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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mudança de hábito abala gigantes dos alimentos . Procura por comida saudável reduz receita de Kraft Heinz, Coca-Cola e Danone




Orgânicos

Fonte: Folha de SP

Fabricantes de bebidas açucaradas e alimentos industrializados estão sofrendo para elevar as vendas, diante de consumidores mais conscientes sobre saúde e preços, o que os força a reduzir custos para elevar lucros e buscar aquisições para melhorar os resultados.

Os desafios ficaram evidentes na sexta (16) quando três gigantes dos alimentos -- Kraft Heinz, Coca-Cola e Danone -- anunciaram resultados para o quarto trimestre que mostram o abandono pelos consumidores de produtos que deliciavam gerações anteriores -- de queijo industrializado fatiado a refrigerantes com teor de açúcar de 39 gramas --, em favor de alternativas mais saudáveis.

Nosso desempenho financeiro em 2017 não refletiu nosso potencial, disse Bernardo Hees, presidente da Kraft Heinz, que teve queda de vendas de 1,1% nos EUA -- sétima queda consecutiva.

A mudança no gosto do consumidor movimentou os maiores fabricantes de alimentos e bebidas do planeta.

A Coca-Cola, que reportou suas mais baixas vendas de refrigerantes em 31 anos, anda assim conseguiu alta de 6% nas vendas orgânicas, com a ajuda de água vitaminada, chás e similares e de outras bebidas que incluiu em sua linha, em boa parte por aquisições.

Hees, da Kraft Heinz, deu a entender que o principal acionista da empresa -- o grupo 3G, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles -- poderia buscar novas aquisições, depois de uma queda de 20% nos preços das ações.

Se houver mais consolidação no setor, Hees afirmou, "queremos ser parte disso".

Desde a fusão de US$ 100 bilhões da Kraft com a Heinz, a 3G vem seguindo o manual de corte de custo. A margem de lucro bruta subiu a 37%, ante 27% quando da formação da companhia, em 2015.

Na quinta (15), ela anunciou que atingiu meta de redução de custos. A receita líquida subiu a US$ 8 bilhões, refletindo o benefício da reestruturação tributária nos EUA.

A Coca-Cola planeja economizar US$ 3 bilhões até o ano que vem em seu plano de cortes de custos.

SOPA

Outras empresas de alimentos e bebidas se saíram pior. A Campbell Soup reportou queda de 2% nas vendas orgânicas no quarto trimestre, devido à baixa demanda por suas tradicionais sopas na América do Norte.

A Nestlé revelou que as vendas do ano passado cresceram em seu ritmo mais lento em duas décadas.

A Danone, de iogurtes e água mineral, disse que as vendas de suas linhas de produtos estabelecidas há pelo menos um ano haviam crescido 2,9% em 2016, expansão mais lenta em 20 anos.

Para analistas, a consolidação será inevitável neste ano, como resultado da batalha por vendas entre as empresas estabelecidas.

Mark Schneider, presidente da Nestlé, avisou que a tendência de abandono das supermarcas de alimentos industrializados chegou para ficar. Houve um padrão em 2017 no setor de alimentos e bebidas, disse. O setor todo demorou um pouco a reconhecer o fato, mas agora está em nossa mira.

Tradução de PAULO MIGLIACCI.
FINANCIAL TIMES

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Alimentos ultraprocessados são tema de revista científica



Fonte: Aliança pela alimentação


Editada pela Sociedade Britânica de Nutrição, publicação traz artigos de pesquisadores de todo o mundo

Há cerca de um mês, a revista especializada Public Health Nutrition, editada pela Sociedade Britânica de Nutrição, publicou um número especial dedicado a estudos científicos sobre alimentos ultraprocessados e sua influência na saúde humana. São 26 artigos, publicados em 252 páginas e assinados por pesquisadores de diversos países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.

Entre o temas tratados estão educação nutricional para crianças e jovens, transmissão entre gerações de hábitos alimentares, sobrepeso gestacional e amamentação, máquinas de vendas de alimentos saudáveis, introdução alimentar, dentre outros. Parte desses artigos é produto do projeto “Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países” do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP) e apoiado pelo Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O conceito relativo ao ultraprocessamento de alimentos foi desenvolvido por pesquisadores do NUPENS/USP no âmbito de uma nova classificação de alimentos baseada na extensão e propósito do processamento industrial a que o alimento é submetido. O conceito e a classificação (denominada NOVA) foram propostos pela primeira vez em artigo publicado em 2009 pela mesma revista Public Health Nutrition.

Desde então, conceito e classificação vêm sendo amplamente utilizados em estudos sobre sistema alimentar, dieta e saúde, em documentos técnicos de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (FAO/ONU) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), na orientação de políticas públicas em alimentação e nutrição e na construção de guias nacionais para a promoção da alimentação saudável e sustentável.

O número especial da revista Public Health Nutrition pode ser consultado aqui.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Não existe comida ruim, e, sim, maus hábitos

Fonte: Folha PE

Estudos apontam que orgânicos podem não ser mais nutritivos que processados
Por: Juliana Almeida, de Diversão & Arte em 01/01/18 

Questionamentos sobre itens industrializados são recorrentes Foto: Da editoria de Arte

Se somos aquilo que comemos, é melhor escolher bem o que vamos ingerir. Com essa preocupação em mente, muitas pessoas têm procurado um estilo de vida mais natural, consumindo menos produtos industrializados e procurando mais os orgânicos.

Segundo o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), os alimentos orgânicos correspondem a 1% do mercado no Brasil. “É um mercado que vem crescendo 10% ao ano. É um incremento expressivo, porém sobre uma base pequena”, comenta o pesquisador e geneticista do ITAL, Airton Vialta.

O grupo, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, realizou uma pesquisa recente que aponta que os alimentos orgânicos, embora mais caros, não apresentam maior valor nutricional do que os demais. “De maneira geral, do ponto de vista científico, não podemos dizer que os alimentos orgânicos são mais nutritivos ou saborosos que os convencionais”, afirmou.

Porém, a produção com defensivos naturais foi defendida pela nutricionista Isis Graziela. “Sabe-se que agrotóxicos estão ligados ao aumento do risco de câncer e outros males. Então, se você pode escolher, é melhor optar pelo mais natural possível”, argumenta.
Para Vialta, nenhum é melhor que o outro desde que sejam feitas de acordo com as boas normas. “Não comparamos um produto com outro, mas o universo dos orgânicos com o universo dos produtos convencionais. E, se forem produzidos com normas de segurança, tanto um quanto o outro servem ao consumidor”, defende. ?!?!?

“Há uma tendência de as pessoas se polarizarem, mas não tem como produtores de orgânicos produzirem em larga escala a ponto de suprirem a demanda toda”, pondera.

O instituto lançou um site que defende os benefícios dos alimentos processados. No portal, eles afirmam que até 2050, 70% dos alimentos mundiais vão ser produzidos através de melhorias tecnológicas.

Para Graziela, devido à possibilidade permanente de irregularidades na fiscalização, uma defesa do consumidor é conhecer de perto os produtores, saber como ocorre o processo. “No mais, num mercado, é fundamental olhar as embalagens.

Procure aqueles que têm nomes de ingredientes que você conheça. Os nomes mais complicados costumam ser químicos, corantes e aditivos”, ensina.

Nota do Blog Alimento Puro:
"Não apresentam maior valor nutricional do que os demais". Supondo, eu disse, SUPONDO, que isso seja verdade, e o não envenenamento do solo? E a saúde dos agricultores? E a água, os animais, a biodiversidade que é protegida? E a saúde do consumidor? Tudo isso não vale a pena?

