quarta-feira, 12 de abril de 2017

Conheça os perigos da dioxina e saiba como preveni-los

Fonte: ECYCLE


Presente em papéis que passaram por processo de branqueamento e em certos artigos íntimos femininos, substância pode causar câncer e se acumula no corpo

Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa substância química, mas ela está em seu corpo (mesmo que em pequena quantidade) e é perigosa. A dioxina é um subproduto industrial de certos processos, como produção de cloro, certas técnicas de branqueamento de papel e produção de pesticidas. A incineração de lixo também libera dioxina (queima de plástico, de papel, de pneus e de madeira tratada com pentaclorofenol), pois muitos produtos são tratados com cloro em sua fabricação.

As dioxinas são acumuladas nos tecidos adiposos, ou seja, nas regiões em que nossos corpos e os de animais têm mais gordura (veja mais neste artigo – em inglês). Por meio de um processo chamado biomagnificação, elas também acompanham o desenvolvimento da cadeia alimentar, de acordo com artigo da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), dos EUA. Se você come a carne de um animal que contém muitas dioxinas, elas serão acumuladas no seu corpo. A partir de então, seu organismo tentará se livrar delas por um bom tempo.

Não há nível saudável de dioxinas e até uma quantidade pequena pode ser perigosa, exatamente porque ela se acumula no organismo. Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Européia estabeleceram a dosagem de 2,3 pg/kg/dia (picograma/quilo/dia - 1 picograma equivale a 10-¹² grama ou um trilionésimo de grama) como limite. A americana Enviromental Protection Agency (EPA), discorda, apontando 0,7 pg/kg/dia como quantidade máxima recomendável. São limites que significam quantidades muito baixas, o que pode ser aferido por orientação da própria EPA, que descreve o uso de filtro simples de papel para coar café feito com papel branqueado industrialmente, por exemplo, como suficiente para exceder os “níveis aceitáveis” de dioxina por toda uma vida.


História e processos industriais

A expansão das dioxinas se liga à utilização do cloro na Segunda Guerra Mundial. Até esse período, o produto foi usado, juntamente com outras substâncias químicas, como forma de armamento. Com o fim do conflito, havia uma grande produção, mas a demanda sofreu uma queda abrupta. Assim, a indústria química buscou novos mercados para inserir o cloro. Essa empreitada foi bem sucedida, mas o subproduto dioxina não estava nos planos.

Uma fonte de cloro, uma fonte de matéria orgânica e um ambiente térmico ou quimicamente reativo em que os materiais citados possam se combinar é o que gera a dioxina nos processos industriais, de acordo com o Greenpeace. Portanto, tanto a produção de cloro, como o tratamento de outros produtos com cloro geram o indesejado subproduto.

Emissões de dioxinas

A tabela abaixo, divulgada pelo Portal São Francisco, mostra quais são os processos formadores das dioxinas e quais são os emissores primários. Veja:



Problemas causados pelas dioxinas

As dioxinas podem afetar o organismo humano, principalmente, de três maneiras:

-Má formação: as dioxinas são substâncias teratógenas (causam má formação fetal), mutagênicas (causam mutações genéticas, algumas das quais podem causar câncer) e suspeita-se que sejam carcinogênicas para humanos (podem causar câncer). Devido a essas propriedades, as dioxinas mexem com a regulação de crescimento celular, induzindo ou bloqueando a morte de células;

-Câncer: segundo a ATSDR, as dioxinas são comprovadamente causadoras de câncer em animais. O mesmo efeito parece ocorrer com humanos. E o mais grave é que as dioxinas agem como carcinogênicos completos, que não precisam de outros elementos químicos para atuarem no organismo. Elas podem causar tumores e aumentar o risco de todos os tipos de câncer, de acordo com a OMS e o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), dos EUA;

-Outros: as dioxinas alteram receptores de estrogênio, podem ser tóxicas para o crescimento e o desenvolvimento, podem causar danos no fígado, nos nervos e alterações indesejadas em glândulas, de acordo com a ATSDR. Problemas relacionados aos sistemas reprodutivo e imunológico, além de alterações no neurodesenvolvimento também podem ocorrer devido às dioxinas (veja mais aqui - em inglês). As substâncias também são suspeitas de causarem problemas respiratórios, câncer de próstata, além de dois tipos de diabetes.




Exposição

Novamente de acordo com a ATSDR, as dioxinas são encontradas em praticamente todas as amostras de pele e sangue de pessoas sem conhecimento sobre terem exposição à substância.

