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terça-feira, 25 de abril de 2017

O retrocesso no controle dos agrotóxicos no Brasil – artigo de Fernando Carneiro

Fonte: ABRASCO
24 de abril de 2017 Fernando Carneiro *



O Brasil continua sendo o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Entre os anos de 2009 e 2012, as análises de resíduos de agrotóxicos em alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectaram contaminação de 60 a 70% dos alimentos e pelo menos 30% de amostras impróprias para consumo humano, como analisado no ‘Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde’. Mas, de repente, em 2017, o Brasil virou o país dos “alimentos seguros”.

Como a Anvisa colaborou para tamanha boa notícia? Simples: alterou seus métodos de análise e conclusões. Agora, 1,11% dos alimentos apresentam risco agudo, o que mesmo assim não é pouco. A cada 100 pessoas, uma pode passar mal intoxicada ao ingerir um dos produtos monitorados. Antes, a metodologia dava destaque as amostras impróprias para consumo humano, que nesse último relatório foram de 19,7% em média.

O agronegócio aproveitou a oportunidade para criar uma nova narrativa dos resultados. A tão questionada Anvisa virou a avalista do modelo químico dependente da grande monocultura para a exportação de commodities.

Nessa mesma direção, o IBGE anunciou que irá cortar 50% das perguntas do novo Censo Agropecuário, deixando apenas uma sobre os agrotóxicos e retirando por completo as questões relacionadas à agricultura familiar. O Censo de 2006 retratou que 70% dos alimentos que chegam à população brasileira vem dos pequenos produtores. Este dado quebrou um dos mitos do discurso de que o agronegócio alimenta o Brasil, mas agora a série histórica será quebrada. O Censo Agropecuário foi atrasado por falta de recursos e vai ser financiado com cortes, salvo por uma desinteressada emenda parlamentar articulada em uma Comissão do Senado dominada pela bancada ruralista. A melhor forma de se curar a febre está sendo quebrar o termômetro.

Enquanto isso, no Congresso Nacional, a bancada ruralista busca aprovar um novo marco legal para os agrotóxicos no Brasil. O foco é reduzir o papel das áreas de saúde e ambiente e concentrar no Ministério da Agricultura as atribuições do registro, criando uma CTNAGRO nos moldes da CTNBIO, comissão que aprovou 100% dos pedidos de liberação de transgênicos que chegaram para análise.

Para tornar o quadro ainda mais grave, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), juntamente com representantes das industrias de agrotóxicos estão elaborando uma proposta de Medida Provisória (MP) onde é previsto que agrotóxicos que causem efeitos crônicos como o câncer, distúrbios hormonais e reprodutivos ou malformações possam ser comercializados no Brasil. Na base dessa proposta está a metodologia de avaliação de risco, cujos princípios foram utilizadas na nova versão do PARA/ANVISA.

Um movimento semelhante de ofensiva do agronegócio também pode ser observado nos estados. No Ceará, o governo estadual está para enviar uma proposta de lei de agrotóxicos para a Assembleia, que retrocede as salvaguardas da lei vigente desde 1993. Um retrocesso de 24 anos, onde as questões de saúde, ambiente e participação social são totalmente esquecidas face a liberalização e desregulamentação de interesse do setor.

É hora de mobilizar toda a sociedade brasileira contra esse golpe ao direito à informação e à alimentação saudável. Uma boa iniciativa neste sentido é a plataforma chegadeagrotoxicos.org.br, apoiada pela Fiocruz e Abrasco, que coleta assinaturas pela redução dos agrotóxicos no Brasil.

* Fernando Ferreira Carneiro – pesquisador da Fiocruz Ceará e membro do GT de Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – GTSA/ABRASCO

Nota: os negritos foram colocados pelo Blog, chamando atenção para as barbaridades que se faz com a saúde das pessoas no Brasil.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Mago da vida saudável dá dicas de como se alimentar melhor e driblar as armadilhas

Na opinião do médico Mohamad Barakat, que acaba de lançar seu primeiro livro, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população

Fonte: A Crítica
09/04/2017 às 12:10

Esta semana, Dr.Barakat lançou seu primeiro livro, em evento concorrido em São Paulo
Artur CésarManaus (AM)

Todos os dias nós sabotamos o bom funcionamento do nosso organismo por meio da ingestão de alimentos nocivos à saúde e nem nos damos conta de como isso pode afetar nosso bem-estar a longo prazo. Notícias envolvendo problemas de fabricação e conservação de alimentos, como a levantada pela recente Operação “Carne Fraca” da Polícia Federal, nos despertam a atenção para o perigo que corremos.

Na opinião do médico Mohamad Barakat, fenômeno das redes sociais com mais de 700 mil seguidores e que esta semana lançou seu primeiro livro, “Pilares para uma vida saudável”, é preciso haver uma mudança de comportamento urgente por parte da população. “As pessoas têm que procurar conhecer o produtor e sua criação e/ou plantação e buscar alternativas para consumo na agricultura familiar, limpa e orgânica. Evitar produtos industrializados, que para atender a demanda em larga escala usam de química e outros ingredientes que podem ser nocivos ao consumo humano”, destaca o médico fundador do Instituto Dr.Barakat de Medicina Integrada.

Reconhecido por defender a bandeira do conceito de comida de verdade, ou seja, uma alimentação isenta de industrializados, embutidos, conservantes, corantes e outros artifícios utilizados pela indústria alimentícia, Dr.Barakat explica que somos o País que mais consome agrotóxico. E isso tem um preço: nossa saúde. “Buscar uma mudança alimentar livre desses itens será de grande valia no balanço final desta equação ‘alimento e saúde’. Você sentirá a diferença no paladar e na saúde de seu organismo. As informações estão aí na nossa frente. Cabe a nós escolher saber mais sobre o que estamos ingerindo e, assim, poder tomar decisões mais conscientes”, analisa.

Vilões


Para Dr.Barakat, a maioria das doenças que assolam a humanidade nos dias de hoje são oriundas de uma alimentação repleta de equívocos, em que os industrializados são os verdadeiros vilões. “O rótulo dos alimentos pode conter muitas armadilhas que levam o consumidor a ingerir produtos maléficos à saúde. É preciso ficar atento às informações dos produtos e, principalmente, interpretar os dados nutricionais, essencial para se alimentar corretamente. Saber identificar os ingredientes e suas propriedades é uma maneira de descobrir se o produto é realmente saudável ou não, por exemplo”, ensina o médico.

Mas na correria do dia a dia, com tantos afazeres para cumprir, como manter uma dieta equilibrada? “Para ajudar na correria do dia a dia eu sempre digo que o melhor é sempre optar pelo consumo de alimentos in natura, como frutas, cereais, nozes, verduras e legumes e excluir definitivamente determinados alimentos do cardápio, como açúcar branco e farinha de trigo refinados, refrigerantes, sucos de caixinha, óleos de cozinha, leite e glúten, entre outros”, explica Dr. Barakat. De acordo com o profissional, os benefícios de comer alimentos frescos, ricos em nutrientes, “menos embalados e mais descascados”, são infinitos. “O velho ditado ‘você é o que você come’, fala claramente sobre a importância da qualidade do que você ingere”, sentencia o médico.

vida saudável Dr. Barakat
Como se alimentar melhor

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Alimentos orgânicos podem ter origem animal. Saiba mais!

