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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Má alimentação mata mais do que cigarro, afirma estudo


Fonte: Terra

Estudo global afirma que má dieta alimentar é fator de risco responsável pelo maior número de mortes no mundo e que pessoas comem muito açúcar e sódio e poucos cereais integrais, grãos, frutas e legumes. Pessoas em todo o mundo estão comendo muito pouco alimentos saudáveis e demais dos não saudáveis, afirmou um estudo científico publicado nesta quinta-feira (04/04) na revista médica The Lancet.

Segundo o estudo, uma má dieta alimentar é responsável por mais mortes do que qualquer outro fator de risco, incluindo o hábito de fumar. Cerca de 11 milhões de pessoas morrem todos os anos devido à má alimentação.

Uma em cada cinco mortes no mundo em 2017 estava associada a uma má dieta alimentar, que provoca doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes tipo 2. O cigarro matou 8 milhões, afirma o estudo.

O estudo Carga global da doença examinou as tendências de consumo de acordo com 15 fatores, entre 1990 e 2017, em 195 países.

A maior proporção de mortes relacionadas com a dieta alimentar foi registrada no Uzbequistão (195º colocado), seguido por Afeganistão, ilhas Marshall e Papua Nova Guiné. Os países que tiveram a menor proporção desse tipo de morte foram Israel, com apenas 89 óbitos por 100 mil pessoas, seguido por França, Espanha, Japão e Andorra. O Brasil ficou na 50ª colocação.

"Este estudo afirma o que muitos pensam há vários anos: que uma dieta pobre é responsável por mais mortes do que qualquer outro fator de risco no mundo", disse o autor da pesquisa Christopher Murray, da Universidade de Washington.

Na média global, o consumo per capita de bebidas com açúcar é dez vezes superior ao recomendado, e o de sódio, 86% superior. As pessoas comem, em média, apenas 12% da quantidade recomendada de nozes e grãos. O consumo de carne vermelha é 18% superior ao considerado adequado.

No Brasil, detectou-se uma deficiência de consumo de grãos e cereais integrais, assim como nos Estados Unidos, na Alemanha, na Nigéria, na Rússia e no Irã.

O estudo concluiu que as dietas mais fatais são aquelas com muito sódio (encontrado no sal) e as com insuficiente ingestão de cereais integrais, frutas, nozes, grãos, vegetais e ômega-3. A ingestão de bebidas doces, açúcares, gorduras e carne vermelha têm menor influência.

Para os pesquisadores, portanto, "as mortes se associam mais com não comer suficientemente alimentos saudáveis do que com comer demais dos que são ruins para a saúde".

Segundo os dados, das 11 milhões de mortes, 10 milhões foram por doenças cardiovasculares, 913 mil por câncer e 339 mil por diabetes tipo 2.

Mas manter uma dieta saudável e equilibrada não depende apenas da vontade das pessoas. A pesquisa mostra que a desigualdade econômica influencia negativamente nas escolhas alimentares. Em média, chegar às porções de frutas e vegetais recomendadas pelos médicos (cinco por dia) custa apenas 2% da renda das famílias nos países ricos, mas mais da metade da renda familiar nos mais pobres.

A partir do estudo, os autores defendem que as autoridades devem se concentrar em impulsionar dietas equilibradas e o acesso a produtos saudáveis em vez de focar na restrição de alimentos menos saudáveis.
LE/rtr/afp/efe

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Tireoide e alimentação

Fonte: BAIRRADA INFORMAÇÃO



A tiróide atua diretamente no crescimento e no desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação do ciclo menstrual, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e na regulação emocional.

A glândula tiróide segrega as hormonas tiróideias, que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica). Estas hormonas têm dois efeitos sobre o metabolismo: estimulam quase todos os tecidos do corpo a produzir proteínas e aumentam a quantidade de oxigénio que as células utilizam.

Para produzir hormonas tiróideias, a glândula tiróide precisa de iodo, um elemento que os alimentos e a água contêm.

No caso do hipotiroidismo, há uma produção insuficiente de hormonas e tudo passa a funcionar mais lentamente. Ocorre também a diminuição da capacidade de memória, cansaço, dores musculares e nas articulações, sonolência, pele seca, ganho de até 4 kg, aumento nos níveis de colesterol e, em alguns casos, depressão, podendo haver ainda frio, queda de cabelo e infertilidade.

No hipertiroidismo, a produção de hormonas é excessiva e as funções do corpo aceleram. Muitos doentes com hipertiroidismo sentem calor mesmo numa habitação fria, a sua pele torna-se húmida, já que tendem a suar profundamente, e as mãos podem tremer. Sentem-se nervosos, cansados e fracos, aumentam o seu nível de atividade e de apetite (embora percam peso), dormem pouco e evacuam frequentemente, algumas vezes com diarreia.

Assim, entre as principais causas de problemas na tiróide está uma alimentação desequilibrada, relacionada principalmente com o consumo inadequado de minerais, como o iodo, o cálcio, o ferro e o selénio, mas também o excesso de peso e a obesidade.

Desta forma, existem alimentos que contribuem para o correto funcionamento da tiróide: algas (clorela e spirulina), mariscos, sal iodado, peixes do mar, feijão, carne vermelha magra, levedura de cerveja, cereais integrais, amêndoa, carne de aves, bivalves, cenoura, abóbora, fruta, gema de ovo, óleo de linhaça, azeite e fibras.

Por outro lado, existem alimentos a utilizar com moderação, nomeadamente as crucíferas cruas ou mal cozinhadas, como brócolos, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, espinafres, nabo, rabanete e milho. Estes vegetais crucíferos contêm glucosinatos que são metabolizados em tiocianatos, que inibem o transporte de iodo e a sua incorporação na tiroglobulina, aumentando a produção da hormona estimulante da tiróide e a proliferação das células tiróideias.

Contudo, há ainda alimentos que devem ser evitados: açúcar e alimentos refinados com farinha de trigo e açúcar (aumentam a necessidade de insulina e a sua libertação pelo pâncreas obriga a uma boa coordenação com outras glândulas, nomeadamente as supra-renais e a tiróide); cafeína em excesso e chá verde (diminuem a absorção do medicamento levotiroxina); sementes de linhaça (dão origem a tiocianatos); soja (diminui a absorção do fármaco levotiroxina no intestino e é capaz de suprimir parcialmente a atividade da tiróide, para a proporção de 30g ou mais de soja por dia).

Por isso, quer tenha hiper ou hipotiroidismo, procure um nutricionista para um melhor apoio e orientação nutricional, pois a individualidade e as condições de cada indivíduo necessitam de uma abordagem personalizada.

Carina Ferreira
Nutricionista 2984N

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde

Fonte UAI - por Lilian Monteiro 18/09/2017 10:00



Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos

Evitar o consumo de alimentos industrializados ajuda a ter uma vida longa e com saúde
Priorizar produtos vindos do hortifrúti, a chamada comida de verdade, é uma das melhores alternativas para o bem estar de todos.

Falta de tempo, salada é sem graça, arroz integral é seco, produto orgânico é caro (e tem razão!), o cansaço torna mais rápido e prático comer qualquer coisa do fast food do que preparar a própria refeição ou lanche, só hoje... E você, qual a sua desculpa? Ahh, alimentos sugeridos por médicos e nutricionistas são caros, não têm sabor, difíceis de ter no dia a dia... Será? A lista é mesmo enorme e cada um tem a sua, defende como pode.

Mas Aline Penedo, nutricionista consultora do supermercado Verdemar, pós-graduada em nutrição clínica funcional e em nutrição esportiva funcional, faz uma provocação: 

“A primeira pergunta que me vem à cabeça é: 'Você quer ter uma vida longa e saudável?'. Se a pessoa falar que sim, eu diria que a primeira atitude a tomar é estar aberta para novas experiências. Ou seja, ter o desejo de se alimentar bem, ter curiosidade de provar novos sabores, testar diferentes formas de preparo daquele alimento que ela não gostava, utilizar ferramentas que temos na cozinha, como os temperos, que são capazes de trazer um sabor especial à comida”.

