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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde

Fonte UAI - por Lilian Monteiro 18/09/2017 10:00



Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde
Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos.

Falta de tempo, salada é sem graça, arroz integral é seco, produto orgânico é caro (e tem razão!), o cansaço torna mais rápido e prático comer qualquer coisa do fast food do que preparar a própria refeição ou lanche, só hoje... E você, qual a sua desculpa? Ahh, alimentos sugeridos por médicos e nutricionistas são caros, não têm sabor, difíceis de ter no dia a dia... Será? A lista é mesmo enorme e cada um tem a sua, defende como pode.

Mas Aline Penedo, nutricionista consultora do supermercado Verdemar, pós-graduada em nutrição clínica funcional e em nutrição esportiva funcional, faz uma provocação: 

“A primeira pergunta que me vem à cabeça é: 'Você quer ter uma vida longa e saudável?'. Se a pessoa falar que sim, eu diria que a primeira atitude a tomar é estar aberta para novas experiências. Ou seja, ter o desejo de se alimentar bem, ter curiosidade de provar novos sabores, testar diferentes formas de preparo daquele alimento que ela não gostava, utilizar ferramentas que temos na cozinha, como os temperos, que são capazes de trazer um sabor especial à comida”.

Outra questão a se pensar é se programar para se alimentar bem – preparar 'marmitas' para levar para a escola ou trabalho, evitando o consumo de alimentos indesejados para aquele momento. “Com relação aos produtos orgânicos, procure comprar alimentos da safra, já que assim eles costumam ter o preço mais acessível. No caso das frutas, é possível comprá-las quando estiverem com o preço melhor e congelar, para posteriormente preparar um suco. Em suma, quem quer mudar precisa de foco e disciplina, assim tudo fica mais fácil e logo os novos hábitos alimentares se tornam parte da rotina.”

Aline Penedo propõe caminhos para que o brasileiro volte a comer comida de verdade, que vença a luta contra a obesidade e todas as consequências ruins de uma alimentação de baixa qualidade. “O governo deve atuar em mídias de grande alcance, como a TV, rádio e internet, e incentivar a população a consumir alimentos saudáveis e com grande valor nutricional. Ações em creches, escolas e universidades contribuem para disseminar informações sobre a alimentação. Contratar nutricionistas e introduzir nas escolas uma matéria obrigatória sobre alimentação saudável e nutrição é uma maneira de resgatar os bons hábitos alimentares”, diz.

RÓTULOS NUTRICIONAIS

Para a nutricionista, evitar o consumo de alimentos industrializados e priorizar os alimentos vindos do hortifrúti ou colhidos na fazenda é uma das melhores alternativas para a população reduzir os industrializados. “Alimentos embutidos, enlatados, sucos em pó, refrigerantes, biscoitos, pães e bolos de maneira geral devem ser substituídos por alimentos saudáveis, como os integrais, frutas, oleaginosas, carnes magras, leguminosas e hortaliças. E se, mesmo assim, a pessoa procurar por um alimento industrializado, é importante se habituar a ler os rótulos nutricionais, que vão mostrar se aquele alimento é considerado saudável ou não - já que atualmente é possível encontrar alimentos saudáveis nas gôndolas dos supermercados. Inclusive, esse é um setor que vem crescendo e tomando cada vez mais seu espaço no mercado - o setor 'Bem-Estar' - onde você encontra alimentos nutricionalmente adequados para consumo.” 

"O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta" - Aline Penedo, nutricionista (foto: Arquivo Pessoal )

Difícil de acreditar (ou melhor, aceitar) que o brasileiro, vivendo num país tropical, com variedade de frutas, simplesmente não consome o mínimo suficiente para sua saúde. “O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta. A população deve ser conscientizada de que cuidar da saúde agora é muito melhor que tratar das doenças crônicas no futuro e depender de medicamentos de uso contínuo. O 'agora' é um investimento para o futuro e agir na prevenção é a melhor forma de se ter uma longevidade saudável”, alerta a nutricionista.

Quanto ao compromisso assinado em maio pelo Brasil, o Década de Ação em Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra (Suíça), traz esperança a Aline Toledo. Entre as metas buscadas (deter o crescimento da obesidade, aumentar o consumo de adultos de hortaliças e frutas, e diminuir a ingestão de refrigerante e sucos artificiais), a nutricionista afirma que é preciso o governo ter foco e total atenção na área da saúde, fornecendo recursos para que essas metas sejam alcançadas.

“Uma das ações que considero mais importantes é o incentivo ao pequeno produtor agrícola por meio da redução de impostos e subsídios para a aquisição de ferramentas para o plantio e colheita dos alimentos. Dessa maneira, deve-se estimular as famílias a comprar esses produtos para que eles façam parte da rotina da casa - tais como frutas, legumes e hortaliças em geral. Essa é uma maneira fácil de fazer com que todos tenham acesso a alimentos frescos e saudáveis, independentemente do local onde moram. Além disso, tem toda a questão da geração de empregos e renda para as famílias com menor condição financeira.”

MUDANÇA

Para Aline Penedo, um dos aspectos que devem ser trabalhados é o acesso à informação, já que muitas vezes as pessoas consomem os alimentos industrializados de maneira exagerada, sem medir as consequências, e por achar que eles são mais baratos que os naturais. Palestras de nutrição e alimentação saudável são importantes para que seja criada uma consciência a respeito. “E quando falamos em atitudes para 'atacar' essas três áreas, é necessário pensar na fonte da mudança que esperamos - as crianças. Durante os primeiros anos de vida, a criança forma o seu paladar e é nesse momento que ela solidifica os hábitos alimentares que levará para o resto da vida. Os pais têm papel fundamental, então toda a família deve estar envolvida nesse processo. Aliado à família, o governo deve fornecer alimentos saudáveis e indicados para consumo nas creches, onde, muitas vezes, a criança fica em tempo integral e faz ali todas as suas refeições. Os cozinheiros também devem ser treinados para o preparo desses alimentos, e os professores devem incentivar e acompanhar o momento da refeição.”
(foto: Yoorin/Divulgação) Palavra de especialista - Yuji Ieiri, agrônomo

Responsabilidade social e ambiental

“Com relação à nutrição das plantas, para que cresçam, se desenvolvam e produzam frutos saudáveis, garantindo boa produtividade e alta qualidade, são essenciais os nutrientes e minerais. Os elementos minerais são classificados em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. O primeiro é exigido em grandes quantidades e englobam o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já os micronutrientes são exigidos em menores quantidades, mas são tão importantes quanto os principais, e contemplam o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco. Outros elementos, como cobalto, selênio e silício são considerados nutrientes benéficos. O bom funcionamento e desenvolvimento do organismo é resultado de uma alimentação balanceada, com quantidade adequada de vitaminas e minerais. As boas escolhas também envolvem estar atento à forma como esses alimentos são produzidos e à sustentabilidade do processo produtivo. Dessa forma, o desenvolvimento de fertilizantes não químicos e com produção ecologicamente correta, que asseguram longevidade ao solo e contribuem para uma agricultura sustentável e de grande capacidade produtiva, são mais assertivos para lavouras focadas na qualidade e, acima de tudo, na responsabilidade social e ambiental.”