Fonte: Alto Astral
Larissa Mortari ● December 15, 2016

Frutas, legumes e verduras são os alimentos mais lembrados na hora de comprar orgânicos. Porém, carne bovina, frango, leite e ovo também podem ser produzidos com a técnica orgânica, apresentando vantagens para a saúde. 


“A produção de alimentos orgânicos de origem animal está começando no Brasil, e existem vários exemplos já avançados. A tecnologia de produção está disponível, porém, ainda há grandes desafios, como a produção de milho e soja não transgênicos para a produção de ovos, leite e carnes”, informa Fábio Ramos, gerente geral do Sítio do Moinho.


Foto: iStock e Getty Images

Para serem considerados orgânicos, portanto, os animais devem consumir apenas alimentos orgânicos, como rações feitas com ingredientes que também respeitem as técnicas de produção. O conceito se inicia na produção dessas rações, passando pelo cuidado com o animal e o ambiente em que ele é criado.

Os animais cujas carnes são consumidas são tratados principalmente com medicamentos fitoterápicos e homeopáticos, além de serem vacinados e alimentados com pastos isentos de agrotóxicos. São livres, portanto, do excesso de antibióticos e outros medicamentos ministrados nos animais de produção convencional.

Segundo a WWF-Brasil, organização não-governamental que identifica problemas de conservação do meio ambiente, o processo de produção desse tipo de carne garante o consumo de um alimento seguro e saudável para o ser humano. Solo, água e ar também são mais protegidos, pois a carne orgânica deve ser produzida em fazendas certificadas, que seguem normas rígidas de certificação orgânica, que exige a proteção de nascentes de rios e proíbe a utilização de fogo no manejo das pastagens.




Foto: Shutterstock

Diferença visível

Quando comparados, muitas vezes é possível enxergar a diferença entre um ovo convencional e um orgânico. O último costuma ter gema de cor mais intensa e alguns paladares mais apurados podem até perceber a diferença de sabor.

No Brasil, as galinhas poedeiras são criadas confinadas em gaiolas apertadas e, sem espaço para se movimentar, as aves sofrem com perda de resistência óssea, que pode causar sofrimento por paralisia e fraturas.

Já na produção orgânica, o indicado é que os animais tenham suas necessidades respeitadas, como alimentação de acordo com as necessidades nutricionais; sem uso de promotores de crescimento (que deixam as aves popularmente conhecidas como “frango com hormônios”); instalações físicas adequadas para o bem-estar, com uma área mínima que permita locomoção das galinhas; entre outros requisitos.

Texto Redação Alto Astral
Consultoria Fábio Ramos, gerente geral do Sítio do Moinho

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Terceirização afeta qualidade da comida em hospitais

Ao terceirizar alimentação, hospitais servem comidas industrializadas, pobres em nutrientes, que comprometem a recuperação do paciente

Fonte: Rádio Brasil Atual por Redação RBA publicado 14/11/2016 10:34



Do congelador ao microondas: para cortar custos, hospitais servem comida industrializada aos pacientes

São Paulo – A especialista em alimentação orgânica Nádia Cozzi ressalta a importância de dieta saudável para a recuperação dos pacientes, mas alerta que devido ao processo de terceirização que avança no setor da saúde hospitais vêm servido produtos industrializados, pobres em nutrientes.


"O problema é que os hospitais, na sua maioria, estão terceirizando a alimentação. Então, vem tudo em potes plásticos que vão direto ao micro-ondas, que chegam direto ao paciente. Ninguém nem abre para sentir o cheiro e ver o que tem dentro", afirma a especialista em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Idealizadora da página Comida de Hospital é Alimento?, Nádia conta que ficou espantada quando, convalescendo de uma cirurgia de vesícula, recebeu um bolinho de chocolate industrializado no hospital em que estava internada. "Se eu comer isso, vou morrer", pensou ela, que já trabalhava com consultoria em alimentação orgânica.

"Comida de hospital não é alimento, na maioria dos casos, porque é baseada, quase que exclusivamente, em alimentos industrializados. O que tem de nutriente num alimento industrializado, cheio de aditivos químicos, cheios de conservantes etc.?", questiona a especialista.

Nádia comenta que até mesmo os sucos, que deveriam ser naturais, preservando assim seus nutrientes, foram substituídos pelos de caixinha, que contam com altos níveis de sódio e açúcares.

Para ela, além da terceirização, outra parte do problema está na formação de nutricionistas e especialistas em gastronomia que depois vão atuar nos hospitais. Nádia afirma que esses profissionais se distanciaram da "comida de verdade" porque os cursos também são patrocinados pela indústria alimentícia, interessada, portanto, no consumo de alimentos processados.

Ouça a entrevista

Venha discutir conosco esse problema em nossa página no Facebook  Comida de Hospital é Alimento?

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Agricultores convencionais passam a cultivar produtos orgânicos.



Vale a pena assistir o vídeo do Globo Repórter sobre o assunto.

Certificação de produtos orgânicos: é possível baratear os custos



Certificação dos orgânicos é sempre polêmica, vamos entender melhor 
os tipos de certificação existentes no mercado? Assista a reportagem do Globo Rural.


A cidade que come local

POR SUSANA BERBERT, DE MADISON (ESTADOS UNIDOS)

Madison, nos Estados Unidos, tem a cultura de consumir o que é orgânico, sustentável e produzido na própria região

Mulher compra verduras durante a Dane County Farmers' Market, em Madison (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

“Esse é meu jardim. Foi assim que eu comecei minha manhã”. A fazendeira Jeane Martin segurava orgulhosa o celular. Na tela do equipamento, aparecia a imagem do vale onde fica sua fazenda, e com as unhas sujas de terra ela apontava os detalhes da paisagem. 

As flores que podíamos ver em primeiro plano haviam brotado há algumas semanas, ela disse, e já estávamos no meio da primavera. Ao fundo da fotografia, duas montanhas se encontravam e o espaço entre elas formava um "V", mostrando o céu e a luz do sol ainda tímida que surgia com o crepúsculo. “Esse lugar é lindo. Eu sou muito grata pela vida que tenho.”

De abril até novembro, mais de 300 produtores se revezam na Dane County Farmers' Market

Naquele sábado, Jeane e o marido, Michael Martin, haviam acordado às três horas e meia da manhã para chegarem até a Dane County Farmers' Market, a feira de produtores locais mais famosa de Wisconsin, Estados Unidos, localizada na cidade de Madison, a capital do Estado. 

Há vinte anos, durante o verão, eles repetem a mesma rotina: às quintas começam a se preparar para ir à feira, separando beterrabas, cenouras e realizando a colheita do alface. Nas sextas, colhem mais folhagens e verduras. Vendem tudo aos sábados, das seis da manhã às duas horas da tarde.

Jeane e o marido acordam às três horas e meia da manhã para chegarem à feira (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A barraca da fazenda Jones Valley Farm é uma das cerca de 160 que cercam o capitólio da cidade quando o inverno passa e a temperatura se aproxima dos 20 graus celsius. De abril até novembro, mais de 300 produtores se revezam no espaço, provendo aos moradores da cidade e região produtos alimentícios, artesanatos e flores locais e de alta qualidade, enquanto preenchem a paisagem, antes branca e vazia, com cores vivas e movimentos.

A feira encanta desde os que passam por ela pela primeira vez até os que já a frequentam por décadas.“Temos compradores que nos acompanham desde que começamos na feira, em 1996, e que não faltam nenhum sábado”, conta Jeane. “Aqui as pessoas preferem comida local e são dedicadas ao fazendeiros. Elas querem saber o que temos de diferente e de novo, então chegam logo cedo porque têm medo que alguém compre e nosso produto acabe.” 