Outra questão a se pensar é se programar para se alimentar bem – preparar 'marmitas' para levar para a escola ou trabalho, evitando o consumo de alimentos indesejados para aquele momento. “Com relação aos produtos orgânicos, procure comprar alimentos da safra, já que assim eles costumam ter o preço mais acessível. No caso das frutas, é possível comprá-las quando estiverem com o preço melhor e congelar, para posteriormente preparar um suco. Em suma, quem quer mudar precisa de foco e disciplina, assim tudo fica mais fácil e logo os novos hábitos alimentares se tornam parte da rotina.”

Aline Penedo propõe caminhos para que o brasileiro volte a comer comida de verdade, que vença a luta contra a obesidade e todas as consequências ruins de uma alimentação de baixa qualidade. “O governo deve atuar em mídias de grande alcance, como a TV, rádio e internet, e incentivar a população a consumir alimentos saudáveis e com grande valor nutricional. Ações em creches, escolas e universidades contribuem para disseminar informações sobre a alimentação. Contratar nutricionistas e introduzir nas escolas uma matéria obrigatória sobre alimentação saudável e nutrição é uma maneira de resgatar os bons hábitos alimentares”, diz.

RÓTULOS NUTRICIONAIS

Para a nutricionista, evitar o consumo de alimentos industrializados e priorizar os alimentos vindos do hortifrúti ou colhidos na fazenda é uma das melhores alternativas para a população reduzir os industrializados. “Alimentos embutidos, enlatados, sucos em pó, refrigerantes, biscoitos, pães e bolos de maneira geral devem ser substituídos por alimentos saudáveis, como os integrais, frutas, oleaginosas, carnes magras, leguminosas e hortaliças. E se, mesmo assim, a pessoa procurar por um alimento industrializado, é importante se habituar a ler os rótulos nutricionais, que vão mostrar se aquele alimento é considerado saudável ou não - já que atualmente é possível encontrar alimentos saudáveis nas gôndolas dos supermercados. Inclusive, esse é um setor que vem crescendo e tomando cada vez mais seu espaço no mercado - o setor 'Bem-Estar' - onde você encontra alimentos nutricionalmente adequados para consumo.” 

"O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta" - Aline Penedo, nutricionista (foto: Arquivo Pessoal )

Difícil de acreditar (ou melhor, aceitar) que o brasileiro, vivendo num país tropical, com variedade de frutas, simplesmente não consome o mínimo suficiente para sua saúde. “O acesso aos alimentos industrializados é muito simples. Além disso, as pessoas buscam por praticidade e acreditam que abrir uma embalagem é muito mais fácil do que descascar uma fruta. A população deve ser conscientizada de que cuidar da saúde agora é muito melhor que tratar das doenças crônicas no futuro e depender de medicamentos de uso contínuo. O 'agora' é um investimento para o futuro e agir na prevenção é a melhor forma de se ter uma longevidade saudável”, alerta a nutricionista.

Quanto ao compromisso assinado em maio pelo Brasil, o Década de Ação em Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra (Suíça), traz esperança a Aline Toledo. Entre as metas buscadas (deter o crescimento da obesidade, aumentar o consumo de adultos de hortaliças e frutas, e diminuir a ingestão de refrigerante e sucos artificiais), a nutricionista afirma que é preciso o governo ter foco e total atenção na área da saúde, fornecendo recursos para que essas metas sejam alcançadas.

“Uma das ações que considero mais importantes é o incentivo ao pequeno produtor agrícola por meio da redução de impostos e subsídios para a aquisição de ferramentas para o plantio e colheita dos alimentos. Dessa maneira, deve-se estimular as famílias a comprar esses produtos para que eles façam parte da rotina da casa - tais como frutas, legumes e hortaliças em geral. Essa é uma maneira fácil de fazer com que todos tenham acesso a alimentos frescos e saudáveis, independentemente do local onde moram. Além disso, tem toda a questão da geração de empregos e renda para as famílias com menor condição financeira.”

MUDANÇA

Para Aline Penedo, um dos aspectos que devem ser trabalhados é o acesso à informação, já que muitas vezes as pessoas consomem os alimentos industrializados de maneira exagerada, sem medir as consequências, e por achar que eles são mais baratos que os naturais. Palestras de nutrição e alimentação saudável são importantes para que seja criada uma consciência a respeito. “E quando falamos em atitudes para 'atacar' essas três áreas, é necessário pensar na fonte da mudança que esperamos - as crianças. Durante os primeiros anos de vida, a criança forma o seu paladar e é nesse momento que ela solidifica os hábitos alimentares que levará para o resto da vida. Os pais têm papel fundamental, então toda a família deve estar envolvida nesse processo. Aliado à família, o governo deve fornecer alimentos saudáveis e indicados para consumo nas creches, onde, muitas vezes, a criança fica em tempo integral e faz ali todas as suas refeições. Os cozinheiros também devem ser treinados para o preparo desses alimentos, e os professores devem incentivar e acompanhar o momento da refeição.”
(foto: Yoorin/Divulgação) Palavra de especialista - Yuji Ieiri, agrônomo

Responsabilidade social e ambiental

“Com relação à nutrição das plantas, para que cresçam, se desenvolvam e produzam frutos saudáveis, garantindo boa produtividade e alta qualidade, são essenciais os nutrientes e minerais. Os elementos minerais são classificados em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes. O primeiro é exigido em grandes quantidades e englobam o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já os micronutrientes são exigidos em menores quantidades, mas são tão importantes quanto os principais, e contemplam o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco. Outros elementos, como cobalto, selênio e silício são considerados nutrientes benéficos. O bom funcionamento e desenvolvimento do organismo é resultado de uma alimentação balanceada, com quantidade adequada de vitaminas e minerais. As boas escolhas também envolvem estar atento à forma como esses alimentos são produzidos e à sustentabilidade do processo produtivo. Dessa forma, o desenvolvimento de fertilizantes não químicos e com produção ecologicamente correta, que asseguram longevidade ao solo e contribuem para uma agricultura sustentável e de grande capacidade produtiva, são mais assertivos para lavouras focadas na qualidade e, acima de tudo, na responsabilidade social e ambiental.”

Canal com o cidadão

Está à disposição da população, no endereço www.saude.gov.br/saudebrasil, um canal exclusivo de informação sobre promoção à saúde voltada ao cidadão. Com foco em quatro pilares - “Eu quero parar de fumar”, “Eu quero ter um peso saudável”, “Eu quero me exercitar” e “Eu quero me alimentar melhor” -, a ferramenta reúne conteúdos, serviços e a voz de especialistas para apoiar a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. A plataforma é dinâmica e conta até com as sugestões da população, que poderá usar um canal feito especialmente para se manifestar, narrar suas histórias de superação e mostrar que é possível se tornar mais saudável.

sábado, 18 de março de 2017

Alimentação incorreta é grande causa de mortes por doenças cardiovasculares

A alimentação desajustada responde por 45% das mortes por doenças cardiovasculares nos EUA, sendo o sódio o maior causador de complicações. Especialistas ressaltam que a ingestão incorreta de nutrientes também é uma realidade brasileira

Diário de Pernambuco - Por: Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicado em: 08/03/2017 10:30 Atualizado em: 08/03/2017 10:53




Arte: Valdo Vigo/CB/D.A. Press

Ajustes na alimentação poderiam evitar metade das mortes por doenças cardiovasculares. De acordo com um estudo divulgado ontem na revista da Academia Americana de Medicina, a deficiência ou a ingestão exagerada de 10 fatores dietéticos, como sódio, carne vermelha, nozes e grãos integrais, explicam 45% dos 702.308 óbitos registrados nos Estados Unidos em 2012 por infarto, derrame e diabetes 2. Esses dois primeiros estão no topo do ranking da mortalidade global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Entender a relação entre os componentes dietéticos individuais e doenças cardiometabólicas em nível populacional é essencial para identificar prioridades, guiar planejamento de políticas públicas, criar estratégias para alterar esses hábitos e melhorar a saúde”, justificou, em nota, a nutricionista e epidemiologista Renata Micha, pesquisadora da Faculdade de Políticas e Ciência da Nutrição Trufts Friedman, de Boston (EUA). De acordo com a principal autora do artigo publicado no Jama, não se estabeleceu, até agora, uma associação concreta entre os padrões de ingestão alimentar e enfermidades específicas dos sistemas cardiovascular e metabólico.