Mais caros? Nos supermercados é claro! As feiras orgânicas estão aí com preços bem competitivos e ainda por cima com produtos bem fresquinhos.
Vamos pensar melhor sobre essas pesquisas que nos levam a pensar torto?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Tem certeza que é canela?

Por Nadia Cozzi
04/12/17

Hummmm cheirinho de canela! Cheirinho de mãe, de avó, de mingau, de arroz doce, de quitutes caseiros. Quem nunca tomou um leite quente com açúcar queimado e polvilhado com canela quando a gripe e a dor de garganta chegam? Não sei se é o leite ou o amor de quem prepara, mas que cura rapidinho, cura!

Mas, como tudo hoje em dia, o que temos à venda por aí não é canela, tem cara de canela, cheirinho de canela, mas não é canela.

Você sabe diferenciar canela verdadeira da falsa?

Elas são muito parecidas, tem o mesmo aroma, mas propriedades distintas. Vamos conhecer para não sermos mais enganados?


Canela verdadeira: CANELA DO CEILÃO

Canela falsa: CÁSSIA OU CANELA DA CHINA
Nomes: Cinnamomum zeylanicum,  Cinnamomum verum
 Nomes: Cinnamomum cassia, Cinnamomum aromaticum, Burmannii Cinnamomum, Aromaticum Cinnamomum, Cinnamomum burmannii .
Origem: Sri Lanka, Índia, Madagascar, Brasil
Origem: China, Indonésia, Japão, Coréia, Vietnam
Mais cara e difícil de ser encontrada
Mais barata e encontra em qualquer lugar
Mais fácil de triturar, cortar em pedaços
Mais dura
Mais clara e suave, com um toque picante
Mais escura e sabor forte
Aparência:



Aparência:



Mas a diferença principal entre elas é a quantidade de Cumarinas
As Cumarinas são

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina encontrou soja e milho em metade dos produtos analisados. Contrariando a lei, nenhum deles indicava presença de componentes geneticamente modificados

Fonte: SEARADIONAOTOCA
por Cida de Oliveira, da RBA publicado 15/09/2017 


ARQUIVO/EBC


Presença de transgênicos é omitida pela indústria de alimentos. Peito de peru e patês foram os itens com maior concentração de derivados de soja e milho




Brasília – Metade das carnes e derivados contém em sua composição ingredientes transgênicos e o consumidor nem desconfia. É o que sugere uma pesquisa do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgada durante o Agroecologia 2017 – 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno


Dos 496 produtos analisados, 49,2% continham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho. A maior concentração foi encontrada nos subgrupos de peito de peru e patês. A proteína de soja, detectado em 217 alimentos do grupo (43,7%), foi o ingrediente mais usado. (43,7%), seguido do amido de milho, que estava em 27 itens (5,4%).
Do total, 209 alimentos continham ingredientes derivados de soja, 18 deles continham derivados de milho e outros 21, derivados de ambos.
Os ingredientes derivados de milho e soja identificados na tabela dos rótulos destes alimentos são a proteína de soja, o amido de milho, lecitina de soja, óleo de milho, farinha de soja, farinha de milho, óleo de soja, xarope de milho, molho de soja e dextrose de milho.

As lavouras brasileiras de soja e milho são, em sua maioria, geneticamente modificadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os organismos geneticamente modificados (OGM) estão cada vez mais presentes na alimentação da população mundial, seja como alimento ou como ingrediente de alimentos industrializados.

O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.

"Tais cultivos dão origem a subprodutos que são utilizados pela indústria alimentícia como constituintes de muitos alimentos. Considerando a crescente produção de alimentos transgênicos no Brasil, presume-se uma grande possibilidade de que os ingredientes derivados de milho e soja, presentes nesses produtos, também sejam transgênicos", afirmou a professora da UFSC e líder da pesquisa, Suzi Barletto Cavalli.

REPRODUÇÃO

94% da soja e 85% do milho cultivados no Brasil são transgênicosMais agrotóxicos
Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo "T" referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.

Origem
Foram considerados subprodutos de soja e milho aqueles ingredientes que continham a determinação da origem, como óleo de milho, proteína de soja. Ingredientes como óleo vegetal ou amido não foram considerados, se não contivessem essa especificação. Também foi analisada a frequência dos ingredientes, com o intuito de verificar quais ingredientes derivados de soja e/ou milho estavam entre os mais frequentes nos alimentos analisados.

Do total de carnes e preparações à base de carnes analisadas, 49,2% traziam em sua composição pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho, sendo que a maioria dos subgrupos apresentava mais da metade dos alimentos com esses componentes.
Em apenas dois subgrupos (caviar e charque) não havia nenhum alimento contendo ingredientes derivados de soja e/ou milho. Os subgrupos que continham mais alimentos com ingredientes passíveis de serem transgênicos foram os subgrupos 13 – peito de peru; 14 – patês; 11 – preparações de carnes com farinhas ou empanadas e 1 – almôndegas a base de carnes.

Os achados são semelhantes aos de estudos internacionais e nacionais, que demonstraram a utilização de proteína de soja pela indústria alimentícia como um ingrediente em produtos processados à base de carne.

No caso de carnes e preparações à base de carnes, as proteínas de soja são amplamente utilizadas por suas propriedades de ligação de água, ligação de gordura, textura e capacidade emulsionante, além das características organolépticas como aparência, firmeza e corte.

No estudo catarinense, nenhum dos alimentos analisados continha identificação da presença de transgênicos no rótulo. Contudo, estudos brasileiros identificaram a presença de soja e milho em diversos alimentos, incluindo carne processada e produtos à base de soja em quantidade superior a 1% sem, no entanto, declarar a presença de transgênicos no rótulo, conforme a legislação de rotulagem

"Assim, considerando que 94% da soja e 85% do milho cultivados no país são transgênicos, é provável que os ingredientes derivados de soja e milho identificados no presente estudo também o sejam", disse Suzi Cavalli.

Segundo ela, esses resultados são preocupantes porque, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, 24,5% da quantidade per capita média diária de consumo da população brasileira são provenientes de produtos de origem animal, incluindo carnes, leite e derivados e ovos.

Além da grande quantidade de ingredientes possivelmente transgênicos adicionados pela indústria alimentícia em carnes e preparações a base de carnes, animais alimentados com ração produzida com milho e/ou soja transgênicas também podem constituir fonte de transgênicos na alimentação humana.

Outro lado
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informou à redação, por meio de nota, que é bastante clara quanto a esse tema e recomenda às suas associadas o pleno cumprimento do Decreto 4.680/03, que determina a rotulagem de alimento ou ingrediente alimentício com a presença de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). 

E que nos casos em que houver comprovação efetiva de desacordo com a legislação vigente estarão sujeitos às penalidades aplicadas pelas autoridades competentes.

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde

Fonte UAI - por Lilian Monteiro 18/09/2017 10:00



Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde
Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos.

Falta de tempo, salada é sem graça, arroz integral é seco, produto orgânico é caro (e tem razão!), o cansaço torna mais rápido e prático comer qualquer coisa do fast food do que preparar a própria refeição ou lanche, só hoje... E você, qual a sua desculpa? Ahh, alimentos sugeridos por médicos e nutricionistas são caros, não têm sabor, difíceis de ter no dia a dia... Será? A lista é mesmo enorme e cada um tem a sua, defende como pode.