Enquanto conversávamos, a mulher ocasionalmente interrompia a fala para abraçar compradores conhecidos e me oferecia diferentes tipos de alfaces para experimentar. “Nós trazemos o melhor que temos. Nós investimos em coisas diferentes, que crescem em diferentes locais, como no mediterrâneo.”

A barraca de Wili Lehner é uma das mais disputadas do local 
(Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A algumas barracas de distância, Willi Lehner conversava animado com os clientes enquanto vendia seus queijos. Quando perguntei se ele poderia me contar um pouco sobre sua experiência como vendedor na feira, ele respondeu: “É claro! Essa é a melhor parte!”. 

O senhor de 60 anos oculta de seus compradores a idade com disposição de menino durante todo o dia de venda, em que comanda sozinho sua barraca, uma das mais disputadas do local. “Faço yoga todas as manhãs. Hoje acordei às três e meia e fiz antes de vir”, contou. 

Há 30 anos na Farmers Market, Willi é um dos produtores de queijo mais respeitados de Wisconsin, que é conhecido mundialmente pela sua imensa variedade do laticínio: com mais de 600 tipos, em 2015 o Estado produziu 1,5 bilhão de quilos do produto, que dominam cardápios de restaurantes locais e supermercados.

Wisconsin é conhecido mundialmente pela variedade de queijos, com mais de 600 tipos

Comprar queijo local, mais do que qualquer outro item, é uma obrigação e um orgulho para os naturais do Estado. O prazer em consumir o que vem de casa ficou claro quando, em meio à nossa conversa, uma compradora interrompeu a fala do homem, dando-lhe um abraço efetuoso, e disse: “Eu comprei queijo aqui com o Willi por 25 anos. Hoje moro na Califórnia e quando venho pra Wisconsin levo o produto dele pra casa. Ele é um mestre. Há bons produtores de queijo na Califórnia, mas não chegam perto dos que são feitos aqui. E o Willi é o melhor! O melhor!”

+ Veja a galeria de fotos sobre a cidade

A excelência do homem vem de herança familiar. Filho de suíços que se mudaram para Wisconsin em 1952, Willi aprendeu o ofício com o pai, que era produtor de queijo, e aprimorou suas técnicas quando, na juventude, viveu por 10 anos no país europeu. 

Hoje, ele produz seus queijos utilizando espaço e equipamentos de fábricas de terceiros e utiliza apenas leite local. “Não ter minha fábrica pessoal me permite ter flexibilidade.Eu tenho tempo para vir aqui e vender direto para os consumidores. Eu amo estar aqui. Eu sou grato por ter um mercado como esse. Eu não conseguiria fazer meus queijos e apenas os vender em lojas, sem saber quem vai comprar. Eu preciso dessa conexão, conhecer os fazendeiros que me fornecem o leite e conhecer os consumidores, que estão felizes com meu trabalho.”

Um dos vendedores da Dane County, em Madison (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

A cidade

Foi no meu último final de semana em Madison, depois de viver na cidade de janeiro a junho, que fui até a Farmers’ Market decidida a conversar com alguns produtores para saber mais sobre suas experiências de troca direta com os consumidores. O mercado ao ar livre, que já foi considerado o maior dos Estados Unidos em número de produtores locais, é só uma visão ampliada da cultura de consumo da cidade, voltada aos pequenos fazendeiros.

Nas primeiras impressões que tive sobre a região que me acolhia, ficou especialmente marcada essa peculiaridade do hábito de seus habitantes. Em minha estreia no supermercado, por exemplo, Mariana Vieth, prima que me recebeu no país, avisou: “Eu escolho o supermercado pela quantidade de produtos locais e orgânicos que ele oferece. Eu amo abastecer minha casa, vamos fazer isso sempre juntas!” No fim, a atividade tornou-se uma de minhas favoritas. 

A preferência pelo local entre as pessoas ficou ainda mais clara quando, em nossas idas aos restaurantes, escolhíamos estabelecimentos que tinham o cardápio alterado de acordo com os produtos oferecidos pela região e que, por isso, eram os mais disputados. Os ingredientes eram cuidadosamente comprados pelos chefs diretamente dos fazendeiros locais e apresentados aos clientes. “É capaz deles nos dizerem o nome da galinha que iremos comer”, brincava Mariana toda vez que nos traziam os pratos.

"Fomos muito longe com a industrialização e tudo está no controle de poucas pessoas"

É principalmente na região do capitólio, onde fica a feira, que esses estabelecimentos se concentram. De restaurantes sofisticados a simples cafeterias, a mensagem do “Eat Local” (coma local), “Drink Local” (beba local) e “Locally Owned” (proprietário local) são vistas, seja em quadros nas paredes, em avisos no menus que dizem “este estabelecimento apoia produtores locais” ou em placas na frente das lojas convidando os que passam a entrar. 

A demanda é pelo que é feito em casa, então a oferta é grande. E foi pensando exatamente nela, que André Darlington, com mais dois sócios, abriu em maio deste ano o “The Field Table” (A Mesa do Campo) em frente ao prédio do Estado.


André Darlington, sócio do The Field Table (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

Do campo para a mesa


André me recebeu no restaurante em uma manhã de sexta-feira. No fundo do estabelecimento, a mesa vinda direto da fazenda de uma das sócias e que passou por três gerações estava cheia de papeis. “É aqui que trabalho. Ruim, não?” me disse com um sorriso. O dia mal havia começado e os produtos locais que ficam na pequena venda no estabelecimento já estavam quase no fim.“Essa foi uma das razões de abrir um restaurante com ingredientes locais junto a um pequeno mercado desses produtos. Tirando a Farmer’s Market, não temos como comprá-los no centro da cidade, só temos restaurantes que os oferecem em seus pratos. Então, além de virem aqui para comer, as pessoas vêm aqui para comprar”, contou.

Jornalista que atuou por 15 anos na área da indústria alimentícia avaliando restaurantes e escrevendo livros sobre gastronomia, André aprofundou-se na temática local e soube que não haveria erros ao abrir seu primeiro restaurante com essa filosofia. “Antes, inaugurar restaurantes com a lógica da fazenda para mesa era o começo de um movimento, uma tendência. Hoje é algo esperado.” 

Para o jornalista, há um apelo da população por esses alimentos porque os consumidores querem trabalhar com produtos e fornecedores que confiam e estão preocupadas com questões ambientais. “Além disso, após a crise em 2008 eu acredito que cresceu a ideia de que se apoiarmos nossos fazendeiros locais, apoiaremos nossa economia local. Fomos muito longe com a industrialização e tudo está no controle de poucas pessoas. É basicamente comida de fábrica e nós queremos retomar isso para perto de nós, e retomar de forma mais sustentável.”

A equipe do The Field Table (Foto: Susana Berbert/Editora Globo)

A noção de comunidade vai para dentro da cozinha. Quando perguntei para a chef do restaurante, Trísh Davis, se eu poderia tirar um retrato seu, ela respondeu “Sim, mas eu prefiro que seja uma foto de toda a equipe. Eu não faço nada sozinha.” Segundo ela, estar em contato com os fazendeiros e seus funcionários é o mais importante para a finalização bem-sucedida de um prato. “Não é só cozinhar. 

