quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Papo com feirante - O veneno nosso de cada dia, continua na mesa ... Muito preocupante!

De MuralVirtual


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Jales é uma cidade do noroeste paulista.

Sábado, dia de feira dos produtores. Normalmente as 3h30min da madrugada, já estão montando as barracas.
Gosto de comprar na feira, é uma oportunidade de conversar com os produtores, que sempre tem uma lição de vida a dar e além do mais, é uma forma de saber quando foi feito a última aplicação de agrotóxicos; quando compramos no supermercado, não temos a garantia por parte de ninguém, que o período de carência foi observado.
Recentemente, um colega comprou tomate em um supermercado da cidade e ao chegar em casa, sentiu um cheiro forte de veneno e mesmo lavando o cheiro não saia e acabou jogando os tomates no lixo.
O trabalho agrícola é a atividade de maior risco econômico e especialmente para o pequeno produtor rural , que produz a maior parte dos alimentos que consumimos.
Seo Benedito, tem uma pequena chácara e é um dos vários feirantes.
Pessoa simples e sincera e sempre que se pergunta responde:
Essa couve faz 15 dias que já apliquei e é um produto que pode aplicar de manhã e colher a tarde, fique tranquilo.
Mas, que veneno é esse que o Sr. aplicou ?
Malathion
Mas, quem disse que esse produto pode aplicar de manhã e colher a tarde?
O vendedor da casa agropecuária que comprei o produto. Pode ficar tranquilo, esse produto usamos no milho pipoca e depois só damos uma abanada e colocamos para estourar, é fraquinho
O argumento do Seo Benedito continuou.

Olha tem uma pessoa que só pega couve de mim. Ela disse - que há um tempo atrás, comprou couve no supermercado, mas ao chegar em casa percebeu que ela tinha um cheiro muito forte de veneno e não teve coragem de comer e deu as folhas para um passarinho e sabe o que aconteceu?
O que?
A tarde o passarinho estava morto.
Sério?
Estou te falando! Que coisa... ele comprou a couve para fazer remédio. Eu não faço isso não... sempre passo uma dose mais fraca e espero 15 dias para colher.
Em uma dia desses... conversando com Sr. Arlindo outro produtor rural e ao comentar essa história, do Seo Benedito, ele me fez uma outra narrativa:
(...)
Conheço uma pessoa que comprou almeirão na feira para tratar os canários, e morreram os 10 pássaros que ele tinha, ele foi até a feira e ameaçou a pessoa que vendeu, dizendo que iria denunciar e o feirante disse que ele apenas revendia e que as verduras vinham de outra cidade.
Seo Benedito continuou...
Esses dias uma pessoa comprou uma alface do meu vizinho, era uma alface muito bonita, mas a alface fez mal a ela – deu dor de barriga.
Fui conversar com o vizinho, para saber o que ele aplicava para deixar alface bonita. Ele me disse que aplica um veneno, que coloca na uva para a baga crescer. Pode uma coisa dessa? Uva leva 90 dias para colher e a alface colhe rapidinho...
Seo Benedito que produto é?
È um veneno bravo que aplica na uva o nome não sei não.
Seo Benedito, continuou com suas explicações e depois veio uma outra história...





Fulano ... aplicou um veneno de amendoim na couve no sábado e na segunda-feira, ele colheu a couve para comer. Após o almoço, o filho dele passou mal e ele levou para o pronto socorro e no caminho a mulher dele passou mal e durante o atendimento dos dois, ele também passou mal.
O médico, quis saber o que eles tinham comido. Ele contou, que tinham comido couve e que no sábado havia passado Hamidop. O Doutor colocou- que eles deveriam ter esperados pelo menos 15 dias e que correram grandes riscos.
Toda a história, foi para ilustrar que ele tem medo de veneno e que somente usa porque precisa – mas, sempre espera 15 dias.
Chegando em casa, fui pesquisar sobre os produtos que Seo Benedito falou.
Começando pelo Matathion, aquele produto fraquinho, que se pode aplicar de manhã e colher a tarde. Fui ver do que se trata...



Um dos trabalhos que encontrei sobre esse produto, foi uma revisão bibliográfica que se chama: a atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation.
(...)
Através desta pesquisa verificamos que o malation é um agrotóxico organofosforado que, no organismo humano, age inibindo a acetilcolinesterase, interferindo no mecanismo de transmissão neural e conseqüentemente, ocasionando diversos efeitos danosos como: visão borrada, tosse, anorexia, náuseas, vômitos, dores abdominais, aumento da amplitude das contrações e do peristaltismo gastrintestinal, diarréia, sudorese excessiva, sialorréia, dispnéia, cianose, acúmulo de secreções brônquicas, lacrimejamento, miose, midríase, tremores de língua, olhos e pálpebras, cãibras, paralisia, fraquezas musculares, cefaléia, tontura, tremores, ataxia, distúrbios da palavra, sonolência, disartria, rigidez de nuca, depressão do centro respiratório e do vasomotor, rigidez na nuca, convulsões e coma.
Além dessas manifestações, verificamos que o malation pode ocasionar efeitos imunossupressores em diversos níveis, gerar manifestações tardias e neuropatia tardia, tem capacidade de alterar o DNA de uma célula e de estimular a célula alterada a se dividir de forma desorganizada, revelando uma possível capacidade de desenvolvimento do câncer e associam-se sua ação a Arteriosclerose, Parkinson, Alzheimer, malformação congênitas, infertilidade e esterilidade.
O trabalho completo pode ser consultado no link abaixo:

http://br.monografias.com/trabalhos3/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida/atuacao-enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida3.shtml

Depois pesquisei, sobre o “veneno bravo que se utiliza na uva”, que o seu vizinho usa para crescer o alface e como não ele não sabia o nome do produto, a pesquisa ficou um pouco prejudicada.
Normalmente o que se utiliza na uva, é um regulador de crescimento conhecido como ácido giberélico, que também é liberado para a cultura do alface, conforme podemos ver abaixo:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ad593e004745886d9211d63fbc4c6735/Microsoft+Word+-+A04++%C3%81cido+Giber%C3%A9lico.pdf?MOD=AJPERES

Na literatura o ácido giberélico é classificado como mutagênico e cancerígeno ( Bedor, 2009 pág 63) Estudo do potencial carcinogênico dos agrotóxicos empregados na fruticultura e sua implicação para a vigilância da saúde.