Canal com o cidadão

Está à disposição da população, no endereço www.saude.gov.br/saudebrasil, um canal exclusivo de informação sobre promoção à saúde voltada ao cidadão. Com foco em quatro pilares - “Eu quero parar de fumar”, “Eu quero ter um peso saudável”, “Eu quero me exercitar” e “Eu quero me alimentar melhor” -, a ferramenta reúne conteúdos, serviços e a voz de especialistas para apoiar a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. A plataforma é dinâmica e conta até com as sugestões da população, que poderá usar um canal feito especialmente para se manifestar, narrar suas histórias de superação e mostrar que é possível se tornar mais saudável.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Iogurtes gregos são naturais só na aparência, aponta teste Maioria das marcas analisadas contém muitos aditivos, além de açúcar ou adoçante

Fonte: O DIA



Rio - Nos últimos anos, os iogurtes gregos têm se tornado uma das opções de lanche favoritas entre as pessoas que desejam manter uma alimentação saudável. Porém, análise feita pela Associação de Consumidores Proteste identificou que boa parte dos produtos que lotam as prateleiras dos supermercados pouco têm de naturais, abusando dos aditivos alimentares, principalmente espessantes. Algumas marcas também contam com açúcar ou adoçantes artificiais na composição.

Ao todo, a pesquisa observou o rótulo das versões tradicional e light de seis marcas (Batavo, Danone, Itambé, Nestlé, Vigor e Yorgus). Apenas a Yorgus teve as duas linhas aprovadas. O iogurte tradicional da Nestlé também passou no teste.

Uma das responsáveis pela análise, a nutricionista Manuela Dias deixa claro que os aditivos não fazem mal à saúde, mas retiram o caráter natural dos produtos. “Há casos de marcas que usaram até 20 ingredientes para fazer um produto que tem apenas leite e fermento na receita original”, afirma a pesquisadora.

A médica explica que os espessantes são adicionados aos produtos apenas para conceder a cremosidade característica do iogurte grego. Já o açúcar deve ser evitado. “É possível encontrar um produto mais natural e adoçar com mel ou frutas”, aponta a nutricionista.

LISTA DE INGREDIENTES

Os baixos níveis de calorias e gordura de todos os produtos são positivos, mas é preciso estar sempre atento aos rótulos. “O importante é olhar os ingredientes e seguir a regra do quanto menos componentes, melhor”, diz ela.

Procuradas pelo DIA, Itambé e Nestlé afirmaram prezar pela qualidade de seus produtos e respeitar a saúde dos consumidores. Já a Danone informou que não havia sido comunicada pela Proteste sobre a pesquisa. Batavo e Vigor não se pronunciaram.

FIQUE ATENTO

Batavo: Leva mais de 15 ingredientes nos dois produtos da linha, com 18 elementos no Batavo Grego Tradicional, e 20 no Batavo Grego 0% Tradicional.

Danone: Contém açúcar, leite em pó e amido nas versões tradicional e light.

Itambé: No caso do Itambé Grego Tradicional, há a presença de açúcar e creme de leite na composição.

Nestlé: A lista de ingredientes do Nestlé Grego Light Tradicional inclui soro de leite em pó e xarope de açúcar. A versão tradicional foi aprovada.

Vigor: O iogurte tradicional da marca tem o maior teor calórico dos produtos pesquisados (151 kcal).

Yorgus: Feito apenas com leite pasteurizado e fermento, o iogurte da marca segue a receita original.


Que tal fazer em casa?

Thais Ventura do Delícias do Dudu nos ensina com passo a passo:

Iogurte
Iogurte Grego
Iogurte com frutas


No meu E-Book Virando a mesa: O industrializado agora é caseiro. tem muitas alternativas para fazermos em casa os alimentos hoje industrializados. Tudo de maneira fácil e saudável.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Mantida a obrigação de identificar transgênicos no rótulo

Fonte: O Correio News
Maio 27, 2016Agricultura, Saúde

Os produtos alimentícios que contém ingredientes transgênicos devem identificar a presença de componentes geneticamente modificados no rótulo da embalagem. A decisão foi tomada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, alegando o direito à informação previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A exigência havia sido suspensa em 2012, em decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski que foi reformada para restabelecer o julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A Corte havia acolhido pedido do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), e deixou ainda mais restrita a legislação: agora, os rótulos deverão identificar a presença de qualquer quantidade ou concentração de transgênicos.

Isso porque o ministro Edson Fachin tornou sem efeito o artigo 2º do Decreto Federal 4.680/2003, que exigia a rotulagem apenas quando o produto contivesse mais de 1% de transgênicos em sua composição. Ele manteve o entendimento do TRF 1, segundo o qual prevalece o princípio da plena informação ao consumidor, previsto no Código de Defesa do Consumidor.

“Verifica-se, portanto, que o afastamento da incidência do ato normativo se deu com base na sua incompatibilidade com a legislação infraconstitucional (Código de Defesa do Consumidor), de tal forma que a não aplicação da norma não teve como fundamento, explícito ou implícito, a incompatibilidade em relação à Constituição. Esse é o cerne que motiva o afastamento da aplicação do dispositivo legal, ainda que as normas e princípios previstos nessa legislação infraconstitucional também tenham assento constitucional”, explicou Fachin.


Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Você está lendo rótulos de forma errada.

Faz um tempinho que quero falar sobre isso, mas corre daqui, corre de lá e isso foi ficando naquela imensa relação de coisas para fazer "urgentes", rs. 

Mas hoje vai: quando vamos preparar uma receita em nossa casa, a primeira coisa é ler os ingredientes não é? Nos produtos industrializados somos ensinados a ver primeiro se tem gordura, sódio, colesterol, etc... etc...

Quanto tempo perdido, e depois escuto assim: Ah.., mas ler rótulos dá trabalho, se perde muito tempo. Porque você está lendo errado criatura!!!

Se na leitura dos rótulos você começar pelos ingredientes, tudo será mais rápido:

1) Se tem muito açúcar ele já aparece lá "primeirão"..... CORTA! Os primeiros ingredientes são os que estão em maior quantidade  e o açúcar pode ter vários nomes. Veja

2) Se tem um monte de nomes esquisitos que você não sabe o que é, isso é aditivo químico, que compromete a sua saúde e da sua família..... CORTA!