Mas Aline Penedo, nutricionista consultora do supermercado Verdemar, pós-graduada em nutrição clínica funcional e em nutrição esportiva funcional, faz uma provocação: 

“A primeira pergunta que me vem à cabeça é: 'Você quer ter uma vida longa e saudável?'. Se a pessoa falar que sim, eu diria que a primeira atitude a tomar é estar aberta para novas experiências. Ou seja, ter o desejo de se alimentar bem, ter curiosidade de provar novos sabores, testar diferentes formas de preparo daquele alimento que ela não gostava, utilizar ferramentas que temos na cozinha, como os temperos, que são capazes de trazer um sabor especial à comida”.

Outra questão a se pensar é se programar para se alimentar bem – preparar 'marmitas' para levar para a escola ou trabalho, evitando o consumo de alimentos indesejados para aquele momento. “Com relação aos produtos orgânicos, procure comprar alimentos da safra, já que assim eles costumam ter o preço mais acessível. No caso das frutas, é possível comprá-las quando estiverem com o preço melhor e congelar, para posteriormente preparar um suco. Em suma, quem quer mudar precisa de foco e disciplina, assim tudo fica mais fácil e logo os novos hábitos alimentares se tornam parte da rotina.”

Aline Penedo propõe caminhos para que o brasileiro volte a comer comida de verdade, que vença a luta contra a obesidade e todas as consequências ruins de uma alimentação de baixa qualidade. “O governo deve atuar em mídias de grande alcance, como a TV, rádio e internet, e incentivar a população a consumir alimentos saudáveis e com grande valor nutricional. Ações em creches, escolas e universidades contribuem para disseminar informações sobre a alimentação. Contratar nutricionistas e introduzir nas escolas uma matéria obrigatória sobre alimentação saudável e nutrição é uma maneira de resgatar os bons hábitos alimentares”, diz.

RÓTULOS NUTRICIONAIS

Para a nutricionista, evitar o consumo de alimentos industrializados e priorizar os alimentos vindos do hortifrúti ou colhidos na fazenda é uma das melhores alternativas para a população reduzir os industrializados. “Alimentos embutidos, enlatados, sucos em pó, refrigerantes, biscoitos, pães e bolos de maneira geral devem ser substituídos por alimentos saudáveis, como os integrais, frutas, oleaginosas, carnes magras, leguminosas e hortaliças. E se, mesmo assim, a pessoa procurar por um alimento industrializado, é importante se habituar a ler os rótulos nutricionais, que vão mostrar se aquele alimento é considerado saudável ou não - já que atualmente é possível encontrar alimentos saudáveis nas gôndolas dos supermercados. Inclusive, esse é um setor que vem crescendo e tomando cada vez mais seu espaço no mercado - o setor 'Bem-Estar' - onde você encontra alimentos nutricionalmente adequados para consumo.” 

"O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta" - Aline Penedo, nutricionista (foto: Arquivo Pessoal )

Difícil de acreditar (ou melhor, aceitar) que o brasileiro, vivendo num país tropical, com variedade de frutas, simplesmente não consome o mínimo suficiente para sua saúde. “O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta. A população deve ser conscientizada de que cuidar da saúde agora é muito melhor que tratar das doenças crônicas no futuro e depender de medicamentos de uso contínuo. O 'agora' é um investimento para o futuro e agir na prevenção é a melhor forma de se ter uma longevidade saudável”, alerta a nutricionista.

Quanto ao compromisso assinado em maio pelo Brasil, o Década de Ação em Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra (Suíça), traz esperança a Aline Toledo. Entre as metas buscadas (deter o crescimento da obesidade, aumentar o consumo de adultos de hortaliças e frutas, e diminuir a ingestão de refrigerante e sucos artificiais), a nutricionista afirma que é preciso o governo ter foco e total atenção na área da saúde, fornecendo recursos para que essas metas sejam alcançadas.

“Uma das ações que considero mais importantes é o incentivo ao pequeno produtor agrícola por meio da redução de impostos e subsídios para a aquisição de ferramentas para o plantio e colheita dos alimentos. Dessa maneira, deve-se estimular as famílias a comprar esses produtos para que eles façam parte da rotina da casa - tais como frutas, legumes e hortaliças em geral. Essa é uma maneira fácil de fazer com que todos tenham acesso a alimentos frescos e saudáveis, independentemente do local onde moram. Além disso, tem toda a questão da geração de empregos e renda para as famílias com menor condição financeira.”

MUDANÇA

Para Aline Penedo, um dos aspectos que devem ser trabalhados é o acesso à informação, já que muitas vezes as pessoas consomem os alimentos industrializados de maneira exagerada, sem medir as consequências, e por achar que eles são mais baratos que os naturais. Palestras de nutrição e alimentação saudável são importantes para que seja criada uma consciência a respeito. “E quando falamos em atitudes para 'atacar' essas três áreas, é necessário pensar na fonte da mudança que esperamos - as crianças. Durante os primeiros anos de vida, a criança forma o seu paladar e é nesse momento que ela solidifica os hábitos alimentares que levará para o resto da vida. Os pais têm papel fundamental, então toda a família deve estar envolvida nesse processo. Aliado à família, o governo deve fornecer alimentos saudáveis e indicados para consumo nas creches, onde, muitas vezes, a criança fica em tempo integral e faz ali todas as suas refeições. Os cozinheiros também devem ser treinados para o preparo desses alimentos, e os professores devem incentivar e acompanhar o momento da refeição.”
(foto: Yoorin/Divulgação) Palavra de especialista - Yuji Ieiri, agrônomo

Responsabilidade social e ambiental

“Com relação à nutrição das plantas, para que cresçam, se desenvolvam e produzam frutos saudáveis, garantindo boa produtividade e alta qualidade, são essenciais os nutrientes e minerais. Os elementos minerais são classificados em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. O primeiro é exigido em grandes quantidades e englobam o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já os micronutrientes são exigidos em menores quantidades, mas são tão importantes quanto os principais, e contemplam o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco. Outros elementos, como cobalto, selênio e silício são considerados nutrientes benéficos. O bom funcionamento e desenvolvimento do organismo é resultado de uma alimentação balanceada, com quantidade adequada de vitaminas e minerais. As boas escolhas também envolvem estar atento à forma como esses alimentos são produzidos e à sustentabilidade do processo produtivo. Dessa forma, o desenvolvimento de fertilizantes não químicos e com produção ecologicamente correta, que asseguram longevidade ao solo e contribuem para uma agricultura sustentável e de grande capacidade produtiva, são mais assertivos para lavouras focadas na qualidade e, acima de tudo, na responsabilidade social e ambiental.”

Canal com o cidadão

Está à disposição da população, no endereço www.saude.gov.br/saudebrasil, um canal exclusivo de informação sobre promoção à saúde voltada ao cidadão. Com foco em quatro pilares - “Eu quero parar de fumar”, “Eu quero ter um peso saudável”, “Eu quero me exercitar” e “Eu quero me alimentar melhor” -, a ferramenta reúne conteúdos, serviços e a voz de especialistas para apoiar a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. A plataforma é dinâmica e conta até com as sugestões da população, que poderá usar um canal feito especialmente para se manifestar, narrar suas histórias de superação e mostrar que é possível se tornar mais saudável.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Tang é multada em R$ 1 milhão por informação enganosa no rótulo

Embalagens dos refrescos em pó da marca continham a expressão “sem corantes artificiais”
Fonte: IDEC- Instituto de Defesa do Consumidor




A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) multou a empresa Mondelez Brasil Ltda., fabricante da marca Tang, em R$ 1 milhão por publicidade enganosa nas embalagens dos produtos. No rótulo frontal dos refrescos constava a expressão "sem corantes artificiais", proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A punição foi aplicada no início de julho deste ano, mas o processo começou em março de 2012, quando a Anvisa informou o problema à Senacon. A Mondelez chegou a recorrer, alegando que estava trabalhando com corantes naturais. Porém, os órgãos ponderaram que a expressão “sem corantes artificiais” não pode ser utilizada, pois não há critérios específicos definidos para o uso do termo.