No estudo, a equipe da especialista criou um modelo estatístico com dados das Pesquisas Nacionais de Saúde e de Investigação Nutricional norte-americanas dos períodos 1999-2002 e 2009-2012 e cruzou essas informações com registros de óbito oficiais. Eles também usaram dados de estudos e ensaios clínicos. Então, examinaram a associação da mortalidade por doença cardíaca, derrame e diabetes 2 com o consumo de 10 alimentos/nutrientes que podem reduzir ou aumentar os riscos: frutas, vegetais, nozes/sementes, grãos integrais, carne vermelha não processada, carne processada, bebidas açucaradas, gorduras poli-insaturadas, gorduras ômega-3 provenientes de frutos do mar e sódio.

Independentemente de sexo, idade e etnia, os hábitos não saudáveis tiveram forte relação com o risco de mortalidade. Contudo, essa associação foi maior entre pessoas mais jovens, negros e hispânicos e pessoas com nível educacional baixo/médio. Entre os fatores dietéticos avaliados, o que mais influenciou negativamente na saúde foi o sódio, seguido por carnes processadas, bebidas açucaradas e carne vermelha não processada.

Por outro lado, o consumo adequado de nozes/sementes, gorduras ômega-3, vegetais, frutas e grãos integrais, nessa ordem, foi associado aos índices mais baixos de mortalidade. Quanto à idade, bebidas como refrigerante foram o fator mais impactante na morte por doenças cardiometabólicas entre pessoas de 25 a 64 anos. Acima de 65, o sódio excessivo foi quem desempenhou esse papel.

Redução de risco
O cardiologista Fausto Stauffer, diretor de pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenador de Cardiologia do Hospital Prontonorte, avalia que a principal mensagem do trabalho é mostrar o impacto que uma dieta adequada pode ter na redução dos riscos cardíacos. “Qualquer tipo de intervenção mais fácil, como mudar a dieta, é boa para diminuir essas doenças e o diabetes tipo 2, que, por si só, é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares”, diz.

A nutricionista Simone Rocha, presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal (ANDF), acredita que as políticas públicas no Brasil vão ao encontro dessa realidade. “Nós avançamos e estamos à frente das políticas norte-americanas. Por exemplo, com a criação do guia alimentar Comer comida de verdade, do Ministério da Saúde, focado na prevenção”, diz. Segundo a especialista, principalmente para a população carente, esse manual tem um grande impacto. “Ele é o livro de bolso dos agentes de saúde”, conta. Ainda assim, Simone Rocha e Fausto Stauffer concordam que as falhas alimentares cometidas pelos brasileiros são parecidas com as constatadas no estudo norte-americano.

Outro marco destacado pela nutricionista é o acordo do ministério com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) que resultou na redução da quantidade de sódio dos alimentos prontos. “No geral, o que há de maior prejuízo à saúde cardiovascular é o aumento do consumo de sódio. No estudo, o sódio foi considerado o alvo-chave. Atitudes como educar a população e envolver a as indústrias para reduzirem lentamente o teor de sal devem ser tomadas”, diz.

O cardiologista Fausto Stauffer, contudo, acredita que o Brasil tem muito mais a fazer. “Falta muita política para melhorar o lanche nas escolas. As campanhas falam em reduzir a gordura, mas existe um questionamento de que, talvez, o carboidrato tenha um papel muito mais importante”, diz.

Milhões de anos perdidos
O artigo publicado no Jama vai ao encontro de outra pesquisa apresentada ontem no congresso de epidemiologia e prevenção da Academia Americana do Coração. Usando inquéritos nutricionais e dados de estudos anteriores sobre o impacto do consumo baixo de frutas e vegetais, os pesquisadores da Universidade de Washington calcularam os anos de vida perdidos (DALYs, sigla em inglês) — medida que se refere aos anos saudáveis perdidos para uma doença ou morte — em 195 países. De forma geral, descobriram que a ingestão deficiente de frutas está diretamente associada a 53,7 milhões de DALYs, e a de vegetais, a 44,6 milhões. Países com maiores níveis de desenvolvimento socioeconômico têm os menores índices de doença cardiovascular atribuídos à falta de consumo de hortaliças.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Alimentação escolar é tema de oficina com profissionais da área em Alegre

Fonte: FolhaVitória 02/03/17
Os produtores que fazem parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), responsáveis pelo fornecimento de grande parte da merenda, também participaram

Folha Vitória - Redação Folha Vitória


A oficina teve como proposta discutir e fortalecer a melhor qualidade da merenda nas escolas em Alegre
Foto: ​Divulgação/Prefeitura

A alimentação escolar em Alegre foi tema de uma oficina, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, que reuniu departamentos da Prefeitura Incaper, produtores rurais, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, representantes de Associações de produtores rurais, professores do CCAUFES e profissionais da educação.

Com a proposta de discutir ações que aprimorem a lista de compras de alimentos produzidos no município, a oficina teve objetivo oferecer ações que garantam maior qualidade de vida para os alunos.

A consultora do Sebrae, Fabrine Schwanz, falou da importância da melhoria na alimentação escolar e das principais diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que visam a geração de renda para os produtores e o desenvolvimento local. “A oficina pretende ampliar a participação dos produtores para melhorar o fornecimento do PNAE, otimizar questões de logística e fortalecer a agricultura familiar de Alegre que é a principal base do programa. Já mapeamos a sazonalidade do que é produzido aqui para aperfeiçoar todo o processo da construção de uma lista de compras que seja efetivamente funcional nas escolas e que beneficie os produtores”, explica.

O secretário Carlos Reutemann destaca que a proposta é que Educação e Desenvolvimento Rural construam juntos a lista de compras de 2018 com as ações e sugestões apresentadas na oficina. “Integrar todos os setores deste processo é fundamental para estimular o crescimento do município, o aumento da produção da agricultura familiar e a qualidade da alimentação escolar”, completa.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Alimentação e doença de Alzheimer

Fonte: Público PT
INÊS TELLO RODRIGUES - 21/09/2016 



Imagem: Remédio da Terra


Nas fases mais avançadas da doença, as alterações globais na alimentação podem intensificar-se com dificuldades na própria capacidade em deglutir.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, uma doença do foro neurológico que afecta 4,7 milhões de pessoas no mundo. Trata-se da forma mais comum de demência, já que representa entre 50% a 70% de todos os casos desta patologia. De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde, todos os anos são registados quase oito milhões de novos casos de Alzheimer no mundo.

A doença de Alzheimer provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível, principalmente do funcionamento cognitivo (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). No entanto, sendo uma doença do cérebro, também se verificam alterações noutras funções (ex: motora, emocional e comportamental).

À medida que a doença de Alzheimer vai afectando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades, o que se repercute na realização das diferentes actividades da vida diária.

Um dos aspectos afectados, vulgarmente desconhecido ou pouco abordado quando se fala de doença de Alzheimer, é o da alimentação. A perda de capacidades cognitivas e alterações fisiológicas podem interferir na alimentação e nutrição destas pessoas. Adicionalmente, podem surgir alterações na mastigação e problemas de deglutição, acentuados não só pela idade, mas também pela doença e que contribuem para agravar a situação.

