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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Alimentos com radiação podem atacar sua saúde

Alimentos com radiação podem atacar sua saúde

Fonte: Dr. Rondó
Alimentos como a batata, o trigo, a aveia, as ervas e condimentos, sementes e chás, são expostos a material radioativo, graças a um processo aprovado nos Estados Unidos. Esse processo de irradiação dos alimentos dura poucos minutos, dependendo do tipo de produto. A dose é medida em RADs (Roentgen Absorbed Doses), em que um RAD é mais do que a radiação emitida por uma aplicação de RX.

A dosagem aprovada é de 3 milhões de RADs para ervas e condimentos, mas o que muita gente ainda não sabe é que apenas 300 RADs são capazes de matar uma pessoa exposta a esta irradiação todos os dias e esterilizar aquelas que não sofreram exposição direta.

O objetivo da irradiação é aumentar a duração dos produtos; mas, não seria melhor deixar os produtos seguirem o seu ciclo e estragarem naturalmente? Será que vale a pena preservá-los por mais ou menos meses, dependendo do tipo de produto? Será que o alimento não se torna radiativo com esse processo? Segundo o FDA, isso só pode ocorrer caso haja um mau funcionamento do equipamento. Os experts dirão que só ocorre uma em um milhão de vezes. Mas e se o seu filho fosse um dos premiados? Como você reagiria? Olha aí o exemplo de Chernobyl.

Dos estudos conduzidos nesse campo nos últimos trinta anos, pouquíssimos foram os que mostraram segurança no processo. Estudos feitos na Rússia com a utilização de ratos mostraram o aparecimento de lesões renais e testiculares nos animais. Na Índia, crianças que se alimentaram com trigo irradiado apresentaram danos cromossômicos e anormalidades sanguíneas associadas com a leucemia. Na Alemanha, os cientistas encontraram tantas consequências, que o processo foi proibido por lei. Os efeitos incluem mutação, redução de fertilidade, distúrbios metabólicos, diminuição de resistência às doenças, tumores etc.

Os alimentos irradiados, nos Estados Unidos, são aprovados pelo FDA e devem conter nos rótulos a denominação “Fique Atento”.

Referências Bibliográficas:
Livro Prevenção: A Medicina do Século XXI. 2000
Journal of Nutrition, 69:18-21, 1959.
Mutation Research, 80:333-345, 1981.
International Journal of Radiation Biology, 18:201-216, 1970.
Nature, 211:302, 1966.
Nutrition, 16:698-701, 2000.

Gostou da matéria? Visite o Site do Dr. Rondó e conheça mais sobre a relação saúde x alimentação!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O que é irradiação de alimentos?


Imagem: Google


Fonte: Ideias Verdes
Por - Lydia Cintra 13 de dezembro de 2013

A irradiação é um dos processos utilizados pela indústria de alimentos para aumentar a vida útil e o tempo de prateleira dos produtos. Além de conservar, o mecanismo também mata insetos, bactérias patogênicas, fungos e leveduras, retarda a maturação e senescência (envelhecimento) de frutas e inibe o brotamento de bulbos e tubérculos. “Os tecidos irradiados não brotam.

A irradiação destrói tecidos vivos e seu uso é proibido em alimentos orgânicos em qualquer fase da produção, armazenamento, transporte e processamento. A irradiação é também conhecida como pasteurização fria e é mais cara que processos térmicos de pasteurização”, explica Elaine de Azevedo, pós-doutorada pela Faculdade de Saúde Pública da USP e professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo, no livro “Alimentos Orgânicos – ampliando os conceitos de saúde humana, ambiental e social”.

O alimento – embalado ou a granel – é submetido a uma quantidade controlada de radiações ionizantes por tempo pré-determinado. E o que é isso? O livro explica que a radiação ionizante transforma um átomo estável em um átomo eletricamente carregado ou com desequilíbrio entre suas cargas, ou seja, um íon. Esse fenômeno possui grande intensidade de energia e pode causar alterações na matéria, dependendo da forma como a radiação for usada. As fontes utilizadas para irradiar alimentos são isótopos radioativos, como Césio 197, Cobalto 60, raios X ou elétrons acelerados lineares.

