à sua região e que foram pescados e não cultivados como o linguado, a pescada, a sardinha (boa fonte de ômega 3), arenque, robalo. Seu peixeiro pode lhe dar mais opções.

E falando em peixe que tal um ensopadinho com arroz branco e um pirãozinho?

Ingredientes:
500gr do peixe de sua preferência
3 cebolas médias
3 tomates médios
Salsinha a gosto
Pimenta a gosto
Sal marinho a gosto

Modo de preparar:
Tempere o peixe com limão, sal marinho e pimenta, se gostar.
Pegue uma panela grande coloque azeite no fundo e forre com rodelas de cebolas.
Depois coloque os tomates também em rodelas.

Em seguida arrume os filés de peixe, tempere com um pouco mais de azeite, pimenta e sal marinho. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixinho. Após uns 10 minutos vire com cuidado os filés para que eles cozinhem por igual. Depois de cozidos coloque os filés num prato bem bonito para servir.

Pegue o molho que ficou dos tomates, cebolas, etc, coe em uma peneira, amassando bem para retirar todo o líquido.

Leve novamente ao fogo e vá misturando farinha de mandioca aos pouquinhos para o pirão, corrija o sal. Bom apetite.

.......................... Saiba mais sobre os aditivos químicos dos alimentos.

Imagens: Stock.xchng

Fontes pesquisadas:

A Farsa do Salmão – http://liasergia.wordpress.com/2011/03/15/a-farsa-do-salmao/
Salmão selvagem x salmão de cativeiro –http://gustavorios.wordpress.com/2009/07/01/salmao-selvagem-x-cativeiro/
http://www.oeco.com.br/frederico-brandini/17089-oeco_12130
O salmão no banco dos réus
Salmão e truta – http://www.julianaapolo.com/blog/2010/01/salmao-no-brasil-e-truta-2/
Tierramérica – http://www.tierramerica.net/2004/0119/pacentos.shtml
Universidade Federal do Rio Grande do Sul -http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37210/000820556.pdf?sequence=1
Alexandre Feldman – https://www.facebook.com/notes/alexandre-feldman/o-abate-do-salm%C3%A3o-%C3%A9-o-mais-cruel-poss%C3%ADvel/257572254285355
Pat Feldman – http://pat.feldman.com.br/2012/09/02/voce-gosta-de-salmao-pense-duas-vezes-antes-de-consumi-lo/

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar


Mais uma discussão sobre os transgênicos onde os interesses econômicos são mais importantes que a saúde do homem e do Meio Ambiente.  Minha pergunta sempre será: "Se não fazem mal à saúde porque o símbolo dos transgênicos vem tão pequeno e disfarçado nas embalagens? Não seria motivo de orgulho???"


Fonte: BBC
Thomas Pappon
Da BBC Brasil em Londres
Atualizado em 8 de fevereiro, 2013 - 06:04 (Brasília) 08:04 GMT

No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.

É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.

Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.

Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.

As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.

Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.

A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.


MILHO

Dezoito variedades de milho transgênico são aprovadas para consumo no Brasil.
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.

O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.

O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo – exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.


ÓLEOS DE COZINHA

Óleo de soja é o principal subproduto do cultivo transgênico para o consumidor.

Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas – e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial – chegam às prateleiras com a reputação “manchada” mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.

SOJA
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos.

MAMÃO PAPAYA
Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo – a maior parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa.

QUEIJO

Aqui não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos – um procedimento custoso e "cruel". Biotecnólogos modificaram micro-organismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo – é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM. Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.


PÃO, BOLOS e BISCOITOS

Bolos e pães têm componentes derivados de milho e soja transgênicos

Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista.

Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

ABOBRINHA
Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.

ARROZ
Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães. O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.


FEIJÃO

Feijão transgênico deve ser distribuído no Brasil em 2014

A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties – em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.


SALMÃO

O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.

Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido.

Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano. "A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".

E ESTES NÃO DERAM CERTO…
A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato". Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.

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