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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Orgânicos não é um “agronegocinho”

Fonte: Negócio Rural
Publicado em 25/06/22

O consumo de produtos orgânicos tem crescido nos últimos anos, principalmente durante a pandemia da Covid-19. Da mesma forma, tem aumentado a variedade de itens. Para falar mais sobre esse setor que tem atraído cada vez mais consumidores, o diretor executivo da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), Cobi Cruz, concedeu uma entrevista à Revista Negócio Rural.

De acordo com o representante da Organis, em 2020 o setor teve um salto de 30%, e a expectativa é de que a demanda se mantenha firme. “Esse setor movimenta cerca de 120 bilhões de dólares em todo o mundo, e o Brasil representa apenas 1% desse movimento financeiro. Não se trata de um ‘agronegocinho’, como dizem”, destaca.

Revista Negócio Rural – Como surgiu a Organis e quais são os objetivos da entidade?

Cobi Cruz – Temos um histórico de promover os orgânicos fora do Brasil desde 2005, em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Federação das Indústrias do Paraná, já que a nossa sede é em Curitiba. Foram 12 anos levando brasileiros para fora do Brasil, montando estandes em feiras e vendendo o conceito de um Brasil orgânico.

Até que nos demos conta de que, para o Brasil crescer lá fora, precisa crescer aqui dentro. E aproveitando essa expertise, começamos a desenvolver ações no Brasil. Então, há seis anos nasceu a Organis, que é uma entidade de marketing dos produtos orgânicos brasileiros.


“Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total”

Nosso trabalho é criar, viabilizar e executar ações em diferentes frentes, com o objetivo de fortalecer toda a cadeia produtiva dos orgânicos (produtores, prestadores de serviço, processadores, indústria e varejistas). Reunimos mais de 70 empresas, que oferecem mais de mil produtos criados em respeito aos princípios, valores e melhores práticas orgânicas.

Durante a pandemia da Covid-19, cresceu a procura pelos produtos orgânicos?

Em 2020, o mercado de orgânicos cresceu cerca de 30%, com uma movimentação financeira de cerca de R$ 5,8 bilhões. Ainda estamos contabilizando os dados de 2021, mas o crescimento foi menor. Infelizmente esse crescimento veio muito por uma questão do medo em relação à doença, além da busca por alimentos mais saudáveis.

Com certeza o Brasil ainda tem muito a crescer. Em todo o mundo, o setor movimenta 120 bilhões de dólares, e o Brasil representa 1% desse total. Não se trata de um “agronegocinho” como muitos ironizam. Os maiores produtores são Estados Unidos, Alemanha e França. A quarta posição fica entre Inglaterra, Canadá e Itália, e em seguida vem a China.



Eu não conheço um lugar do mundo onde o orgânico não passou a crescer. E essa pressão por saúde já acontecia antes da pandemia no mundo inteiro. E isso não tem volta. O Brasil é o celeiro do mundo e tem toda uma história agroecológica desde os anos 70, e tínhamos que estar muito mais avançados.

Muita gente que não se dispunha a pagar o preço dos orgânicos, até quem sempre criticou, mesmo tendo condições de pagar, começou a entender o valor, e consequentemente ter uma predisposição de pagar pelo seu preço.


“Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica”

Nosso site oficial, que tinha de 10 a 12 mil visitas por mês, saltou para 25 mil durante a pandemia. Muita gente no interior do Brasil passou a querer saber como distribuir orgânicos para atender a uma demanda que surgia.

E o número de produtores de orgânicos tem conseguido acompanhar a demanda?

Mesmo com o crescimento de 30% no consumo em 2020, tivemos um aumento de cerca de 5% de novos registros no Ministério da Agricultura. Isso demonstra que os produtores estão prontos para atender a essa demanda, e alguns tiveram que triplicar ou até quadriplicar a sua produção.

Até hoje a oferta tem atendido bem o mercado, mesmo que de uma forma um pouco desorganizada. Temos o varejo, com uma certa dificuldade em achar produtores de orgânicos, e temos produtores com certa dificuldade de escoar seus produtos. O que acontece muito é que muitos produtores não têm um preparo para atender a formalidade e as exigências do varejo, e às vezes ele se frustra e passa raiva.

Quais os Estados que mais produzem orgânicos no Brasil e quais são os principais produtos?

Os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná são os maiores produtores de orgânicos do Brasil. Em cada um desses Estados há mais de quatro mil agricultores cadastrados no Ministério da Agricultura. Esses dois lugares representam quase 30% de todas as unidades produtivas de orgânicos do Brasil.

Cerca de 70% da produção orgânica é de pequenos produtores, e depois vem os médios e os grandes. E apesar de o Brasil representar apenas 1º do mercado de orgânicos no mundo, um dado interessante é que o país é o maior produtor mundial de acerola orgânica, devido a um trabalho feito no Nordeste. E esse trabalho é feito em comunidades de várias cidades.

Outro importante destaque é a produção de açúcar. A maior fazenda de cana-de-açúcar orgânica está no Brasil. E por ser produzida por grandes indústrias, a diferença do preço do açúcar convencional não é tão grande, e esse é um dos produtos orgânicos mais consumidos no país.

Também temos o café, a erva-mate, as castanhas, a noz-pecã, o açaí, entre outros. Sem dúvida as verduras, legumes e frutas são os mais consumidos, com destaque para as verduras, até mesmo pelo tempo mais curto de produção. Também é produzida matéria-prima para cosméticos, e a Amazônia é o destaque.

Por serem mais caros se comparado com os produtos tradicionais, a crise econômica que o país atravessa pode prejudicar a comercialização dos orgânicos?

Em uma pesquisa recente que realizamos com consumidores de orgânicos, 79% dos entrevistados consideram o preço dos orgânicos mais caros ou muito mais caros, comparado com os convencionais. Entretanto, desse público, 71% disseram que é um preço justificável, porque eles entendem que o processo produtivo é diferente, demanda mais mão-de-obra e que há um trabalho de conservação do meio ambiente e de benefícios para a saúde.

Eu classifico o consumidor em quatro perfis: um é o consumidor engajado, que é aquele que entende, conhece o orgânico e levanta essa bandeira. Entretanto, nesse perfil existe o protegido e o restrito. O restrito está com mais dificuldade financeira, seja porque está desempregado ou devido ao aumento dos custos. Os protegidos são aqueles em que o poder de compra não foi muito afetado.

Há ainda aquele perfil “o melhor para a minha saúde”, que é a porta de entrada, que é quem entra para o orgânico pensando no benefício individual, mas depois vai entendendo o benefício coletivo, ambiental e social. Outro perfil é de quem consome parte de orgânico e parte convencional. E tem o outro público que é o “nem aí”. E podemos trazer esse público ao orgânico? Podemos!


“Se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime”

A Organis ouviu produtores rurais, indústria, distribuidores, feirantes, varejistas de todas as regiões do país e a análise dos dados demonstra que os orgânicos conseguiram se adaptar aos impactos sociais e econômicos provocados pela pandemia.

O levantamento confirma a adaptação dos orgânicos ao cenário atual e a persistência do consumidor na escolha dos produtos saudáveis, provando que o crescimento de 30% em 2020 não foi apenas um movimento fora da curva, mas a demonstração de uma tendência.

Os dados mostram que os orgânicos ainda têm muito espaço para se movimentar. A demanda continua alta, o que abre oportunidades de negócios. A gente vê que o mercado ganha corpo ano a ano, com aumento de produção e entrada de novos players neste movimento orgânico.

Podemos dizer que está cada vez mais fácil produzir orgânicos, devido às novas tecnologias e mais conhecimentos do setor?

Sem dúvida as tecnologias e o conhecimento avançaram muito. A variedade de produtos também cresceu. Hoje é possível produzir alimentos mais bonitos e ter uma produtividade bem melhor que anos atrás. Atualmente vemos um preconceito ao contrario de antigamente. Se antes o consumidor olhava o produto e achava “feinho”, hoje ele tem dúvida se uma fruta bonita de fato é orgânica.

Mudar a produção convencional para o orgânico requer dedicação, e uma mudança de conceitos. É preciso entender que durante o processo de transição, a renda vai cair, porque há uma mudança na produtividade e não é possível vender como orgânico durante esse período, que pode levar um ano ou até mais, dependendo do tipo de produção.

Se quisermos contar com um Brasil cada vez mais orgânico, temos que contar com os convencionais de hoje, que vão fazer a sua transição para os orgânicos. Temos que trabalhar melhor o tema com o produtor. Temos que mostrar um caminho de segurança e dar apoio técnico para essa mudança de cultura e da forma de trabalhar.

Onde vemos que o crescimento flui de uma maneira mais orgânica, é onde tem estrutura de conhecimentos mais desenvolvida, ou seja, uma boa extensão rural. Não é apenas levar assistência técnica, mas é entender e trocar conhecimento.

O consumidor pode confiar que o produto orgânico é de fato orgânico? Como ter essa segurança?

Há órgãos fiscalizadores em todos os Estados brasileiros, mas um dos pontos centrais do orgânico é que ele é uma lei, a Lei dos Orgânicos, que é a 10.831. E por isso existem normativas. Portanto, se você disser que um produto é orgânico, vender como orgânico e ele não for orgânico, isso é crime. O consumidor também deve fazer a sua parte, e existem mecanismos para saber se o que ele está comprando é de fato orgânico.

No supermercado é mais fácil, porque normalmente tudo é embalado e é só verificar o selo de certificação. E se o produto não for embalado, deve haver uma informação que permite identificar o produtor. E o consumidor tem o direito de pedir a nota de compra do estabelecimento, inclusive de restaurantes de alimentos orgânicos.