Um pouco da história
Após a descoberta da radioatividade, na última década do século XIX, verificou-se em laboratório que as irradiações ionizantes afetavam os sistemas biológicos. Por meio delas, era possível exterminar organismos vivos e alterar a estruturas dos tecidos. Na década de 50, a Comissão de Energia Atômica e o Exército dos Estados Unidos financiaram pesquisas sobre o uso de radiações ionizantes na preservação dos alimentos. Em 1963, a FDA (Food and Drug Administration – similar à Anvisa no Brasil) permitiu seu uso no trigo e derivados e no bacon.

O Brasil faz pesquisas sobre alimentos irradiados desde 1975. Gradativamente, o leque de alimentos que poderiam ser irradiados foi aumentando. Entre os mais comumente irradiados estão a carne de vaca, porco e aves, nozes, batata, trigo, farinha de trigo, frutas, verduras e variados tipos de chás, ervas e condimentos. No Brasil irradiam-se principalmente cebolas, batatas, peixes, trigo e farinhas, papaia, morango, arroz e carne de porco.

O que isso significa?
O processo de irradiação expõe o alimento a uma carga equivalente à necessária para realizar cerca de 30 a 150 milhões de radiografias de tórax. Os níveis de radiação envolvidos compreendem uma faixa entre 5 mil a 4 milhões de rádios (medida-padrão para mensurar a radiação absorvida). Para se ter uma ideia dessa radiação, os aparelhos de raios X emitem menos que um rádio por sessão.

Como nos demais métodos de conservação de alimentos (pasteurização e congelamento, por exemplo), a irradiação ocasiona perdas de macro e micronutrientes, bem como variações na cor, sabor, textura e odor. Muitas vitaminas são praticamente extintas do alimento: até 90% da vitamina A na carne de frango, 86% da vitamina B em aveia e 70% da vitamina C em suco de frutas. À medida que o tempo de estocagem aumenta, outros nutrientes são perdidos: proteínas são desnaturadas e as vitaminas A, B12, C, E e K sofrem alterações semelhantes às do processo térmico (pasteurização).

No entanto, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP) defende que, apesar da perda nutricional, as alterações químicas não são nocivas ou perigosas. Em entrevista ao site da Unicamp, um físico do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Universidade atribui o receio que a população tem de consumir esses alimentos à constituição de um “imaginário negativo” ligado à questão nuclear. A não aceitação por parte das pessoas decorre, entre outros fatores, da relação que se faz entre irradiação e radioatividade. Segundo ele, a contaminação radioativa pressupõe o contato físico com uma fonte radioativa, enquanto a irradiação é a energia emitida de uma fonte de radiação. Desta forma, os alimentos irradiados não se tornam radioativos, pois não contêm a fonte de radiação (apenas recebem a energia).

Elaine de Azevedo diz que “apesar de os especialistas afirmarem não ser sua intenção a utilização de radiações de alta energia (como a dos nêutrons, que tornariam os alimentos radioativos), é fundamental uma análise crítica em relação ao seu uso, pois até o momento não existem estudos suficientes que garantem sua inocuidade em seres humanos. E, por si só, é suficiente para avaliação da relação risco/benefício”.

A autora ainda discute a relação entre a irradiação e o incentivo a práticas agrícolas insustentáveis, baseadas em cultivos que ameaçam a biodiversidade. Leia um trecho:

“Ela sacrifica a sustentabilidade ecológica, ao encorajar a produção maciça, aumentando a dependência em relação à maior utilização de agrotóxicos. Além disso, teme-se que os resíduos radioativos das instalações das empresas de irradiação, transportados por grandes distâncias, possam causar acidentes que danificariam ecossistemas locais e ameaçariam a saúde pública. A irradiação encoraja o transporte dispendioso de alimentos que, quando cultivados e consumidos localmente, não precisam de irradiação. A adoção massiva desse recurso limita o direito das pessoas de escolherem onde e como seus alimentos serão produzidos. Um sistema democrático e que concede poder aos cidadãos para fazerem suas escolhas sensatas não precisa de irradiação. Essa prática é uma solução muito cara para o problema da segurança sanitária, atuando nos sintomas em detrimento das causas”

Um relatório da FDA de 2000 não associa a irradiação a riscos alimentares, mas ressalta que tal resultado não é aceito por diferentes grupos de consumidores em campanhas como a da instituição Public Citizen (Cidadão Público) e a Campanha contra Irradiação de Alimentos Europeia (The European Food Irradiation Campaing).

