sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Polêmica Canola X Coco. É só pensar!!!!

Esta semana foi um "auê" nas redes sociais por causa de uma reportagem feita em um conhecido programa de TV que já tem fama de causa mal estar em pessoas e profissionais engajados em uma alimentação mais consciente e saudável. Lembra do médico que recomendava shakes e depois descobriram que ele fazia parte do quadro médico de uma conhecida Indústria de Sakes????

O dito programa apresentou uma posição polêmica, que o óleo de Canola era o melhor, muiiiiito melhor que o óleo de coco e o azeite.

Pensemos "bem basiquinho": se eu espremer a azeitona tenho azeite, se espremer o coco tenho o óleo, assim como todas as oleaginosas. Agora me digam se eu encontrasse uma canola (planta, semente, existe, me mandem uma foto por favor?) sai óleo? 

Isso sem contar que a famosa Nutri que conduzia a reportagem  presta serviços para a Purilev - marca da Cargill para vender, adivinhe só: Óleo de Canola. E viva o Google !!!




Gente vamos começar a pensar sobre nossa alimentação para não cair nas armadilhas de indústria alimentícia/ farmaceutica (porque será que são as mesmas, não é?) Vc come aqui e fica doente ali, simples assim.

Se formos consciente não cairemos em coisas como: 

  • margarina é melhor que manteiga, 
  • leite de caixinha, 
  • pães com mil sementes, 
  • suco que não tem fruta e outras aberrações dos produtos industrializados, que nunca foram alimentos. 
Quer ver dar água na boca?












quinta-feira, 13 de agosto de 2015

DF tem 1º frango orgânico da região


Produçao é complexa e inclui até tratamentos preventivos

Animal foi criado sem uso de nenhum produto sintetizado
Foto: divulgação

Produçao é complexa e inclui até tratamentos preventivos
Há 16 anos, o casal Carlos Gilberto Gonçalves Caetano e Eliana Rodrigues comprou a Fazenda Cantão da Lagoinha, esperando o dia em que ambos sairiam do mercado financeiro para se dedicar ao agronegócio. 

Há três anos, esse dia chegou e eles partiram para o trabalho em que acreditam: a produção orgânica. Hoje, o empresário tem a honra de ostentar um título único: tornou-se o primeiro produtor de frango orgânico certificado do Distrito Federal e da Região Centro-Oeste.

Na área de 165 hectares, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno, eles, inicialmente, criaram um ambiente favorável ao desenvolvimento dos orgânicos, plantando árvores do cerrado e constituindo um ambiente diversificado.  “Frango orgânico é aquele que criado sem o uso de nenhum produto sintetizado pelo homem, fora vacinas”, explica o produtor. “Para conseguir esse resultado, é preciso atuar em toda a produção, como fazemos em nossa propriedade”, completa.


A complexidade da produção inclui a alimentação das aves, os tratamentos preventivos contra enfermidades e o processamento. “Não posso usar nenhum produto sintético nos ingredientes da ração que alimenta as aves. Elas comem principalmente farelos de soja e milho, ambos orgânicos, mais micronutrientes minerais, como cálcio, ferro e sal marinho”, diz o produtor.                

Coca Cola sob fogo por financiar estudos que desvalorizam os riscos da má alimentação


Fonte: Diário de Notícias
por Bárbara Cruz


Fotografia © Arquivo DN

Companhia terá pago mais de 5,5 milhões de dólares a cientistas para que transmitissem à opinião pública que a culpa da obesidade é do sedentarismo, e não de uma dieta pouco saudável.

Começou tudo no domingo passado, com um artigo publicado no New York Times: a Coca Cola, maior produtora mundial de refrigerantes, foi acusada de financiar estudos que apresentam uma nova solução para combater a epidemia de obesidade que alastra a nível mundial. Na prática, para manter um peso saudável - defendem os investigadores cujos trabalhos foram patrocinados pela Coca Cola - importa mais fazer exercício do que cortar nas calorias.