São várias as causas possíveis da falta de apetite na pessoa com doença de Alzheimer, entre as quais se destaca o facto de:

— O centro da fome no cérebro, o hipotálamo, responsável pelo apetite, pode tornar-se disfuncional;
— Poderem existir alterações da visão ou do olfacto;
— Poder, igualmente, existir uma alteração do paladar, o que pode fazer com que a comida seja menos apetitosa;
— Algumas doenças crónicas ou certos medicamentos também poderem diminuir o apetite;
— Quando a pessoa ainda vive sozinha ou com pouco apoio, pode esquecer-se de cozinhar e de se alimentar;
— Ambientes novos ou não familiares poderem originar agitação e confusão;
— Distracções, tais como muito barulho ou muita gente, poderem influenciar negativamente a refeição;
— Alimentos pouco atractivos, refeições repetidas ou odores inoportunos contribuem para a recusa alimentar.

Algumas pequenas medidas poderão ajudar a tornar as refeições mais fáceis:

— Usar taças ou chávenas, em vez de pratos, e maiores do que as porções de alimentos, para evitar que se entornem.
— Não utilizar utensílios de plástico por serem demasiado leves para se manipularem e poderem partir-se na boca.
— Servir alimentos que se possam comer com as mãos, tais como pedacinhos de batata cozida, queijo, mini-sandes, pedacinhos de frango, fruta ou vegetais, pois, muitas vezes, as pessoas com demência recusam sentar-se para comer.
— Se necessário, dar instruções verbais como “mastigue agora”, “engula agora”, espaçadamente.
— Humedecer os alimentos com molho.
— Servir alimentos macios e finamente cortados.
— Evitar extremos de temperaturas como o muito quente e/ou muito frio.
— Se a pessoa necessitar de ser alimentada, oferecer alimentos pequenos, um de cada vez, pacientemente.
— Não alimentar a pessoa deitada.
— Se for necessário, reaquecer a comida.

Mas não só a ingestão de alimentos pode estar afectada; também a ingestão de líquidos pode estar comprometida.

A desidratação é uma das principais causas de problemas de saúde geral na pessoa com demência, mas é frequente existir uma recusa na ingestão de líquidos.

Algumas das estratégias para fomentar o consumo de líquidos podem passar por:

— Preparar infusões, sumos sem açúcar, bebidas energéticas e sopas mais líquidas, que podem ser ajudas preciosas na manutenção dos níveis de hidratação.
— Deixar sempre água disponível perto da pessoa, pronta a servir.
— Promover a ingestão de líquidos em pequenas porções ao longo de todo o dia.
— Experimentar acrescentar água com gás nos sumos, servir as bebidas a diferentes temperaturas e observar se existe preferência por alguma destas opções. Por vezes, existem alterações na sensibilidade intra-oral (boca) que podem também condicionar a ingestão de líquidos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Metade das causas de morte e doença têm relação direta com alimentação.

19 DE SETEMBRO DE 2016 - 14:22

De acordo com a Direção-geral da Saúde, o consumo excessivo de sal e de açúcar é apontado como fator de risco para várias doenças.

Foto: Arquivo Global Imagens

Na conferência sobre o Plano Nacional da Saúde que hoje decorreu em Loures, o diretor-geral da Saúde avisou que quase metade dos portugueses adultos tem hipertensão, sendo o consumo de sal uma das principais causas para aquela doença crónica.

"Pelo menos metade das causas de doença e de morte têm relação direta com a alimentação, sobretudo com o excesso de sal, mas também o excesso de calorias, as gorduras de fabrico industrial e o açúcar", afirmou Francisco George em declarações aos jornalistas.

Um dos objetivos centrais do atual Plano Nacional de Saúde é diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70).

Portugal quer ainda aumentar em 30% a esperança de vida saudável aos 65 anos em 2020, assumindo como fundamental ter programas que intervenham no grupo etário dos 50 a 60 anos.

Traçada como uma das metas do atual Plano Nacional de Saúde, o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos passaria nos homens a ser de 12,9 anos e de 11,7 anos nas mulheres.

Atualmente, embora as mulheres tenham maior esperança média de vida, registam valores inferiores no que respeita à esperança de vida saudável. Ou seja, vivem mais que os homens, mas com menos qualidade a partir da terceira idade.

O aumento da esperança média de vida saudável e a diminuição da mortalidade precoce (antes dos 70) são duas das quatro grandes metades definidas no Plano, que contempla ainda objetivos mais dirigidos às gerações mais jovens.

Um deles é a redução da prevalência do consumo de tabaco na população com mais de 15 anos e a eliminação ao fumo ambiental, enquanto o outro é o controlo da obesidade na população infantil para que não aumente em relação aos valores atuais.

Segundo a Direção-geral da Saúde (DGS), as melhorias de vários indicadores de saúde, que se registaram até 2008, desaceleraram a partir dessa data e até 2012, coincidindo com o período de crise, o que pode dificultar algumas metas previstas no Plano Nacional de Saúde.

O coordenador do Plano, Rui Portugal, explicou aos jornalistas que, no período de crise e de assistência financeira, os indicadores foram evoluindo, mas o rtimo de melhoria foi menor do que nos anos anteriores.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida.


Fonte: INCA



A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida. São responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença.

Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas açucaradas, podem prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo.

Caso a população adotasse uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, mantendo o peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com câncer, 33 casos poderiam ser prevenidos.

Confira no menu à esquerda as recomendações sobre alimentação e prevenção de câncer. Pessoas que superaram o câncer também devem seguir essas recomendações. Neste momento, cuidar da alimentação, praticar atividade física e buscar manter o peso adequado é essencial para recuperar a saúde e prevenir recidivas. As informações são baseadas nos relatórios do Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF) e do Instituto Americano de Pesquisa em Câncer (AICR), entre outras pesquisas. Além disso, veja as dicas para uma alimentação saudável, os mitos e verdades e acesse as publicações, legislação e vídeos sobre o tema.

Confira também as recomendações referentes ao consumo de bebidas alcoólicas, peso corporal e atividade física.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Galinhas engaioladas + salmonela. O que estão fazendo com os animais e com a nossa saúde?

Galinhas engaioladas você concorda com isso?
Então porque ainda compra ovos desse tipo de criação? Porque são mais baratos? 
Ovos caipiras e orgânicos vem de galinhas criadas soltas, que correm, tomam banho de areia, esticam as asas, comem insetos, ou seja, levam a vida como deveria ser.
Você vai continuar financiando essa loucura comprando ovos porque são mais baratos?






Tome uma atitude. Acesse aqui



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Alimentos com radiação podem atacar sua saúde

Alimentos com radiação podem atacar sua saúde

Fonte: Dr. Rondó
Alimentos como a batata, o trigo, a aveia, as ervas e condimentos, sementes e chás, são expostos a material radioativo, graças a um processo aprovado nos Estados Unidos. Esse processo de irradiação dos alimentos dura poucos minutos, dependendo do tipo de produto. A dose é medida em RADs (Roentgen Absorbed Doses), em que um RAD é mais do que a radiação emitida por uma aplicação de RX.

A dosagem aprovada é de 3 milhões de RADs para ervas e condimentos, mas o que muita gente ainda não sabe é que apenas 300 RADs são capazes de matar uma pessoa exposta a esta irradiação todos os dias e esterilizar aquelas que não sofreram exposição direta.

O objetivo da irradiação é aumentar a duração dos produtos; mas, não seria melhor deixar os produtos seguirem o seu ciclo e estragarem naturalmente? Será que vale a pena preservá-los por mais ou menos meses, dependendo do tipo de produto? Será que o alimento não se torna radiativo com esse processo? Segundo o FDA, isso só pode ocorrer caso haja um mau funcionamento do equipamento. Os experts dirão que só ocorre uma em um milhão de vezes. Mas e se o seu filho fosse um dos premiados? Como você reagiria? Olha aí o exemplo de Chernobyl.

