Fonte: Brasil de Fato
Letícia Sepúlveda
São Paulo (SP),24 de Setembro de 2018 às 15:30
São Paulo (SP),24 de Setembro de 2018 às 15:30
Vários tipos de soja transgênica estão sendo desenvolvidas, mas a única que pode ser comercializada é a resistente ao herbicida glifosato / Pexels/rawpixel
A soja é conhecida por seus ótimos benefícios para a saúde, como a redução no risco de doenças cardiovasculares, do colesterol ruim e o fortalecimento dos ossos. No entanto, de acordo com o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, 96,5% da soja produzida no Brasil é transgênica.
A tese de doutorado da nutricionista Rayza Dal Molin Cortese indica que
alimentos à base de soja podem esconder em seus rótulos a presença de ingredientes transgênicos. Segundo Rayza, "os transgênicos, ou também conhecidos como organismos geneticamente modificados, são organismos vivos, como plantas, animais ou microorganismos que tiveram seu material genético, DNA, alterado de uma forma que não aconteceria naturalmente."
As principais preocupações relacionadas aos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) se relacionam com os efeitos maléficos que o consumo desses alimentos podem ocasionar. Os organismos aprovados para o consumo no Brasil sofreram modificações genéticas e tornaram-se resistentes a insetos ou herbicidas, e neste caso estão associados a algum tipo de agrotóxico.
De acordo com Rayza, "já existem estudos que comprovam os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana, em relação ao surgimento de alguns tipos de câncer, no agravamento do alzheimer, do autismo, da doença celíaca (inflamação grave no intestino delgado), entre outras enfermidades associadas ao consumo dos transgênicos e os efeitos dos agrotóxicos."
A pesquisa de Rayza analisou a rotulagem de alimentos feitos com base em organismos geneticamente modificados. Além da soja, o estudo levou em consideração ingredientes derivados de milho e algodão.
"Analisamos os rótulos de 5.048 alimentos que estavam disponíveis para venda em um supermercado de uma grande rede, localizado em Florianópolis. Do total dos alimentos analisados, identificamos que apenas 238, ou seja, menos de 5% dos alimentos declaravam a presença de algum ingrediente transgênico. No entanto, quando verificamos os ingredientes de todos esses alimentos, constatamos que mais de 60%, quase 65% dos alimentos continham algum ingrediente possivelmente geneticamente modificado, ou seja, derivado de soja ou milho. Ainda assim, não traziam nenhuma informação referente a presença de transgênicos no rótulo."
A pesquisa concluiu que as indústrias estão omitindo informações dos consumidores, já que não disponibilizam informações corretas e adequadas sobre a composição desses alimentos.
Edição: Guilherme Henrique
A soja é conhecida por seus ótimos benefícios para a saúde, como a redução no risco de doenças cardiovasculares, do colesterol ruim e o fortalecimento dos ossos. No entanto, de acordo com o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, 96,5% da soja produzida no Brasil é transgênica.
A tese de doutorado da nutricionista Rayza Dal Molin Cortese indica que
alimentos à base de soja podem esconder em seus rótulos a presença de ingredientes transgênicos. Segundo Rayza, "os transgênicos, ou também conhecidos como organismos geneticamente modificados, são organismos vivos, como plantas, animais ou microorganismos que tiveram seu material genético, DNA, alterado de uma forma que não aconteceria naturalmente."
As principais preocupações relacionadas aos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) se relacionam com os efeitos maléficos que o consumo desses alimentos podem ocasionar. Os organismos aprovados para o consumo no Brasil sofreram modificações genéticas e tornaram-se resistentes a insetos ou herbicidas, e neste caso estão associados a algum tipo de agrotóxico.
De acordo com Rayza, "já existem estudos que comprovam os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana, em relação ao surgimento de alguns tipos de câncer, no agravamento do alzheimer, do autismo, da doença celíaca (inflamação grave no intestino delgado), entre outras enfermidades associadas ao consumo dos transgênicos e os efeitos dos agrotóxicos."
A pesquisa de Rayza analisou a rotulagem de alimentos feitos com base em organismos geneticamente modificados. Além da soja, o estudo levou em consideração ingredientes derivados de milho e algodão.
"Analisamos os rótulos de 5.048 alimentos que estavam disponíveis para venda em um supermercado de uma grande rede, localizado em Florianópolis. Do total dos alimentos analisados, identificamos que apenas 238, ou seja, menos de 5% dos alimentos declaravam a presença de algum ingrediente transgênico. No entanto, quando verificamos os ingredientes de todos esses alimentos, constatamos que mais de 60%, quase 65% dos alimentos continham algum ingrediente possivelmente geneticamente modificado, ou seja, derivado de soja ou milho. Ainda assim, não traziam nenhuma informação referente a presença de transgênicos no rótulo."
A pesquisa concluiu que as indústrias estão omitindo informações dos consumidores, já que não disponibilizam informações corretas e adequadas sobre a composição desses alimentos.
Edição: Guilherme Henrique
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