Como as dioxinas perduram na cadeia alimentar e se acumulam em tecidos adiposos, a alimentação é responsável por 96% de toda a acumulação de dioxinas da qual estamos sujeitos. Os principais tipos de alimento que as contêm, de acordo com a ATSDR, são os seguintes: gordura animal presente em carne, laticínios ricos em gordura, peixes gordurosos (arenque, cavala, salmão, sardinha, truta e atum) e produtos que tenham sido expostos a pesticidas.

A contaminação também pode ocorrer quando ingerimos alimentos que tiveram contato direto com embalagens que possuam dioxinas (principalmente as feitas com papel branqueado industrialmente, como pratos de papel e caixas de comida feitas de papel). Também é possível que produtos íntimos femininos que passaram por processo de branqueamento liberem dioxinas, como absorventes internos.

Outra maneira de o organismo humano ser invadido por dioxinas é a respiração de gases, vapores e outras emissões provenientes de lixões que costumam incinerar seus resíduos. Plantas industriais, como fábricas de papel, de cimento e de fundição de metais também podem liberar dioxinas no ar. Viver numa região próxima a esse tipo de estabelecimento pode acarretar exposição crônica a dioxinas via respiração (apesar de a maior parte entrar no corpo humano via alimentação).

Alternativas


Se os parques industriais de todo o mundo deixassem de produzir dioxinas, ainda levaria cerca de 30 anos para que os seres humanos diminuíssem consideravelmente o nível da substância em seus corpos. Como alternativas, algumas empresas tentaram substituir o cloro nos processos industriais utilizando dióxido de cloro, menos nocivo, o que pode ser aferido em produtos que exponham o selo ECF (Elemental Chlorine Free). Essa alteração se deu principalmente nas indústrias de papel e celulose e foi seguida por outra inovação, chamada TCF (Total Chlorine Free), em que não há nenhum tipo de cloro na composição do material. Ele é substituído por oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio.

No Brasil, um projeto de lei de 2008 tentou fazer com que a indústria de papel só pudesse fabricar modelos livres de cloro (TCF), mas foi rejeitada. A maior parte da indústria nacional de papel utiliza ECF, mas é possível encontrar produtos TCF (clique aqui).

O Greenpeace defende que as dioxinas deixem de ser produzidas, mas há um debate na sociedade. Há posições que defendem o uso dos ECF, alegando que não há diferenças entre os dois modelos.

Como evitar a exposição?

As dioxinas já estão presentes não só em nossas gordurinhas, mas nas gordurinhas de muitas pessoas ao redor do mundo. No entanto, é possível seguir alguns conselhos básicos para evitar a exposição a essa perigosa substância:

-Produtos de papel: opte por papéis branqueados naturalmente ou não branqueados, especialmente para produtos que entram em contato com comida ou com partes íntimas – filtros de café, toalhas de papel e absorventes internos;

-Alimentos: escolha alimentos orgânicos e com baixa quantidade de gordura. Se a carne for imprescindível na sua dieta, procure saber se o animal foi criado de maneira sustentável – alimentado com poucas quantidades diárias de gordura ou pasto/ração livre de pesticidas. É comprovado que mães que comem menos carne têm menos dioxinas em seu leite materno;

-Plásticos: quando for esquentar algum produto no microondas, certifique-se de que ele foi feito especialmente para essa finalidade. Mesmo assim, dê preferência a recipientes de cerâmica e vidro. Com o calor, os plásticos podem liberar dioxinas diretamente no alimento. O mesmo vale para o filme plástico que recobre comida. Tire-o antes de levar o alimento ao microondas. No caso do PVC, evite qualquer forma de queima ou aquecimento intenso do material (fato comum em obras, para dar elasticidade ao cano).

Veja também:
-Microondas: aquecer alimentos em recipientes de plástico pode liberar dioxinas
-Videoclipe para evitar “estado plástico da mente”

O supermercado que cultiva ervas e temperos orgânicos dentro da loja — você colhe logo antes de levar para casa

Fonte: Autossustentável
6 • 04 • 17

Imagine só: você está fazendo compras e lembra que precisa de um manjericão, hortelã ou uma salsinha. Estica o braço dentro da estufa e colhe, na hora, o que precisa levar para casa. Simples assim! Fresco, saudável, prático e sustentável. Essa é a ideia da rede de supermercados Metro, em Berlim: uma fazenda interna que cultivará ervas e temperos localmente, sem uso de pesticidas.