3) Se tem gordura vegetal hidrogenada, gordura vegetal, óleo vegetal ..... CORTA! Você conhece as identidades secretas do Gordura Vegetal Hidrogenada? Leia.

4) Se tem amido de milho, soja, canola ..... CORTA! (É transgênico) O que são alimentos transgênicos? 

5) Se tem Glutamato Monossódico que é um realçador de sabor e vicia suas papilas gustativas te fazendo comer mais e mais ..... CORTA!

6) Se fala que é integral e aparece farinha enriquecida com ácido fólico, isso é farinha branca gente! E se aparece farinha integral primeiro e depois glúten, vc está sendo levado a comer uma quantidade incrível de proteína (glúten) que pode fazer mal e inflamar vários órgãos, só para deixar a massa mais macia.

7) Se um alimento é enriquecido com vitaminas e outros ingredientes, lembre-se são sintéticos. O que nutre de verdade vêm das verduras, frutas, legumes e grãos, tudo fresco e de preferência ORGÂNICOS. Por isso, os industrializados não são considerados alimentos e sim "PRODUTOS ALIMENTÍCIOS" ou seja, são fabricados como as canetas, os tratores, as lâminas de barbear, etc. Os princípios são os mesmos criar uma necessidade e lucrar com isso.

Não podemos nos esquecer também da Data de Validade: quando vemos lá no supermercado que determinado produto está em oferta por estar com a data de validade próxima do vencimento, em vez de corrermos para comprar, devíamos correr para longe. 

Gente ... a data de validade determina há quanto tempo aquele produto começou a estragar, ou há quanto tempo ele não é mais fresco, cheio de nutrientes, etc.  Porque pagar por um produto velho, nem que seja bem baratinho?

Vamos ver alguns exemplos?


Quem disse que peito de peru é mais saudável?????





Uma excelente fonte de informações é o pessoal do Fechando o Ziper vale a pena visitar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

1 em cada 3 chocolates vendidos não é chocolate real

Fonte: Economia UOL

Armando Pereira Filho/UOL


Cacau de fazenda de Ilhéus (BA); para ser considerado chocolate, produto precisa ter ao menos 25% do fruto

Um em cada três chocolates comuns vendidos no Brasil, produzidos pelas grandes indústrias, não pode ter esse nome de chocolate porque não é feito com o percentual mínimo de cacau exigido pela legislação.

Segundo as regras, para ser considerado chocolate, é preciso que o produto tenha pelo menos 25% de cacau, mas muitos não chegariam nem a 5%.

A denúncia é de Marco Lessa, 43, produtor de cacau, presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (BA) e organizador de feira de chocolate, que reúne agricultores e pequenas indústrias.

"O que o brasileiro encontra nas prateleiras de supermercados, vendido como chocolate, é apenas doce, não chocolate", afirma. "Estimo que um terço dos chocolates estejam nessa situação. Esses não devem ter nem 5% de cacau."

Lessa também diz que muitos chocolates amargos, com suposto alto teor de cacau (de 50% a 70%), produzidos pelas grandes indústrias e vendidos no mercado nacional por preço maior não têm esse percentual declarado.

"Dizem que têm 70%, mas não têm. Não existe fiscalização para confirmar esse percentual", declara. Ele não apresentou nenhuma pesquisa ou teste que comprovem essa avaliação, mas diz que o problema se manifesta no próprio sabor dos produtos.

"Basta comer algumas vezes um bom chocolate para saber que muitos dos vendidos por aí não têm o teor de cacau prometido." Além do sabor considerado melhor e menos doce pelos especialistas, os chocolates com maior teor de cacau também são tidos como benéficos à saúde. Por terem porcentagem reduzida de gordura, açúcar e leite, fazem bem bem para o coração.

A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) emitiu uma nota, dizendo que os produtos feitos com menos de 25% de cacau são considerados doces com "sabor de chocolate".

"A Abicab reforça que, de acordo com portaria da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], somente é chocolate o produto que possua pelo menos 25% de cacau. Abaixo disso, o produto é considerado com sabor de chocolate", registra o documento.

A entidade, que representa as grandes indústrias, como Nestlé e Garoto, não comentou a suposta irregularidade no percentual de chocolates amargos informado nos produtos nacionais.


Falta informação nos rótulos, conclui pesquisa do Idec

Pesquisa divulgada em março de 2013 pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) conclui que falta informação nos rótulos dos chocolates brasileiros.

Entre 11 marcas de chocolate ao leite pesquisadas, apenas uma informou o percentual de cacau na embalagem. As outras dez não fizeram nenhuma menção à quantidade.

De acordo com o Idec, ainda não existe nenhuma lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o instituto, seria "razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes".

"Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo. Fica a sensação de que essa informação é uma estratégia de marketing, usada apenas quando isso é conveniente aos fabricantes", afirma Ana Paula Bortoletto Martins, nutricionista do Idec, em documento divulgado na época da pesquisa.

O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Segundo o Idec, dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação indicada no rótulo.
Definição oficial de chocolate não limita gordura estranha ao cacau

A definição oficial de chocolate da Anvisa é a seguinte: "Chocolate: é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados".

Uma regra anterior, de 1978, exigia um percentual maior de cacau (32%), mas isso foi mudado em 2005 para os 25% atuais.

Para o Idec, a regra atual tem uma outra falha, que é não limitar a adição de "gorduras equivalentes" (gorduras com propriedades físicas e químicas muito parecidas com as da manteiga de cacau, mas que não são de cacau).

A norma anterior proibia qualquer adição de "gordura e óleos estranhos" ao chocolate.

(O jornalista Armando Pereira Filho viajou a convite da MVU Eventos, organizadora do 5º Festival Internacional de Chocolate e Cacau de Ilhéus)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Campanha mundial pede tratado para apoiar direito à alimentação saudável

Fonte: IDEC
Objetivo é pressionar Organização Mundial da Saúde (OMS) para a criação de um tratado internacional por políticas públicas que promovam a alimentação saudável. Educação nutricional, melhorias na rotulagem, regulação de propagandas e mudanças na qualidade nutricional dos alimentos integram a proposta

Em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, a Consumers International (CI) - federação que reúne entidades de defesa do consumidor em todo o mundo, entre elas o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), promove a campanha “#foodtreatynow”, em tradução livre, “tratado de alimentação saudável já”, com o objetivo de chamar a atenção para o fato de que todo consumidor tem direito não apenas à alimentação, mas à alimentação saudável e adequada.