Além disso, segundo a nota técnica divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o caso, a Anvisa afirma que na composição do refresco eram utilizados corantes inorgânicos e corante caramelo, que não são ingredientes considerados naturais. Portanto, a informação contida na embalagem poderia induzir o consumidor a engano quanto à natureza do produto.

De acordo com Flavio Siqueira, advogado do Idec, as informações que constam nos rótulos dos produtos alimentícios são fundamentais para garantir o direito à livre escolha, por isso uma informação enganosa no rótulo é um grande obstáculo para a alimentação saudável.

“O papel de órgãos como a Anvisa e a Senacon são essenciais para garantir o direito à informação e demais direitos a todos os consumidores”, afirma.

Atenção aos ultraprocessados

De acordo com a definição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, refrescos em pó pertencem à categoria de produtos ultraprocessados, que não são recomendados como parte de uma alimentação adequada e saudável.

Os utlraprocessados possuem um número elevado de ingredientes (sobretudo com nomes pouco familiares), passam por diversos processos químicos e, portanto, perdem as características básicas de um alimento.

No caso dos refrescos em pó, além dos aditivos químicos, o excesso de açúcar contido neles contribui para o aumento de peso, cáries, diabetes e diversos outros problemas de saúde.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

O que as pessoas comem nas regiões com as expectativas de vida mais altas do mundo?

Fonte: BBC
02/07/17


Image caption 

Pessoas que moram nas regiões com as maiores expectativas de vida do mundo têm alguns hábitos em comum

Qual é o segredo para uma vida longa? Essa pergunta desperta a curiosidade de cientistas e leigos.

Alimentar-se bem pode ser uma das respostas - se não para viver eternamente, ao menos para passar dos cem anos de idade.

E é justamente a alimentação que chama a atenção em cinco regiões do planeta onde a população atinge uma idade média superior a cem anos.

"O que descobrimos é que as pessoas nessas regiões não só vivem mais tempo - cerca de dez anos acima da média - mas vivem melhor a sua velhice", disse à BBC o cientista americano Dan Buettner, que batizou essas cinco regiões de "zonas azuis".
Geração com mais de 50 anos revoluciona velhice e cria 'gerontolescência', diz guru da longevidade


Direito de imagemPANDA3800Image caption  
Especialista diz que pessoas que moram nas chamadas "zonas azuis" vivem melhor sua velhice

Em seu livro As Zonas Azuis, Buettner estudou os hábitos alimentares na ilha de Okinawa, no Japão, na cidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), na ilha de Ikaria, na Grécia, na Sardenha (Itália) e na península de Nicoya, na Costa Rica.

Mas de que se alimentam essas pessoas para ajudar em sua longevidade?

"A maioria dos alimentos que consomem vêm de plantas. Mas, acima de tudo, são alimentos não processados ​ou muito pouco processados", disse Buettner, que contou ter partido da "bastante estabelecida" noção de que apenas 20% da nossa longevidade média pode ser atribuída à genética. "Os 80% restantes (se devem) ao estilo de vida e ao ambiente."

Sem leite ou refrigerante

De acordo com Buettner e uma pesquisa que contou com o apoio da National Geographic, os três alimentos básicos são as folhas verdes (vegetais), oleaginosas e grãos.

Mas existem muitas variações e complementos que dependem exclusivamente de cada região.

"Eles comem carboidratos, mas não processados como bolos ou donuts, mas sim grão de trigo ou batatas", disse o pesquisador.

Direito de imagemGETTY IMAGESImage caption
No Japão existem várias regiões onde as mulheres são as que mais vivem no planeta

Uma das coincidências nas dietas é a ausência total de refrigerantes e produtos derivados do leite de vaca.

"Muitas dessas pessoas que conseguiram ter uma vida tão longa só conheceram os refrigerantes há cerca de dez anos. E comem queijo, mas os que vêm de cabra ou pecorino, de ovelhas", disse ele.

Quando se trata de proteína, o peixe é rei.

Doenças relacionadas ao excesso de peso não ameaçam apenas obesos, diz estudo

"Eles consomem cerca de três porções de peixe por semana, a mesma frequência dos ovos. Mas comem pouca carne vermelha, cerca de cinco porções por mês", disse Buettner.

"É o que eles têm ao seu alcance. Seu consumo se limita muito ao que eles são capazes de produzir localmente."
E o que bebem?

Em 2013, perguntaram a Stamatis Moratis, um morador da ilha de Ikaria de 98 anos de idade, qual era o segredo para viver tanto.

E sua resposta não era peixe nem grãos ou vegetais. "É o vinho."
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionVinho é uma das bebidas que fazem parte das tradições de muitas dessas regiões

"O vinho que eu tomo é puro, nada é adicionado. O vinho produzido comercialmente têm conservantes, que não são bons", disse ele na época à BBC.

De acordo com Buettner, as bebidas preferidas das pessoas dessas áreas são água e vinho.

"Tomam, em média, seis copos de água e muitos deles têm, dentro de suas culturas, o hábito de tomar umas três porções de vinho por semana", detalhou.

Mas há uma outra surpresa: o café também tem lugar cativo.

"Vimos que em algumas destas zonas azuis o consumo de café é bastante comum, especialmente porque o consideram um potente antioxidante", acrescentou o pesquisador.
Influência dos processados

Uma das conclusões da pesquisa de Buettner é a péssima influência de alimentos processados ​​em dietas ao redor do mundo - algo que se expandiu pela influência dos EUA. A ponto de algumas das zonas azuis estarem perto de perderem tal "status" por força da incorporação de comidas processadas em suas dietas.

Ao mesmo tempo, é curioso que uma dessas zonas azuis esteja localizada precisamente nos Estados Unidos: Loma Linda, na Califórnia.

E talvez a resposta para a longevidade dali seja a religião.

Cerca de metade dos 24 mil habitantes desta cidade são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. E vivem dez anos a mais do que a maioria dos americanos.

Image captionA cidade de Loma 
Linda, nos Estados Unidos, é uma das zonas azuis ao redor do mundo

"Acho que cheguei a esta idade (101 anos em 2015) porque não bebo ou fumo, vou para a cama cedo e agradeço a Deus por sua bondade", disse Betty Streifling à BBC.

Nesse sentido, Buettner diz que ninguém pode mudar seus hábitos alimentares da noite para o dia, mas sim o ambiente.

"É muito difícil tentar mudar a atitude das pessoas frente à comida, mas se em vez de se depararem com uma hamburgueria ou sorveteria a cada duas quadras elas tivessem a seu alcance lojas de alimentos saudáveis, certamente as taxas de longevidade aumentariam", opinou.

"Além disso, nessas áreas azuis, a ideia de 'alimentação saudável', que para muitos é uma imposição, para eles é simplesmente 'comer normalmente', como têm feito há anos", concluiu.

"O segredo é dedicar o tempo a preparar esses alimentos básicos que os humanos consomem há milhares de anos, torná-los saborosos - considerando que nosso paladar foi destruído pelo açúcar, pelo sal e pela gordura (dos alimentos processados)."

terça-feira, 11 de abril de 2017

Mago da vida saudável dá dicas de como se alimentar melhor e driblar as armadilhas

Na opinião do médico Mohamad Barakat, que acaba de lançar seu primeiro livro, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população

Fonte: A Crítica
09/04/2017 às 12:10

Esta semana, Dr.Barakat lançou seu primeiro livro, em evento concorrido em São Paulo
Artur CésarManaus (AM)

Todos os dias nós sabotamos o bom funcionamento do nosso organismo por meio da ingestão de alimentos nocivos à saúde e nem nos damos conta de como isso pode afetar nosso bem-estar a longo prazo. Notícias envolvendo problemas de fabricação e conservação de alimentos, como a levantada pela recente Operação “Carne Fraca” da Polícia Federal, nos despertam a atenção para o perigo que corremos.