Eu me relaciono com os 38 fazendeiros locais dos quais compramos, digo o que espero da comida que será colhida, como quero fazer o menu. Para mim é muito prazeroso ver o ingrediente saindo da terra e se transformando em um prato e eu passo isso para as pessoas que trabalham comigo.”

Mesmo com todo o cuidado na escolha dos alimentos e no acompanhamento do processo, o preço do restaurante é bem acessível. Isso porque, para André, trabalhar com local é mais do que um negócio, é o estilo de vida de quem sonha com mudança. “Queremos chegar até as pessoas. Eu acredito que posso mudar algo, que posso mudar a maneira como elas comem. Ser orgânico, sustentável e local não é caro. Temos que ser acessíveis”, disse. 

No "compre local", grandes redes de alimentos saem perdendo em Madison

Nessa filosofia de suporte ao que vem de casa, grandes redes de alimentos saem perdendo em Madison. McDodanlds e Starbucks dão lugar ao fast food de hambúrgueres, o Culver´s, e à cafeteria Colectivo, ambos do Estado. 

O Culver’s foi criado em 1984 por uma família de fazendeiros de Wisconsin e tem seus bifes todos produzidos por produtores do Meio-Oeste e queijos oriundos apenas do Estado. Já o Colectivo, inaugurado em 1993 na cidade de Milwakee, além de grãos de Wisconsin, utiliza lotes do mundo inteiro e mensalmente produz um jornal contando um pouco sobre as fazendas que fornecem os produtos. A brasileira “Fazenda São Domingos”, de Araponga (MG) está entre elas.

+ Veja a galeria de fotos sobre os costumes da cidade

Até loja voltada aos animais de estimação com produtos sustentáveis faz sucesso em Madison. A Bad Dog Frida oferece alimentos orgânicos e locais para cachorros e gatos e tem até um espaço a granel para os donos escolherem os melhores aperitivos para seus bichos. “Tudo que conseguimos encontrar de local, oferecemos. 

Temos que nos ajudar”, disse a funcionária Kaitlyn, quando fui até a loja com minha prima para comprarmos comida para o Drake, cachorro de Mariana que me acompanhou nesses meses fora.

Nas paredes, há placas que convidam o comprador a conhecer mais sobre o fazendeiro (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

O coletivo em primeiro lugar

O espírito coletivo da cidade, além da feira, tem sua expressão máxima na Willy Street Co-op, supermercado aberto há 40 anos por moradores do bairro onde é localizado e gerenciado pelos próprios clientes. 

Quem compra no local pode adquirir um “ownership”, título de dono, por 58 dólares anuais, o que confere descontos e poder de voto no estabelecimento. “Hoje temos mais de 30 mil donos em nossas duas lojas, uma aqui em Madison e outra em Middleton. Essas pessoas votam em nove representantes que tomam decisões administrativas da cooperativa”, explicou Kirsten Moore, diretora de serviços da Co-op.

"Quando eu compro local, orgânico, eu não cuido apenas de mim, mas da Terra"

Tudo que é vendido no supermercado vai de acordo com pedidos dos compradores e na entrada há um aviso dizendo quanto dos produtos disponíveis no dia são locais e quantos são orgânicos. “Nós apoiamos nossos fazendeiros e produtores sustentáveis. A demanda por isso é muito grande. 

As pessoas estão preocupadas se os trabalhadores que fazem seus produtos vivem em condições dignas e se esses produtos respeitam o meio ambiente. Elas também querem apoiar a economia local”, disse Kirsten. Ela mesma só consome esse tipo de alimento. “Na verdade eu dou preferência ao local. Se tem uma alface certificada como orgânica, mas da Califórnia, eu vou comprar de nossos fazendeiros”, contou, antes de declarar seu amor pelo trabalho. “Nós somos muito abençoados de termos um local como esse.”

“Eu amo estar aqui porque estou em um lugar que vai me oferecer os melhores produtos" (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

São mesmo. Ao entrar na loja fica evidente que você está comprando em um lugar preocupado com o outro. Pelas paredes do estabelecimento há fotos dos fazendeiros seguidas de pequenos texto sobre eles, convidando os compradores a conhecê-los. 

Todos são gentis, todos estão dispostos a ajudar, e foi com esse espírito que Yaani Drucker, compradora, conversou comigo em meio às prateleiras. “Eu amo estar aqui porque estou em um lugar que vai me oferecer os melhores produtos, vindo de pessoas que se preocupam em os fazer com qualidade e cuidar da natureza. São coisas que farão bem ao meu corpo, ao meio ambiente e à economia do meu Estado. 

Aqui estão pessoas que não querem beneficiar apenas a própria vida. Quando eu compro local, orgânico, eu não cuido apenas de mim, mas da Terra. Eu transformo muitas coisas além da minha vida”, me contou.

+ Veja a galeria de fotos sobre os hábitos de Madison

Assim como a Farmers' Market e a Willy Street Co-op é uma visão ampliada da cultura local da cidade, Yaani é um exemplo individual de seus moradores. 

Em um mundo em que o "eu" está na frente do "nós", aprendi com os habitantes de Madison que o consumo é bom quando feito pensando no coletivo. 

Comprar é um ato político, e a cidade todos os dias me lembrou da importância de olhar para o ambiente, para os pequenos, para o futuro.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Mais de 70 marcas de comidas e bebidas se reúnem em feira

Fonte: Paladar Estadão
02 novembro 2016 - por Redação Paladar

Com foco em pequenos produtores, segunda edição do Sabor Nacional ocupa o jardim do Museu da Casa Brasileira nesta sexta (4) e neste sábado (5); a entrada é gratuita.

O jardim do Museu da Casa Brasileira está se tornando um ponto de encontro frequente para quem gosta de comer e beber. Nesta semana, o local receberá a segunda edição da Feira Sabor Nacional, nos dias 4 e 5, com foco em pequenos produtores e artesãos que vão levar seus queijos, chocolates, catchups, geleias, granolas, pães, chás e outros produtos.

Em setembro, o lugar recebeu a terceira edição do Mercado Manual, evento que também reúne marcas artesanais de comidas e bebidas, além de trabalhos em moda e decoração. Intercalando Mercado Manual e Sabor Nacional, cuja primeira edição foi em julho, o museu tem movimentado o jardim com os estandes e food trucks, para quem quiser comer e beber ali mesmo, além de levar embalagens para casa.



Vista do jardim do Museu da Casa Brasileira Foto: Victor Neco|Divulgação

Entre os 78 estandes e food trucks confirmados até agora estão marcas como:

- Borriello (azeites feitos em Andradas-MG)

- Capitu (cervejas)

- Capril do Bosque (queijos feitos em Joanópolis-SP)

- Cia dos Fermentados (kombuchas e conservas)

- Empório Poitara (farinhas, tucupi e temperos do Norte)

- Il Casalingo (utensílios para mesa e cozinha)

- La Mitad (geleias)

- Maní Sorvetes (sabores como chocolate, gengibre, manga e goiaba)

- Mocotó (receitas nordestinas)

- Santa Adelaide (legumes e hortaliças orgânicos)

- Strumpf (catchups)




Carrinho de sorvetes do Maní Foto: Roberto Seba|Divulgação

Entre os produtos, destaque para marcas de chocolates como Amma, Amado e Isidoro (todas da Bahia) e Java (feita em Belo Horizonte com cacau do Pará). Amado e Java, especificamente, estarão representadas no estande da Chocolatar, enquanto as outras terão estande próprio.