A partir desse mote, o objetivo é pressionar diretamente a Organização Mundial da Saúde (OMS) para a criação de um Tratado Mundial de Promoção e Proteção da Alimentação Saudável. Afinal, atualmente, mais de dois bilhões de pessoas estão acima do peso – ou quase 30% da população mundial; cerca de 11 milhões de mortes por ano são ligadas à alimentação inadequada; e o impacto econômico destes problemas chega a dois trilhões de dólares por ano – ou quase 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. São números bastante alarmantes.

A CI acredita que um tratado criaria um ambiente internacional favorável à implementação de políticas pelos governos nacionais. “Sob instrumentos jurídicos internacionais como esse, os Estados-membro teriam a obrigação de criar mecanismos de implementação de políticas públicas em nível nacional, que ajudariam a reduzir os atuais níveis de doenças não transmissíveis”, diz Hubert Linders, coordenador do Programa Alimentar da Consumers International.

A nutricionista e pesquisadora do Idec, Ana Paula Bortoletto, defende a mesma abordagem. Ela ressalta a importância de um conjunto de países se unirem em contraponto ao poder das indústrias, que é global. “Não faz sentido apenas um país regular certas questões sem que outros países também o façam. Em alguns casos, é até impossível: as regras de rotulagem, por exemplo, são unificadas entre os países do Mercosul. O Brasil não pode mudar sozinho”, explica. Ela acrescenta, ainda, que na medida em que ações em um país dão certo, tendem a se expandir para novos países. “O México começou a sobretaxar refrigerantes e já é um exemplo no qual diversos países estão de olho”.

Outro fator que reforça a importância de uma coordenação internacional, de acordo com a CI, é o fato de que mais de 60 países já têm estratégias locais em andamento para reduzir dietas pouco saudáveis, mas nenhum deles obteve ainda uma redução significativa nos níveis de sobrepeso e de obesidade.

Propostas do tratado
Apesar da proposta para o Tratado Mundial de Alimentação não estar concluída, a CI já elaborou um documento com alguns pontos básicos. Dentre eles, estão: educação nutricional, conscientização da população e fornecimento de informações nutricionais adequadas; controle e responsabilidade em patrocínios e propagandas de alimentos e bebidas; melhoria da qualidade nutricional de alguns alimentos, reduzindo níveis de nutrientes potencialmente danosos; taxação e subsídio para determinadas categorias de alimentos.

Conscientização sobre tabaco como inspiração
A inspiração da proposta veio da Convenção Quadro para Controle do Tabaco, o primeiro tratado internacional de saúde pública da história da OMS. Em vigor desde 2005, o acordo que vincula todos os países signatários (178 no total) a implementar um rol de medidas antitabaco em nível local com metas e prazos a cumprir. Entre as ações obrigatórias, estão a proibição da propaganda de cigarro, promoção da educação e de conscientização da população e a inserção de advertências nas embalagens, por exemplo.

Desde então, uma série de avanços foram obtidos em relação ao tabagismo mundialmente. Na Turquia, por exemplo, país com forte tradição cultural de uso do tabaco, o número de fumantes caiu 13% entre 2008 e 2012 – mas ainda é considerado alto, com mais de um quarto da população fumante, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2013. Aqui no Brasil, o percentual de fumantes caiu de 15,7% da população em 2006, para 11,3% em 2013, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

Sobre a Campanha
A ação da Campanha mundial é um “compartilhaço” de uma mensagem para a OMS: “Eu quero um mundo onde todos consumidores tenham o direito à alimentação saudável #OMS deve agir #FoodTreatyNowhttp://thndr.it/1z2eIEP”. A mensagem será publicada nas redes sociais de todas as pessoas que doarem um compartilhamento.

Os consumidores podem apoiar o “compartilhaço” clicando em “apoiar” no site Thunderclap, que hospeda a campanha. Todas as pessoas que apoiarem estarão doando uma postagem em seu perfil para que, dia 15/3, seja postado, automaticamente, em seus perfis no Twitter e Facebook uma mensagem direcionada à OMS.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Rotule quem não quer o rótulo de Transgênicos

Fonte: desacato.info/destaques/rotule-quem-nao-quer-o-rotulo-de-transgenicos


Brasil,Destaques
PP
Eles não desistem NUNCA! Por um momento o PL da Rotulagem dos Transgênicos foi arquivado na Câmara, mas nem deu tempo de comemorar, pois seu proponente, o Deputado Luis Carlos Heinze pediu desarquivamento e o PL pode ser votado a qualquer momento! Vamos lembrar os ‘novos’ deputados que estamos alertas e que NÃO QUEREMOS TRANSGÊNICOS EM NOSSOS PRATOS! Envie uma mensagem agora: http://bit.ly/YA2GS5

Nota do Blog : Não me canso de perguntar, se é tão bom porque não coloca em letras bem destacadas em vez de esconder??????

sábado, 1 de março de 2014

Consumidores ingerem alimentos geneticamente modificados sem o saberem

Fonte: Green Savers
Publicado em 22 de Fevereiro de 2014.

Alimentos geneticamente modificados estão cada vez mais presentes nos pratos dos consumidores sem estes o saberem, uma vez que muitas carnes e lacticínios têm sido produzidos a partir de animais alimentados com dietas provenientes de culturas transgénicas, refere o Huffington Post.

Vários activistas e organizações estão alarmados com esta situação e apelam à introdução de um regime de rotulagem que obrigue os fabricantes e revendedores a identificar os produtos feitos a partir de animais alimentados com dietas geneticamente modificadas.

De acordo com o agregador, cerca de 30 milhões de toneladas de alimentos transgénicos para consumo animal são importados para a Europa todos os anos, de forma a alimentar suínos, aves, gado e peixes de viveiro.

Grande parte da soja e do milho utilizado é cultivado na América do Sul, incluindo o Brasil, a Argentina e o Paraguai, onde o cultivo tem sido associado a graves violações dos direitos humanos e ambientais.

No Reino Unido, os alimentos que contenham material transgénico para consumo têm de ter rótulo. No entanto, comida para consumo humano que seja proveniente de animais alimentados com dietas transgénicas – carne, peixe, leite e seus derivados – não precisam de ser rotulados. Isto significa que os consumidores podem, inadvertidamente, alimentar-se de produtos geneticamente modificados.

Em França, a Carrefour lançou em 2010 um sistema de rotulagem para informar os clientes que os animais usados para produzir alimentos não foram alimentados com transgénicos. A empresa tomou esta medida após ter verificado em sondagens que 60% dos seus clientes deixariam de comprar alimentos nos seus hipermercados caso soubessem que eram produzidos a partir de animais alimentados a transgénicos.

Sistemas semelhantes estão a começar a ser adoptados por outras redes europeias de hipermercados, ainda de acordo com o Huffington Post.