Hoje existem três mecanismos de garantias. São duas certificações e uma declaração. Há a certificação por auditoria, que é feita por uma empresa credenciada, e a certificação participativa, essa que pode ser feita por um grupo, em que todos se responsabilizam mutualmente. Nas embalagens dos produtos há a informação se a certificação é por auditoria ou participativa.

A terceira maneira é por declaração. Nesse caso, o produtor precisa fazer parte de um mecanismo de controle social, que normalmente é ligado a um centro de organizações estaduais. Ele declara que está seguindo as regras, mas essa declaração serve apenas para a venda direta do produtor ao consumidor final ou para compras governamentais. Eu digo que esse é uma passagem transitória.








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Publicado em 25/06/2022

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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Sempre sonhou em ter um sítio? Não precisa mais: na Sta. Julieta Bio é possível ser “sócio” da produção

Fonte: Projeto DRAFT
Priscilla Santos - 19 de novembro de 2018





Rafael Coimbra fala como largou uma agência de publicidade para produzir cestas de alimentos livres de agrotóxicos em um sistema colaborativo e com compradores conscientes do propósito do negócio (foto: Daniel Ferreira).

Uma conexão entre economia colaborativa, sustentabilidade e comer como ato político. Esta é uma maneira de resumir a empreitada do paulistano Rafael Coimbra, 33, à frente da comunidade de produção de alimentos orgânicos Sta. Julieta Bio desde janeiro de 2017. Localizada em Santa Cruz da Conceição (SP), a cerca de 200 quilômetros da capital, a fazenda de lazer da família teve parte de seus lotes ocupados pela plantação de alimentos sem agrotóxicos e certificados pelo Instituto Biodinâmico (IBD).

Atualmente, as folhas e frutos da época são vendidos em cestas para 201 famílias de seis cidades do estado — a capital, Leme, Pirassununga, Araras, Porto Ferreira, além da sede da fazenda. Os valores mensais vão de 115 a 240 reais, conforme a localidade e o tamanho (P, com cinco ingredientes, ou G, com nove). Mas o negócio vai muito além do convencional delivery de orgânicos em domicílio.

A começar pelo fato de que a entrega não é feita em casa, mas sim em um local único pré-combinado, onde as pessoas vão retirar as cestas, cujos itens elas só conhecem cerca de três dias antes. São basicamente eleitos os alimentos com “mais vitalidade” da colheita da semana. O intuito de todos irem para a retirada é prover o encontro entre produtores e co-produtores (mais do que consumidores, os usuários são vistos como parceiros de negócio).

Isso porque a Sta. Julieta Bio segue o sistema de CSA (do inglês, Community Supported Agriculture ou comunidade agrícola sustentada, em tradução livre). Os interessados iniciam sua relação com a fazenda assinando um termo em que prometem pagamentos mensais adiantados, preferencialmente por períodos semestrais ou anuais, embora seja possível sair da comunidade a qualquer momento (basta avisar com uma semana de antecedência).

A cada troca de estação, os membros são convidados para uma visita à fazenda, onde há apresentação dos investimentos feitos, os plantios que vão ser finalizados e iniciados — respeitando-se a época das estações — além de um café da manhã de confraternização e atividades educativas e de plantio para crianças e adultos. Quem quiser ver as contas, checar a folha de pagamento e carteira de trabalho dos funcionários também pode se sentir livre para pedir.

Assim, mais que consumidores, é como se os participantes fossem co-proprietários da fazenda, em uma forma de compartilhamento da terra. “Para um futuro mais consciente, precisamos mudar a maneira como consumimos. Isso já está acontecendo com o entretenimento, via Netflix, com as casas, no AirBnb, e com o deslocamento nas cidades, com o Uber. O CSA é você plantar o seu alimento sem ter uma fazenda”, afirma Rafael.

Não basta, no entanto, abrir um aplicativo e clicar em comprar para um cesto de cenouras aparecer em meia hora na sua porta. O envolvimento é mais profundo, sempre seguindo a disponibilidade dos interessados. O fundador fala mais a respeito:


“O usuário pode viver esse universo, acompanhando a rotina de trabalho da fazenda. Pode ir lá plantar, levar os filhos, ter essa relação com a terra, mas sem ter a terra”

A vantagem para o agricultor é a tranquilidade de que sua produção está paga e que o tempo dele — em vez de ser desperdiçado correndo atrás de comercialização, cobranças e afins — é gasto apenas em trabalhar na terra. Com o pagamento adiantado, a fazenda também consegue planejar novos investimentos, como a compra de ferramentas e de um carro refrigerado, usado nas entregas. Porém, a opção pelo CSA não foi algo simples. Antes, Rafael precisou dar uma guinada na vida.

UM PULO: DO MUNDO DIGITAL DIRETO PARA A TERRA

Nascido em uma família com tradição no plantio de café, ao contrários dos irmãos, Rafael não havia se interessado em trabalhar na empresa do clã, que ainda se mantém na indústria cafeeira. O que herdou do avô — um dos pioneiros na comercialização dos grãos com a China — foi o tino empreendedor.

Os produtores da Sta. Julieta Bio privilegiam os ingredientes de maior vitalidade colhidos na semana. Uma caixinha de surpresas para quem compra (foto: Daniel Ferreira).

Quando se formou em Publicidade e Propaganda pela FAAP, ele trabalhou em agências e chegou a abrir a própria, de monitoramento de redes sociais. O experimento com a terra só veio anos depois: “Se você tivesse sentado comigo aqui nessa mesa dez anos atrás, eu seria outro. Com 40 quilos a mais, problemas para dormir e olheiras”, diz à reportagem.

Após uma consulta em que ouviu do médico “não sei o que você está fazendo na vida, mas mude”, Rafael buscou uma alimentação mais balanceada e se interessou pelos orgânicos. Deixou os clientes na agência e seguiu com os planos. Vale destacar que o fato de atender duas marcas de adoçante e uma de chá verde, que também continha adoçante, entre outros químicos, foi mais um empurrãozinho para mudar.

Nesse entremeio, assumiu um posto na empresa de café da família e passou a frequentar feiras de orgânicos, assinar uma cesta de alimentos semanal da Fazenda Santa Adelaide, conversar com produtores e visitar sítios. Foi oferecendo carona em uma dessas viagens que ele conheceu Ana Letícia Sebben, 32, hoje co-gestora da Sta. Julieta Bio. Ele conta:

“Já não estava mais preocupado só comigo, mas com a pegada de carbono do que comia, com o quanto de água tinha sido gasto no plantio, a remuneração dos trabalhadores etc.”

Ele prossegue: O ato de comer já era muito mais profundo e pouca gente ao meu redor entendia isso”. Um dia, ao abrir o livro Em Defesa da Comida, de Michael Pollain, Rafael se deparou com a frase: “Cozinhe. Se puder, plante uma horta”. Fechou o livro, pegou o carro e dirigiu até a fazenda Santa Julieta, levando, em uma sacola, um punhado de legumes orgânicos que havia comprado no mercado. “Quando desci do carro, naquele pôr do sol alaranjado e olhei para aqueles tomates no porta-malas, pensei que aquilo não tinha sentido. Resolvi, então, fazer uma horta”, diz. No dia seguinte, chamou o administrador da fazenda e deu início ao projeto, com o investimento inicial de 44 mil reais.

Hoje, após o aporte de 270 mil reais, a fazenda tem três principais plantações orgânicas. Além da horta original, em formato de mandala, seguindo os preceitos da permacultura, há uma agrofloresta (tipo de plantio em que produtos agrícolas são cultivados lado a lado de árvores frutíferas e não frutíferas, como forma de recuperar solos degradados). Os eucaliptos (normalmente demonizados, mas só problemáticos em monoculturas) têm raízes que chegam a seis metros de profundidade e capturam água de lençóis freáticos quando não chove. “Assim, não precisamos de sistema de irrigação nenhum nesse plantio”, diz. As folhas são cortadas e lançadas ao solo, como adubo, mimetizando o que ocorre em uma floresta naturalmente.

Agrofloresta em área separada do CSA. O plantio de árvores frutíferas e não frutíferas na Sta. Julieta Bio é uma estratégia para recuperação do solo (foto: Daniel Ferreira).

A agrofloresta foi implementada com o auxílio de Richard Charity, consultor em sistemas agrícolas sustentáveis e cadeias de produção regenerativas. Foi ele, também, quem ajudou a selecionar o terceiro terreno para plantio na fazenda e falou para Rafael, pela primeira vez, sobre o sistema de comunidade agrícola sustentada.

A sigla CSA surgiu em meados dos anos 1980, nos Estados Unidos, com a proposta levada por produtores europeus que seguiam a agricultura biodinâmica e distribuição baseada na co-produção desde a década anterior. Mas são os japoneses os verdadeiros “inventores” dessa história, em um movimento denominado Teikei, que inclui atualmente 20 milhões de pessoas no país (mais de 1/4 da população). “Os Teikei surgiram por uma preocupação das donas de casa japonesas com segurança alimentar”, diz Rafael.

Hoje, a rede internacional de CSAs conta com cerca de 2 milhões de membros. No Brasil, a ideia começou a ser implementada nos anos 2000, no Nordeste. Richard foi um dos criadores de um CSA no Ceará, que se mantém ativo até hoje. “Quando ele me falou do conceito, fiquei com receio. Em São Paulo, as pessoas querem facilidade, comodidade, receber em casa. Nesse sistema, não se escolhe o que vem na cesta, o cliente precisa fazer a retirada e ainda tem a relação com produtor. Mas pensei: se essa é uma opção para não ser o orgânico que não quero ser, com atravessadores, vamos tentar.”