A Coca Cola, refere o New York Times, conseguiu estabelecer parcerias com cientistas influentes nos Estados Unidos da América, e são eles quem tem passado a mensagem de que é o sedentarismo, e não a má alimentação, o principal responsável pela obesidade. Para fornecer apoio logístico e financeiro a estes investigadores, a empresa apoia uma organização sem fins lucrativos, chamada Global Energy Balance Network, que tem promovido a ideia de que os americanos preocupados com um estilo de vida saudável estão mais fixados nas quantidades de comida e bebida que ingerem, quando deviam realmente preocupar-se com o exercício físico.

Já os cientistas do outro lado da barricada garantem que esta mensagem é errada e faz parte da estratégia da Coca Cola para desvalorizar o papel que tem sido atribuído aos refrigerantes no aumento da obesidade e da diabetes tipo 2. Garantem que a empresa está a usar a organização sem fins lucrativos para convencer a audiência de que a atividade física pode compensar uma alimentação pouco saudável, ainda que já tenha ficado provado que o impacto do exercício na saúde é menor quando comparado com alterações na dieta habitual.

A polémica surge numa altura em que, tanto nos Estados Unidos como noutras regiões do globo, se verifica um esforço da comunidade médica e científica para incentivar a aplicação de taxas sobre os refrigerantes. Em Portugal, o diretor do Programa Nacional para a Diabetes já veio defender que as bebidas com elevado teor de açúcar devem ter uma referência aos malefícios que provocam, "tal como acontece para o tabaco e devia existir para o sal". A posição de José Manuel Boavida vai no sentido das recomendações que a Assembleia da República aprovou recentemente, no sentido da adoção de medidas de prevenção, controlo e tratamento de diabetes. Estas medidas visam, sobretudo, limitar o consumo de bebidas e outros alimentos açucarados aos menores de idade, impondo limitações também nos anúncios dirigidos às crianças.

Ao New York Times, Michele Simon, uma advogada na área da saúde pública, disse que a estratégia da Coca Cola é uma "resposta direta" às perdas da companhia. A Coca Cola fez, por outro lado, um investimento substancial na nova associação sem fins lucrativos: só no ano passado, para formalizar a Global Energy Balance Network , a empresa deu 1,5 milhões de dólares - cerca de 1,3 milhões de euros.
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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Azeite, milho ou canola? Pesquisa identifica óleos mais saudáveis para cozinhar


Fonte: BBC -1 agosto 2015


Qual é o melhor óleo para cozinhar? Pesquisadores de uma universidade britânica analisaram cinco tipos para determinar qual seria o mais saudável

Escolher o óleo certo para cozinhar não é fácil.

Quando o assunto é gorduras e óleos, temos dezenas de opções disponíveis e é complicado saber qual delas será a "mais saudável". As prateleiras dos supermercados têm de tudo. E, nos dias de hoje, apesar de termos mais informações, elas muitas vezes se confundem, porque há muito debate sobre os benefícios e os danos que podem vir do consumo de diferentes tipos de gordura.

Na série da BBC Trust Me, I'm a Doctor perguntamos: "Quais tipos de gordura e óleo são os melhores para cozinhar?"

Você pode pensar que é óbvio que frituras feitas com óleo vegetal são mais saudáveis do que se fosse feitas com óleo animal, como banha ou manteiga.

Mas será?

Para descobrir isso, demos a alguns moradores de Leicester, na Inglaterra, uma variedade de gorduras e óleos e pedimos aos voluntários para usarem todos eles. Também pedimos aos voluntários que guardassem o que sobrasse do óleo para podermos analisar.

As gorduras e óleos usados foram: óleo de girassol, óleo vegetal, óleo de milho, óleo de canola, azeite, manteiga e banha animal.

Depois de usadas para cozinhar, foram coletadas amostras dos óleos e das gorduras e enviadas para a Leicester School of Pharmacy na Universidade de Leicester, onde o professor Martin Grootveld e sua equipe fizeram um experimento paralelo onde eles aqueceram de novo os mesmos óleos a temperaturas altas para fazer frituras.