Foto: moohaha / Creative Commons










terça-feira, 5 de novembro de 2013

III FESP INOVA: Nutricionista fala sobre Transgênicos e Agrotóxicos

Fonte: FESP

A nutricionista Ana Carolina Brasil e Bernardes foi recebida na FESP durante a semana acadêmica do curso de Nutrição. A delegada titular do Conselho Regional da 9ª região, situado em Pouso Alegre veio expor o posicionamento do CRN9 em relação aos alimentos transgênicos e agrotóxicos.

Para a nutricionista o convite para participar do FESP Inova foi aceito com entusiasmo. “Achei interessantíssima o tema que me ofereceram. Somos convidados para falar dos mesmos assuntos sempre e aqui foi diferente porque transgênico e agrotóxico são coisas muito novas e que as pessoas não discutem muito, então eu achei a iniciativa fantástica. Tem muita coisa pra falar e colocar isso na cabeça desse pessoal que está se formando agora é ótimo. Quero que eles saiam daqui sabendo que ser nutricionista vai além de ensinar a comer”, declarou.

Segundo a nutricionista, alimentos transgênicos são todos aqueles que foram geneticamente modificados e, recentemente, estão sendo produzidos em larga escala. “O transgênico surgiu em 1970 com a insulina humana, porém, a alimentação com transgênicos no Brasil chegou em meados de 98, então tudo é muito novo. O que a gente tem muito aqui é a soja e o milho. Grandes marcas de mercado se utilizam destes transgênicos em bolos, cereais açucarados e sucos, por exemplo”, explica.

A delegada do Conselho expôs conceitos, discutiu estudos recentes que envolvem o assunto e tirou diversas dúvidas dos alunos e professores que estiveram presentes na palestra. “Atenção para o rótulo! Produtos importados costumam ter grande quantidade de alimentos transgênicos. Todo alimento que é transgênico tem que ter sinalização. No seu rótulo, por obrigatoriedade, tem que ter um T informando que ele é transgênico. Podemos evitar o consumo. O problema é está muito discriminado o uso dos transgênicos e às vezes a gente n

ão sabe que aquele alimento é um deles”, alertou Ana Carolina.
A exposição também envolveu o debate sobre agrotóxicos e as questões que envolvem o consumo de alimentos produzidos com seu uso. A delegada defendeu que a alternativa é o consumo dos alimentos orgânicos que são muito mais saudáveis. “O número de vitaminas que você vai encontrar no orgânico é maior do que no alimento com agrotóxico e ainda tem a vantagem de você comer um alimento com agrotóxico e correr o risco de isso virar contra você como uma doença no futuro”.

A semana acadêmica do curso de Nutrição também teve palestras acerca de quebra de paradigmas, higiene profissional em restaurantes, controle de qualidade na indústria de alimentos, entre outros.

FONTE: Departamento de Comunicação e Marketing FESP/UEMG





terça-feira, 27 de agosto de 2013

A vida secreta dos ingredientes

"Comida fresca não dá dinheiro", diz o jornalista Steve Ettlinger, que desvendou a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor

Publicado em 13/02/2009
Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim
Revista Vida Simples - Edição 0077


A indústria alimentícia e seus bastidores
Foto: Reprodução

Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?
Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?
Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?
Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?
Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.

Livro para saber mais
Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

quinta-feira, 7 de março de 2013

Afinal o que faz o Glutamato Monossódico com sua Saúde?



Os cientistas usam o Glutamato Monossódico como forma a induzir a obesidade em cobaias. Associado á uma dieta rica em calorias, o glutamato também demonstrou causar estresse oxidante no fígado.


Nas pessoas, as reações físicas ao glutamato monossódico pode causar dor de cabeça, formigamento, fraqueza, dor de estômago, enxaqueca, vômito, diarreia,sensação de aperto no peito, rash cutâneo ou sensibilidade à luz, barulho ou aromas.

Encontrado em produtos alimentícios rotulado como ácido glutâmico, proteína vegetal hidrolisada, extrato de proteína vegetal, caseinato de cálcio, extrato de levedura, proteína texturizada, farinha de aveia hidrolisada ou óleo de milho.

Fonte: A não dieta dos franceses
Dr. Will Clower

O glutamato é considerado uma excitotoxina, ou seja, ele superexcita as células nervosas, pois é utilizado como um transmissor de impulsos nervosos. O consumo excessivo e/ou freqüente desta substância tem sido associado à certas doenças neurológicas como: Alzheimer, Parkinson, dificuldade de aprendizado, hiperatividade e enxaquecas.

Um estudo publicado no Journal of Obesity, realizado na Universidade da Carolina do Norte (EUA), demonstrou que pessoas que utilizam glutamato monossódico estão mais propensas do que pessoas que não o utilizam a ficarem acima do peso ou obesas, mesmo que tenham o mesmo nível de atividade física e ingestão calórica.

O glutamato também pode acarretar alergias. Outros estudos relacionam o consumo excessivo desta substância com o risco de desenvolvimento de câncer do aparelho digestivo.

Fique atento: É importante criar o hábito de ler o rótulo dos produtos, assim poderemos identificar na lista de ingredientes aqueles alimentos que possuem glutamato monossódico em sua composição.
Fonte: Mundo Verde
É o Ajinomoto, encontrado em salgadinhos, sopas (pó), biscoitos, refeições congeladas, molhos para salada e carnes.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Rótulos à prova de culpa!!!! Até quando seremos enganados?

Um daqueles textos que eu gostaria de ter escrito vem do Blog "Minha mãe que disse", muito bom!




Por Roberta

Na nossa última viagem ao Brasil, marido e eu comentávamos sobre a tremenda cara de pau da indústria alimentícia brasileira.

E quem lê rótulo de alimento vai concordar comigo: o que mais se vê é um bocado de porcaria açucarada e aditivada, dentro de um inocente pacotinho, onde se lê "fonte de vitamina C e cálcio!"

Não que a gente não comesse porcaria na nossa infância, muito pelo contrário. Mas a porcaria, naqueles tempos, era uma porcaria sincera. Suco cheio de açúcar, corante e aditivos químicos era somente um suco cheio de açúcar, corante e aditivos químicos. Ele não tentava ser o que não era. Q-Suco era Q-suco, Tang era Tang, Cheetos era Cheetos e chocolate podia ter formato de cigarro, para que as crianças se iniciassem no mundo das baforadas de uma maneira doce e eterna.

Eram porcarias sinceras, com exceção talvez de um certo queijinho, que atribuía a si o valor nutricional de um bife. Passada a ingenuidade dos anos 80, descobriu-se que o valor nutricional do tal queijinho era mais parecida com a de um docinho ou um chocolatinho e a propaganda "vale por um bifinho" foi finalmente proibidinha.