Infarm, a empresa por trás do projeto tecnológico, garante que o modelo é eficiente e pode finalmente tornar uma fazenda orgânica interna acessível em larga escala. A instalação da loja de Berlim é o primeiro teste, que se bem sucedido será aplicado nas demais lojas da rede Metro.

Para tornar a tecnologia o mais eficiente possível, a Infarm utiliza cada centímetro disponível para o cultivo. “Não há desperdício de espaço ou de energia”, explica Guy Galonska, cofundador da startup. Entre os benefícios da tecnologia estão o cultivo local e rápido, a economia de espaço, a não necessidade de transporte e o uso reduzido de água e fertilizantes.

Apesar do cultivo do atual protótipo estar focado em ervas e temperos, o supermercado planeja lançar um espaço com a mesma tecnologia para criar tomates e pimentões. A rede de supermercado americana WholeFoods já é adepta do conceito de produção local e produz 150 toneladas de alimentos todos os anos.

Fazendas verticais urbanas são tendência no mundo inteiro. No Japão, é possível cultivar verduras 2,5 vezes mais rápido utilizando luz de LED.

Clique aqui para assistir ao vídeo que conta mais sobre a iniciativa da rede Metro, em Berlim.

INCA e Pró-Vita lançam vídeos educativos sobre alimentação e prevenção do câncer


Fonte: SEGS
Sexta, 07 Abril 2017 

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), em parceria com a Associação Pró-Vita, lança hoje quatro vídeos educativos sobre os temas alimentação saudável, atividade física, controle do peso e relação de tais fatores com o câncer. Os vídeos já estão disponíveis no canal do INCA no Youtube e poderão ser compartilhados nas redes sociais pela população. O dia 7 de abril foi escolhido para o lançamento porque nesta data se comemora o Dia Mundial da Saúde.

No ano passado, a Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA lançou um site com foco na alimentação. Nele são publicadas dicas de saúde, preparo saudável de alimentos e esclarecimento de dúvidas sobre a relação entre alimentação, nutrição e câncer. O trabalho fez tanto sucesso que deu origem à ideia de produzir os vídeos. A iniciativa é fruto de parceria com a Associação Pró-Vita, instituição que apoia pacientes que necessitam de transplante de medula óssea.

A responsável pela área de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA, Maria Eduarda Melo, destaca que a ação é muito significativa, já que a internet viabiliza um alcance maior e os compartilhamentos ajudam a disseminar o conteúdo, contribuindo para o reconhecimento social da relação entre a alimentação, nutrição e prevenção de câncer. “É importante quando a população tem acesso à informação correta, baseada nas melhores evidências. A Internet é um meio rápido de proporcionar isso, de amplo alcance e, especialmente neste caso, vai levar um conteúdo de qualidade às pessoas”, diz ela.

“Nós estivemos em um evento do INCA no ano passado e o tema alimentação saudável foi bastante abordado. É um debate importante. As escolhas que fazemos na nossa alimentação podem evitar o surgimento de diversos tipos de câncer. Com a produção destes vídeos, a ideia é fomentar mais debate e levar informação de qualidade sobre o tema nutrição”, explica Artur Santos, coordenador da Associação Pró-vita.

“Temos investido nesse tipo de ação, que consideramos algo estratégico para o controle do câncer no país. Nossa missão é levar a informação ao maior público possível e, por isso, tem sido fundamental investirmos também nos vídeos, que contam com recursos audiovisuais. A alimentação é uma questão central de saúde pública e a população ainda tem muitas dúvidas sobre mitos e verdades. Praticamente todo dia surge uma nova questão. E nossa missão é esclarecer. Falando especialmente do câncer, o tipo de alimentação pode ser fator de risco ou de proteção, por isso é uma questão tão relevante”, avalia a chefe do Serviço de Comunicação Social, Monica Torres.

O alerta vale para toda a população, e, em especial, para quem tem vida sedentária e histórico de câncer na família.

Veja os vídeos aqui






terça-feira, 11 de abril de 2017

Mago da vida saudável dá dicas de como se alimentar melhor e driblar as armadilhas

Na opinião do médico Mohamad Barakat, que acaba de lançar seu primeiro livro, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população

Fonte: A Crítica
09/04/2017 às 12:10

Esta semana, Dr.Barakat lançou seu primeiro livro, em evento concorrido em São Paulo
Artur CésarManaus (AM)

Todos os dias nós sabotamos o bom funcionamento do nosso organismo por meio da ingestão de alimentos nocivos à saúde e nem nos damos conta de como isso pode afetar nosso bem-estar a longo prazo. Notícias envolvendo problemas de fabricação e conservação de alimentos, como a levantada pela recente Operação “Carne Fraca” da Polícia Federal, nos despertam a atenção para o perigo que corremos.