A feira, com entrada gratuita das 10h às 20h, ainda terá palestras, como a de horta caseira em pequenos espaços (com a Sabor da Fazenda, sexta às 17h30) e a de como tratar o queijo em casa (com A Queijaria, sábado às 12h).
SERVIÇO
2ª edição da Feira Sabor Nacional
Museu da Casa Brasileira
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.705, Jd. Paulistano
Dias 4 e 5/11, das 10h às 20h, entrada gratuita

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O mundo inteiro pode ser abastecido por alimentos orgânicos

Fonte: Organic Food Fest

Notícia | 08/06/2016


A universidade estadual de Washington realizou um estudo que mostra que a produção orgânica pode atender a demanda geral da população do planeta. os resultados mostram que ao mesmo tempo em que as condições dos trabalhadores orgânicos e o clima melhora, a produção deste tipo de alimento também é favorecida.

O relatório “agricultura orgânica para o século 21”, tem como base examinar a eficiência da agricultura ecológica que toma como referencia os pilares da sustentabilidade econômica, social e ambiental. Liderado pelo professor de ciência do solo e agroecologia john regalnold e pelo doutorando jonathan wather, o estudo apresenta analises detalhadas de outros estudos acadêmicos que abordam a mesma temática.

Segundo especialistas, o ideal seria mesclar as tecnologias usadas nos plantios tradicionais com os métodos orgânicos. destacam-se: diversificação agrícola e pecuária, rotação de culturas, gestão natural de pragas, adubação verde, animais e melhoras na condição do solo a partir de uso de compostagem.

Segundo eles “fazendas orgânicas têm o potencial para produzir altos rendimentos em consequência da capacidade mais elevada de retenção de água nos solos cultivados sem agrotóxicos”. os autores garantem que independente das mudanças climáticas a agricultura orgânica é capaz de atender todas as necessidades do mundo.

As evidencias apontam que os benefícios da produção orgânica são muitos, pois eles garantem um maior beneficio social, um ganho ambiental relevante e a melhora da qualidade da saúde da população. em contra partida, os ganhos em termos econômicos não são tão rentáveis, já que o uso de pesticidas é menor – o que acaba barateando parte da produção.

Fonte: Ciclo Vivo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pessoal de Recife: Pesquisa revela que produtos orgânicos custam menos que convencionais

Fonte: TV Jornal


Reprodução/TV Jornal

As feirinhas de produtos orgânicos estão se tornando cada dia mais populares. No Recife, já são 28 cadastradas pela Secretaria de Agricultura de Pernambuco. Tanta oferta está fazendo cair um mito: o de que produto orgânico é mais caro que os produzidos na agricultura convencional com o uso de agrotóxicos.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Federal Pernambuco junto com Centro Sabiá, legumes, verduras e frutas orgânicas comercializadas nas feiras são em média 56% mais baratas que os convencionais vendidos nos mercados. Comparado com os produtos de feiras populares, os orgânicos ainda custam 19% menos.

Percorrendo as bancas de uma feirinha é fácil comprovar. As folha de uma maneira geral custam R$ 1,50, o quilo do repolho custa R$ 3, a porção da vagem R$ 2 e o rabanete que nem é tão fácil encontrar nos supermercados também é vendido por R$ 1,50.

A explicação para a diferença dos preços é a eliminação da figura do atravessador. Os produtores vendem diretamente para os consumidores. Além da vantagem no bolso e da ausência de veneno, os orgânicos trazem uma série de vantagens nutricionais que a longo prazo podem significar menos doenças.

"O Orgânico ou agroecológico é mais rico em micro nutrientes. Passa o tempo certo no solo. Não existe acelerador do processo, respeitando a natureza. Já há pesquisas da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) de um conjunto de doenças que vem por conta de alimento com agrotóxicos. O próprio câncer. Só 10% dos casos são relacionados a fatores genéticos e 90% fatores externos, o estilo de vida. A alimentação é um desses fatores", avalia a agrônoma Maria Cristina Aureliano, coordenadora pedagógica do Centro Sabiá.

Saiba onde encontrar esses produtos

Feira Agroecológica da Juventude do Cordeiro
Avenida Caxangá, 2200 – Madalena.
Ás sextas-feiras, das 5h às 11h

Feira do Colégio Fazer Crescer
Av. Santos Dumont, 167 - Graças
Ás quintas e sábados, das 5h às 12h

Espaço Agroecológico do Sítio da Trindade
Sítio da Trindade - Estrada do Arraial, 3129 - Casa Amarela
Aos sábados, das 5h às 11h

Feira de Economia Solidária e Agroecológica UFPE/CCSA
Campus da Universidade Federal de Pernambuco, ao lado do prédio do Centro de Ciências Sociais Aplicáveis – CCSA - Cidade Universitária
Ás quartas-feiras, das 5h às 13h

Feira Gervásio Pires
R. Gervásio Píres, 436-470 - Santo Amaro, Recife – PE
Às quartas-feiras, pela manhã

Feira Agroecológica Chico Mendes
Praça Farias Neves, em frente ao LAFEPE - Dois Irmãos
Quartas-feiras, das 6h às 12h

Feira Orgânica do Condomínio Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste)
Praça Ministro João Gonçalves de Souza - Engenho do Meio
Sextas-feiras, das 13h às 16h

Feira do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Av. Mário Melo, 343 - Santo Amaro
Quintas-feiras, quinzenalmente das 6h às 10h

Feira do Tribunal Regional do Trabalho – 6a região
Caminho do Apolo, 925 - Bairro do Recife
Quarta-feiras, das 7h às 12h

Feira de Orgânicos do Shopping Recife – Projeto Pernambuco Agroecológico
Rua Padre Carapuceiro , 777 (Área C do estacionamento, próximo à entrada P) - Boa Viagem
Sábados, das 5h às 10h

Feira do Fúrum des. Rodolfo Aureliano
Av. Des.Guerra Barreto, S/N - Ilha Joana Bezerra
Quintas-feiras, das 10h às 16h

Feira Agroecológica do Espinheiro
Rua do Espinheiro, 26 - Graças
Sextas-feiras, das 10h às 17h

Espaço Agroecológico das Graças
Graças Recife, em frente ao Colégio São Luiz, Sem número - Graças
Sábados, das 5h á 11h

Feira Agroecológica da Justiça Federal
Av. Recife, 6250 - Jardim São Paulo
Sextas-feiras, das 10h ás 15h

Espaço Agroecológico de Boa Viagem
Praça Jules Rimet, por trás do 1º Jardim de Boa Viagem - Boa Viagem
Sábados, das 6h ás 11h

Feira Agroecológica da Praça de Casa Forte
Praça de Casa Forte - Casa Forte
Sábados, das 5h ás 10h

Feira Agroecológica de Olinda
Rua do Bonfim – Carmo
Aos sábados, das 5h ás 12h

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

PepsiCo entra na onda natural e Gatorade agora é orgânico


Fonte: Exame Abril

A PepsiCo está lançando uma versão do Gatorade com certificação orgânica do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), testando se um produto criado em laboratório com sabores artificiais pode se adaptar ao crescente movimento dos alimentos naturais no país.

Após dois anos de pesquisas, a empresa agora está vendendo o G Organic de morango, limão e frutas vermelhas em alguns supermercados Kroger, disse Brett O’Brien, vice-presidente sênior e gerente-geral da Gatorade. Leia o artigo na íntegra

Gatorade orgânico????