Na opinião do médico Mohamad Barakat, fenômeno das redes sociais com mais de 700 mil seguidores e que esta semana lançou seu primeiro livro, “Pilares para uma vida saudável”, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população. “As pessoas têm que procurar conhecer o produtor e sua criação e/ou plantação e buscar alternativas para consumo na agricultura familiar, limpa e orgânica. Evitar produtos industrializados, que para atender a demanda em larga escala usam de química e outros ingredientes que podem ser nocivos ao consumo humano”, destaca o médico fundador do Instituto Dr.Barakat de Medicina Integrada.

Reconhecido por defender a bandeira do conceito de comida de verdade, ou seja, uma alimentação isenta de industrializados, embutidos, conservantes, corantes e outros artifícios utilizados pela indústria alimentícia, Dr.Barakat explica que somos o País que mais consome agrotóxico. E isso tem um preço: nossa saúde. “Buscar uma mudança alimentar livre desses itens será de grande valia no balanço final desta equação ‘alimento e saúde’. Você sentirá a diferença no paladar e na saúde de seu organismo. As informações estão aí na nossa frente. Cabe a nós escolher saber mais sobre o que estamos ingerindo e, assim, poder tomar decisões mais conscientes”, analisa.

Vilões


Para Dr.Barakat, a maioria das doenças que assolam a humanidade nos dias de hoje são oriundas de uma alimentação repleta de equívocos, em que os industrializados são os verdadeiros vilões. “O rótulo dos alimentos pode conter muitas armadilhas que levam o consumidor a ingerir produtos maléficos à saúde. É preciso ficar atento às informações dos produtos e, principalmente, interpretar os dados nutricionais, essencial para se alimentar corretamente. Saber identificar os ingredientes e suas propriedades é uma maneira de descobrir se o produto é realmente saudável ou não, por exemplo”, ensina o médico.

Mas na correria do dia a dia, com tantos afazeres para cumprir, como manter uma dieta equilibrada? “Para ajudar na correria do dia a dia eu sempre digo que o melhor é sempre optar pelo consumo de alimentos in natura, como frutas, cereais, nozes, verduras e legumes e excluir definitivamente determinados alimentos do cardápio, como açúcar branco e farinha de trigo refinados, refrigerantes, sucos de caixinha, óleos de cozinha, leite e glúten, entre outros”, explica Dr. Barakat. De acordo com o profissional, os benefícios de comer alimentos frescos, ricos em nutrientes, “menos embalados e mais descascados”, são infinitos. “O velho ditado ‘você é o que você come’, fala claramente sobre a importância da qualidade do que você ingere”, sentencia o médico.

vida saudável Dr. Barakat
Como se alimentar melhor

sábado, 18 de março de 2017

Alimentação incorreta é grande causa de mortes por doenças cardiovasculares

A alimentação desajustada responde por 45% das mortes por doenças cardiovasculares nos EUA, sendo o sódio o maior causador de complicações. Especialistas ressaltam que a ingestão incorreta de nutrientes também é uma realidade brasileira

Diário de Pernambuco - Por: Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicado em: 08/03/2017 10:30 Atualizado em: 08/03/2017 10:53




Arte: Valdo Vigo/CB/D.A. Press

Ajustes na alimentação poderiam evitar metade das mortes por doenças cardiovasculares. De acordo com um estudo divulgado ontem na revista da Academia Americana de Medicina, a deficiência ou a ingestão exagerada de 10 fatores dietéticos, como sódio, carne vermelha, nozes e grãos integrais, explicam 45% dos 702.308 óbitos registrados nos Estados Unidos em 2012 por infarto, derrame e diabetes 2. Esses dois primeiros estão no topo do ranking da mortalidade global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Entender a relação entre os componentes dietéticos individuais e doenças cardiometabólicas em nível populacional é essencial para identificar prioridades, guiar planejamento de políticas públicas, criar estratégias para alterar esses hábitos e melhorar a saúde”, justificou, em nota, a nutricionista e epidemiologista Renata Micha, pesquisadora da Faculdade de Políticas e Ciência da Nutrição Trufts Friedman, de Boston (EUA). De acordo com a principal autora do artigo publicado no Jama, não se estabeleceu, até agora, uma associação concreta entre os padrões de ingestão alimentar e enfermidades específicas dos sistemas cardiovascular e metabólico.

No estudo, a equipe da especialista criou um modelo estatístico com dados das Pesquisas Nacionais de Saúde e de Investigação Nutricional norte-americanas dos períodos 1999-2002 e 2009-2012 e cruzou essas informações com registros de óbito oficiais. Eles também usaram dados de estudos e ensaios clínicos. Então, examinaram a associação da mortalidade por doença cardíaca, derrame e diabetes 2 com o consumo de 10 alimentos/nutrientes que podem reduzir ou aumentar os riscos: frutas, vegetais, nozes/sementes, grãos integrais, carne vermelha não processada, carne processada, bebidas açucaradas, gorduras poli-insaturadas, gorduras ômega-3 provenientes de frutos do mar e sódio.

Independentemente de sexo, idade e etnia, os hábitos não saudáveis tiveram forte relação com o risco de mortalidade. Contudo, essa associação foi maior entre pessoas mais jovens, negros e hispânicos e pessoas com nível educacional baixo/médio. Entre os fatores dietéticos avaliados, o que mais influenciou negativamente na saúde foi o sódio, seguido por carnes processadas, bebidas açucaradas e carne vermelha não processada.

Por outro lado, o consumo adequado de nozes/sementes, gorduras ômega-3, vegetais, frutas e grãos integrais, nessa ordem, foi associado aos índices mais baixos de mortalidade. Quanto à idade, bebidas como refrigerante foram o fator mais impactante na morte por doenças cardiometabólicas entre pessoas de 25 a 64 anos. Acima de 65, o sódio excessivo foi quem desempenhou esse papel.

Redução de risco
O cardiologista Fausto Stauffer, diretor de pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenador de Cardiologia do Hospital Prontonorte, avalia que a principal mensagem do trabalho é mostrar o impacto que uma dieta adequada pode ter na redução dos riscos cardíacos. “Qualquer tipo de intervenção mais fácil, como mudar a dieta, é boa para diminuir essas doenças e o diabetes tipo 2, que, por si só, é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares”, diz.

A nutricionista Simone Rocha, presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal (ANDF), acredita que as políticas públicas no Brasil vão ao encontro dessa realidade. “Nós avançamos e estamos à frente das políticas norte-americanas. Por exemplo, com a criação do guia alimentar Comer comida de verdade, do Ministério da Saúde, focado na prevenção”, diz. Segundo a especialista, principalmente para a população carente, esse manual tem um grande impacto. “Ele é o livro de bolso dos agentes de saúde”, conta. Ainda assim, Simone Rocha e Fausto Stauffer concordam que as falhas alimentares cometidas pelos brasileiros são parecidas com as constatadas no estudo norte-americano.

Outro marco destacado pela nutricionista é o acordo do ministério com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) que resultou na redução da quantidade de sódio dos alimentos prontos. “No geral, o que há de maior prejuízo à saúde cardiovascular é o aumento do consumo de sódio. No estudo, o sódio foi considerado o alvo-chave. Atitudes como educar a população e envolver a as indústrias para reduzirem lentamente o teor de sal devem ser tomadas”, diz.