Quando você está fritando ou cozinhando em uma alta temperatura (próximo de 180°C), as estruturas moleculares de gorduras e óleos mudam. Acontece o que chamamos de oxidação – elas reagem com o oxigênio do ar formando aldeídos e peróxidos de lipídio. Na temperatura ambiente, algo semelhante acontece, mas de maneira muito mais lenta. Quando lipídios se decompõem, eles se tornam oxidados.

O consumo de aldeídos, mesmo que em pequenas quantidades, tem sido relacionado a um risco de doenças do coração e câncer. Então o que Grootveld e sua equipe descobriram?

"Descobrimos que os óleos que eram ricos em poliinssaturados – o de milho e o de girassol – geravam altos níveis de aldeídos."

O resultado foi surpreendente, já que muita gente pensava que o óleo de girassol era o mais "saudável".



Manteiga e banha animal são melhores que óleos de girassol ou de milho para frituras

"Óleo de girassol e de milho são bons", diz o professor Grootveld, "desde que você não submeta eles ao calor, como ao fritar alimentos ou ao cozinhar algo. É um fator químico simples faz com que algo que é visto como saudável para nós se converta em algo que faz mal quando é submetido a temperaturas mais altas."

Comentário do Blog: aqui não foi levado em conta que o milho hoje é quase 90% transgênico. Nem que a Canola já´é transgênica por natureza.

O azeite e o óleo de canola produziram muito menos aldeídos, assim como a manteiga e a banha animal. O motivo é que esses óleos são ricos em ácidos graxos monoinsaturados e saturados, que são muito mais estáveis quando submetidos ao calor. Na verdade, gorduras saturadas raramente passam pelo processo de oxidação.

Segundo Grootveld, o melhor óleo para fritar e cozinhar é o azeite. "Primeiro porque esses compostos tóxicos são gerados em baixa quantidade e segundo porque os compostos que são formados são menos maléficos para o corpo humano."

A pesquisa dele também sugere que, quando o assunto é cozinhar ou fritar, manteiga ou banha animal são mais indicadas do que óleo de girassol e de milho.

"Se eu tivesse escolha entre banha e polinsaturados, eu optaria pela banha sempre."

A banha animal, apesar de ter uma reputação de "não saudável", é, na verdade, rica em gorduras monoinsaturadas.

O estudo também revela outros aldeídos identificado na análise das amostras enviadas para a universidade que ainda não haviam aparecido em outros experimentos com óleos.

"Nós descobrimos algo novo para a ciência aqui. Nunca tínhamos visto isso, estou impressionado."

Os voluntários provavelmente não ficariam muito felizes ao descobrir que o óleo que usaram para cozinhar gerou tantos compostos tóxicos.

O conselho final de Grootveld é, primeiramente, evitar frituras, especialmente aquelas em temperaturas muito altas. Se você estiver fritando algo, tente usar o mínimo possível de óleo e tente remover todo o óleo do alimento após a fritura usando uma toalha de papel, por exemplo.

Para reduzir a produção de aldeídos, opte por um óleo ou gordura que sejam ricos em lipídios monoinsaturados ou saturados (preferencialmente 60% para um ou outro) e mais de 80% para os dois juntos), e que sejam pobres em polinsaturados (menos de 20%).

O professor acredita que o "óleo ideal" para cozinhar seja o azeite, porque "tem 76% de lipídios monoinsaturados, 14% saturados e apenas 10% polinsaturados".

E, nesse caso, o azeite não importa se o azeite é "extra virgem" ou não. "Os níveis antioxidantes presentes em produtos extra virgem são insuficientes para proteger contra a oxidação induzida pelo calor."

O último conselho é manter sempre o óleo guardado longe da luz e não reutilizá-lo, já que isso também leva ao acúmulo de substâncias ruins.