Fontes:
Livro Alimentos Orgânicos: ampliando os conceitos de saúde humana, social e ambiental. Elaine de Azevedo. Editora SENAC, 2012;
Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP);
UNICAMP;
Anvisa.

Leia também:
Você sabe o que são alimentos ultraprocessados?
Saiba o que são estabilizantes, aromatizantes, conservantes e corantesPor que se alimentar de forma diferente por mudar o mundo (e a sua vida)?

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cup Noodles – Um simples pote de 64 g contendo 26 ingredientes e 10 aditivos

Publicado em 21 de setembro de 2010 em Alimentação e Saúde por Paulo Guimarães
O produto se considera auto-explicativo: “Cup Noodles”.

E o é, para quem sabe inglês. Ao lado do nome, em letras cinco vezes menores, vem uma descrição: “Massa Alimentícia Mista Instantânea com Tempero. Sabor Galinha Caipira”. Na tampa um complemento: “Não precisa cozinhar, apenas adicionar água fervente”.

A embalagem contém 36 componentes (para não haver dúvidas: trinta e seis), dos quais 26 são ingredientes (vinte e seis) distribuídos em 64 gramas das quais 42 gramas, pelo menos (66%), são de farinha branca. Dos 26 ingredientes, 10 (dez) são tratados pelo processo de irradiação.

A referência do produto com relação ao sabor de galinha caipira não encontra respaldo na lista de ingredientes. Entretanto, a lista é pródiga em multiplicidades. Com relação à galinha, temos 5 ingredientes (nenhum deles parece ser caipira): carne de galinha em flocos, caldo de galinha, condimento preparado sabor galinha, condimento preparado à base de extrato de levedura sabor galinha e gordura de galinha. Não daria de conter apenas … galinha? Não faltam, como sempre, a tradicional gordura vegetal e um composto lácteo (botaram leite no meu macarrão).

Como a Nissin atendeu à resolução da ANVISA com relação a destacar os ingredientes tratados por processo de irradiação (e são 10), imagina-se que também atendeu a resolução 259 da ANVISA, que exige que os ingredientes sejam listados em ordem decrescente da quantidade contida no produto. Desta forma, podemos concluir que o teor de sal deste produto é muito grande, uma vez que o ingrediente sal vem antes de fécula de mandioca, cujo teor pode chegar a até 4,8%. Ou seja, é possível que quase 5% do produto seja composto de sal. Espero, pelo bem dos futuros hipertensos, já que a maioria dos consumidores deste produto parece ser jovem, que seja engano.


Ficha do Produto e Ingredientes

Nome Comercial: Cup Noodles.
Fabricante: Nissin – Ajinomoto Alimentos Ltda.
Aquisição: Aracaju – março de 2010.
Distância rodoviária da fabricação à aquisição: 2.202 Km (fabricado em Ibiúna / SP).

O macarrão Cup Noodles contém 36 componentes no total
(38 se contados o ferro e o ácido fólico adicionados à farinha branca)

26 ingredientes: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (mínimo 66%), gordura vegetal, sal, fécula de mandioca (máximo 4,8%), carne de galinha em flocos, farinha de arroz, caldo de galinha (*), condimento preparado sabor galinha, maltodextrina, milho em flocos, tomate em flocos, condimento preparado sabor barbecue (*), cebolinha verde em flocos, cebola me pó (*), condimento preparado à base de extrato de levedura sabor galinha, composto lácteo, pimentão em flocos (*), condimento preparado sabor cebola (*), condimento preparado sabor alho (*), gordura de galinha, cúrcuma em pó (*), alho em pó, salsa em flocos (*), condimento preparado pimenta, coentro em pó (*), e aipo em pó (*).

(*) Ingredientes tratados por irradiação.

10 aditivos: 
3 realçadores de sabor – glutamato monossódico, inosinato dissódico e gualinato dissódico.
1 espessante – goma guar.
2 reguladores de acidez – carbonato de potássio e carbonato de sódio.
1 antiumectante – dióxido de silício.
1 corante – beta-caroteno.
1 estabilizante – tripolifosfato de sódio.
1 acidulante – ácido cítrico.

Contém glúten? SIM.

