Mesmo com pareceres contrários, o Ministério da Agricultura liberou agrotóxicos sem registro para combater pragas em lavouras da Bahia.
Questionar o uso de agrotóxicos e defensivos é quase que violar uma lei natural. Desde a revolução verde que o melhoramento genético, mecanização, insumos, defensivos e agrotóxicos são a razão da erradicação da fome no mundo. Só que a fome no mundo não foi erradicada.
Apenas uma coisa é certa: o seu óleo de cozinha não terá lagarta, mas vai vir cheio de benzoato.
Fonte: Band Santa Catarina
Foram liberados o benzoato, produtos biológicos como vírus VPZ HzSNPV e Bacillus Thuringiensis, e produtos químicos como Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe. Detalhe que a praga que atinge o Oeste baiano concentra-se em plantações de algodão, soja e milho.
Segundo diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, as lagartas já dizimaram 2% da área cultiva e os prejuízos são estimados em um bilhão de reais. A solução pensada foi óbvia: liberar produtos mais eficientes.
Ninguém, por certo, pensa em rever sua forma de produção. Até porque é impossível: o financiamento do banco exige a notinha do uso de defensivo ou veneno, a semente comprada exige o uso do veneno e o agricultor não sabe mais cuidar da terra sem química.
O que é assustador é que as promessas do passado não se cumprem mais. As pragas atacam produções que seguem as regras do jogo: uso de defensivos e agrotóxicos, sementes transgênicas e grandes extensões de terra com a mesma cultura.
O que é assustador é que as promessas do passado não se cumprem mais. As pragas atacam produções que seguem as regras do jogo: uso de defensivos e agrotóxicos, sementes transgênicas e grandes extensões de terra com a mesma cultura.
A pergunta é: por que não dá certo? Não dá certo porque toda ação tem reações. E a reação, via de regra, gera um problema maior.
- Na safra passada, foram usados 70 ml do inseticida DuPont para controlar 90% da praga.
- Nesta safra, com 150 ml não se controlaram 70%.
Questionar o uso de agrotóxicos e defensivos é quase que violar uma lei natural. Desde a revolução verde que o melhoramento genético, mecanização, insumos, defensivos e agrotóxicos são a razão da erradicação da fome no mundo. Só que a fome no mundo não foi erradicada.
Além disso, temos agricultores com doenças impensáveis décadas atrás, de problemas respiratórios a doenças de pele, câncer e má-formação fetal. Não fiz o cálculo, mas se o prejuízo da lavoura é de quase um bilhão, de quanto será o prejuízo para os cofres públicos em gastos na saúde?
A atual produção de alimentos provoca uma série de doenças evitáveis, além de criar um ciclo de problemas cuja solução ou é começar do zero com um novo paradigma ou entupir o prato do consumido de veneno.
Apenas uma coisa é certa: o seu óleo de cozinha não terá lagarta, mas vai vir cheio de benzoato.
Fonte: Band Santa Catarina
Eu acrescentaria o mesmo para seus salgadinhos, seus chocolates, etc etc. Cada vez mais é importante ler os ingredientes dos rótulos!
Nadia Cozzi
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Olá que bom vc estar aqui, em que posso ajudar?