Escolher o óleo certo para cozinhar os alimentos pode evitar riscos de doenças coronárias

Sobre gorduras:
Gorduras polinsaturadas: contêm duas ou mais ligações carbono-carbono. Em alimentos como sementes, peixes, folhas verdes e nozes, podem trazer vários benefícios para a saúde. No entanto, os benefícios advindos do consumo de óleo de girassol e de milho, apesar de ricos em poliinstaturados, ainda não estão tão claros.
Óleos monoinsaturados: contêm apenas uma ligação dupla carbono-carbono. São encontrados em abacates, azeitonas, azeite, amêndoas e avelãs e também em banha animal. O azeite, que tem aproximadamente 76% de monoinsaturados, é um dos principais elementos da dieta mediterrânea, que tem se mostrado muito efetiva para reduzir o risco de doenças do coração.
Gorduras saturadas: não têm ligação dupla de átomos de carbono. Apesar de especialistas indicarem o consumo desse tipo de gordura, recentemente os benefícios dela e de outras gorduras derivadas de animais têm sido questionados.

O corante cochonilha é usado em vários produtos alimentícios, vamos ver como faz?



O meu Ebook "Virando a mesa - Alimento Industrializado agora é caseiro" que está em processo de revisão, vai trazer receitas cor de rosa, mas por causa das frutas ou legumes, nada de insetos, ok?

Quer participar dando sugestões de receitas que você gostaria de ver lá no Ebook? Temos um grupo no Facebook discutindo isso. Venha se juntar a nós.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Consumo consciente do Café

Fonte: NAMU

Isabela Raposeiras fala sobre os benefícios do consumo de café, os diferentes tipos disponíveis do mercado e a responsabilidade no consumo.

Muito interessante o que ela fala sobre a qualidade do café, seu sabor, porque um bom café não precisa de açúcar. 



A alimentação interfere na felicidade?

Fonte: NAMURômulo de Mello, médico antroposófico, afirma que comer mal pode afetar nosso humor e nossa força de vontade



O alimento vivo é aquele que tem a luz do sol. Nos industrializados, essa luz solar é destruída, alerta Silva
A medicina antroposófica lança um olhar diferenciado sobre o indivíduo e as enfermidades mais comuns dos nossos dias, como a depressão. Para Rômulo de Mello Silva, médico e professor no curso de formação em medicina antroposófica da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA), muitas doenças podem estar vinculadas ao mau funcionamento do nosso fígado, o qual é causado por hábitos alimentares pouco nutritivos e muito calóricos.

Steiner dizia o seguinte: quando você vai ao mercado, se você quer ser um ser humano livre, você tem de questionar duas coisas: Eu preciso desse produto? Eu quero esse produto?”, reproduz Silva.

Rudolf Steiner e Ita Wegman fundaram a medicina antroposófica em 1920 em busca de uma visão holística sobre o ser humano, levando em conta aspectos como autonomia e dignidade para tratar doenças. A abordagem consiste em integrar as práticas da medicina moderna – para fazer a especialização em medicina antroposófica, é preciso graduar-se no curso regular de medicina – com os tratamentos homeopáticos, terapias corporais, arteterapia e aconselhamento.

Rômulo de Mello Siva formou-se em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1980. Ainda na faculdade, ele se interessou pela visão antroposófica e, quando se mudou para São Paulo, logo depois de graduar-se, ingressou na Clínica Tobias (centro de medicina antroposófica). Em entrevista exclusiva para o portal NAMU, ele explica como a ingestão de alimentos industrializados e uma pedagogia repressora podem levar a quadros de cansaço e desânimo.

NAMU: Como a medicina antroposófica trata o doente?

Rômulo de Mello: O tratamento tem a ver com a biografia, com os antecedentes hereditários e genéticos, mas principalmente com a carga emocional que o indivíduo traz da família e da sociedade.