COMO COMUNIDADE, RISCOS E PROBLEMAS TAMBÉM SÃO COMPARTILHADOS

O primeiro grupo de CSA da Sta. Julieta Bio, com cerca de seis membros, surgiu em junho de 2017, na cidade de Leme (a cerca de dez quilômetros da fazenda). A proposta começou em um restaurante saudável da cidade, após uma palestra sobre orgânicos para cerca de 60 pessoas. Alguns moradores levantaram a mão, dizendo que queriam fazer parte de uma comunidade assim. O ponto de distribuição passou a ser a garagem da casa de um dos membros — algo semelhante ao que acontece hoje com a comunidade da Vila Olímpia, na capital paulista, onde existe até um membro do grupo, um advogado, que se voluntaria na entrega das cestas em seu horário de almoço.

“Nos primeiros encontros, não ia quase ninguém. Foi quando resolvemos procurar um público com quem sabíamos falar a mesma linguagem e apareceram as surpresas”, diz Rafael. Ele comentou com a professora de yoga sobre o projeto e daí começaram uma série de experimentos de co-produção e distribuição, tendo como ponto de encontro inicial a escola de yoga. Primeiro, tentaram desenvolver um aplicativo que conectasse produtores e consumidores. Depois, resolveram fazer um teste com um grupo de mães praticantes de yoga, que serviram como beta testers, não apenas dos alimentos, mas do sistema CSA como um todo.

Até que, enfim, chegaram ao jardim de infância Quintal do João Menino, na Vila Madalena. Conversaram com a diretora, fizeram uma palestra inicial explicando a proposta para os pais e teve início a primeira comunidade em São Paulo, que segue na ativa. Hoje, alguns dos 201 membros da Sta. Julieta Bio já fazem pagamentos adiantados de três, seis meses e até um ano, justamente por entenderem a fundo a proposta. Mas isso não é obrigatório. Rafael diz:

“Entendemos que existe certa resistência a compromissos de longo prazo no Brasil. Por isso, não pressupomos prazos maiores que um mês no termo de adesão das cestas”

Ele continua: “Temos que funcionar com cabeça de startup, no sentido de que estamos começando um mercado novo”. Os riscos também são compartilhados. Se houver uma geada e toda uma produção de tomates for perdida, por exemplo, as pessoas precisam entender.



Encontro na Sta. Julieta Bio entre produtores e co-produtores a cada virada de estação, com café da manhã de confraternização, apresentação de investimentos e planejamento de plantios (foto: Daniel Ferreira).

E os percalços acontecem. Desde os da natureza (porcos e javalis já atacaram a plantação de mandioca e batata doce, o excesso de chuva prejudicou a aparência das cebolas) passando pelas tentativas e erros de um empreendedor que tem experiência em negócios, mas não em agricultura.

Já houve plantios que não deram certo, como da couve-de-bruxelas, que não se adaptou às condições locais. Mesmo assim, Rafael agora tenta plantar pêssegos e figos, que também costumam ser importados.

Sem contar a epopeia com grão-de-bico, leguminosa que o fundador não entendia porque nunca encontrava orgânico, se era um alimento como o feijão, tão comum por aqui. “Achamos uma semente de grão-de-bico desenvolvida pela Embrapa e insisti muito para que o cientista me enviasse uma amostra para teste. No dia do meu aniversário, chegou uma caixa com as sementes. Fizemos o primeiro plantio, colhemos, tudo perfeito”, fala. Aí, avisaram às pessoas da comunidade, fizeram lista de espera de interessados, conseguiram mais sementes, plantaram, mas acabaram perdendo a produção toda por uma falha no calendário…

O PRINCIPAL ADUBO PARA UM CRESCIMENTO SAUDÁVEL É O DIÁLOGO

Essas questões são resolvidas com a comunidade com muito diálogo, ao vivo ou por WhatsApp. Os atropelos são comunicados e, normalmente, compensados com envio de um produto diferente ou aumento de quantidade de algo que já fosse da cesta. Além dos avisos e comunicados da previsão de colheita para a semana seguinte, os grupos são usados para trocas de receitas entre os membros e tomada de decisões conjuntas, como passar a devolver a caixa de papelão em que vêm os produtos para ser reutilizada.

Após os custos com as embalagens serem abertos, os próprios membros tiveram a ideia de devolver o material e ainda passaram a enviar caixas de tamanhos similares que tinham em casa para serem utilizadas. Quando foi anunciado, por exemplo, que havia tomates “feinhos” em uma semana, foi proposto compensar o item da cesta com outro produto, mas a maioria disse que os receberia assim mesmo, como conta Rafael:

“Os co-produtores sabem que sua escolha alimentar é uma escolha política. Eles estão ‘votando’ em nós em vez de dar seus subsídios para grandes organizações”

Os planos para o futuro incluem ampliar a produção e, assim, conseguir recuperar o investimento, o que está previsto para 2022. A meta é vender 400 cestas semanais — hoje são 200 (com faturamento mensal de 35 mil reais). E as expectativas são positivas, visto que o projeto saiu de seis para 201 co-produtores em um período de 15 meses. Agora, para duplicar a renda, será preciso aumentar a área de produção. Há também testes com ferramentas novas para roçar a terra ou cortar folhas finas e delicadas, o que pode acelerar processos.

“Existem exemplos de CSA fora do país que lucram de 60 a 100 mil dólares por acre anualmente. Temos certificados 30 hectares, mas de plantação, de fato, hoje são apenas três. Ainda dá para expandir muito dentro da fazenda e acreditamos que vamos escalar quando conseguirmos passar esse modelo para outros produtores”, diz o empreendedor. Ele já recebeu convites de associações agrícolas para a implementação de projetos similares, mas ainda não se sente preparado para esse passo: “Achei que ainda estava um pouco verde para isso”, afirma Rafael, pedindo perdão pelo trocadilho.

DRAFT CARD
Projeto: Sta. Julieta Bio
O que faz: Plantação e venda de orgânicos
Sócio(s): Rafael Coimbra
Funcionários: 11
Sede: Santa Cruz da Conceição (SP)
Início das atividades: Janeiro de 2017
Investimento inicial: R$ 44.000
Faturamento: R$ 35.000 por mês
Contato: tanaepoca@stajulieta.bio




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Cidades sem Fome: A ONG que transforma terrenos abandonados em hortas orgânicas

Projeto utiliza terrenos sem uso, abandonados e até espaços de torres de energia para cultivar alimentos saudáveis para a periferia e fortalecer economia local.

Fonte: HUFF Post Brasil
By Luiza Belloni





HUFFPOST BRASIL Horta de alfaces da Cidades sem Fome.

De domingo a domingo, Sebastiana Helena de Farias, mais conhecida como dona Sebastiana, acorda bem cedo e vai para a horta, um terreno comprido, porém estreito, em São Mateus, na zona Leste de São Paulo. Há cerca de 10 anos, ela tem esta mesma rotina, mas teve que trabalhar ainda mais neste ano, após seu marido Genival morrer. Era ele quem fazia boa parte do trabalho de cultivo.

Apesar de modesta, a horta é orgânica e produz muitos alimentos, como milho, mandioca, feijão, coentro, alface, banana e tomate. "Aqui falta mercadoria, tudo isso plantado e ainda falta quantidade", diz, orgulhosa, apontando para a vegetação verde tomada por alimentos. Ela explica que muitas vezes, tem mais cliente do que produto. "Depende da natureza, a gente trabalha como ela quer, né? A gente põe os adubos, não tem agitação para ela correr, é tudo época certa, e por isso atrasa", disse a pernambucana de 67 anos ao HuffPost Brasil.

Dona Sebastiana é uma das beneficiadas da Cidades sem Fome, organização sem fins lucrativos voltada para hortas coletivas e urbanas. Há 14 anos, a ONG faz o que parece impossível em São Paulo: utilizar áreas e terrenos sem uso ou abandonados para hortas orgânicas. Assim, a ONG gera renda e alimento natural nas áreas periféricas da cidade, onde o emprego e o acesso aos alimentos saudáveis são escassos.

Segundo dados da Fundação Seade, São Mateus é o bairro que registrou a maior taxa de desemprego na capital paulista no ano passado: cerca de 20%, enquanto em toda a cidade, a porcentagem de desempregados é de cerca de 17%.

"Faz uns 9 anos que estou aqui, e a ONG começou a ajuda faz uns 3 ou 4 anos. Meu marido foi embora há um ano, e eu pensei que não ia aguentar, mas tive muita ajuda da ONG e dos vizinhos", contou dona Sebastiana. A horta é um complemento da sua renda, que se limita à aposentadoria correspondente a um salário mínimo que foi pago com carnê mês a mês até completar 60 anos. "Ela [ONG] começou a divulgar, a pegar as mudas, colocou cobertura nas plantas. Então tudo isso ajuda muito. Eu pago minhas contas daqui e assim a gente vai vivendo, né filha?", acrescentou.

Além de dona Sebastiana, a horta também é o sustento de outras dezenas de famílias, que diariamente plantam, colhem e vendem seus produtos para a clientela da região.


LUIZA BELLONI Dona Sebastiana, em sua horta em São Mateus, zona Leste.

Francisco Assis de Araújo, de 66 anos, é um deles. Apesar de não ter seu próprio pedaço de terra na horta comunitária, ele trabalha de 6 a 7 dias por semana para os donos dos lotes, como dona Sebastiana. "A gente fez acordo para trabalhar na horta dela, uma parceria né? Depois que o Genival faleceu, dona Sebastiana precisa de mim todos os dias", conta Assis, que veio de Ouro Brando, no Rio Grande do Norte, para São Paulo aos 23 anos de idade.