Será que não passou da hora da ANVISA, rever a liberação do ácido giberélico para cultura do alface?
Conclui a pesquisa procurando sobre o hamidop, inseticida usado no amendoim, mas que foi usado na couve. É importante lembrar, que essa pratica é um tanto comum entre os agricultores e já foi identificada pela ANVISA, que iniciou em 2001, um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com o objetivo de avaliar, os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam á mesa do consumidor.
O hamidop é inseticida Acaricida, sistêmico do grupo dos organofosforados e tem como principio ativo o METAMIDOFÓS e desde junho de 2012 esta proibido no Brasil.
O intervalo de segurança para as principais culturas que ele era registrado é de 21 dias.

http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Inseticidas/HAMIDOP_600.pdf
Vamos recordar que : esse intervalo de segurança, é para que os resíduos presentes nos alimentos estejam dentro do limite máximo permitido, limite este, que é contestado por muitos especialistas.

Para quem não esta familiarizado com os termos, vamos a algumas definições
Limite máximo de resíduo - quantidade máxima de resíduo de agrotóxico legalmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada numa fase específica, desde sua produção até o consumo, expressa em partes (em peso) do agrotóxico ou seus derivados por um milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg / kg).


Intervalo de segurança ou período de carência - intervalo de tempo entre a última aplicação do agrotóxico e a colheita ou comercialização.
Fonte: http://celepar07web.pr.gov.br/agrotoxicos/legislacao/port03.asp
Podemos tirar algumas conclusões sobre esse último caso:
O agricultor não tinha percepção do risco que ele estava correndo e colocou em risco a saúde de sua família e coloca em riscos muitas famílias;
Mostra que ele não leu o rótulo e tão pouco sabe o que é intervalo de segurança;
O uso de produtos registrado para uma cultura e usado para outra, é um problema muito grave - por não ter estudo do intervalo de segurança, e tão pouco estabelecido o limite máximo de resíduos.
A entrada dos agrotóxicos no Brasil, foi praticamente imposto pelo governo na época e se nos dias atuais acontece, o que podemos ver nos relatos acima e abaixo, com certeza os governos são responsáveis por essa situação de descaso e mal uso dos agrotóxicos, que além de afetar diretamente a saúde dos agricultores também afeta ao dos consumidores.
Muita vezes, o pequeno produtor mal saber ler , não foi treinado para utilizar de uma forma “segura” esses produtos e não tem qualquer tipo de assistência, ficando nas mãos de pessoas que apenas tem o interesse em vender .
" O estado não tem política pública que coloca os extensionistas, através de concurso público, dentro das áreas de produção" afirmou a engenheira florestal Denise Batista Alves, vice presidente da associação dos engenheiros florestais do Rio de Janeiro, durante o evento "Impactos dos agrotóxicos: alternativas e posicionamentos dos engenheiros agrônomos e florestais" realizado pelo clube de engenharia e que poderá ser acessado no link abaixo:
Agrotóxicos e saúde: questões urgentes
Infelizmente as história não terminam por ai...
Dona Ana vende frutas. Segundo ela, o produto que vende é confiável e que seu marido, pega de um mesmo produtor há 10 anos e quando ele aplicou alguma coisa – avisa.
Ela comenta que tem uma boa clientela ...
- A banana, o mamão e a manga que vendo, não é amadurecida a força com carbureto, porque essas frutas amadurecida a força não tem gosto e faz mal a saúde.
Dona Ana, comentou algo que a deixou indignada.