Dos estudos conduzidos nesse campo nos últimos trinta anos, pouquíssimos foram os que mostraram segurança no processo. Estudos feitos na Rússia com a utilização de ratos mostraram o aparecimento de lesões renais e testiculares nos animais. Na Índia, crianças que se alimentaram com trigo irradiado apresentaram danos cromossômicos e anormalidades sanguíneas associadas com a leucemia. Na Alemanha, os cientistas encontraram tantas consequências, que o processo foi proibido por lei. Os efeitos incluem mutação, redução de fertilidade, distúrbios metabólicos, diminuição de resistência às doenças, tumores etc.

Os alimentos irradiados, nos Estados Unidos, são aprovados pelo FDA e devem conter nos rótulos a denominação “Fique Atento”.

Referências Bibliográficas:
Livro Prevenção: A Medicina do Século XXI. 2000
Journal of Nutrition, 69:18-21, 1959.
Mutation Research, 80:333-345, 1981.
International Journal of Radiation Biology, 18:201-216, 1970.
Nature, 211:302, 1966.
Nutrition, 16:698-701, 2000.

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Especialista indica que pelo menos 30% de 20 alimentos analisados não poderiam estar na mesa do brasileiro

Fonte: Último Segundo IG

Os indicadores que apontam o pujante agronegócio como a galinha dos ovos de ouro da economia não incluem um dado relevante para a saúde: o Brasil é maior importador de agrotóxicos do planeta. Consome pelo menos 14 tipos de venenos proibidos no mundo, dos quais quatro, pelos riscos à saúde humana, foram banidos no ano passado, embora pesquisadores suspeitem que ainda estejam em uso na agricultura.



National Geographic
Foto mostra a diferença entre um solo cultivado organicamente (esquerda) e outro que recebeu a adição de adubos químicos ou agrotóxicos

Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País – uma cota per capita de 5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.

Assista: Agrotóxicos afetam a saúde de 12 milhões na Argentina

Dos agrotóxicos banidos, pelo menos um, o Endosulfan, prejudicial aos sistemas reprodutivo e endócrino, aparece em 44% das 62 amostras de leite materno analisadas por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) no município de Lucas do Rio Verde, cidade que vive o paradoxo de ícone do agronegócio e campeã nacional das contaminações por agrotóxicos. Lá se despeja anualmente, em média, 136 litros de venenos por habitante.

Na pesquisa coordenada pelo médico professor da UFMT Wanderlei Pignati, os agrotóxicos aparecem em todas as 62 amostras do leite materno de mães que pariram entre 2007 e 2010, onde se destacam, além do Endosulfan, outros dois venenos ainda não banidos, o Deltametrina, com 37%, e o DDE, versão modificada do potente DDT, com 100% dos casos. Em Lucas do Rio Verde, aparecem ainda pelo menos outros três produtos banidos, o Paraquat, que provocou um surto de intoxicação aguda em crianças e idosos na cidade, em 2007, o Metamidofóis, e o Glifosato, este, presente em 70 das 79 amostras de sangue e urina de professores da área rural junto com outro veneno ainda não proibido, o Piretroides.

Veja também: Agrotóxico contamina leite materno

Na lista dos proibidos em outros países estão ainda em uso no Brasil estão o Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram.

Chuva de lixo tóxico

“São lixos tóxicos na União Europeia e nos Estados Unidos. O Brasil lamentavelmente os aceita”, diz a toxicologista Márcia Sarpa de Campos Mello, da Unidade Técnica de Exposição Ocupacional e Ambiental do Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde. Conforme aponta a pesquisa feita em Lucas do Rio Verde, os agrotóxicos cancerígenos aparecem no corpo humano pela ingestão de água, pelo ar, pelo manuseio dos produtos e até pelos alimentos contaminados.

Mais: Estudante morre após tomar agrotóxico vendido como emagrecedor

Venenos como o Glifosato são despejados por pulverização aérea ou com o uso de trator, contaminam solo, lençóis freáticos, hortas, áreas urbanas e depois sobem para atmosfera. Com as precipitações pluviométricas, retornam em forma de “chuva de agrotóxico”, fenômeno que ocorre em todas as regiões agrícolas mato-grossenses estudadas. Os efeitos no organismo humano são confirmados por pesquisas também em outros municípios e regiões do país.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo a pesquisadora do Inca, mostrou níveis fortes de contaminação em produtos como o arroz, alface, mamão, pepino, uva e pimentão, este, o vilão, em 90% das amostras coletadas. Mas estão também em praticamente toda a cadeia alimentar, como soja, leite e carne, que ainda não foram incluídas nas análises.

O professor Pignati diz que os resultados preliminares apontam que pelo menos 30% dos 20 alimentos até agora analisados não poderiam sequer estar na mesa do brasileiro. Experiências de laboratórios feitas em animais demonstram que os agrotóxicos proibidos na União Europeia e Estados Unidos são associados ao câncer e a outras doenças de fundo neurológico, hepático, respiratórios, renais e má formação genética.

Câncer em alta

A pesquisadora do Inca lembra que os agrotóxicos podem não ser o vilão, mas fazem parte do conjunto de fatores que implicam no aumento de câncer no Brasil cuja estimativa, que era de 518 mil novos casos no período 2012/2013, foi elevada para 576 mil casos em 2014 e 2015. Entre os tipos de câncer, os mais suscetíveis aos efeitos de agrotóxicos no sistema hormonal são os de mama e de próstata. No mesmo período, segundo Márcia, o Inca avaliou que o câncer de mama aumentou de 52.680 casos para 57.129.

Na mesma pesquisa sobre o leite materno, a equipe de Pignati chegou a um dado alarmante, discrepante de qualquer padrão: num espaço de dez anos, os casos de câncer por 10 mil habitantes, em Lucas do Rio Verde, saltaram de três para 40. Os problemas de malformação por mil nascidos saltaram de cinco para 20. Os dados, naturalmente, reforçam as suspeitas sobre o papel dos agrotóxicos.

Pingati afirma que os grandes produtores desdenham da proibição dos venenos aqui usados largamente, com uma irresponsável ironia: “Eles dizem que não exportam seus produtos para a União Europeia ou Estados Unidos, e sim para mercados africanos e asiáticos.”

Apesar dos resultados alarmantes das pesquisas em Lucas do Rio Verde, o governo mato-grossense deu um passo atrás na prevenção, flexibilizando por decreto, no ano passado, a legislação que limitava a pulverização por trator a 300 metros de rios, nascentes, córregos e residências. “O novo decreto é um retrocesso. O limite agora é de 90 metros”, lamenta o professor.

“Não há um único brasileiro que não esteja consumindo agrotóxico. Viramos mercado de escoamento do veneno recusado pelo resto do mundo”, diz o médico Guilherme Franco Netto, assessor de saúde ambiental da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira, diante da probabilidade de agravamento do cenário com o afrouxamento legal, a Fiocruz emitiu um documento chamado de “carta aberta”, em que convoca outras instituições de pesquisa e os movimentos sociais do campo ligados à agricultura familiar para uma ofensiva contra o poder (econômico e político) do agronegócio e seu forte lobby em toda a estrutura do governo federal.

Reação da Ciência

A primeira trincheira dessa batalha mira justamente o Palácio do Planalto e um decreto assinado, no final do ano passado, pela presidente Dilma Rousseff. Regulamentado por portaria, a medida é inspirada numa lei específica e dá exclusividade ao Ministério da Agricultura _ histórico reduto da influente bancada ruralista no Congresso _ para declarar estado de emergência fitossanitária ou zoossanitária diante do surgimento de doenças ou pragas que possam afetar a agropecuária e sua economia.

Essa decisão, até então era tripartite, com a participação do Ministério da Saúde, através da Anvisa, e do Ministério do Meio Ambiente, pelo Ibama. O decreto foi publicado em 28 de outubro. Três dias depois, o Ministério da Agricultura editou portaria declarando estado de emergência diante do surgimento de uma lagarta nas plantações, a Helicoverpa armigera, permitindo, então, para o combate, a importação de Benzoato de Emamectina, agrotóxico que a multinacional Syngenta havia tentado, sem sucesso, registrar em 2007, mas que foi proibido pela Anvisa por conter substâncias tóxicas ao sistema neurológico.