Apesar de estar aposentado há quase de 19 anos, ele trabalha na horta há um ano e meio e diz que a renda extra é um complemento para a casa. O dinheiro, porém, não é o único motivo que o faz trabalhar de segunda a sábado com a enxada. "Eu me arrependi de te me aposentado. Fica nessa coisa monótona. Sabe o que é? A gente está acostumado a trabalhar. Nasci e me criei trabalhando. Aí chega uma hora que eu vou cruzar os braços? O organismo não aceita isso", desabafa. Ele diz que, ao se aposentar como metalúrgico, começou a ficar triste e achou que estava com início de depressão. Isso mudou quando começou a fazer bicos para sua antiga empresa e desde que recebeu convite para ajudar na horta. "Eu só paro de trabalhar quando for para o interior de São Paulo", disse.

Ele e a mulher sonham em ter uma vida calma no interior, já que seu casal de filhos já está "crescido" — a filha mais nova vai se casar no próximo ano e, o menino, mora em Los Angeles, nos EUA. Mas, por enquanto, a horta é sua rotina. "Eu passo a enxada, tiro o mato e vou plantar o coentro. Me faz bem aqui, apesar do cansaço, é melhor do que ficar em casa, né?"


LUIZA BELLONI Hortas urbanas e coletivas que fazem parte da ONG Cidades sem Fome.

'O objetivo é gerar renda, emprego e dar capacitação'

Dona Sebastiana e seu Francisco são casos típicos dos brasileiros que trabalharam duro a vida inteira, não tiveram a chance de se capacitarem profissionalmente e hoje vivem às margens do mercado de trabalho. Esse é o perfil de beneficiários que é foco da Cidades sem Fome, que desenvolve projetos de agricultura sustentável e orgânica em áreas urbanas.

"Existem várias políticas públicas para inserir o jovem no mercado de trabalho, mas não existe nenhuma política pública para pessoa que está saindo dele", conta Hans Dieter Temp, fundador do projeto. "São pessoas que vieram de outro estado para trabalhar em São Paulo, não têm uma aposentadoria suficiente, não têm casa, não têm assistência médica e dependem do filho e de um parente. Esse pessoal saiu do mercado do mesmo jeito que entrou: sem qualificação e com contas para pagar", disse Hans.

Após trabalhar por anos na iniciativa privada, Hans decidiu buscar um projeto social que não fosse apenas assistencialista. Essa ideia veio quando ele estava na Alemanha, enquanto cursava técnico em Agropecuária e Políticas Ambientais, na década de 90. "Na Alemanha, eu vi muita gente milionária botar suas luvinhas no final de semana e podar suas macieiras ou plantar flor com a família. Quando a gente olha a Europa, a gente fala 'nossa que lugar limpo, os poderes públicos trabalham muito bem, que inveja'. Mas quando você vive lá, você percebe que não é prefeitura que faz isso, é a comunidade", explica. "E eu pensei: por que não fazer isso no Brasil? A gente tem um clima bom, chuvas são bem distribuídas, temos milhares de desempregados e mais de 20 milhões de consumidores", disse.

Hans voltou para São Paulo e, em 2004, a ONG foi criada. As dificuldades, no início, eram grandes. Além de não ter verba, nem pessoal suficiente, ele também sofria muita resistência quando o assunto eram produtos orgânicos.
No começo não foi fácil. 14 anos atrás, esse papo de comida saudável, energia limpa e comida orgânica era um tabu. As pessoas me perguntavam: por que vou comer orgânico?

Essa foi uma das barreiras para conseguir espaços para começar a fazer hortas, já que todos os terrenos usados pela ONG são cedidos por organizações privadas, órgãos públicos ou por pessoas físicas. A situação melhorou quando a organização começou a ganhar aportes e prêmios — e foi entrevistada no Jornal Nacional. "No dia seguinte da reportagem, minha caixa de e-mail tinha milhares de pessoas que queriam ceder seus terrenos, e eu comecei a catalogar tudo", disse.


LUIZA BELLONI Horta da ONG Cidades sem Fome em São Paulo.

Com os terrenos, o próximo passo foi procurar beneficiários que queriam fazer suas hortas e ter uma renda extra. "O projeto sempre foi focado num tripé de objetivos: gerar trabalho, renda e capacitação para os beneficiados. Capacitação é importante para que eles possam andar com as próprias pernas e não precisar tanto da gente depois", esclarece.

Mas só há cerca de 5 anos que o negócio começou a tomar forma — alavancado pela onda da alimentação saudável e pela exposição na mídia. "A situação mudou. Tem muito terreno que está fechado, e eles [donos] nos oferecem sem cobrar nada. Para eles, é melhor a gente ocupar do que os outros", argumenta Hans.

Desde então, a Cidades sem Fome cultivou 25 hortas e beneficia mais de 115 pessoas.
Hortas embaixo das torres de transmissão de energia

Até este ano, a ONG se limitava a fazer hortas comunitárias e hortas urbanas, como a de dona Sebastiana, com modelo de comercialização local. O modelo criado por Hans se mostrou eficiente, mas ainda não estava ideal, na visão do empreendedor. "O modelo é muito trabalhoso. É que nem loja, tem que trabalhar todos os dias, inclusive de fim de semana. Nem sempre vamos conseguir beneficiados assim. O jovem não vai querer trabalhar no sábado e domingo, vai querer ficar com a família, se divertir", disse.

Pensando nisso, Hans teve a ideia de criar hortas inteiras para apenas uma empresa compradora. Com mais dinheiro entrando na conta, e sempre do mesmo comprador, seria possível contratar pessoas a um salário maior e o funcionário poderia trabalhar menos dias. Meses atrás, eles conseguiram fechar a primeira parceria com a empresa de alimentos Sodexo. Uma horta inteira de alfaces foi cultivada para abastecer um único cliente. "A inserção social é a mesma: teremos dinheiro para contratar beneficiários da região, que estão desempregados. Eles trabalham de segunda a sexta. Com o passar do tempo, vamos dar alternância entre os modelos e dar sustentabilidade ao projeto", explica.

A grande sacada não foi apenas a mudança no modelo de produção, mas onde o alimento é produzido. Hoje, a Cidades sem Fome fez uma parceria com a Eletropaulo e começou a utilizar os terrenos onde ficam as enormes torres de transmissão de energia, que ocupam grandes áreas nas áreas periféricas de São Paulo. A parceria, no entanto, surgiu por acaso.


LUIZA BELLONI Pés de alface da horta da Cidades sem Fome em área de torres de transmissão.

"Tínhamos algumas hortas de iniciativas privadas embaixo de algumas linhas de energia, mas não tinha nenhum documento assinado ou parceria oficial, só não queríamos deixar de ajudar os beneficiários", conta. A Eletropaulo gostou da ideia e procurou a ONG para fechar parceria. A Cidades sem Fome foi a primeira a fazer acordo com a Eletropaulo com termo de comodato legalizado e, por isso, não precisa pagar nada para a companhia de energia. "Eu acho que eles pensaram: o que esses caras estão fazendo aí?", brincou.

O acordo é bom para a organização, mas também para a Eletropaulo. Além de ajudar uma ONG, a companhia se beneficia por ter alguém cuidando e ocupando seu terreno. Além de ficar mais barato, também impede que os terrenos sejam ocupados por pessoas que buscam uma moradia.

A parceria também gera dúvidas dos consumidores: um alimento criado embaixo das torres de energia é seguro? Sim, segundo a Eletropaulo e Hans, que trabalha no campo há anos. O empreendedor reconhece que não há nenhum estudo conclusivo no Brasil ou no mundo que diz que esses alimentos são inseguros. "A Eletropaulo tem suas normativas e seguimos à risca. Se fosse perigoso, olhe em volta, todos esses moradores estariam em perigo", argumentou. "A Eletropaulo só libera o local depois de fazer todos os testes possíveis."
Um futuro mais sustentável

Os diferentes modelos da Cidades sem Fome fizeram Hans repensar também sobre seu modelo de negócio. A partir do ano que vem, a ONG passará a ser um negócio social. "O conceito de negócio social se vende melhor. Quem tem dinheiro é banco e, pra banco, tudo é número", explica.

Segundo ele, a ONG não pode mais só viver de doações e prêmios, pois o negócio se torna insustentável e instável. "Como vamos empregar pessoal, e depois que a verba acabar, mandar eles embora?", questionou.

Christian, filho de Hans, explica que a empresa social terá o lucro atrelado ao número de empregos gerados. A ideia é criar uma plataforma pública para fazer prestação de conta a cada dinheiro recebido. "Teremos um empregômetro no nosso site pra mostrar quantas pessoas estão sendo beneficiadas com os projetos", disse.

Com a mudança, a ONG pretende criar cerca de 500 empregos até o final do ano que vem, contabilizando as hortas urbanas e as hortas embaixo das linhas de transmissão de energia, que contarão com funcionários contratados nos bairros locais. Além de São Mateus, a Cidades sem Fome tem projetos entre Cidade Tiradentes, Itaquera e São Miguel Paulista.

"[São Mateus] é um bairro em que todo mundo tem emprego no centro, e não aqui. Se tem emprego aqui, fortalece a economia local. Isso aumenta a renda, melhora a saúde pública, pois você incentiva uma alimentação mais saudável, e diminui a insegurança, pois tem mais gente empregada."
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Marcadores: Hortas, Orgânicos

terça-feira, 16 de outubro de 2018

O desafio de um chef estrelado na cozinha de um hospital alemão


Fonte:GAÚCHA ZH
15/10/2018 - 13h56min

THE NEW YORK TIMES

Berlim – Com a habilidade natural de um chef que comanda a cozinha de um restaurante estrelado pelo guia Michelin, Patrick Wodni rapidamente reuniu os ingredientes de que necessitaria para fazer o prato do dia, uma torta de cebola. Dessa vez, porém, em vez de colocar tudo em sua tigela de aço inox favorita, despejou o creme azedo, os ovos, o cominho, o feno-grego, o pimentão vermelho e o açafrão em uma cuba de proporções industriais e misturou tudo com as mãos.