Comentários adicionais:

A quantidade real de componentes deste produto tende a ser bem maior, uma vez que não é discriminado o que contêm os seis “condimentos preparados” da lista de ingredientes. Adicionalmente, a embalagem informa que este produto pode conter traços de ovo, soja, camarão e gergelim.

Miojo: o que diria o Chico Bento se soubesse …

Publicado em 4 de outubro de 2010 em Alimentação e Saúde por Paulo Guimarães

… que o miojo Turma da Mônica tem ovo em pó?

Analisamos dois tipos de macarrão instantâneo, de um mesmo fabricante.
A embalagem de um deles nos ensina que “A grande revolução das massas surgiu no Japão em 1958, quando o Sr. Momofuku Ando inventou o macarrão instantâneo.”

É difícil entender que revolução é essa, uma vez que o produto necessita de 3 minutos de cozimento enquanto que uma massa italiana convencional necessita de 5 a 8 e ambas necessitam que a água esteja fervendo, o que pode levar em torno de 3 a 5 minutos, dependendo da potência do fogo ou do micro-ondas. Ou seja, a diferença no tempo de preparo entre o instantâneo e o convencional é mínima.

Talvez o fato de o molho já vir pronto mais o marketing estimulem as pessoas a adotar esta opção. Ou será o fato de o molho utilizar três realçadores de sabor (e lá vem o glutamato monossódico) para ter sabor?

Enquanto isso, o Chico Bento, sem entender este processamento industrial todo, cortou a ração de água da Giselda e também os alimentos suculentos para ver se a coitada colocava algum ovo em pó. Peço que ninguém o avise sobre a existência de beterraba em pó no miojo, ele seria capaz de pedir demissão ao Maurício de Souza.Ficha dos Produtos e 

Ingredientes

Nome Comercial: Miojo Turma de Mônica.






Fabricante: Nissin – Ajinomoto Alimentos Ltda.
Aquisição: Aracaju – março de 2010.
Distância rodoviária da fabricação à aquisição: 2.202 Km (fabricado em Ibiúna / SP).

O Miojo Turma de Mônica contém 33 componentes no total

(35 se contados também os enriquecedores# das duas farinhas)
15 ingredientes:
05 na massa: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (mínimo 60%), gordura vegetal, fécula de mandioca (máximo 16,5%), sal, e ovo integral em pó.
10 no tempero em pó: sal, farinha de arroz, caldo de legumes, tomate em pó, cebola em pó (*), beterraba em pó, farinha de milho enriquecida com ferro e ácido fólico, alho em pó (*), condimento preparado pimenta (*), e gordura vegetal.
(*) Alimentos tratados por processo de irradiação.

18 aditivos: 2 reguladores de acidez: carbonato de potássio e carbonato de sódio (todos na massa); 4 vitaminas: PP (Niacina), B6 (Piridoxina), B2 (Riboflavina) e B1 (Tiamina) – todas na massa; 3 estabilizantes: tripolifosfato de sódio, pirofosfato tetrassódico e fosfato de sódio monobásico (todos na massa); 3 realçadores de sabor: glutamato monossódico, inosinato dissódico e guanilato dissódico (todos no tempero); 1 antiumectante: dióxido de silício (no tempero); 1 acidulante: ácido cítrico (no tempero); 4 corantes: beta-caroteno, páprica, caramelo e urucum (os 3 últimos no tempero).

Além da lista acima, o produto ainda pode conter traços de 7 outros componentes: aipo, soja, leite, camarão, peixe, mostarda e gergelim.

Nome Comercial: Miojo Cremoso – Sabor 4 queijos.
Fabricante: Nissin – Ajinomoto Alimentos Ltda.
Aquisição: Aracaju – março de 2010.
Distância rodoviária da fabricação à aquisição: 2.202 Km (fabricado em Ibiúna / SP).

O Miojo Cremoso contém 32 componentes no total
(34 se contados também os enriquecedores# da farinha)
21 ingredientes:
4 na massa: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (mínimo 60%), gordura vegetal, fécula de mandioca (máximo 16,5%) e sal,.

17 no tempero: farinha de arroz, sal, açúcar, preparado condimentado sabor queijo suíço, condimento preparado queijo, composto lácteo, preparação alimentícia sabor queijo parmesão, condimento preparado sabor requeijão, amido modificado, queijo em pó sabor gorgonzola, preparado condimentado sabor queijo (*), condimento preparado sabor queijo disperso em sal (*), condimento à base de extrato de levedura e sal, alho em pó (*), nós-moscada em pó (*), condimento preparado pimenta (*), e gordura vegetal.
(*) Alimentos tratados por processo de irradiação.