Na opinião do médico Mohamad Barakat, fenômeno das redes sociais com mais de 700 mil seguidores e que esta semana lançou seu primeiro livro, “Pilares para uma vida saudável”, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população. “As pessoas têm que procurar conhecer o produtor e sua criação e/ou plantação e buscar alternativas para consumo na agricultura familiar, limpa e orgânica. Evitar produtos industrializados, que para atender a demanda em larga escala usam de química e outros ingredientes que podem ser nocivos ao consumo humano”, destaca o médico fundador do Instituto Dr.Barakat de Medicina Integrada.

Reconhecido por defender a bandeira do conceito de comida de verdade, ou seja, uma alimentação isenta de industrializados, embutidos, conservantes, corantes e outros artifícios utilizados pela indústria alimentícia, Dr.Barakat explica que somos o País que mais consome agrotóxico. E isso tem um preço: nossa saúde. “Buscar uma mudança alimentar livre desses itens será de grande valia no balanço final desta equação ‘alimento e saúde’. Você sentirá a diferença no paladar e na saúde de seu organismo. As informações estão aí na nossa frente. Cabe a nós escolher saber mais sobre o que estamos ingerindo e, assim, poder tomar decisões mais conscientes”, analisa.

Vilões


Para Dr.Barakat, a maioria das doenças que assolam a humanidade nos dias de hoje são oriundas de uma alimentação repleta de equívocos, em que os industrializados são os verdadeiros vilões. “O rótulo dos alimentos pode conter muitas armadilhas que levam o consumidor a ingerir produtos maléficos à saúde. É preciso ficar atento às informações dos produtos e, principalmente, interpretar os dados nutricionais, essencial para se alimentar corretamente. Saber identificar os ingredientes e suas propriedades é uma maneira de descobrir se o produto é realmente saudável ou não, por exemplo”, ensina o médico.

Mas na correria do dia a dia, com tantos afazeres para cumprir, como manter uma dieta equilibrada? “Para ajudar na correria do dia a dia eu sempre digo que o melhor é sempre optar pelo consumo de alimentos in natura, como frutas, cereais, nozes, verduras e legumes e excluir definitivamente determinados alimentos do cardápio, como açúcar branco e farinha de trigo refinados, refrigerantes, sucos de caixinha, óleos de cozinha, leite e glúten, entre outros”, explica Dr. Barakat. De acordo com o profissional, os benefícios de comer alimentos frescos, ricos em nutrientes, “menos embalados e mais descascados”, são infinitos. “O velho ditado ‘você é o que você come’, fala claramente sobre a importância da qualidade do que você ingere”, sentencia o médico.

vida saudável Dr. Barakat
Como se alimentar melhor

segunda-feira, 20 de março de 2017

Projeto “Composteira na Minha Cidade” acompanhou famílias do município que toparam reduzir a produção de lixo orgânico


Em Sertãozinho, projeto sustentável diminui produção de lixo em 10 vezes

Fonte: REVIDE
18 MAR 2017

Em Sertãozinho, um projeto-piloto para destinação sustentável do lixo orgânico conseguiu diminuir em mais de 10 vezes a produção deste tipo de lixo. O Projeto “Composteira na Minha Cidade” é fruto da parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente do município e de duas ONG’s Agir Ambiental e Florespi, e visa à conscientização sobre o reaproveitamento de resíduos orgânicos, transformando-os em adubos sólidos e líquidos, ocasionando a redução de material orgânico que é descartado e enviado para a coleta domiciliar e aterros sanitários.

A experiência aconteceu durante o ano de 2016, mas teve os resultados divulgados na última semana. Durante o período de dois meses, as 13 famílias que aceitaram participar da atividade foram assessoradas pelas ONGs. Cada uma delas recebeu um kit contendo uma composteira e utensílios para auxiliar a manutenção do trabalho de reaproveitamento dos resíduos, como baldes e pás.

Durante os dois primeiros meses do Projeto, as 13 famílias participantes produziram 282,5 kg de resíduos orgânicos, uma média de 0,3 kg de resíduos por pessoa ao dia. E na comparação com uma família que não utiliza a composteira, o resultado é emblemático:

Enquanto uma família de cinco pessoas, que utiliza o método, gerou 4,89 kg de resíduos orgânicos em 60 dias, outra família composta por somente 2 pessoas gerou 56,2 kg. Os produtos despejados na composteira eram restos de alimentos, cascas de frutas, borras de café e guardanapos e papel toalha já utilizado.