"Normalmente você acompanharia isto aqui com um bom copo de Riesling, mas, infelizmente, estamos em um hospital", disse Wodni, 29 anos, com o aroma dos temperos se espalhando pelo ambiente para se misturar ao perfume das cebolas refogadas que saía da estufa.

Mesmo sem a harmonização do vinho, a maioria dos pacientes e funcionários do Havelhöhe, em Berlim, é

unânime em afirmar que os pratos de Wodni são muito mais saborosos que a comida típica de hospital. Como parte de um experimento atípico – que o fez abandonar o posto em um dos restaurantes mais badalados da cidade –, o hospital substituiu suas milanesas padrão por legumes e verduras orgânicos, carne de vacas criadas em pasto e peixes de um criadouro ecologicamente consciente.

Muitos hospitais e clínicas médicas simplesmente esquentam as refeições congeladas que compram fora, mas Wodni, que combina uma atitude gentil com uma propensão para os xingamentos, mostra que é possível melhorar a qualidade da comida oferecida aos pacientes mantendo os preços baixos.

E ele não para por aí; espera que esse projeto seja o primeiro passo para transformar a forma como escolas e hospitais preparam e compram os alimentos. "Na verdade, queria ver a mudança chegar às práticas agrícolas, aumentando a demanda por solos saudáveis e uma produção orgânica e regional, de menor escala", explica.

"Logo no início, analisei bem o orçamento para ver o que podia ser feito com o que tínhamos", conta Wodni, logo de manhã na cozinha grande, meio antiquada, mas perfeitamente funcional do hospital. Parando para dar uma mordida na cenoura da horta orgânica comunitária que fica no mesmo quarteirão (como até a pele era docinha, ele pediu ao aprendiz que nem se desse ao trabalho de descascar), Wodni explicou que, mantendo os padrões do setor, o Havelhöhe gasta 4,74 euros (cerca de US$5,50) em alimentação por pessoa.

E, segundo ele, esse valor parece mais desqualificativo do que na verdade é. "Eu não conseguiria comer bem com tão pouco, mas quando se prepara 500 refeições por dia, dá para ajustar a proporção."

Sua primeira medida foi suspender os pedidos da empresa que fornecia a maior parte da comida hospitalar. "Não dava para saber se era carne moída ou uma esponja picada", conta, balançando a cabeça.

Depois, apelando para os contatos que fizera trabalhando no cenário da alta gastronomia berlinense, procurou produtores orgânicos locais, padeiros, açougueiros e criadores de peixes de água doce sustentáveis. Em sete meses, o hospital passou a se servir de seis atacadistas, e não mais três, como anteriormente, além de nove produtores.

"Meu principal objetivo com isso foi criar uma relação comercial local direta entre os agricultores, horticultores, padeiros e piscicultores com o hospital", explica Wodni, que confessa ter abdicado do veganismo quando percebeu que a inveja que sentia dos sanduíches de queijo dos outros estava tornando-o uma pessoa desagradável.

"O impacto de trabalhar diretamente com o produtor vai muito além de uma questão econômica. Obter ingredientes de qualidade, na verdade, é a parte mais importante do meu trabalho", prossegue, mostrando com os olhos as pilhas vistosas de acelga de talo colorido, salsão, rabanetes vermelhos, cebolinha e tomates de todos os formatos.

"Se você tem uma cenoura ruim na mão, não dá para fazer nada com ela", usando um palavrão para dar ênfase ao "ruim". "Já uma cenoura saborosa, não precisa de muito preparo. Por que cozinhar legumes que são gostosos crus?", questiona.

A seguir, ele começa a moer espelta e centeio, além de preparar o próprio queijo. "Tudo o que for possível fazer a partir do zero, nós fazemos. É uma questão de opção, de mudar de dentro para fora", ele completa, tirando um vidro de limões e limas marinando há três meses com cravo-da-índia e folhas de louro para usar no preparo do molho do peixe do dia.

Nem todo mundo no hospital ficou completamente satisfeito. Muita gente reclamou, por exemplo, da decisão de Wodni de reduzir drasticamente a quantidade de carne servida – que costumava ser duas vezes por dia, e passou para três vezes por semana, mais o peixe das sextas-feiras – substituindo-a por opções como grão-de-bico e cuscuz marroquino.

"No geral, a comida é muito boa, mas podia ter mais carne. E mais molhos", opinou o paciente cardíaco Waldemar Lichtneckert, em entrevista recente para a TV, quando perguntado sobre o novo cardápio.

Conforme ia fatiando o peixe em porções uniformes, guardando os restos para fazer um caldo, ele contou que agora que o programa do Havelhöhe tinha sido instaurado e estava funcionando bem, ele ia deixar a função do preparo diário para se dedicar à supervisão. Isso também porque sua mulher, que é historiadora da arte, fora contratada para trabalhar a uma boa distância dali, na região de Eifel, periferia de Colônia, onde o casal mora com outras famílias em uma comuna estabelecida em um castelo antigo.

A mudança também se adequa à sua ambição de promover reformas além dos limites do hospital. Wodni está em negociação com várias instituições públicas, tentando convencê-las a melhorar a qualidade de sua comida; além disso, é também o "curador gastronômico" de um festival de Berlim cujo lema este ano é: "Comida boa para todos!".

"Acho que sempre fui um crítico da sociedade. Se você cria demanda por produtos bons, acho que há um potencial enorme para a mudança", filosofa durante uma pausa breve, antes de ser chamado pelo pessoal da cozinha para fazer mais arroz para o almoço dos pacientes.

Por Sally McGrane


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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Quando será que teremos isso no Brasil? Canadá investirá mais de US$8 milhões em orgânicos

Por EquipeONB
-01/09/2018

(Foto: Pixabay)

O governo canadense anunciou um financiamento de US$8,3 milhões para a Federação Orgânica do Canadá investir em pesquisas para melhorar a produção, como gestão da fertilidade, a saúde do solo e a avaliação dos impactos ambientais das práticas agrícolas.

Em média, as vendas no varejo de alimentos orgânicos cresceram dois dígitos na última década, com vendas atuais estimadas em US$5,4 bilhões.

“O investimento significativo de hoje na ciência da agricultura orgânica ajudará nossos agricultores orgânicos a crescer mais e a crescer melhor. E temos o prazer de apoiar os Padrões Orgânicos Canadenses, que são a espinha dorsal da indústria orgânica”, afirmou Lawrence MacAulay, Ministro da Agricultura e Agroalimentar.

O ministro também anunciou um investimento adicional de US$ 292.555 sob o programa federal Canadian Agricultural Adaptation, para ajudar a indústria a agilizar o processo de revisão dos Padrões Orgânicos Canadenses e a melhorar a competitividade orgânica do país.

** Com informações do jornal Pioneer do Canadá

às setembro 03, 2018 Nenhum comentário:
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Marcadores: (A) Alimentação Orgânica, (A) Alimentação Saudável, Agricultura Orgânica, Orgânicos

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Não existe comida ruim, e, sim, maus hábitos

Fonte: Folha PE

Estudos apontam que orgânicos podem não ser mais nutritivos que processados
Por: Juliana Almeida, de Diversão & Arte em 01/01/18 

Questionamentos sobre itens industrializados são recorrentes Foto: Da editoria de Arte

Se somos aquilo que comemos, é melhor escolher bem o que vamos ingerir. Com essa preocupação em mente, muitas pessoas têm procurado um estilo de vida mais natural, consumindo menos produtos industrializados e procurando mais os orgânicos.

Segundo o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), os alimentos orgânicos correspondem a 1% do mercado no Brasil. “É um mercado que vem crescendo 10% ao ano. É um incremento expressivo, porém sobre uma base pequena”, comenta o pesquisador e geneticista do ITAL, Airton Vialta.

O grupo, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, realizou uma pesquisa recente que aponta que os alimentos orgânicos, embora mais caros, não apresentam maior valor nutricional do que os demais. “De maneira geral, do ponto de vista científico, não podemos dizer que os alimentos orgânicos são mais nutritivos ou saborosos que os convencionais”, afirmou.

Porém, a produção com defensivos naturais foi defendida pela nutricionista Isis Graziela. “Sabe-se que agrotóxicos estão ligados ao aumento do risco de câncer e outros males. Então, se você pode escolher, é melhor optar pelo mais natural possível”, argumenta.
Para Vialta, nenhum é melhor que o outro desde que sejam feitas de acordo com as boas normas. “Não comparamos um produto com outro, mas o universo dos orgânicos com o universo dos produtos convencionais. E, se forem produzidos com normas de segurança, tanto um quanto o outro servem ao consumidor”, defende. ?!?!?

“Há uma tendência de as pessoas se polarizarem, mas não tem como produtores de orgânicos produzirem em larga escala a ponto de suprirem a demanda toda”, pondera.

O instituto lançou um site que defende os benefícios dos alimentos processados. No portal, eles afirmam que até 2050, 70% dos alimentos mundiais vão ser produzidos através de melhorias tecnológicas.

Para Graziela, devido à possibilidade permanente de irregularidades na fiscalização, uma defesa do consumidor é conhecer de perto os produtores, saber como ocorre o processo. “No mais, num mercado, é fundamental olhar as embalagens.