O cardiologista Fausto Stauffer, contudo, acredita que o Brasil tem muito mais a fazer. “Falta muita política para melhorar o lanche nas escolas. As campanhas falam em reduzir a gordura, mas existe um questionamento de que, talvez, o carboidrato tenha um papel muito mais importante”, diz.

Milhões de anos perdidos
O artigo publicado no Jama vai ao encontro de outra pesquisa apresentada ontem no congresso de epidemiologia e prevenção da Academia Americana do Coração. Usando inquéritos nutricionais e dados de estudos anteriores sobre o impacto do consumo baixo de frutas e vegetais, os pesquisadores da Universidade de Washington calcularam os anos de vida perdidos (DALYs, sigla em inglês) — medida que se refere aos anos saudáveis perdidos para uma doença ou morte — em 195 países. De forma geral, descobriram que a ingestão deficiente de frutas está diretamente associada a 53,7 milhões de DALYs, e a de vegetais, a 44,6 milhões. Países com maiores níveis de desenvolvimento socioeconômico têm os menores índices de doença cardiovascular atribuídos à falta de consumo de hortaliças.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

OMS alerta para exposição de crianças a propaganda digital para alimentação ruim





LONDRES (Reuters) - Crianças na Europa estão sendo bombardeadas com propaganda digital subliminar encorajando consumo de alimentos gordurosos, excessivamente doces ou salgados que comprometem a saúde, alertaram especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Eles afirmam que a publicidade contribui para o aumento do problema de obesidade na região e pedem que representantes do governo intensifiquem os esforços para proteger as crianças de mensagens favoráveis ao consumo de alimentos prejudiciais à saúde em sites, jogos e outras mídias sociais.

"Nossos governos deram à prevenção de obesidade infantil a mais alta prioridade. Ainda assim consistentemente constatamos que crianças estão expostas a incontáveis técnicas de marketing digital subliminar promovendo alimentos ricos em gordura, sal e açúcar", disse Zsuzsanna Jakab, diretora geral da OMS na Europa.

Ela ressaltou que, na ausência de uma regulação efetiva da mídia digital em muitos países, as crianças estão cada vez mais expostas a estratégias de publicidade persuasivas subestimadas ou desconhecidas pelos familiares.

Cerca de dois terços das crianças com sobrepeso antes da puberdade estarão acima do peso no início da fase adulta, aponta o relatório. O documento afirma que quase um quarto das crianças em idade escolar estão acima do peso ou obesas na região.

Aqueles com sobrepeso ou obesidade estão propensas a continuarem obesas na fase adulta e a desenvolverem doenças cardíacas e câncer ainda jovens.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Industrializados: você sabe o que está comendo?

Fonte: Bonde
Carolina Avansini - Grupo Folha - 18/09/2016


Embalagens bonitas e chamativas, com rótulos extensos e selos de origem, nem sempre são suficientes para garantir a qualidade dos alimentos contidos nas latas, caixas, bisnagas, bandejas ou garrafas dispostas nas prateleiras dos supermercados. Apenas entre os meses de julho e setembro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu lotes de diferentes alimentos por estarem em desacordo com as regras de segurança alimentar previstas. Queijo ralado, pão de mel falsificado, extrato de tomate, molho de tomate, catchup, peixe congelado, bala e café são alguns dos alimentos que foram tirados das prateleiras recentemente por oferecerem possíveis riscos ao consumidor.

A nutricionista Juliana Dias, pesquisadora da associação de defesa dos direitos de consumidor Proteste, explica que o controle de qualidade é obrigatório em todas as etapas da produção de alimentos industrializados, mas nem sempre as regras são seguidas. O resultado do "descaso" são produtos com pelo de roedores ou restos de insetos acima do previsto pela lei, presença de micro-organismos que podem causar doenças ou mesmo produtos químicos como formol, antibióticos ou agrotóxicos em volume maior que o permitido. Quando a Anvisa fiscaliza os produtos e suspende os lotes, o consumidor não consome. O problema é quando a fiscalização falha e eles chegam à mesa das pessoas.

Juliana esclarece que segurança alimentar envolve risco de perigos microbiológicos, químicos ou físicos. A contaminação de cinco marcas de produtos derivados de tomate por pelos de roedores se enquadra na última classificação. "Outros perigos físicos são insetos, pedras como encontramos no feijão, cabelo e até vidro, muitas vezes decorrente de uma lâmpada que quebrou em local sem proteção", detalha. A pesquisadora esclarece que, há alguns anos, a lei não permitia qualquer quantidade de "matérias estranhas nos alimentos". Em 2014, porém, uma mudança nas regras passou a considerar a presença de "matérias estranhas inevitáveis" nos produtos, em quantidades limitadas.

Conforme nota da assessoria de imprensa da Anvisa, "as matérias estranhas indicativas de risco à saúde humana e indicativas de falhas nas boas práticas não são permitidas nos alimentos. Já as matérias estranhas inevitáveis são aquelas que estão presentes no processo de produção do alimento e se mantêm apesar de todos os procedimentos de boas práticas, onde qualquer ação adicional para tentar excluí-las poderia levar a prejuízos ao alimento e ao consumidor. Para essas matérias se estabeleceu limites de tolerância." Ainda segundo a agência, nenhuma "matéria estranha" pode causar repugnância, ou seja, não pode ser visualizada a olho nu. "O estabelecimento dos limites considera a realidade de cada produto, sua forma de extração, produção e processamento industrial. De toda forma, os limites adotados no Brasil são compatíveis ou mais rígidos na comparação com os países que estabelecem este tipo de referência", explica a nota.

Juliana discorda da flexibilização da lei. "Quando há pelos de ratos, significa que o animal passou pelo local em algum momento. E ratos transmitem doenças importantes, como a leptospirose", critica. Ela comenta que os fabricantes de produtos à base de tomate, por exemplo, justificam que o problema não é na indústria, mas na produção da matéria-prima, sobre a qual não têm controle. "Eles invertem a culpa", diz, lembrando que, na dúvida, o melhor é fazer o próprio molho de tomate em casa. "É mais gostoso e mais saudável."

Reprodução/Pixabay

Biológicos e químicos

Já os perigos biológicos são mais relacionados à higiene, o que inclui manipulação do alimentos, controle de temperatura, contaminação cruzada em equipamentos que não foram limpos corretamente. "Os perigos biológicos decorrem de erros na cadeia produtiva e podem causar vários danos, dependendo do micro-organismo presente", afirma a nutricionista Juliana Dias, lembrando que idosos, grávidas, crianças ou pessoas com problemas de imunidade são os mais vulneráveis a esse tipo de contaminação. "As consequências podem ser desde uma simples diarreia ou vômito até casos graves de paralisia e óbito", comenta.

Juliana esclarece que os perigos biológicos são mais recorrentes em produtos como frango e ovos, suscetíveis à salmonela. "Também há riscos nos pontos de venda, onde condições de temperatura e higiene, por exemplo, favorecem a proliferação de micro-organismos. Como as alterações nem sempre são vistas à olho nu, o ideal é sempre observar as condições do local e a aparência do produto", ensina.

Os riscos químicos mais presentes no mercado brasileiro são o uso de agrotóxicos ou antibióticos acima do volume permitido ou ainda produtos não indicados para a cultura dos legumes, verduras e frutas em questão. "Não há estudos conclusivos, mas indicações de que agrotóxicos em excesso podem causar câncer. Outro risco é o de intoxicação. Já os antibióticos usados indiscriminadamente aumentam o risco de resistência bacteriana", diz.