Olha sabe o que estão fazendo agora? Estão aplicando Etrel na manga já colhida... para amadurecer, pode uma coisa dessa?
Outro dia ao comentar isso com um colega de trabalho ele disse:
Isso é verdade! Fulano … vendeu as mangas no pé e a pessoa que comprou, passou ethrel e em seguida colheu.
Houve-se falar, no uso de ethrel na laranja e para dar mais cor na uva ...
Fui pesquisar sobre o ethrel na manga e encontrei o arquivo abaixo:
http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Outros/ETHREL_720.pdf
Etrel - Classe toxicológica II – ALTAMENTE TÓXICO e na cultura da manga é indicado para indução de florescimento e não existe indicação desse produto para aplicação no pós colheita para acelerar a maturação …. e como podemos ver no link acima – intervalo de segurança, não determinado devido à modalidade de emprego.
Na cultura da uva o ethrel ao consultar o AGROFIT – sistema de agrotóxico fitossanitário do Ministério da Agricultura, encontramos: A aplicação deverá ser de 15 a 20 dias antes da realização da poda de frutificação. Única aplicação.
Não existe recomendação para utilização para dar cor na uva.
No citrus? Não existe registro.
Então? Se não existe recomendação do ethrel para maturação da manga, do citrus e para melhorar a coloração da uva – isto significa, que não existe estudo e se não existe estudo, não existe intervalo de seguração estabelecido e tão pouco limite máximo de ingestão diária.
Quando existe intervalo de segurança e limite máximo de resíduos estabelecidos, mesmo assim, muitos especialistas tem vindo a público, para dizer que o limite máximo de resíduos é arbitrário e não é confiável - e quando não existe? O problema é maior ainda!
Infelizmente esse é um pequeno retrato do que acontece no dia a dia com a agricultura brasileira que descobri com uma pequena conversa … e a fiscalização como é que fica?
Se pegarmos a história da entrada dos agrotóxicos na agricultura, podemos ver, que tudo começou com o apoio oficial, vamos dar uma breve recordada:
A política de crédito adotado pelo governo brasileiro foi bastante decisiva e ao mesmo momento impositivo para que o novo modelo de produção fosse implantado conforme podemos observar abaixo:
Desde a década de 70, exatamente no ano de 1976, o governo criou um plano nacional de defensivos agrícolas. Dentro do modelo da Revolução Verde os países produtores desses agroquímicos pressionaram os governos, através das agências internacionais, para facilitar a entrada desse pacote tecnológico. Em 1976, o Brasil criou uma lei do plano nacional de defensivos agrícolas na qual condiciona o crédito rural ao uso de agrotóxicos. Assim, parte desse recurso captado deveria ser utilizada em compra de agrotóxicos, que eles chamavam, com um eufemismo, de defensivos agrícolas. Então, com isso, os agricultores foram praticamente obrigados a adquirir esse pacote tecnológico ( GIRALDO, 2011).
Corraborando a citação anterior (FLORES, 2004) vai mais além ao mostrar a irresponsabilidade do governo brasileiro ao ceder as pressões internacional e obrigar os agricultores a adotar tecnologias desnecessária que não condizia com a realidade e necessidade da agricultura.
No Brasil, a partir de 1970, a produção agrícola sofreu grandes transformações. A política de estímulo do crédito agrícola, associada às novas tecnologias, impulsionou várias culturas, principalmente destinadas à exportação. Pacotes tecnológicos ligados ao financiamento bancário obrigavam os agricultores a adquirir insumos e equipamentos, muitas vezes desnecessários. Entre os insumos, estavam os pesticidas, que eram recomendados para o controle de pragas e doenças, como método de resguardar o potencial produtivo das culturas. Esse método obrigava aplicações sistemáticas de pesticidas, mesmo sem ocorrência das pragas, resultando em pulverizações excessivas e desnecessárias (RUEGG et al., 1991 apud Flores et all 2004 pág. 113).

Fonte: AGROTÓXICO NO BRASIL – USO E IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE E A SAÚDE PÚBLICA
Sem dúvidas, o governo e responsável pelo quadro acima e não é a toa que desde 2008 , somos o país que mais utiliza agrotóxicos e já passou da hora da sociedade, exigir uma resposta responsável a esse quadro de uso abusivo, que já vem se alastrando por muitos anos e sem ação efetiva, para que sejam controlados e os produtores efetivamente orientados.
Existe muitas técnicas desenvolvidas que se fossem amplamente utilizadas, contribuiria e muito para a redução do uso de agrotóxicos, como por exemplo o manejado integrado de pragas e doenças.
Vejamos uma nota da EMBRAPA sobre o MIP.
O MIP – Soja é uma tecnologia que utiliza um conjunto de técnicas econômicas e ambientalmente sustentáveis para o manejo eficiente de insetos pragas que atacam as lavouras de soja. Nos últimos anos, infelizmente, os princípios do MIP não tem sido adotados, gerando desequilíbrios e contribuindo para um crescente aumento de uso de agrotóxicos.
Inseticida são usados de forma abusiva, com base em calendário, aproveitamento de operações, ou seja, junto com herbicidas e/ou fungicidas, sem considerar a presença efetiva das pragas. Isso provoca a eliminação precoce de inimigos naturais e forte desequilíbrios ambiental nas propriedades, podendo favorecer a seleção de insetos resistentes a determinados ingredientes ativos

Fonte: Folder 04/2012-Janeiro 2012 - Embrapa Soja
Infelizmente, em muitas regiões a assistência técnica oficial não é suficiente para atender toda a demanda, e os agricultores ficam, muitas vezes , apenas nas mão de vendedores que tem interesse em comercializar seus produtos e não tem interesse em técnicas para reduzir o uso de agrotóxicos.
A agricultura convencional, se for bem feita, daria uma contribuição grande para redução do uso de agrotóxicos e isto deve ser um dever a ser garantido pelo estado, que deveria tomar medidas urgentes para garantir a redução dos usos de agrotóxicos e garantir a sociedade alimentos livres de resíduos.
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica que esta em fase final de estudo, será sem dúvida , uma importante resposta a sociedade- no sentido de oferecer alternativas tanto aos produtores, como aos consumidores – desde que, sai do papel e chegue até aos produtores com assistência técnica efetiva.
Grande parte dos pequenos agricultores ou os agricultores da agricultura familiar como um todo, no geral, não tem instrução e nem preparo para utilizar os agrotóxicos de uma forma mais "segura"; não utilizam EPI e quando utilizam, utilizam parcialmente ou de forma errada, o que aumentam o risco de intoxicação , isto sem falar do período de reentrada nas áreas e outras normas de segurança ambiental e pessoal que são ignoradas.

Campanha contra os Agrotóxicos no Paraná

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Jardim Botânico de Santos tem feira de orgânicos e cursos gratuitos

De: A Tribuna on-line


Créditos: Divulgação
Feira de Orgânicos é opção saudável para as compras
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) está com inscrições abertas para  o Curso Básico de Jardinagem e o Grupo de Horta Ecológica, no Jardim Botânico Municipal de Santos. Ambos são gratuitos.O curso de Jardinagem, com duração de um semestre, disponibiliza duas turmas: quartas ou quintas-feiras. Já o Grupo de Horta Ecológica, se encontrará sempre às terças-feiras.As atividades acontecem das 14h às 17h e as aulas já começam nesta primeira semana de agosto. Os interessados devem se inscrever pelo telefone 3209-8410 ou 3209-8418 e falar com Sandra Braga, em horário comercial. As vagas são limitadas.