Procure aqueles que têm nomes de ingredientes que você conheça. Os nomes mais complicados costumam ser químicos, corantes e aditivos”, ensina.

Nota do Blog Alimento Puro:
"Não apresentam maior valor nutricional do que os demais". Supondo, eu disse, SUPONDO, que isso seja verdade, e o não envenenamento do solo? E a saúde dos agricultores? E a água, os animais, a biodiversidade que é protegida? E a saúde do consumidor? Tudo isso não vale a pena?

Mais caros? Nos supermercados é claro! As feiras orgânicas estão aí com preços bem competitivos e ainda por cima com produtos bem fresquinhos.
Vamos pensar melhor sobre essas pesquisas que nos levam a pensar torto?
às janeiro 02, 2018 Nenhum comentário:
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

CI ORGÂNICOS ENTREVISTA AGROINDÚSTRIAS ORGÂNICAS DO RJ E SP

Assista aos vídeos com as entrevistas no Armazém Sustentável, agroindústria localizada na região do Brejal (RJ), e com o Sítio Catavento no estado de São Paulo.



Os produtores entrevistados, Gustavo Aronovick e Luiz Henrique Fonseca, do Armazém Sustentável, e Fernando Ataliba, do Sítio Catavento, explicam o que é produção agroecológica e orgânica e mostram os desafios de cada setor.

1) As origens do Sítio Catavento

2) Como começar a produzir alimentos orgânicos?

3) A produção profissional dos alimentos

4) Agricultura de qualidade.

5) Agricultura orgânica e sistêmica


6) Armazém Sustentável, Referência em Sustentabilidade

Mais informações sobre o CI Orgânicos: http://www.ciorganicos.com.br/
às dezembro 21, 2017 Nenhum comentário:
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Chocolate orgânico equatoriano é considerado o melhor do mundo

Fonte: ORGANICS NET

11/12/2017


Loja da Pacari em Quito, no Equador. Imagem: Reprodução/Site Oficial

Santiago Peralta, 45, fundou em 2002 a empresa Pacari (natureza em quéchua), produtora de cacau orgânico e biodinâmico. Mais de 3.000 famílias de agricultores – em sua maioria, equatorianas, embora suas redes também abarquem plantações no Peru e na Colômbia – fornecem o fruto que a empresa transforma em chocolate. A fábrica,

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às dezembro 12, 2017 Nenhum comentário:
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Startup lança aplicativo para venda de orgânicos em SP

Fonte: Organics Net
07/12/2017


No aplicativo é possível comprar um kit padrão com diversos alimentos orgânicos por R$ 53,10 (Imagem: Reprodução/Plural)

Lançado recentemente, o Plural Bio, disponível para IOS e Android, é o primeiro aplicativo de São Paulo para compras de produtos orgânicos certificados diretamente dos produtores. No aplicativo é possível comprar frutas, verduras, queijos, azeites, grãos, chás e cafés, além de pratos congelados sem glúten ou lactose. A plataforma também pretende ser referência em vida saudável, produzindo artigos com especialistas sobre saúde, bem estar e desenvolvimento sustentável.

Há um planejamento para que a startup chegue ao setor de cosméticos, produtos de limpeza orgânicos e bioorgânicos em breve. Um verdadeiro market place de produtos livres de agrotóxicos, cujo processo de produção respeita a saúde e o meio ambiente. “Estamos aumentando o leque de parcerias com produtores orgânicos. A ideia é facilitar o acesso às pessoas, incentivar produtores locais e contribuir efetivamente com um planeta mais sustentável”, é o que afirma André Pereira, um dos sócios da startup.

“Nós aceitamos somente produtores credenciados no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos”, afirma Thiago Libanore, Diretor de Marketing da Viva Vida, holding detentora da marca. O grupo também possui uma fazenda própria, onde se pratica a agricultura orgânica. “A ideia não é competir com outros produtores. Queremos fomentar o mercado e oferecer a maior variedade possível de produtos, serviços e informações do segmento”, completa.

A Plural Bio, além de fazer a venda sem intermediários, garante a logística e evita o desperdício, uma vez que o produto só é retirado da horta quando a compra é efetivada. Inicialmente, as entregas são feitas apenas em São Paulo, Alphaville e redondezas, mas já existe um plano de expansão para outras capitais do Brasil.

Sobre a Certificação Orgânica:

Na Legislação Brasileira de 2007, a certificadora, credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura a procedência orgânica de determinado produto, processo ou serviço que obedece os princípios de: sustentabilidade das propriedades agrícolas, benefícios sociais aos agricultores e menor dependência de energias não renováveis na produção.

Serviço:
http://www.pluralbio.com.br
Telefone: (11) 3842- 1825
Email: suporte@pluralbio.com.br
Fonte: A Tarde – Uol
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

França quer 50% de alimentos orgânicos nas cantinas escolares

Fonte: rfi - as vozes do mundo
03-12-2017 


Governo quer incentivar produtores de orgânicos para valorizar o setor.MYCHELE DANIAU / AFP

Até 2022, 50% dos alimentos servidos nas cantinas escolares da França devem ser orgânicos e produzidos nas proximidades, garantiu neste domingo (3) o ministro da Agricultura do país, Stéphane Travert. A medida faz parte de um amplo plano de política alimentar, que deve virar lei até

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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CASA DO ANCIÃO: Horta orgânica garante alimentação saudável aos internos


A Prefeitura de Porto Velho lançou nesta sexta-feira (27), a unidade experimental de horta orgânica que integra o projeto “Não Queime o seu Filme, Reaproveite seus Resíduos”, desenvolvido pela Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema). 


A primeira unidade a receber o projeto-piloto foi o Instituto de Longa Permanência para Idosos São Vicente de Paula, a 'Casa do Ancião'. 

O lançamento do projeto teve a participação do prefeito Hildon Chaves, do secretário Robson Damasceno, da Secretaria Municipal de Integração (Semi) e subsecretário da Sema, do presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, vereador Maurício Carvalho (PSDB), da diretora da Casa do Ancião, Ione Braga, além de funcionários, internos e parceiros do Instituto de Longa Permanência para Idosos São Vicente de Paula.

A horta é formada por sete canteiros suspensos construídos com madeira apreendida pelo Ibama, e foram adaptados para atender as necessidades físicas. Além da horta, foi instalado também no local uma pequena estação de captação de águas das chuvas para regar os alimentos plantados e um aparelho de compostagem que será manipulado por servidores da Subsecretaria de Meio Ambiente.

'Esse é um trabalho sustentável oferecido pela Sema em parceria com a Emater e o Governo do Estado. A intenção aqui a sustentabilidade e qualidade de vida dos idosos que moram na Casa do Ancião. Queremos, por meio de práticas alimentares, promover a saúde desses idosos, garantindo segurança alimentar e nutricional a eles', explicou o subsecretário da Sema, Robson Damasceno.

Terrenos baldios

Na avaliação do prefeito Hildon Chaves, apesar de não dispender de muitos recursos, a horta orgânica pode ser considerada um grande projeto pelo benefício que propiciará às pessoas. “Não tenho dúvida de que aqui está nascendo um grande projeto, não em termos de investimentos, mas pela grandiosidade da importância do impacto na nossa sociedade. A partir daqui vamos estender o projeto para dezessete escolas”, adiantou.

A horta orgânica, para o prefeito, representa também um avanço por incentivar a mudança de hábito, um quebra de paradigma, uma mudança cultural na vida dos porto-velhenses. “Queremos expandir essa ideia pela cidade para que ela não fique restrita aos órgãos públicos. Temos a intenção de transformar os terrenos baldios abandonados em hortas orgânicas. Tudo isso exige uma mudança de postura”, disse.

Com relação a utilização de terrenos baldios para implantação de hortas orgânicas, recentemente a Câmara Municipal de Porto Velho aprovou um projeto do Executivo municipal, já transformado em lei, que permite ao município desapropriar terrenos baldios para serem transformados em horta. A medida visa dar uma utilização social a esses espaços que ficam tomados de mato e acumulando lixo.

'Essa questão dos terrenos baldios é um problema sério na cidade. E dar um uso adequado a esses espaços urbanos é importante porque esses locais hoje só acumulam lixo, com isso, eles contribuem não só para a proliferação de doenças, mas também para a insegura das pessoas. O que queremos com esse projeto é transformar esses espaços, hoje sem utilização, em locais de produção de alimentos', afirmou.

Da solenidade de lançamento do projeto da prefeitura também participaram os vereadores Maurício Carvalho, presidente da Câmara Municipal, Edésio Fernandes e Joelma Holder. A próxima instituição a ser beneficiada será a escola João Ribeiro, no bairro Igarapé. A solenidade ocorrerá na próxima semana. Outros 16 estabelecimentos de ensinos já foram cadastrados pela Sema.

Fonte: Comunicação - Prefeitura de Porto Velho
às outubro 30, 2017 Nenhum comentário:
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sábado, 21 de outubro de 2017

Empresas de orgânicos se fundem e criam grupo de R$ 9 milhões

Para 2018, a expectativa é chegar aos 15 milhões em faturamento.
Fonte: Exame Abril
Por Mariana Desidério


São Paulo – O mercado de produtos orgânicos no Brasil tem crescido mesmo em tempos de crise econômica. Porém, a maioria das empresas do setor é muito pequena, o que dificulta a competição com gigantes da alimentação tradicional.

Para se fortalecerem nesse cenário, duas empresas tradicionais do segmento resolveram juntar as escovas de dentes: a Monama, que produz snacks orgânicos, e o Empório da Papinha, que, como o nome já diz, é focada em comida para crianças feita com ingredientes orgânicos. Segundo o grupo, essa é a maior fusão do setor no Brasil.