11 aditivos: 2 reguladores de acidez: carbonato de potássio e carbonato de sódio (ambos na massa); 3 estabilizantes: tripolifosfato de sódio, pirofosfato tetrassódico e fosfato de sódio monobásico (todos na massa); 3 realçadores de sabor: glutamato monossódico, inosinato dissódico e guanilato dissódico (todos no tempero); 1 antiumectante: dióxido de silício (no tempero); 1 aromatizante: não discriminado (no tempero); 1 corantes: beta-caroteno (na massa).

Contém glúten? SIM.

Você pode continuar adepto ou adepta do miojo, mas não tem mais a desculpa de dizer que não sabia o que a sua conveniência estava colocando para dentro do seu corpo.
Comentários adicionais:
Além dos ingredientes já citados, o produto ainda pode conter traços de 7 outros componentes: aipo, ovo, soja, camarão, peixe, mostarda e gergelim.

# – “enriquecedores” é um termo absolutamente inadequado. O termo correto seria “desempobrecedores”, uma vez que o ferro e o ácido fólico que são acrescidos à farinha refinada representam a reposição de uma pequena parte de tudo aquilo que foi perdido pelo trigo ao ser transformado em uma farinha branca muito pobre em termos alimentares.

Um simples cabelinho de anjo resolveria o problema de tempo e teríamos um alimento bem mais saudável.
Nadia Cozzi.

domingo, 25 de março de 2012

O que são Orgânicos?

Por incrível que pareça ainda existem muitas pessoas que não conhecem os alimentos orgânicos. Aproveito a boa definição do site do CI Orgânicos Centro de Inteligência de Orgânicos.

Diferente da produção convencional, a produção de orgânicos não utiliza agrotóxicos, transgênicos, fertilizantes sintéticos, além disso, não são processados com radiação ionizadora ou aditivos, seja na questão nutricional da planta ou no tratamento contra doenças e pragas. Logo, são isentos de quaisquer resíduos de agroquímicos prejudiciais à saúde humana e animal, são mais seguros para o consumidor e não contaminam o meio ambiente.



A Lei nº. 10.831, de 23 de dezembro de 2003 define agricultura orgânica de forma mais ampla, como descrito no Art. 1º:

“Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo à sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não renovável, empregando sempre que possível métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente. ”

Nas propriedades orgânicas, em todas as etapas de produção são utilizadas técnicas que respeitam o meio ambiente, buscando diversificar e integrar a produção de espécies vegetais e animais. Essa prática ajuda a a manter a biodiversidade e torna a agricultura sustentável.

Neste tipo de produção são adotadas práticas que visam à preservação e o uso responsável do solo, da água e do ar, de modo a reduzir as formas de contaminação e desperdício dos recursos naturais, o que gera também economia.

São diversos os benefícios proporcionados pela agricultura orgânica, como o pagamento de melhores preços aos agricultores, utilização de mão-de-obra em todo o sistema, proteção ambiental, melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e consumidores, dentre outros.

O sistema de produção orgânica tem sido adotado devido à crescente mudança na dieta da sociedade, que está cada vez mais preocupada com sua saúde e a preservação do meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento agrário, ciência e tecnologia, educação, segurança alimentar e para uma melhor qualidade de vida para pequenos produtores, que são os principais responsáveis por esse tipo de produção.

O alimento orgânico é mais seguro, saboroso, nutritivo. Em relação aos alimentos convencionais, seu tempo de conservação na geladeira é maior sem perda de nutrientes. A agricultura orgânica combina tradição, inovação e ciência para beneficiar o meio ambiente, promover relações justas de trabalho e proporcionar qualidade de vida para todos os envolvidos.

Referências Bibliográficas:

João Carlos Medeiros Madail, Daniela Lopes Leite, Celomar Mauch. Análise técnico-econômica de dois sistemas de produção de cebola: orgânico e convencional – estudo de caso. Embrapa Clima Temperado, ISSN 1806-9185 Julho, 2009 Pelotas, RS

Normas Básicas para a Produção e Processamento de Alimentos Orgânicos. IFOAM General Assembly em Mar Del Plata/Argentina, Novembro 1998

Renata Galhardo Borguini, Elizabeth A. Ferraz da Silva Torres. Alimentos Orgânicos: Qualidade Nutritiva e Segurança do Alimento. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, 13(2): 64-75, 2006

Aimée Novo Faria. Dossiê Técnico – Agricultura Orgânica. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB, Janeiro de 2007.