Mas daí chegou a era da informação, inclusive nutricional. E a indústria alimentícia teve que se adequar a esse novo público, que já começa a ver o açúcar, o sódio em excesso, a gordura trans e os aditivos alimentares com outros olhos. Posso até imaginar o bate papo entre executivos da indústria alimentícia.

- Vejam bem, o pessoal A e B não vai engolir esse suco aí, não. Eles vão ler o rótulo e vão perceber que isso nada mais é do que açúcar refinado, corante e um pouquinho de fruta, só pra constar.

- Hum, é verdade. Então manda pro pessoal C, que é mais "por fora".
- OK.
- Pro pessoal mais instruído a gente aplica a estratégia do vitaminado. Fontes de vitamina C, D e Calcio. Dá pra escrever Cálcio em vermelho, dá? E coloca a foto de uma criança sorridente. Pede pra agência selecionar uma criança magra e de dentes brancos. Olho azul, tá?

Sim, a indústria alimentícia brasileira aprendeu a lidar com o bicho-mãe-moderno-classe-média-crescida-nos-anos-80. Uma mãe que se recusa a dar Tang pra cria. Ela prefere dar o tal suco de soja, que a indústria faz parecer um inocente mix de soja com fruta. Mas que, ali no rótulo, é muito mais do que isso.

E assim a indústria vai subestimando nossa inteligência e trabalhando, com maestria, a questão da culpa materna. Culpa esta que faz com que ela pague 10 reais por uma caixa de suco pseudo natural que se diz "puro" e "multi-vitaminado". Para se ter idéia da palhaçada, aqui eu compro, a menos de 2 reais, um suco sem aditivos, sem açúcar, sem nada que não seja a própria fruta. E detalhe: Cingapura não tem recursos naturais, o suco que eu tomo vem da Austrália e deveria, portanto, me custar mais caro do que um suco que é produzido e vendido no Brasil - país que, diga-se de passagem, se gaba de suas infinitas fontes e recursos naturais.

Me chateia muito menos comprar uma porcaria sabendo que é uma porcaria, oras. "Vou dar uma porcaria pro meu filho comer" - vou lá, compro a porcaria e dou. Assim, sincero. O que não dá pra engolir são os falsos naturais, o cereal em barra que tem mais açúcar que fibras, mas se denomina "o fim dos seus problemas de prisão de ventre". Ah, tem dó.

Isso me torna uma radical anti-porcariadas em geral? Não, em absoluto, eu acho que tem hora pra tudo, inclusive pra porcaria - mas porcaria honesta, old school. Nada de me vender gato por lebre, me prometer mundos e fundos, não deixar claro se a bebida pode ser consumida por crianças menores de X anos.

Rótulos dissimulados, campanhas publicitárias confusas e maliciosas - isso é um problema de todos nós.

Mas é aquela coisa: quem é que vai comprar um produto em cujo rótulo se lê:

"Oi, eu sou o iogurte rosinha/suquinho de soja/suquinho de caixinha. Faz favor de me comer com moderação, pois eu sou cheio de açúcar refinado e também levo corantes e conservantes. Cáries, diabetes e obesidade infantil são somente alguns dos palavrões associados ao meu consumo desenfreado. Outra coisa: eu não fui feito pra ser consumido por seu bebê de 4 meses, de jeito nenhum!! Se o seu pediatra disser que eu fui, ele está mentindo. Viu, mãezinha? "

Roberta é uma das autoras do Minha Mãe que Disse e também escreve aqui. Mãe de Noah e Luna.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Comida pronta é prática, mas vale mesmo a pena?

Alimentos ultra processados prontos para comer, escondem perigos por trás do sabor gostoso. Se consumidos em excesso, trazem riscos à saúde

Fonte: Publicado em 04/12/2012 em M de Mulher
Lydia Minhoto - Edição: MdeMulher
Conteúdo do site VIVA!MAIS




Esquentar lasanha congelada quando estamos sem tempo, tomar suco de caixinha em vez de fazer um natural (e sujar o liquidifcador!), comer barrinha de cereal quando bate fome num dia corrido de trabalho. 


Não há como negar: alimentos prontos e semiprontos para consumo, chamados de ultraprocessados, vieram para facilitar a nossa vida e economizar tempo na cozinha. Contudo, embora práticos e saborosos, escondem alguns perigos. É que eles são resultado de uma série de processos industriais como cozimento, fritura, adição de vitaminas e minerais, salgamento, enlatamento e acondicionamento.

Quer exemplos? Prepara-se, pois a lista é grande!

Pães (até os integrais), biscoitos, achocolatados, iogurtes, bolos, sorvetes, chocolates, barras de cereal, refrigerantes, pratos pré preparados, hambúrgueres, sopa e macarrão instantâneos, requeijão, manteiga, enlatados e embutidos como mortadela, salame, presunto, salsicha...

São produtos com mais açúcar, mais gordura saturada, mais sal, mais substâncias químicas e menos fibras do que o recomendado para uma alimentação saudável, diz Maluh Barciotte, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP. Segundo ela, se consumidos em excesso, aumentam o risco de doenças como colesterol, diabetes, pressão alta, obesidade e até alguns tipos de câncer.

Mas calma! Não é preciso comer só salada e grãos. Entenda os perigos dos alimentos superindustrializados e veja como equilibrá-los na alimentação!

Saber decifrar os rótulos é um passo importante

Conservante, estabilizante, corante... aprenda a identificar tudo isso na embalagem!

Avaliar a embalagem de um produto é um jeito esperto de saber o que ele contém. Por lei, os rótulos devem mostrar os ingredientes em ordem decrescente de quantidade – do que tem mais para o que tem menos. “Alguns bolinhos prontos, por exemplo, têm mais açúcar que farinha. Já imaginou um bolo com mais açúcar que farinha?”, alerta a especialista. Fique de olho também nas seguintes substâncias:

Conservantes

São usados para aumentar a “vida útil” do alimento, ou seja, fazer com durem mais e não sejam atacados por algum micro-organismo. Alguns exemplos que você encontra facilmente nos rótulos e são bastante utilizados são ácido benzoico, dióxido de enxofre e nitratos e nitritos.

Estabilizantes

Mantêm a aparência e as condições do alimento. Conservam o biscoito crocante, evitam que o bolo seque... Exemplos: carragena, extraída de algas marinhas, goma guar, retirada de um tipo de feijão, e carboximetil celulose sódica (CMC), feita a partir de celulose e monocloroacetato de sódio.

Flavorizantes e aromatizantes

Dão a sensação de que o alimento é mais “gostoso”, intensifcando o sabor e o cheiro. Muito usados em salgadinhos chips, que têm sabores como queijo e churrasco. O realçador de sabor glutamato monossódico é usado na maior parte dos ultraprocessados.