Juntas, as empresas devem fechar 2017 com um faturamento de 9 milhões de reais. Para 2018, a expectativa é chegar aos 15 milhões. O plano super otimista se deve ao histórico da Monama, que chegou a faturar 11 milhões de reais em 2015, mas no ano passado fechou com 7 milhões e deve faturar não mais que 5 milhões neste ano, após problemas de gestão.

“Estamos com um plano bem agressivo de marketing, para retomar o faturamento que a Monama já teve no passado”, afirma Rafael Mendonça, agora CEO das duas empresas, que por enquanto mantém seus nomes originais. Ele já estava à frente do Empório da Papinha e agora assume a gestão também da Monama.

Ambas as empresas foram fundadas em 2008, quando os alimentos orgânicos ainda não tinham a popularidade que possuem hoje no Brasil.

Criada pela empresária Camila Fortes, a Monama se especializou em oferecer ao cliente opções de snacks como barras de cereal e cookies, além de buscar trazer novidades para o consumidor brasileiro, como o óleo de coco (que virou moda entre os amantes da comida saudável há algum tempo). A novidade mais recente da marca é o leite de coco em pó, que serve de opção para quem quer substituir o leite de vaca.

Já o Empório da Papinha foi fundado por Maria Fernanda de Rizzo, que teve a ideia do negócio depois que se tornou mãe e percebeu que não havia opções de papinhas orgânicas no mercado. A marca tem hoje 41 lojas licenciadas e oferece produtos para crianças de 6 meses a 8 anos. Em 2017, espera faturar 4 milhões.

Com a fusão, os produtos Monama também devem ser oferecidos nessas lojas, e a marca de snacks deve produzir itens focados especialmente em crianças e mães em busca de uma alimentação mais saudável.

Do outro lado, o Empório da Papinha vai passar a fabricar seus produtos na fábrica da Monama, que fica em Itupeva (SP). “Isso deve diminuir nossos custos. Também fizemos um corte de funcionários e fornecedores”, afirma o CEO. Após a fusão o grupo passou de 67 para 55 funcionários.

Estimativas do setor de orgânicos no Brasil indicam que o segmento tem crescido a taxas de 30% ao ano por aqui, mas não existem números confiáveis a respeito por aqui. Nos Estados Unidos, os orgânicos movimentaram nada menos que 50 bilhões de dólares no ano passado.

“Aqui não existe muita organização entre as empresas de orgânicos. Acreditamos que com a fusão vamos ter mais força para bater de frente com o mercado de alimentos convencionais”, afirma o CEO.
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Marcadores: Faturamento, Orgânicos

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Aplicativo mostra as feiras de orgânicos mais próximas à clientela

Fonte: Gazeta do Povo
19/09/2017

Mapa interativo, que tem cadastradas feiras de todo o país, permite achar o ponto de venda mais perto do cliente; ferramenta torna os orgânicos mais acessíveis

Daniel Castellano /AGP

Segundo o Idec, um levantamento realizado em 2016 constatou que uma cesta de produtos orgânicos é, em média, 50% mais barata nas feiras do que nos supermercados.

Quem quiser conhecer mais sobre os alimentos orgânicos tem agora a chance na palma da mão. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumir (Idec) fez melhorias no aplicativo “Mapa de Feiras Orgânicas”, que existe desde 2012 e é voltando para que os consumidores possam ter acesso aos orgânicos por um preço mais acessível.

A novidade agora é que, além dos pontos de venda, o cliente encontra receitas e uma biblioteca com informações detalhadas sobre agroecologia e produção orgânica.
Feira de smartphone

São quase 650 pontos de comercialização de orgânicos e agroecológicos cadastrados em todo o país. O aplicativo, cujo mapa também está disponível no site do Idec, oferece as melhores escolhas, encurtando o caminho entre o agricultor familiar e o consumidor, tornando mais barato na banca e mais lucrativo para o produtor.

Todos os pontos são identificados com a ajuda da geolocalização no site, que é colaborativo. É possível, ainda, traçar rotas para chegar ao local escolhido.

São quase 650 pontos de comercialização de orgânicos e agroecológicos cadastrados em todo o país.

“Quando o Mapa foi criado, havia cerca de 100 feiras cadastradas no Brasil. Cinco anos depois, já são cerca de 500 feiras disponíveis, o que demonstra o crescente interesse da população por produtos orgânicos e a importância de aprimorar a ferramenta”, avalia Mariana Garcia, nutricionista e pesquisadora do Idec.

Mariana destaca que o Mapa de Feiras é uma forma de criar relações mais próximas e saudáveis entre os consumidores e agricultores e estimular a economia local. “Para que as informações se mantenham atualizadas e corretas, é importante que os usuários participem e enviem informações sobre novas feiras, mudança de local ou horário”, acrescenta.

Orgânicos, mas salgados

Segundo o Idec, um levantamento realizado em 2016 em diversos comércios do Brasil constatou que uma cesta de produtos orgânicos é, em média, 50% mais barata nas feiras do que nos supermercados. 

Em outra pesquisa mais antiga, realizada pelo Idec em 2012, a diferença verificada foi ainda maior: um mesmo produto custava até 430% mais no supermercado do que nas feiras especializadas. “O Mapa de Feiras Orgânicas surgiu dessa necessidade e é por isso que ele continua sendo importante: para mostrar que o consumo de orgânicos pode ser, sim, barato e de fácil acesso”, conclui a nutricionista.
às setembro 20, 2017 Nenhum comentário:
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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Agro, negócio?


Imagem Pixabay

Tenho pensado ultimamente como está difícil entender os caminhos da alimentação, de um lado, conceitos disputando a melhor posição: vegetariano, vegano, orgânico, sem lactose, sem carne, sem glúten, sem carboidrato, sem açúcar.... O que ganhamos? O apelido, na maioria das vezes pejorativo, de naturebas!

De outro lado, profissionais de saúde que vinculam alimentação a ser magro, ter um corpo de acordo com as exigências e os padrões ditados pela Moda . E aí vale tudo isso e mais: suplementos, jejuns, remédios, culpa, culpa, muita culpa.

Esquecem que alimento é sabor, é prazer, é nutrir, é carinho, é qualidade, é cultura. Esquecem que o corpo humano não é padrão, que isso é uma criação do marketing da beleza. Esquecem que ser magro não é sinônimo de saúde. Esquecem que comida de verdade vem da terra sim, mas que tudo pode, desde que seja com moderação, até que o paladar retorne ao seu estado natural.

Todas essas restrições e neuras, vem criando um mundo alimentício austero, insípido, sem cor e sem graça. E aí entra com todo seu esplendor “o lado negro da força” e o seu mundo cor de rosa!

As comidas industrializadas garantem em seus pacotinhos coloridos e alegres, facilidade no preparo, praticidade, rapidez, prazos de validade enormes e sabores incríveis (e viciantes, o que se omite, é lógico!).

As indústrias de agrotóxicos e transgênicos, vem com a promessa de lucros e abundância de alimentos como jamais se viu na história deste país. Filmes institucionais asseguram que com a ajuda delas teremos uma agricultura farta e rentável. (Tudo bem que não explicam que essa promessa existe desde o fim da 2ª. Guerra Mundial, que já esgotaram os solos da Europa e dos EUA, e muito menos que os produtos químicos que vendem aqui, estão banidos em muitos lugares do mundo por causarem doenças graves tanto em quem os utiliza, quanto em quem consome os alimentos cultivados com eles. Também não se fala das atrocidades praticadas aos animais em prol do dinheiro, sempre o dinheiro).

Em seus eventos luxuosos e bem patrocinados, encontramos conforto, tecnologia, coffee breaks e almoços servidos à vontade através de buffets e garçons solícitos. Participam formadores de opinião, executivos de empresas, imprensa, políticos de alto escalão apresentando um “Brasil que tem jeito, é só uma questão de tempo”, dizem eles. Um show, acompanhado via internet por milhares de pessoas, materiais de divulgação a rodo, tudo tão perfeito!

Recentemente fui a um desses eventos de agronegócios e confesso quase acreditei nesse mundo tão fascinante, não fosse por um pequeno detalhe: esqueceram do Agricultor. Aquele que planta, que cuida da terra, que trabalha de sol a sol alimentando o progresso e a população. Aquele pequeno agricultor que é maioria em nosso País. Definia-se o seu futuro e ele não estava lá.

Isso doeu muito em mim, mesmo preparada, sabendo que o evento era de empresas multinacionais que visam muito mais o lucro que o bem-estar de quem quer que seja, foi árduo ver pessoas cegas por promessas e brilhos, saber que ali desenhava-se um futuro de doenças e terras devastadas. Um rolo compressor que avança forte para esmagar sentimentos e valores, sem impedimento, sem oposição. E as pessoas brindam, sorriem, felizes com seus pratos finos e cheios de comida e promessas. Me lembrou um pouco aquele burrico que trabalha porque tem uma cenoura inatingível à sua frente.

Quando foi que nos afastamos do verdadeiro valor do alimento? Quando foi que aceitamos que executivos bem vestidos e políticos prolixos com palavras bem colocadas dissessem o que é bom para nós e para o País. Quando foi que permitimos que nossa vida valesse tão pouco?

E nós, que trabalhamos com alimentação consciente em todas as suas modalidades, estamos esquecendo dos nossos primeiros passos, dos nossos erros e acertos, tombos e enganos. Foram eles que contribuíram para formarmos nossas convicções.

O momento é de cultivar união, fortalecer elos, orientar passo a passo. Pegar pacientemente pela mão aqueles que ainda não sabem bem por onde ir. Esclarecer a real importância da Agricultura: Produzir com qualidade e respeito. Não estamos fabricando armas ou carros, estamos cultivando vida, alimento, futuro.