Na carta, assinada por todo o conselho deliberativo, a Fiocruz denuncia “a tendência de supressão da função reguladora do Estado”, a pressão dos conglomerados que produzem os agroquímicos, alerta para os inequívocos “riscos, perigos e danos provocados à saúde pelas exposições agudas e crônicas aos agrotóxicos” e diz que com prerrogativa exclusiva à Agricultura, a população está desprotegida.

A entidade denunciou também os constantes ataques diretos dos representantes do agronegócio às instituições e seus pesquisadores, mas afirma que com continuará zelando pela prevenção e proteção da saúde da população. A entidade pede a “revogação imediata” da lei e do decreto presidencial e, depois de colocar-se à disposição do governo para discutir um marco regulatório para os agrotóxicos, fez um alerta dramático:

A Fiocruz convoca a sociedade brasileira a tomar conhecimento sobre essas inaceitáveis mudanças na lei dos agrotóxicos e suas repercussões para a saúde e a vida.”
Para colocar um contraponto às alegações da bancada ruralista no Congresso, que foca seu lobby sob o argumento de que não há nexo comprovado de contaminação humana pelo uso de veneno nos alimentos e no ambiente, a Fiocruz anunciou, em entrevista ao iG, a criação de um grupo de trabalho que, ao longo dos próximos dois anos e meio, deverá desenvolver a mais profunda pesquisa já realizada no país sobre os efeitos dos agrotóxicos – e de suas inseparáveis parceiras, as sementes transgênicas – na saúde pública.

O cenário que se desenha no coração do poder, em Brasília, deve ampliar o abismo entre os ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento, de um lado, e da Saúde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, de outro. Reflexo da heterogênea coalizão de governo, esta será também uma guerra ideológica em torno do modelo agropecuário. “Não se trata de esquerdismo desvairado e nem de implicância com o agronegócio. Defendemos sua importância para o país, mas não podemos apenas assistir à expansão aguda do consumo de agrotóxicos e seus riscos com a exponencial curva ascendente nos últimos seis anos”, diz Guilherme Franco Netto. A queda de braços é, na verdade, para reduzir danos do modelo agrícola de exportação e aumentar o plantio sem agrotóxicos.

Caso de Polícia

“A ciência coloca os parâmetros que já foram seguidos em outros países. O problema é que a regulação dos agrotóxicos está subordinada a um conjunto de interesses políticos e econômicos. A saúde e o ambiente perderam suas prerrogativas”, afirma o pesquisador Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz. Até novembro de 2012, durante 11 anos, ele foi o organizador gerente de toxicologia da Anvisa, setor responsável por analisar e validar os agrotóxicos que podem ser usados no mercado.

Meirelles foi exonerado uma semana depois de denunciar complexas falcatruas, com fraude, falsificação e suspeitas de corrupção em processos para liberação de seis agrotóxicos. Num deles, um funcionário do mesmo setor, afastado por ele no mesmo instante em que o caso foi comunicado ao Ministério Público Federal, chegou a falsificar sua assinatura.

“Meirelles tinha a função de banir os agrotóxicos nocivos à saúde e acabou sendo banido do setor de toxicologia”, diz sua colega do Inca, Márcia Sarpa de Campos Mello. A denúncia resultou em dois inquéritos, um na Polícia Federal, que apura suposto favorecimento a empresas e suspeitas de corrupção, e outro cível, no MPF. Nesse, uma das linhas a serem esclarecidas são as razões que levaram o órgão a afastar Meirelles.

As investigações estão longe de terminar, mas forçaram já a Anvisa – pressionada pelas suspeitas –, a executar a maior devassa já feita em seu setor de toxicologia, passando um pente fino em 796 processos de liberação avaliados desde 2008. A PF e o MPF, por sua vez, estão debruçados no órgão regulador que funciona como o coração do agronegócio e do mercado de venenos.

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Diferencie a fome da vontade de comer e escape das calorias extras


Fuja das situações em que as mastigadas só servem para aumentar os problemas com a balança
Fonte: Minha Vida

Sentir fome o dia todo não é normal. Se você não passa mais de meia hora sem mastigar alguma coisa, alerta ligado. Pode ser esta a explicação para suas dificuldades com a balança. E, em geral, quem age assim não sente fome. 

"Nenhum organismo tem uma necessidade tão intensa de consumir alimentos", afirma a nutricionista responsável pelo MinhaVida, Roberta Stella. Isso évontade de comer, simplesmente. Trata-se de um sintoma que mascara ansiedade ou é disparado quando somos expostos a sensações visuais ou olfativas tipo passar na frente de uma confeitaria incrível, mesmo tendo acabado de comer sobremesa ou vasculhar a geladeira enquanto o computador ligado lembra que há trabalho a fazer .

Sucumbir frequentemente à vontade de comer pode levar ao excesso de peso e à sensação de descontrole. Por isso, a principal atitude é estabelecer uma rotina alimentar, estipulando horários para as refeições principais e, também, para pequenos lanches intermediários. 

A seguir, a nutricionista do MinhaVida identifica as principais situações em que o vício da mastigada mantém-se à espreita. Fique atenta e leia com atenção as dicas que a especialista dá para você se livrar do problema.

Perigo: Você tem mania de ficar beliscando, mesmo tendo acabado de comer, e perder a noção de quanto alimento já foi consumido.

Como resolver: nas refeições principais (café da manhã, almoço e jantar), consuma alimentos com maior volume e menor quantidade energética como frutas, legumes, verduras, além de cereais integrais (por exemplo, arroz integral). 

Dessa maneira, o organismo irá receber o alerta de saciedade, levando à interrupção da ação de se alimentar. Além disso, esses alimentos são ricos em fibras, fazendo com que o esvaziamento gástrico ocorra lentamente. Outra dica é estipular horários para pequenos lanches entre as refeições principais, isso evita ficar beliscando.
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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Alimentação saudável é um dos principais cuidados no pós-operatório A recuperação pode ser muito mais rápida com os alimentos certos

As cirurgias plásticas trazem resultados compensadores, mas, para garantir o sucesso do procedimento, é importante que o pós-operatório seja cercado de cuidados. Nos primeiros dias, o repouso é obrigatório e a alimentação merece atenção especial, afinal ela fornecerá os nutrientes necessários para que o corpo se restabeleça.

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“Após a operação, o corpo permanece inchado e dolorido durante algum tempo, dependendo do procedimento que foi realizado. Para fazer com que o inchaço diminua, além das sessões de drenagem linfática e do uso de malhas de compressão, o ideal é manter uma dieta balanceada”, explica Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo.

Alimentos que ajudam a recuperação

O especialista afirma que com os alimentos certos, o período pós-operatório se torna menos incomodo e dolorido. Beber bastante água é fundamental para compensar a perda de líquidos e diminuir o inchaço causado pela cirurgia. Sucos naturais e frutas como melancia, melão e abacaxi também ajudam a hidratar o organismo. Que tal testar um shake para desinchar, que leva abacaxi, chá verde e gengibre?

O período em repouso pode deixar o intestino preguiçoso, por isso é importante consumir alimentos ricos em fibras. Aposte neste shake para fazer o intestino funcionar.

Iogurtes, ovos, abacate, cenoura, beterraba, abóbora, cenoura, damasco, manga, espinafre, couve, tomate, uva, goiaba, castanha-do-pará, salmão e atum são outros alimentos benéficos para este período. “Cada alimentos possui uma função importante. O iogurte ajuda no equilíbrio da flora intestinal. O ovo fornece proteínas e é de fácil digestão. O abacate acaba com o mau colesterol, regula o intestino, além de ser fonte de vitaminas. O suco de limão, retém a hemoglobina, evitando a anemia”, comenta o especialista.


Alimentos que devem ser evitados no pós-operatório

Doces e chocolates devem ficar de fora da dieta, pois podem dificultar a recuperação. “Além de não contribuir para a digestão, esta dupla é fonte de gordura e açúcar em grande quantidade”, diz.

Alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans (salgadinhos, batata frita, margarinas, pipoca de micro-ondas, bolos e tortas industrializadas, bolachas recheadas), cafeína, carne vermelha, bebidas alcoólicas, sal em excesso e alimentos fermentativos (feijão, lentilha, grão-de-bico e repolho) também não devem ser consumidos por um período.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mídias sociais estão mudando hábito de alimentação, diz estudo


Smartphone no jantar

Usuários usam redes sociais para descobrir novos restaurantes e para ter uma alimentação mais saudável
01 de Março de 2012 | 13:20h
Um estudo chamado "Cliques e Desejos" examinou como as mídias sociais estão mudando a forma como comemos e chegou à conclusão que, mesmo que elas nos tirem da mesa de jantar para ficar na frente do computador, isso não é necessariamente algo ruim, segundo o Mashable.
De acordo com a pesquisa, 29% dos usuários de mídias sociais estão acessando alguma rede enquanto comem ou bebem algo em casa. Fora de casa, o número cai para 19%. Cerca de 32% dos usuários mandam mensagens ou acessam o Facebook, por exemplo, a partir de um dispositivo móvel durante uma refeição.
Os números são mais altos considerando o público mais jovem. Entre os usuários de 18 a 34 anos, o uso de Twitter, Facebook e mensagens SMS durante o almoço é de 47%.
Diferentemente do que muitos pensam, comer na frente do computador não é um indicativo de que a pessoa é antissocial. Muitos usuários de redes sociais usam os serviços durante a refeição para falar com amigos e família, além de usar mídias sociais para saber tendências de restaurantes ou descobrir como ter uma alimentação mais saudável.
"Existe uma preocupação para se alimentar melhor", aforma David Feit, diretor de pesquisas do Hartman Group, responsável pelo estudo. "As pessoas que mais usam as mídias sociais estão antenadas com tendências na cultura da comida. Quanto mais amigos uma pessoa tem, mais ela saberá das tendências", afirmou.
49% dos entrevistados afirmam que aprendem sobre comida via redes sociais. Eles usam aplicativos de review de restaurantes, por exemplo, ou acessam blogs de comida.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Verduras contra o câncer

Fonte: Ecofidelidade

Está provado: a alimentação influencia no tratamento de câncer. Os especialistas concordam que uma dieta saudável e equilibrada, na qual não podem faltar vegetais, atua como uma barreira para as doenças. Além disso, vários estudos científicos mostram as propriedades anticancerígenas presentes em algumas verduras.

As verduras são essenciais em uma dieta saudável. Igual ao que ocorre com as frutas, esses alimentos tem pouca gordura e são cheios de vitaminas, minerais e fibras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que um adequado consumo diário de frutas e verduras poderia contribuir para a prevenção de doenças importantes, como as cardiovasculares e alguns tipos de cânceres. Em geral, esta entidade estima que a cada ano poderiam ser salvas 1,7 milhões de vidas se aumentar, suficientemente, o consumo de frutas e verduras.

Na verdade, um informativo da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês) recomenda a ingestão de, ao menos, 400 gramas diários de frutas e verduras. O objetivo é prevenir doenças crônicas como as cardíacas, cânceres, diabetes e obesidade.

"As frutas e verduras protegem, sobretudo, dos tumores malignos de cavidade oral, do esôfago, de pulmão, de estômago, da área colo retal, do pâncreas, de mama e de bexiga", detalhou a Associação Espanhola Contra o Câncer.

Esta organização salienta que as dietas ricas em frutas e verduras variadas evitariam cerca de 20% de todos os tipos de câncer.

"Faz tempo que sabemos que a alimentação influencia de uma maneira determinante para o desenvolvimento do câncer. Contudo, não temos dados concretos para saber, por um lado, de que maneira se previne a aparição da doença e, por outra, como aumentam as possibilidades de vivência daqueles que já estiveram doentes", explica Jesús García Mata, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Santa María Nai de Ourense e porta-voz da Sociedade Espanhola de Oncologia.

Enquanto, na maioria das vezes, os detalhes não são conhecidos, a alimentação é, de alguma forma, responsável por uma porcentagem importante de cânceres, diz o médico, que avisa que chegará um dia em que seremos capazes de descobrir qual parte da alimentação pode influenciar em cada tipo de câncer.

Não obstante, o especialista indica que cada vez mais vão aparecendo mais dados com relação a esse assunto.

Fonte: EFE

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

Por Notícias Yahoo
Por Tatiana Achcar | Habitat – sex, 20 de abr de 2012
Nunca tivemos tanta comida produzida no mundo, mesmo assim um milhão de pessoas passam fome e outro milhão comem menos do que necessitam. A fome é um problema de economia mundial.

Em vinte anos, o Brasil tomará dos Estados Unidos a liderança mundial na produção de alimentos. No entanto, 49% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 16% obesos, segundo o Ministério da Saúde. A obesidade é um problema de saúde pública, logo, de economia nacional. 

Por que esse disparate entre a grande quantidade de alimento e a fome e o sobrepeso? Apesar das commodities agrícolas bombarem as bolsas de valores, o sistema alimentar mundial tem falhas, e das grossas: o modo de produção usa recursos naturais de maneira abusiva, o sistema está baseado na industrialização, que artificializa o alimento, e a distribuição é concentrada e controlada por poucos gigantes do setor. Alimentação em quantidade e qualidade adequada e saudável é um direito humano, mas virou artigo de luxo.

Em seu discurso de posse, no dia 18 de abril, a nova presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, a antropóloga Maria Emília Pacheco, criticou os agrotóxicos, os alimentos transgênicos e a livre atuação das grandes corporações, apoiada na irrestrita publicidade de alimentos, especialmente entre o público infantil, como nocivas para a segurança e soberania alimentar. "O caminho percorrido historicamente pelo Brasil com seu atual modelo de produção nos levou ao lugar do qual não nos orgulhamos de maior consumidor de agrotóxicos no mundo e uma das maiores áreas de plantação de transgênicos", afirmou. O país que está prestes a tornar-se líder mundial na produção de alimentos abusa de venenos que causam intoxicação crônica, aquela que mata devagar com doenças neurológicas, hepáticas, respiratórias, renais, cânceres entre outras e provoca o nascimento de crianças com mal formação genética. 

O uso massivo de agrotóxico promovido pela expansão do agronegócio está contaminando o agricultor, que tem contato direto com a lavoura envenenada, os alimentos, a água e o ar. Estudos científicos recentes encontraram resíduos de agrotóxicos em amostras de água da chuva em escolas públicas no Mato Grosso. O sangue e urina dos moradores de regiões que sofrem coma pulverização áreas de agrotóxicos estão envenenados. Nos últimos anos, o Brasil tornou-se o principal destino de defensivos agrícolas banidos no exterior. Segundo dados da Anvisa, são usados em nossas lavouras pelo menos dez produtos proscritos na União Europeia, Estados Unidos, China.

É evidente que segurança e soberania alimentar dependem de um sistema de produção alimentar bom, limpo e justo, sustentável e descentralizado, de base agroecológica de produção, extração e processamento, de processos permanentes de educação alimentar e nutricional. É estratégico adotar a soberania e segurança alimentar como um dos eixos ordenadores da estratégia de desenvolvimento do país para superar desigualdades socioeconômicas, regionais, étnico-raciais, de gênero e de geração e erradicar a pobreza extrema e a insegurança alimentar e nutricional.

Fico contente com a posse de Maria Emília Pacheco por sua força de vontade política e clareza de que é preciso fortalecer a capacidade reguladora do Estado, tanto na regulação da expansão das monoculturas, como no banimento imediato dos agrotóxicos que já foram proibidos em outros países, incluindo os que foram utilizados em guerras, como o glifosato. E dar um o fim aos subsídios fiscais, rotular, obrigatoriamente, todos os alimentos transgênicos, assegurando o consumidor o direito à informação. Investir na agricultura familiar e camponesa é eixo fundamental que deve estar na prioridade do governo. Ela gera emprego e renda para milhões de pessoas, estimula a produção de alimentos e a diversidade de culturas, respeita tradições alimentares e preserva a natureza, fixa o homem no campo e fortalece as economias locais e regionais.