O curso de Jardinagem é uma parceria entre a Semam e a Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) e o de Horta Ecológica com a Casa da Agricultura de Santos.

Feira de Produtos Orgânicos
Outro evento que acontece, neste domingo (4), no Jardim Botânico, é a 8ª Feira de Produtos Orgânicos, das 9h às 14h. A entrada é gratuita.A feira oferece hortaliças, frutas, laticínios, produtos de mercearia (molho de tomate, geleias, mel, refrigerante, sucos, azeites) e cosméticos orgânicos. 

Estão programadas, ainda, atividades com tai chi chuan, apresentações musicais, culinária vegana (sem produtos de origem animal) e degustação de receitas orgânicas preparadas pelo restaurante Guaiaó e o restaurante-escola Estação Bistrô. 

A Associação Beneficente Comunidade Mãos Entrelaçadas apresentará trabalhos artesanais, além de pinturas das artistas plásticas Márcia e Edna Sobral.
O endereço do Jardim Botânico Chico Mendes  é rua João Fraccaroli s/nº, Bom Retiro.

sábado, 3 de agosto de 2013

O sabor da infância

Há algum tempo recebi um presente muito especial.

Sorvetes e polpas congeladas da Le Naturelle, uma cortesia do Ronaldo Canova que havia assistido meus vídeos O que tem no meu sorvete e Néctar, Sucos ou Polpas, afinal qual é a diferença entre eles?  e resolveu me apresentar seus produtos. Eu estava com uma gripe danada, depois veio o frio e há algumas semanas consegui finalmente experimentar.

Não contente com isso, fiquei curiosa com a opinião das outras pessoas, pois tratam-se de sorbets, que não levam leite, sua base é água e os ingredientes são orgânicos. A textura é diferente dos sorvetes feitos com leite.

Tinha um daqueles almoços em família, aqueles,  que vem todo mundo sabe como é? Pois bem, achei perfeito para testar e levei meus potinhos de sorbet (com uma certa dor no coração, devo admitir, eles são tão bons!) e as polpas congeladas.

Os sucos todo mundo aprovou, não tinha muita novidade a não ser que o sabor é mais acentuado, pois são oorgânicos Os sorbets fizeram sucesso, eu servi com frutas e todo mundo achou "chiquérrimo".


Mas uma pessoinha em especial foi tocada na alma, minha tia Odete, 86 anos, ativa, empreendedora e ligada em alimentação. Ela simplesmente amou, mas amou de um jeito que no outro dia ligou para saber onde encontrar essa delícia!
"Tem gosto de infância, servi o que sobrou do almoço  para umas amigas minhas que vieram aqui e foi um sucesso. Descobri também que se deixar derreter fica um suco maravilhoso, rs."

Bom Ronaldo, só tenho a agradecer, os sabores são muito bons. Sorbets (açai, acerola, amora, maracujá e morango) e as polpas (acerola, açai, manga, maracujá, amora, goiaba, pêssego e morango).

Não gosto muito da goma xantana e da goma guar, mas como você mesmo me explicou:
" Em relação às gomas, buscamos eliminar as gomas de origem animal que são normalmente usadas nos estabilizantes e emulsificantes para sorvetes. Conseguimos deixar apenas as gomas de origem vegetal e, mesmo assim, conferir textura ao sorbet. Eliminar totalmente as gomas prejudicaria a textura, a formação de micro-cristais e a estabilidade do produto em relação às variações de temperatura. Mas é importante salientar que a quantidade usada no produto é minima, são menos de 2 gramas por 1.000 gramas de calda".

Com certeza todo mundo sairá ganhando ao trocar esses sorvetes industrializados cheios de gordura vegetal e outros aditivos por um sorvete de frutas orgânicas. Parabéns pelos produtos e pelo trabalho de vocês.








Fazenda da Toca



Nesta última terça feira dia 30 de julho estivemos visitando a Fazenda da Toca  em Itirapina SP. Fomos recebidos com muita simpatia pela Fernanda Freire e  pelo Richard.
A fazenda é um exemplo de beleza, organização e carinho. Passamos horas muito agradáveis e eu ainda tive o presente de conhecer pessoalmente uma pessoa que já era minha amiga virtual, a Lu do Terra Ecológica de São Carlos e sua filhota.
Tirei algumas fotos para colocar aqui no site e dividir com vocês o passeio.

Tudo é tratado com muito cuidado, para entrarmos no galinheiro (as galinhas são felizes, soltas e espalhafatosas, rs) primeiro as botas e o banho de cal.


  


O galo para acalmar as meninas....

 O galinheiro onde elas comem, bebem, dormem  e botam seus ovos. 


A "chefona" (ela fica no puleiro mais alto) fazendo pose para a foto.

  Ah vocês não podem imaginar o que é o perfume das flores das laranjeiras!!!



Uma paradinha para admirar a queda d'água

 As composteiras.








As vaquinhas criadas soltas pastando.


O tonel onde o leite fica armazenado;

A ordenha com o bezerrinho ao lado da mãe e mamando quando tem vontade.




Ainda fomos conhecer as atividades do Instituto Toca e conhecemos a Tati e todo o seu entusiasmo pelas crianças e a equipe que cuida dessas atividades. Fomos à lojinha, onde aumentei minha coleção de canecas. (a caneca da Fazenda da Toca é uma graça!), degustamos queijos, sucos, iogurtes e um molho de tomate delicioso e chegou a hora da despedida. 


Só posso dizer que ficou com aquele gostinho de quero mais!