Vamos pensar qual é a necessidade de um isotônico na vida de uma pessoa:
  1. A grande maioria que toma Gatorade não é atleta. Um relatório da Universidade da Califórnia, Berkeley diz que bebidas esportivas podem ser melhores do que água para crianças e atletas que se dedicam a atividade física vigorosa, prolongada por mais de uma hora, especialmente em condições climáticas elevadas.
  2. Segundo os mesmos pesquisadores de Berkeley uma porção de 354 ml de Gatorade contém 21 gramas de açúcar. Num quadro de obesidade infantil como vivemos atualmente  se você não for atleta Gatorade engorda.
  3. Além do açúcar contém eletrólitos como sódio e potássio. O sódio extra pode aumentar o risco de hipertensão arterial.



No artigo do NY Times sobre o assunto, Lindsay Moyer, nutricionista do Centro para a Ciência no Interesse Público , que promove um sistema alimentar mais saudável e nutritivo, comenta que o Gatorade G Organic descarta os corantes alimentares artificiais o que é uma vantagem, mas ainda é uma bebida açucarada - cada frasco  de 500ml de G Organic tem 07 colheres de chá de açúcar, que é mais do que o limite diário recomendado pela American Heart Association. (leia o artigo na íntegra)

A melhor forma de ficar hidratado é tomando água

Sendo orgânicas ou não as bebidas esportivas, como são chamadas, não devem ser consumidas por crianças ou adultos que não fazem exercícios  prolongados, hidratar é com água, substituir eletrólitos se faz com alimentos frescos orgânicos de preferência como frutas, verduras e legumes.


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Danone e Whitewave, duas gigantes se unem

Fonte: ORGANICSNET

07/07/2016





Fonte da imagem: Earthhbound Farm’s Pinterest

Anunciada nesta quinta feira. Com vistas em aumentar a presença da Danone nos Estados Unidos, mercado consolidado da Whitewave. A compra está avaliada em 12,5 bilhões de dólares. A empresa vendeu US$ 4 bilhões em 2015 e possui plataformas na América do Norte e na Europa. Dentre seus produtos, constam o leite orgânico Horizon Milk, o sorvete So delicious e as saladas orgânicas prontas para consumo Power Meals da Earth Bound farms.

Emmanuel Faber, chefe-executivo da Danone, assumiu a empresa em outubro de 2014 e prometeu levar a companhia para um crescimento sustentável. “Isso vai nos permitir melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar a nossa capacidade de resistência por meio de uma plataforma mais ampla na América do Norte,” disse Faber.

A expectativa é que haja sinergias de US$ 300 milhões a serem aproveitadas até 2020, impulsionando os negócios da Danone no mercado da Whitewave. A transação deverá ser concluída até o fim do ano e está ainda sujeita à aprovação dos acionistas da WhiteWave, chancela regulatória e outras condições comuns nesse tipo de acordo.

A Danone atua em 130 países e gerou vendas de € 22.4 bilhões em 2015. Para conferir mais produtos do portifólio da WhiteWave e agora da Danone também acesse o What we make da Whitewave

Veja a matéria completa em: Valor – Dow Jones Newswires & Istoé

Para saber mais:

Gigantes de alimentos e bebidas miram os orgânicos – OrganicsNet

Cresce mercado global de orgânicos – OrganicsNet

Presidente da Organics Brasil discute as tendências mundiais para o mercado de orgânicos – OrganicsNet

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Leite e carne orgânicos têm maior teor de ômega-3, diz estudo


Esse tipo de ácido graxo contribui para reduzir as doenças cardiovasculares, melhoram o desenvolvimento neurológico e a função imune

Fonte: Saúde Plena
AFP - Agence France-Presse   Publicação:16/02/2016 09:08


Estudo publicado nesta terça-feira (16/02) no British Journal of Nutrition mostra que o leite e a carne orgânicos são muito mais ricos em ômega-3 - ácidos graxos essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. No caso da carne, a opção orgânica ainda contém menos gorduras saturadas, acusadas de aumentarem o risco de doenças cardiovasculares.

A pesquisa mostrou que tanto o leite quanto a carne orgânicos têm cerce de de 50% de ácidos graxos ômega-3 a mais do os produtos provenientes da agricultura tradicional. Os pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, examinaram 196 artigos consagrados ao leite e 67 à carne e "encontraram diferenças claras entre leite e carne orgânicos e convencionais, especialmente no que diz respeito ao teor de ácidos graxos".

"Os ômega-3 contribuem para reduzir as doenças cardiovasculares, melhoram o desenvolvimento neurológico e a função imune", comentou Chris Seal, um dos professores.

Ele ressaltou que se a Agência Europeia de Segurança Alimentar preconiza dobrar a ingestão de ácidos graxos do tipo ômega-3 no regime alimentar das populações da Europa, ele é difícil de ser absorvido por meio da alimentação tradicional. "Nosso estudo sugere que optar pelo orgânico permitiria numa certa medida melhorar a ingestão destas substâncias nutritivas essenciais", explica Seal.

Aumentar a porção de ômega-3 não significa absorver mais calorias ou gorduras saturadas indesejáveis, ressaltaram os pesquisadores.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Falsos produtos orgânicos se espalham pelo país; saiba como evitá-los.



Fonte:O Globo
POR FERNANDA PONTES23/01/2016 09:20




Campanha pela valorização da produção orgânica

Sabe aquele tomatinho orgânico que você comprou outro dia? Ele pode não ser orgânico coisa nenhuma — e, como isso tem acontecido com uma frequência cada vez maior, a Sociedade Nacional de Agricultura vai lançar uma campanha em que alerta os consumidores sobre o crescimento desses falsos produtos.

Aliás e a propósito


O mote do programa é: os consumidores devem exigir o selo do governo brasileiro que certifica os produtos realmente orgânicos. “Se não tiver o selo é porque não há garantia alguma da procedência”, diz Sylvia Wachsner, da equipe de coordenadores da Sociedade Nacional de Agricultura. Há, ao todo, 11.650 produtores certificados em todo o país.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Agricultura biodinâmica leva em conta fases da lua e signos do zodíaco

Fonte: Revista Globo Rural
Ramo da antroposofia, método foi criado em 1924 por Rudolf Steiner

POR THUANY COELHO, DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) I EDIÇÃO: VIVIANE TAGUCHI


Gabriel Vidolin, chef, proprietário do Restaurante Leao Vermelho com Elizabeth M. Scheichl, proprietária da Fazenda Alegre / Foto: Rogerio Albuquerque (Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo)

A pedra fundamental da agricultura biodinâmica foi colocada por Rudolf Steiner em 1924, durante o Congresso de Pentecostes, na Polônia, quando ele apresentou um ciclo de oito palestras para agricultores. “A filosofia mais ampla se chama antroposofia. E ela abrange várias áreas do conhecimento. A agricultura biodinâmica é um ramo da antroposofia”, conta o chef Gabriel Vidolin, do restaurante Leão Vermelho, em São João da Boa Vista, que trabalha com esse método em sua horta.

A antroposofia é uma forma de conhecimento que aborda o ser humano em diversos níveis, como o físico, o vital, e o espiritual, e mostra a inter-relação deles. “No caso da agricultura, é entender de maneira mais profunda quais são as relações do homem, da terra e da existência”, diz o chef. “Ele pega todo o conhecimento folclórico dos povos europeus e aplica na agricultura”.