Por exemplo, apesar de não ser psiquiatra, como clínico geral, eu trato depressão o tempo todo. Há dois tipos dessa doença: a que vem do corpo e a reativa. A depressão reativa é uma reação a um evento traumático e normalmente não precisa de antidepressivo, a psicoterapia pode ajudar. Já a depressão que vem do corpo – conhecida como endógena, dentro da visão da medicina tradicional – é causada pela falta de derterminados neurotransmissores no cérebro. A indústria conseguiu sintetizar essas substâncias que estão faltando, por isso, o antidepressivo realmente ajuda a pessoa a sair desse tipo de depressão.

Mas a alopatia não chega à origem do problema. Na concepção da medicina antroposófica, e de outras vertentes como as medicinas chinesa e tibetana, a origem da depressão endógena é metabólica, ela vem do fígado, da vesícula, porque a maior parte desses neurotransmissores é produzida pelo intestino e pelo fígado durante o sono.

Então, a depressão é um exemplo de que não existe fronteira entre doença psíquica e doença orgânica. Mas como a antroposofia trata a depressão?

Eu prescrevo medicação homeopática que desintoxica, vitaliza e fortalece o fígado. Meus pacientes até brincam: “Lá vem o Doutor Fígado” (risos).

Os sintomas de desvitalização do fígado são: desânimo, cansaço, falta de concentração. Afinal, o que é concentração? É levar a vontade para dentro do pensamento e canalizá-lo, mas isso está cada vez mais difícil numa sociedade dispersiva como a nossa, é o telefone, o computador. Eu não consigo foco e nem disciplina. Esses são sintomas psicológicos, mas também resultam do enfraquecemento do fígado.

Falhas na educação e a má alimentação são as sementes do desânimo e da falta de concentração.

"Eu prescrevo medicação homeopática que desintoxica, vitaliza e fortalece o fígado", diz Rômulo Silva

Qual é a relação entre a educação e o enfraquecimento do fígado?

Steiner era pedagogo e dizia que uma má pedagogia exerce influências danosas. Se uma criança foi forçada a ir à escola para aprender o que não queria durante anos, isso debilitou o seu fígado desde muito cedo.

No entanto, nos dias atuais ocorre o contrário do que era comum na Alemanha do começo do século passado, época na qual Steiner escreveu suas teorias. Hoje, as crianças e adolescentes tendem a obedecer poucas regras ou regras muito menos rígidas.

Talvez isso seja o mais comum mesmo. A falta de disciplina também pode gerar uma fraqueza na força de vontade e abrir espaço para a depressão. Existem questões psicológicas bastante graves por trás disso. Ou você tem uma disciplina repressora que enfraquece a vontade e cria indivíduos inseguros, ou você deixa totalmente solto. Você nunca coloca limites - ela dorme a hora que quiser ou se não quiser não dorme, ela come o que quiser ou se não quiser, não come. Essas posturas passam para a criança a mensagem de que você não está nem aí. Por isso,

Falando em comida, qual a relação do tipo de alimento com o funcionamento do fígado?

O alimento mais industrializado é o que mais enfraquece o fígado.

Fígado é o órgão da vida. Vitalidade é o que traz força de vontade. O fígado extrai essa vida principalmente do alimento, pois a vida vem do sol. E o que a planta faz? Ela transforma a luz em vida. O alimento vivo é aquele que tem a luz do sol. No alimento industrializado, essa luz solar é destruída. Ele tem calorias, até mais calorias, mas não tem vida.

Explique melhor a relação entre vida e comida .

Tem uma história que circulou pela internet na qual uma menina publicou fotografias diárias de um sanduíche do Mc Donalds e ele permaneceu absolutamente igual ao longo do tempo. Nada aconteceu com ele. Sobre isso, eu brinco: bactéria não é boba, ela ataca um pão integral ou uma fruta, uma banana, uma maçã.

Agora refrigerante ou bolacha não estragam, porque não têm vida. Olha o perigo: quando você dá para o fígado um alimento sem vida, você está enfraquecendo o órgão porque esse alimento precisará ser vitalizado. O fígado terá que usar energia para vitalizar esse alimento morto. E essa vitalidade sai da onde? Da sua força de vontade.