A Fazenda da Toca, localizada no interior paulista, que abastece a marca Taeq e agora também está com sua marca própria em vários locais de São Paulo.Entre os produtos, estão: iogurtes, sucos, queijos, requeijão, ovos, molho de tomate e geleia de goiaba.
  




sexta-feira, 26 de julho de 2013

Falando de grãos: O que tem cálcio sem ser o leite?





Quantidade de cálcio em 100g de :

Amêndoas: 237 mg
Amendoim torrado: 39 mg
Aveia: 5 mg
Castanha de caju: 33 mg
Castanha do pará: 146 mg
Chia: 672 mg
Gergelim: 825 mg
Girassol: 116 mg
Leite de coco industrializado: 6 mg
Linhaça: 211 mg
Noz: 105 mg
Quinua: 112 mg
Semente de Abóbora:
Soja farinha: 206 mg
Soja natural: 17 mg

Fonte: Vegamet

Receitas de Leites Vegetais 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Saúde em Pratos Limpos



Grupo CoCriação

Nadia Cozzi
Idealizadora do Instituto Pedro Cozzi - Espaço DAR VIDA
Consultora de Alimentação Consciente
(11) 99158-4451 / (11) 3885-1148

Adriana Zamberlan
Portal Webfilhos - O amigo da Família
(11) 4419-1911 / 97336-4099
Food Revolution Day SP

Vagas limitadas - Faça sua reserva










sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sorvete orgânico existe?

Um passeio interessante com sabores diferentes .



Logo logo vou contar também sobre os sorvetes e sucos  La Naturele


Iogurte para intolerância à lactose

A substituição do leite de vaca pelo iogurte é uma boa opção para quem têm intolerância à lactose, pois o iogurte é rico em cálcio e possui uma menor quantidade de lactose, sendo mais facilmente digerido.
O iogurte é um leite fermentado por bactérias conhecidas como lactobacillus que digerem parcialmente a lactose, e por isso ele é mais fácil de digerir do que o leite, sendo especialmente indicado em caso de intolerância à lactose, já que é um alimento rico em cálcio, um mineral essencial para a saúde dos dentes e dos ossos.
O queijo também é outra alternativa ao leite de vaca, mas o problema neste caso é que tem uma quantidade de gordura maior e por isso pode ser contraindicado em casos de colesterol alto ou obesidade. O iogurte desnatado tem aproximadamente o,3% de gordura o semi-desnatado tem um teor de gordura de o máximo 1,8 e o iogurte integral alcança os 3,5% de gordura. A concentração de cálcio dos iogurtes é sempre mais elevada do que no mesmo volume de leite.

Chef na Feira para crianças também


Para valorizar o ato de cozinhar, a Supervisão Geral de Abastecimento convida, a cada mês, um Chef de Cozinha para participar da feira de orgânicos no Modelódromo do Ibirapuera. A atividade, que acontece entre 10 e 12 horas, pode ser acompanhada desde a escolha dos produtos, na própria feira, até a preparação da refeição, oferecida para degustação por meio de vales, gratuitos, distribuídos pelos feirantes para 200 clientes.

A Chef convidada para sábado, 20 de julho, é Betty Kövesi. Formada em fonoaudiologia, Beth ingressou na Escola Wilma Kövesi em 1991, ministrando aulas para crianças. O foco do seu trabalho é aproximar crianças e adolescentes dos processos da culinária, conscientizando sobre os benefícios de uma alimentação equilibrada. É coautora, com a chef Gabriela Martinoli, do livro infantil Vamos pra Cozinha?

Neste sábado, Betty irá orientar as crianças no preparo de Rolinhos de pepino e cenoura, recheados com creme de ricota e folha de salsinha ou manjericão e Bocadinhos de banana com aveia e mel.

“Chef na Feira” integra as ações de Segurança Alimentar e Nutricional implementada pela Supervisão Geral de Abastecimento e conta com o apoio do Slow Food, do Instituto Kairós e de produtores da feira.

Serviço: A feira acontece todos os sábados, das 7 às 13h no CDC Modelódromo do Ibirapuera, Rua Curitiba nº 292, Vila Clementino (próximo ao Clube Circulo Militar). Estacionamento no local

Mais informações:
SUPERVISÃO GERAL DE ABASTECIMENTO - SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS
Assessoria de Comunicação
telefone 11 3229-0028
www.prefeitura.sp.gov.br/abastecimento
https://www.facebook.com/feira.ibirapuera

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Porque estas empresas se opõem à rotulagem dos transgênicos? É bom marcar quem são!


Mesa de controvérsias amplia debate sobre transgênicos no país

De Conselho Nacional de Segurança
Data: 12/07/2013
Beatriz Evaristo



Organizada pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) sobre organismos geneticamente modificados, a “Mesa de Controvérsias – Transgênicos”, acontece nesta quinta e sexta-feira (11 e 12), em Brasília. A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, destacou a importância do debate e disse que o objetivo é “transformar estas reflexões em uma exposição de motivos a ser encaminhada à Presidência da República”.

Durante a abertura, o Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo de Campos, ressaltou a importância da “defesa das sementes tradicionais e das sementes crioulas que estão ameaçadas pelos transgênicos”. O secretário Arnoldo Campos reconheceu a necessidade de debater o assunto, já que “não temos clareza dos impactos do desenvolvimento das estratégias de transgênicos no país”.

O representante da “Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos e Agrotóxicos”, Darci Frigo, também participou da mesa de abertura e disse que na luta contra os transgênicos é preciso “resistir e construir alternativas”. Há quinze anos a campanha reúne organizações que se preocupam com a agricultura familiar, preservação de sementes e soberania alimentar. De acordo com Darci Frigo, o argumento de que os transgênicos aumentam a produção não é válido. “Falta discutir os impactos econômicos das liberações e que não vem sendo avaliadas pela CTNBio”, disse Darci Frigo sobre os processos decisórios da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Durante o debate do primeiro painel, os participantes destacaram ainda a necessidade da criação de áreas totalmente livre de transgênicos já que a coexistência de dois sistemas de produção diferentes é impossível devido a contaminação das plantações e do solo. Além disso, os participantes destacaram que o Plano Nacional de Agroecologia é um avanço no sentido de proteger e dar suporte à agricultura familiar e garantir a soberania alimentar no país.