BRASIL, 2003. LEI Nº 10.831, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003. – Disponível em:http://www.redejucara.org.br/legislacao/lei_10831_2003.pdf

Acesso em: 06 jan 2012
http://www.prefiraorganicos.com.br/oquesao.aspx
Acesso em: 05 jan 202
http://www.organicaalimentos.com.br/?page=pages/informacoes.php
Acesso em: 05 jan 202

terça-feira, 8 de março de 2011

Irradiações


Os alimentos são irradiados por exposição a elevadas doses de radiação ionizante - o equivalente ao recebimento de milhões de raios-x no tórax.



Os defensores do uso da irradiação afirmam que esta mata bactérias e aumenta o tempo de estocagem dos produtos alimentares.
Ao aumentar o tempo de estocagem, a irradiação permite que as corporações multinacionais produzam alimentos no hemisfério sul, sendo depois irradiados e enviados às nações consumidoras ganhando, assim, controle sobre o abastecimento global de alimentos.

Estas empresas precisam da irradiação, mas não os consumidores e cidadãos preocupados, os ambientalistas, os defensores dos trabalhadores, e os pequenos produtores de alimentos.
A irradiação destrói vitaminas:
·                     até 90% da vitamina A na galinha 
·                     86% da vitamina B em aveia 
·                     70% da vitamina C em sucos de fruta.
À medida que o tempo de estocagem aumenta, mais nutrientes são perdidos. A irradiação produz novos compostos nos alimentos, associados a câncer e a alterações genéticas em células humanas e de ratos.

Cinqüenta anos de pesquisa mostraram sérios problemas de saúde em animais de laboratório que comeram alimentos irradiados, incluindo morte prematura, mutações, deficiências nutricionais, morte pré-natal e outros problemas reprodutivos, hemorragia interna fatal, sistemas imunológicos destruídos, dano a orgãos, tumores e crescimento atrofiado.

As instalações de irradiação que funcionam com césio-137 ou cobalto-60 radioativos ameaçam trabalhadores e comunidades devido à possibilidade de vazamentos e acidentes radioativos. No Brasil, muitas dessas instalações trabalham com cobalto-60. A irradiação pode matar bactérias, mas não mata vírus ou remove sujeira, toxinas, urina, fezes e fuligem, adquiridos nos matadouros ou em instalações de processamento com precárias condições de higiene.

A Irradiação Ameaça o Ambiente:
A irradiação estimula a monocultura e o cultivo de alimentos lucrativos, ameaçando a biodiversidade. Sacrifica a sustentabilidade ecológica ao encorajar produção maciça, o que depende de um maior uso de pesticidas químicos. Os resíduos radioativos das instalações de irradiação são transportados por grandes distâncias, aumentando o risco de acidentes radioativos que danificariam ecossistemas locais e ameaçariam a saúde pública. As instalações de irradiação têm um histórico de vazamentos e acidentes que ameaçam ecossistemas locais.

A Irradiação Contribui para um Mundo Insustentável:
A irradiação de alimentos é uma solução muito cara para o problema da segurança alimentar, atuando nos sintomas em detrimento das causas. Os alimentos que são produzidos de uma forma sustentável não precisam de irradiação. A irradiação encoraja o transporte maciço, prejudicial, e dispendioso de alimentos. Os alimentos que são cultivados e consumidos localmente não precisam de irradiação. A adoção maciça da irradiação de alimentos limita o direito das pessoas de escolherem onde e como os seus alimentos serão produzidos. Um sistema alimentar que é democrático e que concede poder aos cidadãos para fazerem escolhas sensatas não precisa de irradiação. A irradiação de alimentos abre caminho para as corporações multinacionais, às custas de pequenos produtores de alimentos que não precisam de irradiação. www.agirazul.com.br/artigos/irra.htm

Este é o símbolo internacional da irradiação de alimentos. Todo alimento irradiado deve apresentá-lo impresso em seu rótulo.



Quer saber mais:

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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