Corantes

Dão ou realçam a cor do alimentos como presuntos e balas de goma. “Muitos corantes usados no Brasil são proibidos em outros países”, diz Maluh. Pesquisas dizem que alguns induzem à hiperatividade infantil, como os corantes amarelos crepúsculo, quinolina e tartrazina.

Os perigos que escondem os ultra processados

Pesquisas mostram que nossa sensação de saciedade é afetada por eles. Além de ser mais difícil parar de comer, deixamos de identificar sabores naturais.

- Têm alto poder calórico, mas a energia é zero. Durante o processamento, perdem os nutrientes e mantêm as calorias. Por isso, eles não nutrem. O exemplo máximo disso é o refrigerante, diz Maluh.

- Contêm substâncias que deixam nossos sentidos exacerbados e têm sabor artificial exagerado.

- São alimentos altamente disponíveis para consumo. Em geral, vêm embalados em plásticos, caixas, latas ou conservas e estão prontos ou semiprontos para você comer.

- Contêm excesso de sal, açúcar, gorduras e substâncias químicas, como conservantes, estabilizantes, favorizantes e corantes.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Teste mostra que pão integral tem mais farinha branca do que não refinada


Fonte:Folha de S.Paulo06/11/2012 
JULIANA VINES - DE SÃO PAULO
CAROLINA DE ANDRADE - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O pão integral industrializado não é tão integral assim, mostra análise da Proteste (órgão de defesa do consumidor). Quatro entre sete marcas testadas têm mais farinha tradicional do que a não refinada na composição.
A análise mediu a quantidade de fibras dos produtos (todos tinham mais do que o indicado no rótulo) e avaliou a lista de ingredientes da embalagem que, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, devem ser organizados em ordem decrescente de quantidade.
"Em quatro marcas, o primeiro item da lista é a farinha refinada. Não é o que se espera de um pão integral", diz Manuela Dias, nutricionista e pesquisadora da Proteste.
O resultado evidencia a falta de regulamentação do setor e levanta a questão: quanto de grãos não processados um alimento precisa ter para ser vendido como "integral"?
As normas brasileiras ignoram o tema. "Faltam parâmetros. O consumidor não sabe o que compra", critica Dias.
Outros países têm normas específicas sobre isso. Nos EUA, o pão integral de trigo só pode levar esse nome se for produzido apenas com farinha integral. Na Holanda, apenas pães feitos com 100% de grãos não processados ganham o rótulo de integrais.
A nutricionista Tatiana Barão diz que um produto rico em farinha branca não oferece os benefícios daquele feito principalmente com trigo não processado.
Em geral, pães integrais industrializados usam entre 40% e 70% de trigo não refinado, segundo a nutricionista Raquel Pimentel. A farinha branca é adicionada para prolongar a data de validade e melhorar a aparência.
"O pão 100% integral é mais duro e quebradiço e pode ter sabor forte", diz Barão.
O trigo não refinado preserva parte da casca do cereal, além do gérmen. É onde estão os principais nutrientes, lembra Pimentel. "Vitamina E, B12 e minerais", lista.
O pão integral tem mais fibras que o outro, o que ajuda no funcionamento do intestino, prolonga a sensação de saciedade (as fibras são digeridas devagar) e ajuda a manter estáveis os níveis de glicemia no sangue. "O pão branco é rico em amido, que é absorvido rapidamente e resulta em picos glicêmicos, o que pode levar ao diabetes", diz Lara Natacci, nutricionista.
Para as especialistas, não há problemas no fato de os pães testados terem mais fibras do que o indicado no rótulo. "O medo é que o rótulo esteja errado também nas quantidades de sódio e de gordura", afirma Pimentel.
Editoria de Arte/Folhapress
OUTRO LADO
Em nota, a Wickbold disse que não divulga dados sobre a proporção de ingredientes utilizados em seus produtos. Além disso, afirma que os pães da marca que levam o nome "integral" utilizam fibra de trigo ou fibra de trigo com outros cereais integrais na sua formulação, seguindo a legislação brasileira.
A fabricante informa que realiza análises laboratoriais anuais do produto analizado pela Proteste e que os resultados são diferentes dos apresentados pela organização.
"Conforme análises laboratoriais, o peso máximo [de fibras] detectado em 50 gramas do produto desde 2001 foi 3,8, e não 4,7, como indicado no resultado da Proteste. É uma variação inferior aos 20% determinados pela legislação brasileira, dado que comprova que o pão está de acordo com as normas estabelecidas."
Representantes da Líder Minas, fabricante do pão Milani, informaram que a empresa utiliza entre 23% e 25% de farinha integral no produto avaliado pela Proteste.
A Bimbo do Brasil, que detém as marcas Firenze, Plus Vita e Nutrella, informou em nota que segue as regras para produtos integrais da organização internacional Whole Grains Council.
Procurada pela Folha, a Bread Life não respondeu. Os representantes da GrãoLev não foram encontrados.
A Vigilância Sanitária informou que pretende rever a regulamentação dos produtos integrais, mas o tema não está na agenda deste ano.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Justiça põe freio nos transgênicos


Nos últimos dias a Monsanto foi condenada pela Justiça no Rio Grande do Sul a pagar indenização de R$ 500 mil por propaganda enganosa e abusiva e tem enfrentado ainda mobilização de produtores do estado contrários à sua política de cobrança de royalties sobre a colheita soja transgênica.

Também nos últimos dias, o Tribunal Regional Federal em Brasília negou pedido da ABIA – Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação e manteve a rotulagem plena de alimentos, ou seja, o direito à informação independente da quantidade de ingredientes modificados no produto. A União, que na ação aparece do mesmo lado das indústrias, pede que seja mantido o limite inferior de 1%. A União também está do lado das multinacionais do setor na ação judicial que pede a suspensão do plantio de milho transgênico e naquela que defende que não existe no país regra efetiva para se evitar a contaminação de plantações não transgênicas [1].

No caso da rotulagem, a União argumenta que oferecer a informação não é sinônimo de segurança, pois um transgênico só é liberado se considerado seguro pela CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão com competência legal exclusiva para avaliar a segurança dos organismos geneticamente modificados. É esse o xis do problema. A mesma CTNBio argumenta que a contaminação de sementes, plantações e plantas silvestres também não tem a ver com risco. Nada deve mesmo ter a ver com risco, já que nos últimos tempos foram implantados mecanismos simplificados de aprovação de transgênicos, dispensa de estudos de monitoramento depois que essas plantas são lançadas no mercado e debate-se agora reduzir a lista de informações que se exige das empresas, cortando, por exemplo, as análises de longo prazo sobre impactos à saúde.