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela apreciação e liberação de transgênicos, foi convidada formalmente para as mesas de discussões, mas informou que não poderia participaria.

Fonte: Ascom/Consea

segunda-feira, 15 de julho de 2013

1/3 dos chocolates vendidos têm menos de 5% de cacau

Há tempos que eu falo como o chocolate mudou, não derrete mais, é duro, não tem sabor e cada vez mais os chocólatras acham que estão mais viciados, pois tem que comer grandes quantidades para conseguir o prazer. Acho que agora com esta reportagem do Vale Paraibano esta questão fica maos esclarecida.

Da Redação do Vale Paraibano


Um em cada três chocolates comuns vendidos no Brasil, produzidos pelas grandes indústrias, não pode ter esse nome de chocolate porque não é feito com o percentual mínimo de cacau exigido pela legislação.

Segundo as regras, para ser considerado chocolate, é preciso que o produto tenha pelo menos 25% de cacau, mas muitos não chegariam nem a 5%.

A denúncia é de Marco Lessa, 43 anos, produtor de cacau, presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (BA) e organizador de feira de chocolate, que reúne agricultores e pequenas indústrias.

"O que o brasileiro encontra nas prateleiras de supermercados, vendido como chocolate, é apenas doce, não chocolate", afirma. "Estimo que um terço dos chocolates estejam nessa situação. Esses não devem ter nem 5% de cacau".

Lessa também diz que muitos chocolates amargos, com suposto alto teor de cacau (de 50% a 70%), produzidos pelas grandes indústrias e vendidos no mercado nacional por preço maior não têm esse percentual declarado.

"Dizem que têm 70%, mas não têm. Não existe fiscalização para confirmar esse percentual", declara. Ele não apresentou nenhuma pesquisa ou teste que comprovem essa avaliação, mas diz que o problema se manifesta no próprio sabor dos produtos.

"Basta comer algumas vezes um bom chocolate para saber que muitos dos vendidos por aí não têm o teor de cacau prometido." Além do sabor considerado melhor e menos doce pelos especialistas, os chocolates com maior teor de cacau também são tidos como benéficos à saúde. Por terem porcentagem reduzida de gordura, açúcar e leite, fazem bem bem para o coração.

A Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) emitiu uma nota, dizendo que os produtos feitos com menos de 25% de cacau são considerados doces com "sabor de chocolate".

"A Abicab reforça que, de acordo com portaria da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], somente é chocolate o produto que possua pelo menos 25% de cacau. Abaixo disso, o produto é considerado com sabor de chocolate", registra o documento.

A entidade, que representa as grandes indústrias, como Nestlé e Garoto, não comentou a suposta irregularidade no percentual de chocolates amargos informado nos produtos nacionais.

Pesquisa divulgada em março deste ano pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) conclui que falta informação nos rótulos dos chocolates brasileiros.

Entre 11 marcas de chocolate ao leite pesquisadas, apenas uma informou o percentual de cacau na embalagem. As outras dez não fizeram nenhuma menção à quantidade.

De acordo com o Idec, ainda não existe nenhuma lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o instituto, seria "razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes".

"Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo. Fica a sensação de que essa informação é uma estratégia de marketing, usada apenas quando isso é conveniente aos fabricantes", afirma Ana Paula Bortoletto Martins, nutricionista do Idec, em documento divulgado na época da pesquisa.

O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Segundo o Idec, dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação indicada no rótulo.

A definição oficial de chocolate da Anvisa é a seguinte: "Chocolate: é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados".

Uma regra anterior, de 1978, exigia um percentual maior de cacau (32%), mas isso foi mudado em 2005 para os 25% atuais.

Para o Idec, a regra atual tem uma outra falha, que é não limitar a adição de "gorduras equivalentes" (gorduras com propriedades físicas e químicas muito parecidas com as da manteiga de cacau, mas que não são de cacau).

A norma anterior proibia qualquer adição de "gordura e óleos estranhos" ao chocolate.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Existe alimento infantil?

Texto de Tais Vinha
Posted on 05/11/2012 by Infância Livre de Consumismo

O único alimento infantil produzido pela natureza se chama leite materno. Depois do desmame, os pequenos passam a se alimentar com comida comum a todos os humanos. O que muda é o preparo. Legumes amassadinhos, papinhas de fruta, carne desfiada, mingau de cereal.

Em todos os tempos, em todas as culturas, sempre foi assim. Isto é, até chegar na nossa vez.

Os pais e mães de hoje convivem com uma realidade inédita na história humana. A “comida infantil” inventada pelo marketing da indústria alimentícia. Entra em cena um extenso cardápio de “alimentos” anunciados como práticos para a mamãe e mais aceitos pelos pequenos: sopa pronta, nuggets, bisnaguinhas, bolinhos, biscoitos, petit suisse, macarrão instantâneo, leite fermentado, lanches de microondas, sucos e néctares (em pó, concentrado e de caixinha), refrigerantes, preparados à base de leite, cereais matinais, achocolatados, salgadinhos, combos de fast food, embutidos etc. Isso sem falar nas balas, pirulitos e outras guloseimas.




Observe que nenhum desses produtos é invenção da natureza. Todos são criação da indústria alimentícia que calculou, sabidamente, que uma família consumiria mais se tivesse que comprar alimentos diferentes para os adultos e para as crianças. Isso se chama criar nichos de venda, segmentar o mercado consumidor.