Por fim, a nutricionista cita que os alimentos industrializados recebem aditivos como corantes e conservantes que, apesar de permitidos, podem fazer mal à saúde. "Na dúvida, o melhor é evitar", defende.

Mudar os hábitos

A nutricionista e cozinheira Valéria Mortara, de Londrina, é uma entusiasta do ato de aprender a preparar os próprios alimentos para ter uma boa saúde. Ela ressalta, porém, que alimentação saudável depende da dedicação de um certo tempo para o preparo das refeições. "É uma ilusão achar que existe uma pessoa na indústria lavando tomate por tomate que será usado para fabricar o molho. Fazer em casa é mais gostoso e mais saudável, mas é claro que dá um pouco de trabalho", diz.

Ela adverte que ter hábitos de alimentação mais saudáveis implica em realizar algumas mudanças no estilo de vida, inclusive reservando um tempo para cozinhar. "Ou a pessoa muda de hábito e vai para a cozinha ou segue acreditando que as regras da Vigilância Sanitária são suficientes para garantir comida saudável à mesa. São escolhas", compara.

Entre os riscos de consumir muitos alimentos industrializados, Valéria destaca o excesso de aditivos. "Sal, açúcar e gordura têm ação conservante e são adicionados aos alimentos para manter o tempo na prateleira. Já o leite UHT não tem bactéria alguma, apesar delas serem importantes para o nosso organismo. Sempre digo que comida boa é aquela que estraga", brinca, esclarecendo que a comida é "viva" e passa por um ciclo até ficar imprópria para consumo.

Outra preocupação é que o consumo de alimentos processados cria um paladar "viciado" em açúcar e sal, apesar da Organização Mundial de Saúde recomendar o consumo moderado destas substâncias. "Suco de caixa ou achocolatado são excessivamente doces e deixam as crianças acostumadas com esse sabor", exemplifica. Aditivos como corantes e conservantes também podem ser nocivos. "O consumo exagerado pode estar relacionado com câncer, alergias, gastrites, problemas intestinais e circulatórios", avisa.

Por entender que não dá para cortar todos os industrializados da mesa, Valéria ensina a ler o rótulo dos produtos e tentar evitar aqueles cuja lista de ingredientes contém muitos itens que não reconhecemos como "comida". "Pão integral industrializado, por exemplo, tem muitos aditivos", diz.

A dica para incorporar "comida de verdade" à mesa é se organizar para preparar os alimentos em casa no dia a dia. "Não funciona fazer tudo no fim de semana, pois a pessoa vai ficar cansada e desistir", acredita. Começar preparando molho de tomate, geleia, pão, bolo e bolacha são as dicas de Valéria para quem quer comer melhor. "Quem consome alimentos saudáveis regularmente é claro que pode comer 'porcarias' eventualmente. O que não pode é acumular resíduos que o corpo não reconhece. O que diferencia o remédio do veneno é a dose", cita.

Produtos naturais

A infância e adolescência vividas em Santa Catarina deixaram a fotógrafa Michele de Melo "mal acostumada" com as comidas caseiras preparadas pela mãe. Na cidade natal, a família sempre comprou leite, manteiga e ovos de produtores locais, assim como verduras, frutas e legumes consumidos no dia a dia. Muita coisa também era cultivada na horta que a mãe mantinha em casa e até os remédios eram preferencialmente caseiros. Por isso, quando se mudou para Londrina para estudar, Michele não se adaptou ao hábito de comer em restaurantes ou mesmo consumir produtos industrializados.

"Comecei a trazer os produtos de Santa Catarina e fui aprendendo as receitas da minha mãe. Hoje preparo quase tudo o que consumo", conta ela, que sempre dá preferência a alimentos comprados de produtores locais. "Não me acostumo com o sabor muito doce ou muito salgado dos alimentos prontos."

Entusiasta dos doces, ela sempre prepara as receitas com açúcar demerara orgânico e aromatiza com favas de baunilha para não exagerar no açúcar. Leite condensado, uma unanimidade da confeitaria brasileira, não entra na cozinha de Michele. "Acho muito doce. Prefiro passar horas dando o ponto no creme feito com leite e açúcar", conta. Alfajor e pão de mel são as especialidades da fotógrafa, que usa mel comprado direto do produtor e doce de leite argentino. "Só não faço doce de leite caseiro porque ainda não conheço produtores de leite em Londrina. Mas não como os que vêm em potes e nunca fiz brigadeiro", revela ela, que também dá preferência para o trigo integral nas massas. "Faço meu próprio macarrão, mas quando não dá tempo, compro integral", ensina.

As especialidades de Michele podem ser conferidas no instagram "Cozinha da quinta", onde ela posta fotos das receitas. "Adoro cozinhar e fotografar", destaca ela, que considera a cozinha uma "terapia". "Agora estou tentando criar meu próprio fermento para fazer pão, mas o clima não está ajudando."

Os resultados dos bons hábitos alimentares são sentidos no prazer de comer comidas sempre frescas e também na saúde. "Meu pai sempre diz que a boa alimentação melhora a imunidade. Acredito que seja verdade, pois quase nunca fico doente."



terça-feira, 6 de setembro de 2016

A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida.


Fonte: INCA



A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida. São responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença.

Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas açucaradas, podem prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo.

Caso a população adotasse uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, mantendo o peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com câncer, 33 casos poderiam ser prevenidos.

Confira no menu à esquerda as recomendações sobre alimentação e prevenção de câncer. Pessoas que superaram o câncer também devem seguir essas recomendações. Neste momento, cuidar da alimentação, praticar atividade física e buscar manter o peso adequado é essencial para recuperar a saúde e prevenir recidivas. As informações são baseadas nos relatórios do Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF) e do Instituto Americano de Pesquisa em Câncer (AICR), entre outras pesquisas. Além disso, veja as dicas para uma alimentação saudável, os mitos e verdades e acesse as publicações, legislação e vídeos sobre o tema.

Confira também as recomendações referentes ao consumo de bebidas alcoólicas, peso corporal e atividade física.

sábado, 27 de agosto de 2016

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA MEDICINA

Para quem ainda não sabe estou batalhando muito por uma regulamentação do tipo de alimentos servidos nos hospitais para os pacientes. 
Ando muito preocupada pelo grande número de itens industrializados, repletos de aditivos químicos, gorduras ruins e açúcar. Como alguém pode se recuperar com esse tipo de comida? E vejam não estou falando de hospitais públicos não, as minhas experiências foram em hospitais particulares, de ponta...
Na página do Face "Comida de Hospital  é alimento?, estou colhendo relatos de pessoas que passaram por esse processo para podermos pensar numa maneira de regulamentação. Participe!
Nadia Cozzi

Fonte: Nutrição HSD - Hospital São Domingos
5a. feira, Janeiro 30, 2014 posted by: Bruno Oliveira 


Ingerir os nutrientes de forma correta é crucial para o sucesso do tratamento médico

Muitas informações dão conta do papel que os alimentos exercem na manutenção e na promoção da saúde, ou seja, não é novidade que a alimentação adequada é responsável pelo perfeito equilíbrio orgânico. Mas, o que muita gente desconhece é o papel que a nutrição exerce quando o assunto é tratar determinada doença. Na oncologia, por exemplo, saber exatamente o que se deve colocar no prato do paciente pode ser vital para a cura do problema.

Segundo Rosione Sobrinho, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital São Domingos, é fundamental que se entenda que um organismo exposto constantemente ao consumo de medicamentos necessita de um suporte ainda maior e isso é obtido por meio dos alimentos. “Em geral, as doenças se aproveitam da fraqueza orgânica para se espalharem pelo corpo. No caso do câncer este aspecto é ainda grave, pois o tumor provoca no indivíduo doente a ausência de fome”, ressalta.

