Fonte: A Tribuna
EGLE CISTERNA - 15/04/2015 - 19:46 - Atualizado em 15/04/2015 - 19:47
EGLE CISTERNA - 15/04/2015 - 19:46 - Atualizado em 15/04/2015 - 19:47
Relatório do Inca aponta que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial do produto
É comum imaginar a presença de agrotóxicos em alimentos in natura,como verduras e hortaliças, mas eles podem estar escondidos em vários outros produtos processados pela indústria. A lista vai de biscoitos, salgadinhos, pães e cereais matinais a lasanhas e pizzas – e a todos os outros produtos que têm o trigo, o milho e a soja, como ingredientes. Nem a carne ou o leite estão livres dos agrotóxicos.
De acordo com relatório apresentado na última semana pelo Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), o uso de agrotóxicos no Brasil saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$ 8,5 bilhões, entre 2001 e 2011. Em 2009, o País se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com mais de um milhão de toneladas – o equivalente a um consumo médio de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante.
Contaminação e saúde
Segundo o levantamento, o uso de sementes transgênicas foi um dos responsáveis por essa realidade, uma vez que exigem grande quantidade de agrotóxicos em sua produção. Parte dessa química fica nos alimentos, mas parte acaba depositada no solo e pode até atingir o lençol freático, o que facilita a contaminação dos animais.
A exposição a esses produtos em alimentos e no ambiente, ainda que em doses baixas, pode causar intoxicações crônicas e afetar toda a população. Segundo o Inca, os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição e causar, entre outros problemas, infertilidade, impotência, abortos, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.
Nas feiras
Uma alternativa para os produtos repletos de inseticidas e outros químicos são os alimentos orgânicos. Apesar de já contarem com feiras específicas em Santos, ainda são pouco conhecidos pela população.
“Os fregueses associam muitas vezes o orgânico com a hortaliça que “tem bicho” e preferem os com agrotóxico. Trocam aquilo que está com alguma sujeirinha, que pode ser facilmente limpo, por um produto com veneno”, diz a feirante Jaqueline Fernandes.
Os consumidores preferem ver preço a saber se o alimento possui ou não agrotóxico
Outra feirante, Eloisa Guida, vai além. “Aqui, as pessoas nem perguntam sobre agrotóxicos. Querem saber o que é mais barato, das frutas da estação”.
A dona de casa Sidneia Maria Rael afirma levar em consideração o preço na hora de escolher o produto. “Esses aí (orgânicos) eu não encontro em todos os lugares e são muito caros. Só levo para casa quando estão em promoção”.
Para o feirante Paulo Sergio Padovesi, aos poucos, a cultura dos fregueses da feira livre está mudando. “Na feira de sábado, na Pompeia, por exemplo, já compensa levar produtos orgânicos, pois há saída. Mas a produção ainda é pouca; são pequenos produtores que se juntam para vender uma quantidade menor. Isso faz com que o preço seja 50% maior do que aqueles que utilizam agrotóxicos”.
Evite danos
Para reduzir possíveis danos à saúde de produtos com agrotóxico, a dica é lavar bem o alimento. “Deve-se lavar em água corrente, usando até uma escovinha macia, em alguns casos”, ensina o nutricionista Cézar Henrique Azevedo. Ele orienta que algumas frutas, como o morango, não devem ficar muito tempo de molho. “A casca pode se dissolver e o defensivo agrícola entra no alimento”.
Azevedo aconselha também a lavar apenas a quantidade de frutas que for consumir na sequência, não deixar os produtos de molho na geladeira e não utilizar água quente para a limpeza. Deixar verduras de molho em uma solução de hipoclorito de sódio com água também é eficiente.
De acordo com relatório apresentado na última semana pelo Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), o uso de agrotóxicos no Brasil saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$ 8,5 bilhões, entre 2001 e 2011. Em 2009, o País se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com mais de um milhão de toneladas – o equivalente a um consumo médio de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante.
Contaminação e saúde
Segundo o levantamento, o uso de sementes transgênicas foi um dos responsáveis por essa realidade, uma vez que exigem grande quantidade de agrotóxicos em sua produção. Parte dessa química fica nos alimentos, mas parte acaba depositada no solo e pode até atingir o lençol freático, o que facilita a contaminação dos animais.
A exposição a esses produtos em alimentos e no ambiente, ainda que em doses baixas, pode causar intoxicações crônicas e afetar toda a população. Segundo o Inca, os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição e causar, entre outros problemas, infertilidade, impotência, abortos, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.
Nas feiras
Uma alternativa para os produtos repletos de inseticidas e outros químicos são os alimentos orgânicos. Apesar de já contarem com feiras específicas em Santos, ainda são pouco conhecidos pela população.
“Os fregueses associam muitas vezes o orgânico com a hortaliça que “tem bicho” e preferem os com agrotóxico. Trocam aquilo que está com alguma sujeirinha, que pode ser facilmente limpo, por um produto com veneno”, diz a feirante Jaqueline Fernandes.
Os consumidores preferem ver preço a saber se o alimento possui ou não agrotóxico
Outra feirante, Eloisa Guida, vai além. “Aqui, as pessoas nem perguntam sobre agrotóxicos. Querem saber o que é mais barato, das frutas da estação”.
A dona de casa Sidneia Maria Rael afirma levar em consideração o preço na hora de escolher o produto. “Esses aí (orgânicos) eu não encontro em todos os lugares e são muito caros. Só levo para casa quando estão em promoção”.
Para o feirante Paulo Sergio Padovesi, aos poucos, a cultura dos fregueses da feira livre está mudando. “Na feira de sábado, na Pompeia, por exemplo, já compensa levar produtos orgânicos, pois há saída. Mas a produção ainda é pouca; são pequenos produtores que se juntam para vender uma quantidade menor. Isso faz com que o preço seja 50% maior do que aqueles que utilizam agrotóxicos”.
Evite danos
Para reduzir possíveis danos à saúde de produtos com agrotóxico, a dica é lavar bem o alimento. “Deve-se lavar em água corrente, usando até uma escovinha macia, em alguns casos”, ensina o nutricionista Cézar Henrique Azevedo. Ele orienta que algumas frutas, como o morango, não devem ficar muito tempo de molho. “A casca pode se dissolver e o defensivo agrícola entra no alimento”.
Azevedo aconselha também a lavar apenas a quantidade de frutas que for consumir na sequência, não deixar os produtos de molho na geladeira e não utilizar água quente para a limpeza. Deixar verduras de molho em uma solução de hipoclorito de sódio com água também é eficiente.
Nota do Blog Alimento Puro: Agrotóxico está dentro do alimento, não sai com nenhum produto ou com lavagem a quente ou frio. O que sai é o que está por fora que é uma quantidade mínima.
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