A criatividade da publicidade torna tudo ainda mais confuso. Começamos a realmente acreditar que criança tem mesmo que comer comidas mais fofinhas, doces, coloridas, acompanhadas de brinquedos e personagens. E confiamos que essas comidas são seguras para darmos aos nosso filhos.

O problema é que esses alimentos costumam ser pobres nutricionalmente. Enchem barriga, mas não nutrem como deveriam um corpo em desenvolvimento. Pior ainda, atrapalham por serem ricos em aditivos, conservantes, sódio, açúcar, gordura e farinha refinada.

Resumindo, os alimentos que o marketing transformou em comida para criança podem fazer mal aos pequenos. Além de criarem péssimos hábitos alimentares que dificilmente serão abandonados na vida adulta. E hábitos ruins fazem um bem danado para o mercado de comida pronta.

Estudos hoje apontam que esse problema se torna ainda maior nas classes mais pobres. Com o aumento da renda, os pais estão sendo seduzidos pelo doce canto da indústria. E festejam poder colocar na mesa produtos que antes eram exclusividade das classes média e alta. O problema aqui é que não sobra dinheiro para os alimentos que complementam essa dieta pobre. Frutas, legumes, peixes, raízes, grãos e cereais integrais não entram no cardápio. Pesquisadores alertam para uma geração de brasileirinhos obesos e mal nutridos.

Não podemos condená-los. Neste nosso Brasil das diferenças, a publicidade conseguiu transformar comida industrializada em símbolo de status. Comprá-los é poder dar aos filhos tudo “de bom e do melhor”. É não deixar a garotada “passar vontade”. É realizar o sonho de uma vida “prática” e “moderna”.

Comida pronta faz de mim e dos meus filhos alguém de valor. Com diabetes, pressão alta, colesterol, intestino preso e acima do peso. Mas, enquanto estiver dando para comprar o biscoito recheado deles, está tudo bem.e on faceboShare on twitteare on emailShare on print

Soja transgênica gera celeuma na China

Suinocultura
Quinta-feira, 11 de Julho de 2013, 09:12:41InsumosMercado Externo
Afirmações não fundamentadas cientificamente de uma autoridade chinesa da área agrícola sobre supostos riscos cancerígenos do consumo de soja transgênica reacenderam um debate acalorado sobre o uso de produtos agrícolas transgênicos, num país cada vez mais necessitado de alimentos.
Wang Xiaoyu, vice-secretário-geral da Associação de Soja de Helongjiang e partidário do consumo da soja local, não transgênica, disse recentemente que pessoas que consomem óleo de soja produzido a partir de soja transgênica "são mais vulneráveis a desenvolver tumores e esterilidade".

Para sustentar sua afirmação, Wang observou que as regiões em que o consumo de óleo de soja transgênica era alto, como as províncias de Fujian e Guangdong, no sul do país, revelavam também altos níveis de incidência de câncer. Continue lendo ...

Quando a palavra ‘queijo’ vira um problema semântico e o relato de uma visita a uma fábrica de parmigiano reggiano