A teoria ainda faz relação entre os signos e os meios de cultivo, utilizando um calendário celestial. De acordo com o biodinamismo, dependendo do signo da época, algumas plantas se desenvolvem melhor que outras. “Nós dividimos em quatro: água terra, fogo e ar. Os signos de água são mais propícios para plantas que a gente vai usar o caule. Os de terra, as raízes; os de fogo, as frutas; e os de água, as folhas e as flores”, explica.

As fases da Lua também estão presentes no calendário da agricultura biodinâmica. “A gente sempre semeia em lua nova, porque nesse momento a energia da semente está mais interiorizada. Na crescente, ela começa a se desenvolver; na lua cheia, a planta está em plenitude e na minguante, é quando a gente não pode abusar da colheita”, afirma. “E a gente sempre faz a colheita ou às 10h ou às 16h, que são os horários em que a terra está mais propícia e os hormônios da planta estão no ápice”.


Na antroposofia, os adubos são preparados com plantas medicinais, silício e esterco para serem absorvidos pelo solo de acordo com as influências do planeta (Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo

Outra parte importante da filosofia biodinâmica são os preparados, espécie de adubos naturais elaborados a partir de plantas medicinais, esterco e silício, enterrados no solo para serem submetidos às influências da Terra. Eles podem ser divididos em dois grupos; os que são pulverizados no solo e nas plantas, e os que são inoculados em composto ou outras formas de adubos orgânicos como biofertilizantes e chorumes. Os preparados são numerados de 500 a 508, como uma forma de facilitar a comunicação internacional.

O mais famoso deles é o 500, cuja função é ajudar no desenvolvimento da planta. Segundo o chef do Leão Vermelho, o preparado é feito sempre no solstício de inverno, “quando as forças de cristalização da terra estão mais acentuadas”. “Pega-se chifre de animais mortos e coloca esterco, depois enterra dentro de um buraco. No próximo solstício, desenterra e mistura”.

Fazenda Alegre

Os preparados que Gabriel utiliza são produzidos na Fazenda Alegre, também no município de São João da Boa Vista. “No biodinâmico, você presta mais atenção nas coisas, isso que é legal. O efeito está lá porque você se preocupa”, ressalta a alemã Elizabeth Scheichl, proprietária da fazenda. .

No local, ela planta café, palmeiras exóticas, cria bezerro para consumo interno e javaporco, cruzamento de porco e javali, característico de climas temperados. Além disso, reflorestou metade da área com espécies nativas da região. “Essa era a condição do meu marido quando compramos a fazenda 18 anos atrás”.

Há seis meses, Elizabeth e Gabriel trabalham em parceria para comercializar o café produzido na propriedade. Já com embalagem pronta, ele deve começar a ser vendido na região nessa primeira fase de testes. “É um café puro, seco no terreiro. É muito honesto”, diz Elizabeth sobre o sabor. Ela, que ainda não consegue lucrar com o cultivo, conta que começou a investir na agricultura orgânica há 10 anos, mas “sempre esbarra no preço, que não é muito mais alto que o convencional na hora de vender”.

Na fazenda, o biodinamismo está também na harmonia das relações entre as espécies. As teias de aranhas são deixadas intactas, como forma de equilibrar a cadeia. “Elas são inimigos naturais até do mosquito da dengue”, afirma Elizabeth.

Leão Vermelho

Depois de estagiar em renomados restaurantes como o El Bulli de Ferran Adrià e o D.O.M. de Alex Atala, Gabriel decidiu abrir seu próprio restaurante, três anos atrás, com uma proposta bem diferente e misteriosa: a cada noite, serve apenas quatro pessoas. Seu menu degustação tem 24 passos e varia a cada temporada, que dura em média seis meses - este ano começa no dia 13 de dezembro e custa R$ 365 por pessoa.

No restaurante, do ovo ao peixe, quase tudo vem de produtores locais. Na sua horta, cultiva ervas e flores comestíveis. Com a seca, das 130 espécies sobraram apenas 60. Trabalhando sozinho, além de cozinhar, Gabriel também é o marceneiro do lugar. Todos os móveis foram idealizados e feitos por ele, que aprendeu o ofício com um amigo.

No próximo ano, Gabriel faz planos para movimentar a cena gastronômica da cidade: “quero receber um jovem chef para cozinharmos a quatro mãos”. Além disso, ele planeja um acampamento de novos cozinheiros e um almoço aos domingos voltado para os moradores de São João da Boa Vista. “A maioria das pessoas que vem ao restaurante não mora aqui”.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O novo supermercado biológico de Lisboa tem de tudo. Até um restaurante


Gosto muito de divulgar as iniciativas de fora para que empresários brasileiros possam ter grandes ideias por aqui, e assim vamos mudando a qualidade de vidas das pessoas. Olha o que anda acontecendo em Portugal.

Fonte: Observador PT
26/10/2015, 19:073.468 PARTILHAS

À primeira vista parece só mais um supermercado. Mas tudo o que vende, do vinho ao papel higiénico, tem origem biológica ou sustentável. E ainda junta um restaurante à festa. Eis o Biomercado.

O Biomercado não passa despercebido na rua. E há um carrinho cheio de boas razões para lá entrar.

© AutorTiago Pais / Observador
16 fotos

O novíssimo Biomercado, recém-aberto na zona do Saldanha, em Lisboa, não será, em dimensão, o maior supermercado biológico da capital. Mas será seguramente, segundo Tiago Vale, um dos seus responsáveis, “o que tem maior variedade de produtos”. E é por aí que começa a impressionar: todas as secções habituais de um comum supermercado estão aqui representadas — e (bem) ilustradas pela designer Vilma André — com uma oferta exclusivamente biológica ou de origem sustentável.

E isso tanto é válido para os frescos, logo à entrada, como para osbrinquedos ecológicos de bebé, os cosméticos sem parabenos, opeixe pescado à linha, a carne de animais criados ao ar livre ou o ex-líbris da casa, uma garrafeira com mais de 80 referências, na sua esmagadora maioria nacionais. “É a maior garrafeira biológica do país”, afirma Tiago, que garante ter provado todos os vinhos que tem à venda. Um trabalho duro, é certo, mas que alguém tinha de fazer.



A garrafeira do Biomercado inclui mais de 80 referências, quase todas de origem nacional. (© Tiago Pais / Observador)

Os vinhos não foram caso único. Conta o mesmo responsável que antes de as portas do Biomercado abrirem houve um período de “cerca de seis meses de testes”. Nem tudo foi tão divertido como beber desta e daquela garrafa, claro está. Mas esse foi um processo necessário, transversal a todas as secções, para garantir a qualidade e a variedade da oferta. Uma oferta que, diga-se, não está fechada, longe disso. “Os clientes vão pedindo novos produtos e nós vamos acrescentando”, revela Tiago.

Atenção: apesar de se ter mencionado sempre o mesmo nome nome até agora, o Biomercado não é obra de um homem só: Tiago tem como sócio o irmão Gonçalo, tal como ele, “maluco por produtos biológicos”. 
Foi o interesse de ambos por esta área que os levou a ponderar abrir um estabelecimento do género, inspirado em diversos exemplos que iam vendo por essa Europa fora. Quando surgiu o espaço ideal tiveram de agir. Ou sim ou sopas. Foi sim. E também foi sopas. Biológicas e sem batata.