Mas nem todos pensam assim. “Não existe certeza científica de que a soja comercializada pela Monsanto usa menos herbicida”, salientou o desembargador federal Jorge Antônio Maurique no voto que condenou a Monsanto por propaganda enganosa.

Em nota sobre a liberação de mais uma de suas variedades de algodão transgênico, a dona da tecnologia não falou em redução do uso de venenos: “A tecnologia, chamada comercialmente de Bollgard II Roundup Ready Flex, fornece controle eficaz contra as principais pragas lepidópteras da cultura do algodão no Brasil (…) além de ser também tolerante ao glifosato, o que permite a aplicação do herbicida em pós-emergência da cultura.”

A propaganda ficou por conta do presidente da CTNBio doutor Flavio Finardi: “É uma liberação de algodão resistente tanto a insetos como tolerante a herbicidas, então, com isso, haverá a possibilidade de um mesmo agricultor diminuir a carga de agroquímicos que ele colocará sobre a sua lavoura”, disse aoportal do MCT. Já à Agência Brasil, Finardi afirmou que “Vai existir chance de manejo mais adequado no combate a pragas e a ervas daninhas. Esse tipo de ferramenta, que vai estar na própria planta, é uma vantagem”. (grifos nossos)

Ainda segundo o desembargador Maurique, “a propaganda [da Monsanto] deveria, no mínimo, advertir que os benefícios nela apregoados não são unânimes no meio científico e advertir expressamente sobre os malefícios da utilização de agrotóxicos de qualquer espécie”. Fica aí o conselho para o presidente da CTNBio.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Multinacionais tentam impedir que o uso de transgênicos seja rotulado


Fonte: Diário Liberdade
Estados Unidos - PCO - As multinacionais do setor de alimentos, sementes e agrotóxicos tentam impedir a Lei na Califórnia. Por trás, evitar precedentes e poder continuar qualificando como "naturais" alimentos literalmente envenenados

Várias multinacionais, como a Coca-Cola, PepsiCo, General Mills, Monsanto e DuPont, estão investindo pesado para derrotar a proposta de Lei 37 na Califórnia, EUA. A Lei obriga às multinacionais a rotularem todos os produtos especificando o uso de transgênicos nos alimentos. Um referendo foi convocado para o mês de novembro. A pressão popular a favor da rotulagem aumentou depois do anúncio da aprovação do primeiro salmão geneticamente modificado, o que seria o primeiro animal transgênico, modificado exclusivamente para se tornar alimento.

Por mais de uma década, quase todos os alimentos processados nos EUA (cereais, salgadinhos, molhos de salada) contêm ingredientes de plantas cujo DNA foi manipulado em laboratório, com consequências desconhecidas sobre a saúde humana.


O milho, a soja e a canola estão entre os ingredientes derivados de sementes geneticamente modificadas de maior consumo nos EUA. Há mais de 10 anos que, nos EUA, esses produtos são comercializados sem qualquer tipo de identificação.

A aprovação da Lei abriria precedentes para os outros estados, nos EUA, e no mundo.

O receio das multinacionais é que, caso a Lei for aprovada, elas não poderão continuar propagandeando os produtos como "naturais". A busca por lucros a qualquer custo tem disparado devido ao aprofundamento da crise capitalista mundial. Os mínimos e mais óbvios direitos democráticos da população, como seria o direito a saber explicitamente a origem de um determinado alimento, são pisoteados sem qualquer escrúpulo. Em nenhum momento a Lei lhes impede de continuar alimentos altamente envenenados, como são os transgênicos ou hiper contaminados por agrotóxicos. É o típico modo de operar imperialista que se manifesta em todos os âmbitos da vida social.

A Monsanto juntamente com a DuPont, são as duas multinacionais que vem encabeçando a campanha para impedir a aprovação da Lei. A Monsanto publicou em seu site um slogan que diz "Sob o direito de saber é uma campanha de marketing enganosa que visa estigmatizar a produção moderna de alimentos ".

Multinacionais usam a falsa propaganda da "produção moderna de alimentos" para controlarem os alimentos
A Fundação Rockefeller foi quem criou a chamada "Revolução Verde", nos anos 1960 e 1970, através da qual distribuíram sementes da Monsanto nos países atrasados. Nelson Rockefeller e Henry Wallace, ex-secretário da Agricultura e fundador da Hi-Bred Seed Company, foram os impulsionadores desse movimento sob a propaganda de "resolver o problema mundial da fome".

Com a distribuição de sementes da Monsanto, a família Rockefeller pretendia monopolizar a produção mundial de alimentos, da mesma maneira que tinha feito na indústria petrolífera meio século antes, por meio do controle das multinacionais Exxon Mobil, Royal holandesa Shell, a BP Amoco e Chevron Texaco.

O então todo-poderoso secretário do Departamento de Estado, Henry Kissinger, declarou nos anos 1970, "se controlarmos o petróleo, controlamos o mundo; se controlarmos os alimentos, controlamos a população".

As sementes transgênicas foram introduzidas sem serem submetidas aos testes adequados. Nos Estados Unidos, quase todo o milho e a soja são geneticamente modificados. O gene introduzido na semente torna a soja resistente a um herbicida utilizado no controle de pragas, e faz com que o milho produza o seu próprio inseticida. Após ingerido, o milho continua produzindo agrotóxicos por meio de uma bomba biológica no corpo dos seres humanos. A cada ano que passa, observamos que o uso de agrotóxicos tem aumentado, indo contra a propaganda de que os transgênicos, supostamente, utilizariam menos venenos. Com o aumento do uso de agrotóxicos as multinacionais criaram também o monopólio dos venenos, pois suas sementes exigem o uso dos agrotóxicos fabricados, principalmente, por elas mesmas.

Os governos foram pressionados pela multinacionais para não exigirem testes e muito menos leis de rotulagem nos alimentos. Nos EUA, a FDA (órgão que regulamentos os alimentos e medicamentos) é controlada pela Monsanto conforme é de conhecimento público.

No Brasil, o governo Lula criou a CNTBio responsável pela aprovação de mais de 30 sementes transgênicas sem qualquer tipo de testes. O próprio financiamento da agricultura, o Pró-Agro, exige notas fiscais que somente são fornecidas para a comercialização das sementes e agrotóxicos das multinacionais.

Apenas em alguns países na Europa existem leis de rotulagem para transgênicos, mas, mesmo assim, com o aprofundamento da crise capitalista tem passado a aprovar o uso de sementes transgênicas.

O capitalismo é incompatível com o bem-estar e o cuidado com a saúde das pessoas. A principal lei que regula esse sistema decadente, e cada vez mais parasitário, é a busca do lucro a qualquer custo.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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