Publicado por abrindoadespensa em Uncategorized
Eu tendo a acreditar que várias coisas que atualmente são abominadas por ‘fazerem mal à saúde’ são, na verdade, vítimas de ciência mal-executada e da perda de processos tradicionais de produção. Este seria o caso de pães, ovos e queijos, só para citar alguns exemplos. Como comparar o valor nutricional de pães de fermentação lenta e farinha orgânica, como os lindos pães preparados pela Ana Elisa, do delicioso blog La Cucinetta, com os onipresentes sacos de pães de forma industrializados, invariavelmente produzidos a toque de caixa? São todos da família dos carboidratos? Sim. Mas será que nossos organismos os processam da mesma forma? O mesmo pode ser questionado em relação aos ovos, os grandes vilões da onda do ‘colesterol alto’. Será mesmo que um ovo produzido por galinhas de quintal merece tantas recomendações contra seu consumo?
O caso dos queijos não é diferente. Frequentemente abominados em função do ‘alto teor de gordura’, muitos tendem a colocar a infinidade de produtos nos supermercados vendidos sob o rótulo de ‘queijo’ dentro do mesmo saco. Isto é, tratam como se todos esses ‘queijos’ fossem mais ou menos a mesma coisa (com exceção do queijo branco, que costuma ser visto com melhores olhos por conter menos gordura). Mas será que faz sentido esse tipo de tratamento, até certo ponto generalizado, dado aos queijos?
Entrada da Cooperativa Casearia Valtiepido, em Maranello, região da Emilia-Romagna, Itália. Foto: acervo pessoal.
Há uns dois anos, durante uma ida à Itália para ver a família do marido, tivemos a oportunidade de visitar uma fábrica de um dos queijos curados mais famosos do mundo: o parmigiano reggiano. O marido é do sul da Itália, mas resolvemos passar uns dias na região da Emilia-Romagna, no norte do país. Para quem não sabe, é a região onde fica a cidade de Parma e, consequentemente, a região que deu origem ao queijo parmigiano reggiano. Ficamos hospedados na cidade de Bologna, que é uma graça e por si só já vale a visita. Mas não poderíamos deixar de tentar visitar uma das fábricas de parmigiano da região. Um consórciocontrola as fábricas do parmigiano autêntico. Durante a visita à Cooperativa Casearia Valtiepido, parecíamos duas crianças em um parque de diversões! Pudemos ver todas as etapas do processo de produção do queijo e terminamos a visita maravilhados com a experiência. É tudo super controlado, desde a produção do leite utilizado na fabricação do queijo, incluindo a alimentação das vacas leiteiras, até a higienização do maquinário e o tempo gasto em cada etapa de produção*. No início da visita, havíamos dito à guia que éramos pesquisadores, mas não comentamos de qual área. No final, havíamos feito tantas indagações que a moça perguntou se éramos pesquisadores da área de alimentos!**
Uma das etapas iniciais na produção do parmigiano reggiano. Foto: acervo pessoal.
Rodas de parmigiano já prontas. Foto: acervo pessoal.
Outros exemplos interessantes de queijos produzidos sob métodos tradicionais são os retratados em uma recente edição do programa Mundo S/A, da GloboNews. O programa trata de dois queijos artesanais brasileiros: o queijo orgânico da Fazenda Nata da Serra, em Serra Negra (SP), o primeiro queijo orgânico do Brasil, e o queijo do senhor Zé Mário, da Fazenda da Canastra, em São Roque de Minas (MG), produzido da mesma maneira há 200 anos. Vale a pena assistir ao programa.
Tanto no caso do parmigiano reggiano, como no caso dos queijos artesanais brasileiros, não há dúvida de que estamos lidando com produtos que devem genuinamente ser chamados de queijo. É justo, então, também chamar de queijo os itens produzidos em massa, muitas vezes cheios de corantes e estabilizantes artificiais? Ou, ainda pior, o que dizer de ‘queijos’ processados, como aquele quadradinho, embalado no papel alumínio, ou as famigeradas fatias embaladas individualmente, tão populares aqui nos EUA, mas já disponíveis no Brasil há alguns anos?
Se ainda resta alguma dúvida de que nem todos os queijos devem ser colocados no mesmo saco, isto é, nem todos os queijos devem ser evitados com o argumento de que ‘fazem mal à saúde’, recomendo darem uma olhadinha na lista parcial de ingredientes de um dos produtos de uma grande marca brasileira:
Ingredientes: Leite reconstituído, queijo tipo Estepe e/ou queijo Danbo e/ou queijo Prato (leite pasteurizado, fermento lácteo, sal refinado, coalho, cloreto de cálcio, corante natural de urucum e conservador nitrato de sódio), queijo processado UHT sabor cheddar (leite reconstituído, queijo tipo Estepe e/ou queijo Danbo e/ou queijo Prato, queijo processado UHT sabor cheddar, água, leite em pó desnatado, leite concentrado resfriado semi-desnatado, manteiga, amidos, concentrado proteico de soro, cloreto de sódio (sal), caseinato de sódio, extrato de levedura, aroma natural de queijo Cheddar e aroma idêntico ao natural de queijo cheddar, estabilizantes polisfosfato de sódio e citrato de sódio, espessante goma carragenina, reguladores de acidez ácido cítrico e ácido acético, corante natural beta-caroteno e conservador ácido sórbico), etc. [reprodução a partir do website da marca]
Desconfio que os funcionários da Coop Casearia Valtiepido e o senhor mineiro Zé Mário não têm a menor ideia do que seja pelo menos metade dos ingredientes da lista acima! ☺
* As fábricas do parmigiano autêntico fazem parte de um consórcio. Para agendar uma visita, é preciso ligar para a central do consórcio. Eles então avisam qual fábrica está com visita programada e cuidam do agendamento. Por coincidência, a fábrica que nos ofereceram para visitar fica na cidadezinha de Maranello, nada menos que a sede da Ferrari. Como eu e o Vincenzo somos dois obcecados por comida e não damos a menor bola para carros e marcas, não chegamos nem perto do Museu da Ferrari.
** Para quem não sabe, nossos doutorados são em áreas que não têm absolutamente nada a ver com alimentação.
* Edição em 20 de maio de 2013 *
Para quem está em São Paulo: não deixe de visitar A Queijaria, recém-inaugurada loja especializada em queijos artesanais brasileiros.

Diferencie a fome da vontade de comer e escape das calorias extras


Fuja das situações em que as mastigadas só servem para aumentar os problemas com a balança
Fonte: Minha Vida

Sentir fome o dia todo não é normal. Se você não passa mais de meia hora sem mastigar alguma coisa, alerta ligado. Pode ser esta a explicação para suas dificuldades com a balança. E, em geral, quem age assim não sente fome. 

"Nenhum organismo tem uma necessidade tão intensa de consumir alimentos", afirma a nutricionista responsável pelo MinhaVida, Roberta Stella. Isso évontade de comer, simplesmente. Trata-se de um sintoma que mascara ansiedade ou é disparado quando somos expostos a sensações visuais ou olfativas tipo passar na frente de uma confeitaria incrível, mesmo tendo acabado de comer sobremesa ou vasculhar a geladeira enquanto o computador ligado lembra que há trabalho a fazer .

Sucumbir frequentemente à vontade de comer pode levar ao excesso de peso e à sensação de descontrole. Por isso, a principal atitude é estabelecer uma rotina alimentar, estipulando horários para as refeições principais e, também, para pequenos lanches intermediários. 

A seguir, a nutricionista do MinhaVida identifica as principais situações em que o vício da mastigada mantém-se à espreita. Fique atenta e leia com atenção as dicas que a especialista dá para você se livrar do problema.

Perigo: Você tem mania de ficar beliscando, mesmo tendo acabado de comer, e perder a noção de quanto alimento já foi consumido.

Como resolver: nas refeições principais (café da manhã, almoço e jantar), consuma alimentos com maior volume e menor quantidade energética como frutas, legumes, verduras, além de cereais integrais (por exemplo, arroz integral). 

Dessa maneira, o organismo irá receber o alerta de saciedade, levando à interrupção da ação de se alimentar. Além disso, esses alimentos são ricos em fibras, fazendo com que o esvaziamento gástrico ocorra lentamente. Outra dica é estipular horários para pequenos lanches entre as refeições principais, isso evita ficar beliscando.
VER TEXTO COMPLETO

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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