Só assim venceremos esse horizonte ou nos posicionamos ou em breve estaremos reféns das forças imperiais comandadas por um bando de Darth Vaders do Agronegócio.

Que a força esteja conosco!

por Nadia Cozzi
às agosto 15, 2017 Nenhum comentário:
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terça-feira, 18 de julho de 2017

Orgânicos 35 vende orgânicos com preço justo

Fonte: SEGS

       Com margem de 35%, reposição diária e variedade de mais de 200 itens

Criar oportunidades; transparência; práticas de negociação; preço justo; rejeição ao trabalho infantil; igualdade de gênero; condições de trabalho; auxiliar o desenvolvimento dos produtores; sustentabilidade e promover o comércio justo. Seguindo os 10 Princípios do Comércio Justo, a Orgânicos 35, localizado na Vila Buarque, em São Paulo, abre suas portas.

Todos os produtos vendidos são orgânicos, diariamente chegam cerca de 100 itens diferenciados entre variedade de 20 frutas, 25 verduras e 20 legumes. Além de grãos, farináceos, sucos, ovos, salgadinhos, biscoitos, pães, massas e matinais: laticínios, chás, cerais, mel, tapioca, melaço entre outros.

A ideia de conceber uma loja nos princípios do Comércio Justo surgiu em 2007. O projeto foi deixado de lado e hibernou por 10 anos quando em 2017, em uma conversa entre os sócios Rafi Boudjikian e Beth Quintino decidiram tirar do papel.

“O sistema de cobrar 35% é justo com todas as partes: com o produtor, com o consumidor e paga a estrutura da loja para sobreviver”, afirma Beth Quintino. O preço mais barato realmente chama a atenção, as alfaces e diversas outras folhagens são oferecidas por R$ 2,48.

“As pessoas que consomem orgânicos normalmente fazem uma alimentação mista (entre orgânicos e convencionais), mas quando chegam à loja fazem a compra da semana. Já quem não consome por ter uma imagem que orgânicos são mais caros, vê na loja possibilidade de mudança alimentar,” conclui Rafi.

Sobre os sócios
Em março de 2002, Rafi Boudjikian, começou a trabalhar no mercado orgânico em Campinas – SP, com delivery da marca "O Bom Verdureiro, já em 2006 e de volta à São Paulo, o negócio cresceu com a entrada em 2009 da sócia Beth Quintino, foi lançado o Site dos Orgânicos , o negócio de orgânicos avança em seu 15º ano no mercado e hoje é referência no segmento de delivery de orgânicos na cidade de São Paulo. Beth Quintino é Doutora em antropologia e Rafi Boudjikian, tem formação em sociologia e direito.
às julho 18, 2017 Nenhum comentário:
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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Nestlé impulsiona cadeia de leite orgânico no Brasil


Fonte: Ciclo Vivo


Por meio de incentivos, a empresa quer dobrar a produção total de leite orgânico no país.12 de julho de 2017 • Atualizado às 16 : 01

Foto: Mayra Rosa/CicloVivo


A Nestlé, maior comercializadora de leite do Brasil, criou um programa para fomentar a cadeia de leite orgânico brasileira. A empresa que produz 2 bilhões de litros de leite por ano, decidiu investir na cadeia de orgânicos seguindo uma demanda de seus consumidores por alimentos mais saudáveis. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o mercado de produtos orgânicos, desde 2009, cresce em média 25% ao ano. Assim, a Nestlé pretende comprar, por meio de seus produtores, cerca de 20 mil litros de leite orgânico por dia, número que praticamente dobra a produção total de leite orgânico no Brasil.

Atualmente, a demanda por leite orgânico é maior que a disponibilidade, por isso, para estimular a produção, a empresa enfrentou alguns desafios. O primeiro e maior deles foi encontrar produtores de leite orgânico disponíveis para fazer a conversão da produção convencional para a orgânica, que leva um período de cerca de 24 meses -, sendo 1 ano para a recuperação do solo e vegetação, 6 meses para o animal e 18 meses para a certificação. Durante este período o produtor que está se adequando acaba ficando com custos maiores.
às julho 14, 2017 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Aberta ao público, horta orgânica no topo do shopping Eldorado ganha visitação virtual

Fonte: Folha Uol

JÚLIA GOUVEIA
COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo

02/07/2017 02h00

Parece estranho, mas é real: enquanto os clientes estão fazendo compras no Eldorado, sobre suas cabeças —no teto do shopping— estão crescendo alfaces, manjericões, berinjelas, hortelãs e outras verduras, legumes e plantas medicinais. Isso porque a cobertura do conjunto comercial, uma área de 5.000 m², é na verdade uma grande horta onde são cultivados alimentos orgânicos.

Mais interessante é que, até setembro, esse imenso jardim apelidado de Telhado Verde (e que abre para visitação apenas uma vez por semana) estará mais próximo das pessoas. Com a ajuda da tecnologia, ele poderá ser visitado virtualmente, todos os dias, pelos clientes.

Ecotelhado do shopping Eldorado


Em vários pontos do shopping, estão estacionadas bicicletas que disponibilizam gratuitamente ao público óculos 3D. Com eles, é possível assistir a um vídeo com imagens em 360° que mostram os legumes e verduras florescendo na área, além de ouvir explicações sobre todas as fases do desenvolvimento da horta —desde a compostagem até a colheita.

No passeio virtual, os clientes descobrem curiosidades do projeto que surgiu em 2012, como o fato de a horta dar um destino ecologicamente correto a cerca de uma tonelada de lixo orgânico gerado diariamente na praça de alimentação. Esse resto de comida se transforma em adubo para o cultivo das plantas, reduzindo a quantidade de lixo jogado em aterros sanitários.

A visitação virtual ao "ecotelhado" dura um pouco mais de um minuto e meio. Também é possível fazer um tour pelo local pelo Google Street View ou indo até o terraço, que abre ao público toda terça-feira, às 11h. É necessário agendar a visita pelo telefone (11) 2197-7815.

Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, tel. 2197-7815. Seg. à sáb.: 10h às 22h. Dom. e feriados: 14h às 20h. Tour virtual: até setembro. Livre. Estac. a partir de R$ 13. GRÁTIS
às julho 03, 2017 Nenhum comentário:
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segunda-feira, 8 de maio de 2017

"SUS deve ser projeto civilizatório de cuidado integral", avalia médico"

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares promoveu debate na 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária

Juliana Gonçalves
Fonte: Brasil de Fato | São Paulo (SP),07 de Maio de 2017 às 19:56

Debate uniu especialista da área da saúde e da alimentação / Miriam Martins


"O SUS [Sistema Único de Saúde] não pode ser apenas uma grande estrutura de assistência e tecnologia, mas sim um projeto civilizatório de cuidado integral da pessoa humana". A opinião é de Stephan Sperling, médico especialista em Medicina de Família e Comunidade, membro da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP) e do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES). Ele participou como palestrante do debate "SUS: não queremos assistência, queremos cuidado", realizado neste domingo (7), durante a 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, na capital paulista. A atividade foi promovida pela RNMMP.

Sperling aponta as três evoluções do SUS desde sua criação, em 1990. São elas: a concepção do cuidado de doenças, a incorporação da tecnologia para o tratamento e, por fim, a que acontece neste momento, em que há desmonte e cortes de financiamento. "Cada vez mais a gente percebe que os projetos políticos e técnicos da saúde devem cuidar da pessoa humana integralmente", considerou o médico.

Com relação ao tema específico da saúde do trabalhador rural, é preciso mais atenção do poder público e da sociedade, segundo José Erivalder Guimarães, médico especialista em Medicina do Trabalho pela USP (Universidade de São Paulo) e diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo. "A atenção à saúde do trabalhador rural precisa ser melhor aprofundada e passar a ser parte da reivindicação do movimento social", afirmou. Para ele, as reformas trabalhistas e da Previdência trazem impactos negativos que vão afetar a qualidade de vida e saúde dessa população.

Guimarães acredita que muitas vezes os aspectos sociais e econômicos da vida do trabalhador rural não é considerado nos debates de saúde. "Não há apenas o problema dos agrotóxicos", ponderou. "A saúde não pode ser vista apenas como o cuidado da pessoa, mas sim o que a Organização Mundial de Saúde [OMS] preconiza que é o bem-estar social", concluiu.

Erika Fischer, ex-coordenadora de Alimentação Escolar da Prefeitura de São Paulo e articuladora da Política de Atendimento Integral à Primeira Infância "São Paulo Carinhosa", trouxe informações sobre os programas de alimentação escolar. "A experiência com alimentação escolar em São Paulo foi digna de replicação por aplicar a Lei 11947/2009 que preconiza a compra da agricultura familiar pela prefeitura e estado e, para além disso, por efetivar programas de educação alimentar que ultrapassam os muros da escola", afirmou. Como legado da gestão anterior, a prefeitura possui um plano de metas que privilegia os alimentos orgânicos e pretende, progressivamente, modificar a alimentação das crianças para que ela seja substituída integralmente por alimentos orgânicos.

Fischer ressaltou, no entanto, a preocupação no que se refere ao sinais de retrocessos na alimentação escolar saudável da capital paulista, na gestão atual de João Doria (PSDB). "As compras da chamada pública da agricultura familiar e orgânica envolve para além de recursos, vontade política", criticou ela, ao afirmar que o governo municipal culpa a crise para justificar o não cumprimento da Lei 11947/2009.

Veja trechos do debate neste vídeo
Edição: Luiz Felipe Albuquerque
às maio 08, 2017 Nenhum comentário:
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