Desejo que a proposta da Política Nacional de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção, em processo de elaboração por um grupo interministerial, seja amplamente aprovada a aplicada para garantir a proteção da agrobiodiversidade e de iniciativas como a conservação de sementes crioulas, os sistemas locais públicos de abastecimento, circuitos curtos de mercado e mercado institucional. É vencendo esses passos que um país deveria orgulhar-se de ser líder mundial na produção de alimentos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alimentos ricos em vitamina B


Alguns exemplos de alimentos ricos em vitaminas B são: banana, carnes, os miúdos como fígado ou rim, vegetais verdes folhosos, cereais e os ovos. E elas são classificadas de acordo com as suas funções e estão sempre relacionadas ao bom funcionamento do organismo.

A seguir apresentamos uma lista com cada vitamina do complexo B, em quais alimentos elas são encontradas e quais são suas principais funções:

Vitamina B1 ou Tiamina
Serve para: responsável pelo correto metabolismo dos carboidratos, também auxilia na regulação do gasto de energia do indivíduo.
Fontes: Levedo de cerveja, carne, fígado, ovos queijos, sementes e cereais integrais e vegetais verdes e folhosos.
Efeitos da sua falta: beribéri, anorexia, indigestão, prisão de ventre, baixa acidez dos sucos gástricos, cansaço, irritação nervosa, paralisia, inchaço nas mão e pé e fraqueza do músculo do coração.
Vitamina B2 ou Riboflavina
Serve para: o correto aproveitamento pelo corpo das proteínas e açúcares vindos da alimentação.
Fontes: carne, vísceras, legumes e leite.
Efeitos da sua falta: dificuldade em curar feridas, etmatite, fissuras no canto da boca, cansaço, ardor nos olhos, descamação ao redor dos lábios ou nariz.
Vitamina B3, Niacina, ácido nicotínico ou vitamina PP
Serve para: tranformar a gordura corporal em açucar para ser consumido como fonte de energia.
Fontes: peixe, carnes, aves, levêdo e fígado.
Efeitos da sua falta: desenvolvimento da pelagra, insônia, cansaço, dores de cabeça, indigestão e erupções na pele.

Vitamina B5 ou ácido pantotênico
Serve para: antioxidante envolvido na produção da coenzima A,que atua na regulação do metabolismo das gorduras.
Fontes: batata doce, melaço, abacate, lentilha.
Efeitos da falta: necessidades diárias baixas, com menos de 10mg/ dia, não se reconhece efeito da sua carência, por estar presente em pequenas quantidades, em todos os alimentos.
Vitamina B6 ou Piridoxina
Serve para: envolvida da produção de anticorpos e células vermelhas do sangue e participa na produção de enzimas responsáveis pelo metabolismo das proteínas e gorduras.
Fontes: carnes em geral, ovos e leguminosas.
Efeitos da falta: nervosismo, insônia, irritabilidade, dor abdominal e até dificuldade em andar.
Vitamina B7, vitamina H ou Biotina
Serve para: regular ações coenzimaticas para um melhor metabolismo.
Fontes: banana, carnes, rim, fígado, levedura, gema de ovo.
Efeitos da falta: é sintetizada pelas bactérias intestinais do homem.
Vitamina B9 ou ácido fólico
Serve para: formação de proteínas estruturais e hemoglobina
Fontes: gérmen de trigo, levedura, fígado, vegetais de folha escura, leite e ovos;
Efeitos da falta:anemia megaloblástica, diarréia, má absorção de nutrientes a nível intestinal, espinha bífida em fetos.

O ácido fólico, é em geral recmendado para mulheres grávidas ou que pretende engravidar, para evitar má formações no sistema nervoso, como a espinha bífida.

Vitamina B12 ou cobalamina
Serve para: participa na formação do sangue.
Fontes: carne, fígado, leite, queijo e ovos.
Efeitos da falta: anemia perniciosa, efeitos degenerativos sobre o sistema nervoso.
Alimentos fonte de Vitamina B12

O segredo do equilíbrio do metabolismo é ingerir alimentos fontes de Vitamina B variados, porque eles tem um conjunto diferente de fibras e outras vitaminas além das vitaminas do complexo B.

Por serem hidrossolúveis não há risco de hipervitaminoses, mas a falta dessas vitaminas no corpo pode causar transtornos gastrointestinais, irritabilidade e até problemas de pele e queda de cabelo.
Benefícios das vitaminas do complexo B

Pode-se dizer que os benefícios da vitamina B são muito amplos e regulam de forma geral o funcionamento do organismo equilibrando especialmente a forma como gere o consumo energético, por isso podemos resumir nos tópicos a seguir:
  • melhorar o crescimento do cabelo;
  • garantir saúde da pele;
  • regular o apetite;
  • combater a depressão;
  • proteger o fígado de diversas doenças;
  • melhorar o metabolismo do organismo;
  • prevenir doenças do sistema nervoso
Para que servem as vitaminas do complexo B

A vitamina B serve para garantir o bom funcionamento do corpo em geral, pois ela está envolvida nos processos de crescimento celular, formação de células sanguíneas, consumo de energia, regulação do apetite, equilíbrio das variações de humor, saúde da pele além da produção ideal das enzimas envolvidas na digestão.

As vitaminas do complexo B estão relacionadas às reações químicas que ocorrem no cérebro e a sua falta pode justificar em alguns casos sintomas de depressão.
Fonte: http://www.tuasaude.com/alimentos-fonte-de-vitamina-b6/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alimentos não saudáveis podem receber uma taxa extra

Por Blog da Saúde

Última pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostrou que quase 16% da nossa população está obesa. Os Estados Unidos já ultrapassou essa porcentagem e hoje tem 27% dos americanos na faixa de obesidade. Diversos países discutem medidas a serem tomadas para proporcionar uma alimentação mais balanceada à população e reduzir o peso de seus habitantes.
Pesquisadores da Universidade de Oxford e da City University de Londres sugerem cobrar uma sobretaxa de 20% para alimentos que possuem alto teor de gordura, açúcar, sal e refrigerantes. A medida seria acompanhada de subsídios para baixar preços de alimentos saudáveis. Entretanto, o mais viável seria se as empresas reduzissem os teores de sódio e gordura saturada em seus produtos.
Com base em estudos econômicos, pode-se esperar que ocorra uma queda de 3,5% nos níveis de obesidade nos EUA se a medida for adotada.
Entretanto, acredita-se que existem providências mais simples a serem tomadas antes de recorrer à sobretaxa. “É preciso garantir informações nutricionais claras ao consumidor e restringir a publicidade desses alimentos,” defende Lisa Gunn, coordenadora executiva do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor), à Folha.
Na França, além de cobrar uma taxa extra sobre refrigerantes, um novo projeto de lei quer obrigar uma legenda nos cardápios de restaurantes. Informações sobre o prato devem mostrar ao cliente se ele está consumindo algo congelado, enlatado ou fresco.
Um dos países que já aderiu à sobretaxa é a Hungria, onde alimentos considerados não saudáveis, álcool, refrigerantes, energéticos e cafeína já possuem valor elevado. Na Dinamarca, uma taxa extra é aplicada em alimentos com alto teor de gordura saturada.
No Brasil, a Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) juntamente com o Ministério da Saúde já cortaram 230 mil toneladas de gordura trans dos alimentos.
E você? Que medidas tem tomado para garantir uma alimentação mais saudável em sua casa?

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Fonte: FOREVER YOUNG Por Sandra M. Pinto  14:51, 6 Maio 2022 Conheça-os aqui e ponha-os de lado Peito de peru processado:  Tem uma grande qu...

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