“As famílias dedicam apenas 30 minutos por semana aos cuidados com a composteira, com o envolvimento de vários de seus membros, o que gera uma união em torno da tarefa. O desperdício também é um fator sobre o qual as famílias participantes puderam refletir durante o processo”, analisou o diretor do Departamento de Gestão de Resíduos Sólidos, Aluísio Edson Moraes Júnior.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alexandre Ribeiro Gomes, destacou a importância da prática em várias frentes, já que ele ajuda, inclusive, na diminuição dos gastos do município, caso seja ampliado, na coleta de lixo, por exemplo. “A prática leva o cidadão a abandonar o discurso e praticar a sustentabilidade de fato. Além disso, temos vários outros pontos positivos, com destaque para a redução da quantidade de resíduos orgânicos direcionados aos aterros sanitários de forma desnecessária, que gera economia ao município”, afirmou.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Idec e outras organizações lançam plataforma Chega de Agrotóxicos



Petição quer apoio dos consumidores para aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos e para barrar PL que facilita uso dessas substâncias no País

O Idec e outras 14 organizações lançam hoje (16) a plataforma #ChegaDeAgrotóxicos, que tem como objetivo buscar apoio da população para a aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara), proposta pelo Projeto de Lei (PL) 6.670/2016.

Além disso, ao assinar a petição disponível na plataforma, os consumidores também demonstrarão seu interesse em barrar o PL 6.922/2002, conhecido como PL do Veneno, iniciativa que pretende facilitar o uso dessas substâncias no Brasil.

Entre as organizações responsáveis pela plataforma estão, além do Idec, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Greenpeace, o Movimento Slow Food e a Articulação Nacional de Agroecologia.

A nutricionista do Idec Mariana Garcia lembra que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o que reforça a importância da plataforma. “Seu objetivo é fazer pressão no Congresso Nacional e mostrar que a sociedade brasileira quer a redução dos agrotóxicos no país”, destaca.

Além da petição, a página #ChegadeAgrotóxicos lista os motivos pelos quais a população deve apoiar a iniciativa, como os riscos à saúde de consumidores e agricultores; a contaminação do solo e de cursos d’água e a ameaça à soberania alimentar.

Política de redução de agrotóxicos x PL do Veneno
O PL que cria a Pnara foi apresentado em novembro de 2016 à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

A política, que estimula modelos alternativos, como agroecologia e a produção orgânica, recebeu o apoio do Idec. Ela foi elaborada com base no Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), aprovado em agosto de 2014, mas que até hoje não foi lançado oficialmente.

Já o PL do Veneno vai na direção contrária e busca flexibilizar a atual Lei de Agrotóxicos. O projeto propõe alterar o termo “agrotóxico” para “produto defensivo fitossanitário e de controle ambiental”, por exemplo, o que demonstra uma tentativa de “suavizar” a imagem negativa que essas substâncias têm na sociedade.


Fonte: IDEC
Data: 19/03/2017

sábado, 18 de março de 2017

Alimentação incorreta é grande causa de mortes por doenças cardiovasculares

A alimentação desajustada responde por 45% das mortes por doenças cardiovasculares nos EUA, sendo o sódio o maior causador de complicações. Especialistas ressaltam que a ingestão incorreta de nutrientes também é uma realidade brasileira

Diário de Pernambuco - Por: Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicado em: 08/03/2017 10:30 Atualizado em: 08/03/2017 10:53




Arte: Valdo Vigo/CB/D.A. Press

Ajustes na alimentação poderiam evitar metade das mortes por doenças cardiovasculares. De acordo com um estudo divulgado ontem na revista da Academia Americana de Medicina, a deficiência ou a ingestão exagerada de 10 fatores dietéticos, como sódio, carne vermelha, nozes e grãos integrais, explicam 45% dos 702.308 óbitos registrados nos Estados Unidos em 2012 por infarto, derrame e diabetes 2. Esses dois primeiros estão no topo do ranking da mortalidade global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Entender a relação entre os componentes dietéticos individuais e doenças cardiometabólicas em nível populacional é essencial para identificar prioridades, guiar planejamento de políticas públicas, criar estratégias para alterar esses hábitos e melhorar a saúde”, justificou, em nota, a nutricionista e epidemiologista Renata Micha, pesquisadora da Faculdade de Políticas e Ciência da Nutrição Trufts Friedman, de Boston (EUA). De acordo com a principal autora do artigo publicado no Jama, não se estabeleceu, até agora, uma associação concreta entre os padrões de ingestão alimentar e enfermidades específicas dos sistemas cardiovascular e metabólico.