O restaurante tem saladas e massas, com ingredientes para escolher ao momento, frango assado para levar, pratos do dia e aos sábados e domingos serve dois tipos de brunch. (© Tiago Pais / Observador)

“Neste conceito tínhamos espaço para complementar o supermercado com um restaurante”, explica Tiago. Ou seja, para além de se poder abastecer a despensa, também se pode reconfortar o estômago, seja com os pratos do dia, ricos em fibras e pobres em sal, as saladas feitas ao momento à vontade do freguês ou, desde o último fim de semana, com dois tipos de brunch, um mais simples e outro mais complexo. Também a destacar é a opção de levar frango assado para casa. “Como o frango biológico tem de ter no mínimo seis semanas de criação, o nosso meio frango equivale ao frango inteiro normal”, garante o mesmo responsável.

E porque o espaço ainda está em soft opening, não se estranhe ver os funcionários do Biomercado a dar alguns produtos a provar a quem vai passando por lá. Além disso, mais novidades são esperadas nos próximos tempos. E até as prateleiras onde elas surgirão são amigas do ambiente: a respetiva madeira foi reciclada de paletes antigas.

Nome: Biomercado
Morada: Avenida Duque de Ávila, 141 B (Saldanha), Lisboa
Telefone: 96 785 8091
Horário: De segunda a sábado das 09h às 20h. Domingo das 10h às 17h.

Galinhas engaioladas + salmonela. O que estão fazendo com os animais e com a nossa saúde?

Galinhas engaioladas você concorda com isso?
Então porque ainda compra ovos desse tipo de criação? Porque são mais baratos? 
Ovos caipiras e orgânicos vem de galinhas criadas soltas, que correm, tomam banho de areia, esticam as asas, comem insetos, ou seja, levam a vida como deveria ser.
Você vai continuar financiando essa loucura comprando ovos porque são mais baratos?






Tome uma atitude. Acesse aqui



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Universidade de Pelotas abre chamada pública para adquirir alimentos orgânicos e da agricultura familiar

Produtos vão compor a refeição dos alunos nos restaurantes universitários
Fonte: MDS.GOV.BR
Publicado14/10/2015 15h00,



Brasília – A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) abriu chamada pública para adquirir produtos da agricultura familiar. Os alimentos vão compor as refeições oferecidas em dois restaurantes universitários. A compra de 62,4 toneladas de produtos será feita por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O investimento previsto para a compra é de aproximadamente R$ 600 mil.

Na lista de alimentos estão frutas, verduras, hortaliças, laticínios, doces e grãos. A prioridade de compra será para organizações da agricultura familiar e para produção de orgânicos. Os interessados devem apresentar a documentação para habilitação e proposta de venda na até o dia 28 deste mês, na sede da Fundação de Apoio Universitário (Rua Marcílio Dias nº 939, em Pelotas). A entrega dos alimentos nos restaurantes começa em novembro.

Para acessar o edital da chamada pública, clique aqui.

Saiba mais:

Quem compra
As compras são permitidas para quem fornece alimentação, como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários, refeitórios de creches e escolas filantrópicas, entre outros.

Quem vende
Agricultores e agricultoras familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades indígenas, comunidades quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). As cooperativas e outras organizações que possuam DAP Jurídica também podem vender nesta modalidade, desde que respeitado o limite por unidade familiar.

Execução
Até o momento, aproximadamente 60 organizações da agricultura familiar já venderam R$ 97,4 milhões em produtos na modalidade. Pela modalidade, cada família pode vender R$ 20 mil por ano, por órgão comprador, independente dos fornecedores participarem de outras modalidades do PAA e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os principais produtos comercializados são itens de hortifruti, grãos, laticínios e orgânicos.

domingo, 30 de agosto de 2015

Mulher cria restaurante orgânico em triciclo 'na contramão de food trucks'

Fran Lodde, de 37 anos, deu outra função a triciclo parado em casa.
Veículo carrega alimentos orgânicos e artesanais por ruas de Piracicaba.
Do G1 Piracicaba e Região


Fran Lodde é uma das idealizadoras da Casa Nômade em Piracicaba (Foto: Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

A publicitária Fran Lodde, de 37 anos, não sabia andar de bicicleta e tinha um triciclo parado em casa. A falta de habilidade não impediu que que ela desse nova função ao veículo e, junto com outras duas parceiras, criou o projeto Casa Nômade, que comercializa alimentos orgânicos e artesanais pelas ruas de Piracicaba (SP).

Ela diz que a ideia "não surgiu com a moda" dos foodtrucks e foodbikes e sim com o objetivo de valorizar o pequeno produtor e a alimentação natural.

"Eu não sei andar de bike e ainda sinto dificuldade de utilizá-la na cidade, por conta do trânsito cada vez mais caótico e da falta de ciclovias e ciclofaixas", afirmou. E ela rejeita o termo da moda "food bike" devido às características dos alimentos que vende.

Publicitária transforma triciclo em food bike
em Piracicaba (Foto: Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

Parceiras
Fran, Carolina Perencin, de 28 anos, e Mariana Pedrozo, de 32, são integrantes de um coletivo de fomento de cultura e sustentabilidade de Piracicaba (SP).

A ideia do triciclo partiu de Fran, mas 'avançou' com a ajuda das amigas, que ajudam como voluntárias durante os eventos embulantes.

O projeto se concretizou há cerca de dois meses e já ganhou espaço nas ruas da cidade.

Sem agrotóxicos
"Fomos ao serralheiro artístico, amigo nosso, e transformamos o tricículo em uma food bike", contou Fran, que garante: "Não nos espelhamos na moda do food truck. Nossa ideia é outra", ressaltou.

A "ideia", segundo ela, é aproximar o produtor rural com o consumidor. Todos os pratos do cardápio são elaborados com alimentos colhidos direto da roça e sem agrotóxicos.

"O cardápio é preparado de acordo com os alimentos que os produtores nos repassam, de forma a respeitar o tempo de colheita", ressaltou Fran. “A intenção é valorizar os produtores locais, a agricultura familiar e fortalecer a cultura da alimentação orgânica, mais saudável e consciente", explicou.
Pratos são preparados com alimentos colhidos direto da roça (Foto: Cada Nômade/ Divulgação)

Produtora rural
Dona Lourdes, do sítio São Benedito, em Piracicaba, é uma das produtores rurais que fornece alimentos diretos da roça para a food bike.

"Toda semana, ela informa o que vai produzir e nos preparamos as receitas. Privilegiamos produtos cada vez mais integrais e orgânicos, sem glutén ou açúcar, mas que sejam saborosos, combinando paladar e nutrição", disse.

Brigadeiro de gengibre com laranja, cacau e erva cidreira faz sucesso (Foto:Fran Lodde/Arquivo Pessoal)

Cardápio
Essa aproximação entre quem fornece e quem consome se deu por meio da parceria com uma outra iniciativa voluntária, já consolidada e realizada no coletivo.

Atualmente, a food bike fica estacionada na Rua Luiz de Queiroz, em um ponto turístico, de maneira formalizada junto à Prefeitura. Ela oferece cardápio variado com bolos, brigadeiros, charutos recheados, sucos, risotos, pães e empanadas. Os preços vão de R$ 4 a R$ 15. Um dos pratos preferidos dos clientes do tricículo são os brigadeiros de gengibre com laranja, cacau e erva cidreira.

Triciclo comercializa pratos artesanais e orgânicos em Piracicaba (Foto: Casa Nômade/Divulgação)

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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