Esses alimentos industrializados agitam, eles são estimulantes, mas não dão persistência, nem disciplina, muito menos foco. Só causam agitação, porque mexem com a alma do indivíduo, eles dão animação, adrenalina.

Aliás, a brincadeira que eu faço é a seguinte: são dez horas da noite, você está cansado e com fome e tem de apresentar um trabalho para o dia seguinte às seis da manhã; se você comer arroz integral, uma cenoura e uma banana, você vai dormir em cima do trabalho. No dia seguinte, você vai amanhecer com uma vitalidade maravilhosa. Mas na hora aquilo não vira energia, alimentos vivos não se transformam em energia imediatamente. Um alimento precisa ser processado e só vai liberar vida no dia seguinte, não na hora.

Agora, se você comer um chocolate e tomar um café, você acorda e faz o seu trabalho imediatamente. Mas o que foi isso? Um estimulante. No dia seguinte, você vai estar deprimido, mas fez o seu trabalho. O que quero dizer com isso? Tudo o que é energia imediata, vicia. Você não vai ver alguém viciado em arroz integral e banana (risos), mas vê em chocolate, café e cigarro, que são estimulantes. Só que isso vai detonando o fígado.

A imagem é a seguinte: quando você come um alimento sem vida, é como se você tivesse num cavalo. Se você der chicotada nele, ele anda. Mas se você não der comida, você vai matar o animal de fome, o que seria a depressão. A pessoa vai deprimir e tomar o neurotransmissor.

Não estou criticando, também receito antidepressivo, depressão é coisa séria, se não tratar, a pessoa pode perder o emprego ou o casamento. Mas o antidepressivo não vai resolver o problema. Eu preciso fazer o trabalho que significa revitalizar esse fígado e ajudar a pessoa a encontrar o seu caminho, realizar o ideal.

O que é realizar o ideal para antroposofia?

Nossa cultura associou bem-estar com aparência. Você vale pelo o que você aparenta. Isso cria um vazio. Os budistas falam das ilusões do ego. Você fica alimentando seu ego. E o ego está ligado a busca de satisfação e satisfação não satisfaz.

A antroposofia é uma filosofia assumidamente espiritualista cristã. Steiner é um filósofo cristão. Mas mesmo Platão, pré-cristão, já falava que nós nascemos com determinados talentos e nossa missão é devolvê-los para o mundo. Quanto mais talento, maior a responsabilidade social.

No fundo, se o indivíduo não tem um ideal, tudo fica movido para inserção social. E a inserção social faz parte do ser humano. No crescimento profissional, a aceitação social também faz parte. Eu sou um bom profissional, eu sou amado, eu sou admirado, tudo isso é ótimo. Todos nós precisamos disso. Mas a felicidade verdadeira é quando percebo que meu trabalho está acrescentando no mundo. Ter um ideal significa fazer algo pelo outro.

Ouvi a seguinte frase: "o sistema gosta de gente infeliz porque quanto mais vazia a vida, maior o consumo". Qual seu ponto de vista sobre isso?

O sistema não gosta de liberdade e não gosta que as pessoas pensem. Oitenta e cinco por cento do que eu compro no supermercado é uma imposição da propaganda. Isso não é estatística minha, é do pessoal da propaganda. Um mês sem comerciais e a Coca-Cola fecha as portas. A gente não quer Coca-Cola, por isso a propaganda é maciça.

Steiner dizia o seguinte: quando você vai ao mercado, se você quer ser um ser humano livre, você tem de questionar duas coisas:

Primeiro: "eu preciso desse produto?".

Segundo: "eu quero esse produto?

E para ser realmente livre você tem de pensar na justiça social e se perguntar:

Esse produto vale o preço que está sendo cobrado?

Ser livre é muito difícil, precisa ter força de vontade.
Publicado em seg, 14/07/2014 - 14:15
Atualizado em sab, 06/06/2015 - 19:14
Temas: Medicina Integrativa, Antroposofia

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

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