Autor: Sergio Lerrer em seu Blog do portal da Gastronomia Sustentável.
O mundo anda de tal jeito e em tal velocidade que as crianças nascidas e criadas nas grandes metrópoles do mundo passam anos e anos bebendo e comendo sem saber exatamente o que consomem e de onde vêm.
Antigamente uma criança nascida em uma casa em pequenas cidades convivia com algum tipo de plantio no quintal e algum tipo de animal, além dos domésticos como cães e gatos, ao menos uma galinha, quem sabe um coelho.... E quanto maior o quintal ou mais perto do meio rural, talvez mais criação de porcos, patos, cultivo de frutíferas, hortaliças e verduras.
Hoje isso é uma coisa muito distante das crianças de cidade. Para conhecer uma simples galinha elas precisam fazer “estudo do meio”, ou seja, entrar em um ônibus com a escola e ir até uma fazenda. É ali que podem ver de perto um ovo recém posto, uma minhoca, um porquinho recém nascido, uma vaca sendo ordenhada.. Coisas banais, mas que fazem parte do repertório de memória e imagens desta criançada.
Antigamente atravessavam os continentes nas navegações para conseguir especiarias com ervas, pimentas, condimentos.. Hoje é possível encontrar nas grandes cidades mercados que vendem isso provenientes de diversos lugares do mundo, a qualquer momento e qualquer instante. As pessoas deixam de saber o que é de fato de sua região e seu país, e o que é de fato proveniente do resto do mundo.
É o que chamo de caos cultural que, no campo dos alimentos, foi apropriado pela gastronomia que os potencializa em um prato que muitas vezes é um verdadeiro caleidoscópio étnico, viável nos dias de hoje, mas impossível anos atrás. E usufruímos isso como se fosse algo natural e corriqueiro, mas é resultado de um esforço logístico e de ciência proporcionado pela sociedade moderna.
E se a nós tudo está banalizado, imagine para as crianças. Será que elas têm interesse de saber de onde vem o leite? Talvez você fale que venha da vaca e elas não acreditem, imaginem que venha de uma fábrica de refrigerante qualquer...
Hoje isso é uma coisa muito distante das crianças de cidade. Para conhecer uma simples galinha elas precisam fazer “estudo do meio”, ou seja, entrar em um ônibus com a escola e ir até uma fazenda. É ali que podem ver de perto um ovo recém posto, uma minhoca, um porquinho recém nascido, uma vaca sendo ordenhada.. Coisas banais, mas que fazem parte do repertório de memória e imagens desta criançada.
Antigamente atravessavam os continentes nas navegações para conseguir especiarias com ervas, pimentas, condimentos.. Hoje é possível encontrar nas grandes cidades mercados que vendem isso provenientes de diversos lugares do mundo, a qualquer momento e qualquer instante. As pessoas deixam de saber o que é de fato de sua região e seu país, e o que é de fato proveniente do resto do mundo.
É o que chamo de caos cultural que, no campo dos alimentos, foi apropriado pela gastronomia que os potencializa em um prato que muitas vezes é um verdadeiro caleidoscópio étnico, viável nos dias de hoje, mas impossível anos atrás. E usufruímos isso como se fosse algo natural e corriqueiro, mas é resultado de um esforço logístico e de ciência proporcionado pela sociedade moderna.
E se a nós tudo está banalizado, imagine para as crianças. Será que elas têm interesse de saber de onde vem o leite? Talvez você fale que venha da vaca e elas não acreditem, imaginem que venha de uma fábrica de refrigerante qualquer...
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