De acordo com a também nutricionista, Jacqueline Galvão, devido às diversas situações e à importância da adequação alimentar, costuma-se trabalhar com o que se conhece por individualização nutricional. Ela explica que não dá para criar um cardápio geral, para pacientes com tantas especificidades. “Daí ser importante uma análise detalhada e um acompanhamento efetivo, pois, se uma dieta não está dando resultados, por não estar agradando ao paladar ou por prejudicar a absorção de um medicamento, trabalha-se com a readequação, sempre de acordo com a prescrição médica”.

Comodidade x Saúde Além de destacarem a dieta como fundamental para a saúde, as especialistas ressaltam que há alimentos que atuam negativamente, tanto no organismo de quem está doente, quanto no de pessoas saudáveis, neste último caso podendo provocar o surgimento de problemas de saúde e até do câncer.

Segundo elas, os industrializados, embora ofereçam facilidade, são um risco para quem quer se manter saudável. “Hoje em dia as pessoas tem menos tempo e se podemos fazer algo rapidamente para comer, melhor. Mas isso é um risco, pois alimentos industrializados possuem ingredientes que intoxicam o organismo”, alerta Rosione Sobrinho.


Outros exemplos de alimentos tóxicos são as frituras. “Há uma produção e acúmulo de groelina. Se consumida constantemente, essa toxina pode provocar uma lesão no estômago e levar ao câncer gástrico”, conta Rosione. Elementos cancerígenos também estão presentes em temperos e condimentos prontos. “São ricos em gorduras trans, daí são consideradas substâncias antinutrientes, ou seja, prejudicam o organismo”, ressalta a nutricionista.

Para pacientes com câncer há, ainda, o agravante da dor. Rosione Sobrinho revela que alguns alimentos tem potencial de gerar ainda mais desconforto, pois possuem a capacidade de intoxicação do organismo. É o caso dos que contém nitratos e nitritos. “Embutidos, como salsichas, linguiças e carne de sol, adoçantes artificiais e produtos diet e light, bem como bebidas à base de cola, café e chá mate não são recomendados, pois podem provocar dores ou piorar esse quadro”, diz.

Em contrapartida, alguns alimentos possuem a capacidade de melhorar o estado da doença. “Inclusive ajudando a impedir o crescimento do tumor. Entre estes estão repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, laranja, dentre outros”, afirma a especialista. Entretanto, ela alerta que nada disso pode ser tomado como uma generalização.

Ainda sobre alimentos funcionais (os que colaboram para a saúde do organismo), as nutricionistas destacam os que são ricos em magnésio, como beterraba, abacate, banana, feijão, ervilha, peixes, ovos, dentre outros. “Sem esse nutriente, o corpo fica em desequilíbrio. No caso de pacientes com câncer, uma deficiência em magnésio pode dar margem a inflamações e a dores”, revela Rosione Sobrinho.

Jacqueline Galvão destaca que, mantendo uma alimentação correta, é possível diminuir os riscos de desenvolvimento de diversas doenças. “Você terá um fator de risco a menos, pois estará evitando a intoxicação do organismo. Por isso, além de equilibrada, quanto mais naturais forem os alimentos, melhor”, finaliza.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Saiba o que você está comendo: Gelatina

Fonte: PROPAGANUT

“Gelatina é uma boa opção de lanche para as crianças” e “Comer gelatina faz bem para a pele”, são duas expressões comuns, mas será que estão corretas?

Atualmente no mercado é possível encontrar uma variedade de sabores de gelatina. Várias “frutas”, sozinhas ou combinadas entre si, e em versões com açúcar ou diets estão disponíveis nas prateleiras. Entre as embalagens das marcas mais conhecidas, podemos observar a utilização de muitas cores, “bonecos de gelatina” e até de personagens de desenhos infantis, tornando este produto um atrativo para as crianças.



Vamos analisar a composição nutricional e a lista de ingredientes de uma das marcas mais famosas:


Ingredientes:

Açúcar, gelatina, sal, vitamina: A, C e E, regulador de acidez citrato de sódio, acidulante ácido fumárico, aromatizante, edulcorantes artificiais: aspartame, ciclamato de sódio, acesulfame de potássio e sacarina sódica e corantes artificiais: bordeaux s., azul brilhante fcf e tartrazina.Baixo valor energético. Contém fenilalanina. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

Primeiramente é preciso destacar o fato de que a gelatina de frutas, que muitas vezes usa imagens dessas frutas em sua embalagem, não possui NENHUMA fruta em sua composição. Esse tipo de estratégia de propaganda induz o consumidor ao erro, visto que muitas pessoas compram produtos com sabores de frutas achando que estão consumindo a fruta em si e, portanto, algo mais saudável. Mas na verdade tudo que estão ingerindo são corantes, aromatizante e tantos outros aditivos utilizados para criar a semelhança com as frutas e para melhorar o sabor desses produtos.

Observa-se que o açúcar é o primeiro ingrediente da lista, indicando que é o ingrediente presente em maior quantidade. Esta informação pode ser confirmada na tabela de composição nutricional que mostra que em cada 6,8g de produto há 4,3g de açúcar. Vale ressaltar que a porção de 6,8 é a considerada ideal, entretanto uma embalagem tradicional possui aproximadamente 5 vezes esta quantidade, ou seja 35g de gelatina e 22,1g de açúcar!

Fazendo uma análise crítica, podemos concluir que a adição das vitaminas A, C e E torna-se um atrativo para os pais, que acreditam estar oferecendo um alimento nutritivo para seus filhos. Porém é necessário que os mesmos leiam e entendam o resto da lista, a qual mostra que o produto possui vários aditivos químicos, como acidulantes, aromatizantes e corantes. É importante ressaltar também que as melhores fontes de nutrientes como as vitaminas, são as frutas e hortaliças e não alimentos industrializados com a adição desses nutrientes.

A presença desses aditivos químicos, associados ao sal, presente em terceiro lugar na lista de ingredientes, são os prováveis responsáveis pela alta quantidade de sódio do produto. Assim como no caso do açúcar, a tabela de composição nutricional mostra que cada 6,8g de produto possui 101mg de sódio, mas em 35g (correspondente a todo o conteúdo da embalagem) a pessoa consome 520mg! Quando pensamos em uma recomendação média de 2000mg de sódio, recomendação oficial da OMS para crianças (veja neste post) esse valor é equivalente a 26% do recomendado.

Entre os aditivos estão presentes também o ciclamato de sódio e a sacarina sódica, dois edulcorantes que não devem ser consumidos por gestantes. Esses ingredientes estão presentes em diversos alimentos, inclusive os lights e diets, muito procurados por gestantes que querem ganhar pouco peso nessa fase da vida, e os fabricantes não dão nenhum alerta no rótulo de seus produtos.

No que diz respeito ao colágeno, sabe-se que a quantidade dessa proteína presente na gelatina é muito pouca e que por isso o indivíduo precisa consumir grandes quantidades para ter algum benefício. Além disso, a absorção do colágeno da gelatina não é muito eficiente (veja a opinião de médicos e nutricionistas aqui e aqui).

Como discutido acima, consumir grandes quantidades dessa gelatina industrializada é sinônimo de consumir altos teores de açúcar e de aditivos químicos, ou seja, não compensa. Esse produto, assim como qualquer outra sobremesa rica em açúcar, deve ser consumido eventualmente e não como substituto de frutas e lanches no dia a dia.


Nota do Blog: Porque então gelatina é a sobremesa mais servida nos hospitais?

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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