No estudo, a equipe da especialista criou um modelo estatístico com dados das Pesquisas Nacionais de Saúde e de Investigação Nutricional norte-americanas dos períodos 1999-2002 e 2009-2012 e cruzou essas informações com registros de óbito oficiais. Eles também usaram dados de estudos e ensaios clínicos. Então, examinaram a associação da mortalidade por doença cardíaca, derrame e diabetes 2 com o consumo de 10 alimentos/nutrientes que podem reduzir ou aumentar os riscos: frutas, vegetais, nozes/sementes, grãos integrais, carne vermelha não processada, carne processada, bebidas açucaradas, gorduras poli-insaturadas, gorduras ômega-3 provenientes de frutos do mar e sódio.

Independentemente de sexo, idade e etnia, os hábitos não saudáveis tiveram forte relação com o risco de mortalidade. Contudo, essa associação foi maior entre pessoas mais jovens, negros e hispânicos e pessoas com nível educacional baixo/médio. Entre os fatores dietéticos avaliados, o que mais influenciou negativamente na saúde foi o sódio, seguido por carnes processadas, bebidas açucaradas e carne vermelha não processada.

Por outro lado, o consumo adequado de nozes/sementes, gorduras ômega-3, vegetais, frutas e grãos integrais, nessa ordem, foi associado aos índices mais baixos de mortalidade. Quanto à idade, bebidas como refrigerante foram o fator mais impactante na morte por doenças cardiometabólicas entre pessoas de 25 a 64 anos. Acima de 65, o sódio excessivo foi quem desempenhou esse papel.

Redução de risco
O cardiologista Fausto Stauffer, diretor de pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenador de Cardiologia do Hospital Prontonorte, avalia que a principal mensagem do trabalho é mostrar o impacto que uma dieta adequada pode ter na redução dos riscos cardíacos. “Qualquer tipo de intervenção mais fácil, como mudar a dieta, é boa para diminuir essas doenças e o diabetes tipo 2, que, por si só, é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares”, diz.

A nutricionista Simone Rocha, presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal (ANDF), acredita que as políticas públicas no Brasil vão ao encontro dessa realidade. “Nós avançamos e estamos à frente das políticas norte-americanas. Por exemplo, com a criação do guia alimentar Comer comida de verdade, do Ministério da Saúde, focado na prevenção”, diz. Segundo a especialista, principalmente para a população carente, esse manual tem um grande impacto. “Ele é o livro de bolso dos agentes de saúde”, conta. Ainda assim, Simone Rocha e Fausto Stauffer concordam que as falhas alimentares cometidas pelos brasileiros são parecidas com as constatadas no estudo norte-americano.

Outro marco destacado pela nutricionista é o acordo do ministério com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) que resultou na redução da quantidade de sódio dos alimentos prontos. “No geral, o que há de maior prejuízo à saúde cardiovascular é o aumento do consumo de sódio. No estudo, o sódio foi considerado o alvo-chave. Atitudes como educar a população e envolver a as indústrias para reduzirem lentamente o teor de sal devem ser tomadas”, diz.

O cardiologista Fausto Stauffer, contudo, acredita que o Brasil tem muito mais a fazer. “Falta muita política para melhorar o lanche nas escolas. As campanhas falam em reduzir a gordura, mas existe um questionamento de que, talvez, o carboidrato tenha um papel muito mais importante”, diz.

Milhões de anos perdidos
O artigo publicado no Jama vai ao encontro de outra pesquisa apresentada ontem no congresso de epidemiologia e prevenção da Academia Americana do Coração. Usando inquéritos nutricionais e dados de estudos anteriores sobre o impacto do consumo baixo de frutas e vegetais, os pesquisadores da Universidade de Washington calcularam os anos de vida perdidos (DALYs, sigla em inglês) — medida que se refere aos anos saudáveis perdidos para uma doença ou morte — em 195 países. De forma geral, descobriram que a ingestão deficiente de frutas está diretamente associada a 53,7 milhões de DALYs, e a de vegetais, a 44,6 milhões. Países com maiores níveis de desenvolvimento socioeconômico têm os menores índices de doença cardiovascular atribuídos à falta de consumo de hortaliças.

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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