quinta-feira, 18 de junho de 2015

BioBrazil Fair e a brilhante apresentação da Dra. Denise Carreiro

Fonte: Organics Net

Em debate realizado na quarta-feira (10/6) durante a BioBrazil Fair, a nutricionista e professora Denise Carreiro afirmou que introduzir hábitos saudáveis, como o consumo de orgânicos, desde cedo é a chave para prevenção de doenças crônicas e que a alimentação desenvolvida por um indivíduo determina toda estruturação de seu organismo. 


“A única coisa que forma uma célula é nutriente e a única coisa que nos forma são células. É tudo o que vemos, mas principalmente o que a gente não vê: hormônios, enzimas, neurotransmissores. Nossa renovação celular é feita a partir do que a gente absorve, da matéria-prima que se coloca dentro do organismo.”

Os métodos de produção baseados em agrotóxicos e defensivos oferecem alimentos com até 40% menos vitaminas,minerais e fitoquímico do que a 50 anos atrás, de acordo com a nutricionista. 

Como exemplo, Denise citou o resveratrol, substância presente na uva que previne problema cardiovascular e cerebral. Antifúngico, o resveratrol é produzido pela própria planta, mas quando ela recebe uma quantidade exacerbada de defensivos com essa função, pára de produzi-lo. “Um alimento que teoricamente teria uma das substâncias mais importantes pra vida não tem mais porque não precisou produzir. Muitos do fotoquímicos que fazem as nossas ações antioxidantes, prevenção de câncer, são feitos pelas plantas para se defender do meio e com agrotóxico temos uma queda muito grande disso.”

Segundo Denise, a deficiência de nutrientes nos alimentos, aliada aos hábitos modernos de se consumir menos frutas, legumes e verduras e mais industrializados, é fator que aumenta gradativamente o número de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, e que estas afetam cada vez mais as crianças.


Desenvolvimento humano

O pico do desenvolvimento do cérebro humano ocorre entre o terceiro trimestre de gravidez aos 18 meses da criança. 
Até os 5 anos, foi desenvolvido 75% do órgão. 

“Na infância temos a formação do sistema nervoso central e isso interfere pro resto da vida. Com o que isso é formado? Com substâncias presentes nos refrigerantes, que vemos nas mamadeiras? Com iogurte de morango, que acham que estão dando morango?”. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) um mínimo de 400 gramas de legumes, verduras e frutas por dia seria o necessário pra evitar doença crônica não transmissível.

A professora também chamou atenção para alternativas ao combate de transtornos como o déficit de atenção, que segundo ela podem ter origem numa alimentação incorreta e serem minimizados ou curados com dietas adequadas “O Brasil é o segundo pais no mundo em venda de ritalina, que age nas mesmas vias da anfetamina. Dão para crianças a partir dos 3 anos de idade para controle dos déficits de atenção e hiperatividade e ninguém pensa no que elas estão comendo. Qual a interferência da matéria-prima que está sendo colocada no organismo para formar e fazer funcionar este cérebro?”
Para auxiliar um consumo saudável desde a infância, em março deste ano o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou a Lei nº 16.140, que prevê a inclusão de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação na rede escolar municipal, onde são servidas diariamente mais de 2 milhões de refeições.

Na opinião da nutricionista ainda há uma inversão de prioridades na hora de escolher um alimento. “A ideia de que somos feitos e funcionamos a partir do que colocamos dentro do nosso organismo não existe. Existe apenas a idéia de quantas calorias possui determinados alimentos.” 

Para ela, deve haver uma preferência por alimentos naturais na nossa base de alimentação, mas não o radicalismo. “Alimentos naturais, mas, além de tudo, que venham com menos agrotóxicos, como a alimentação orgânica. Neles garantimos mais o que mais está faltando pra gente: vitaminas, minerais e fotoquímicos.”

Quer saber mais dobre Denise Carreiro? Acesse aqui


terça-feira, 16 de junho de 2015

As identidades secretas da gordura trans

Fonte: Proteste - As 23 identidades da gordura trans
29 junho 2012

As 23 identidades da gordura trans
É com essa “clareza” que a lista de ingredientes confirma ou refuta a rotulagem nutricional

Ler e entender o rótulo de um alimento industrializado parece ser tarefa para especialistas. Como reconhecer a gordura vegetal hidrogenada na lista de ingredientes quando ela tem mais de 20 nomes diferentes? 

Na lista abaixo estão as 23 denominações de compostos que contêm ou podem conter gordura trans que foram encontradas na pesquisa da UFSC. Com as dicas a seguir, tente concluir, sem dúvidas, se os alimentos que você compra contêm ou não alguma gordura trans em todo o conteúdo do pacote.

O termo “gordura” refere-se sempre a sólidos. As gorduras líquidas são chamadas de óleos, à exceção dos óleos de palma e coco, apesar de naturalmente cremosos.
Segundo a Anvisa, quando se usa a denominação “óleo”, é preciso identificar qual espécie vegetal foi usada (soja, milho, canola etc.), o que, aliás, não se observa na maioria dos nomes encontrados na pesquisa.

A pesquisadora Rossana Pacheco ressalta que o uso de óleo de coco ou palma costuma ser alardeado pelos fabricantes, por serem ingredientes “nobres” e mais caros. Logo, se o rótulo diz “gordura vegetal”, sem especificar, é grande a chance de não ser de coco nem de palma, e sim óleo hidrogenado.

Outra forma de solidificar um óleo é por interesterificação. Este processo não gera ácidos graxos trans..

O grau de hidrogenação (total ou parcial) indica a probabilidade de o ingrediente ter ou não gordura trans (maior na parcial).

Segundo Antonia Aquino, da lista abaixo, somente as denominações “hidrogenada”, “gordura” e “gordura hidrogenada” estão fora do padrão.

As substâncias a seguir, por sua natureza, contêm gordura trans com certeza:
1. gordura hidrogenada
2. gordura
3. hidrogenada
4. gordura parcialmente hidrogenada
5. gordura vegetal hidrogenada
6. gordura vegetal parcialmente hidrogenada
7. gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificadagordura de soja parcialmente hidrogenada
8. gordura hidrogenada de soja
9. óleo vegetal parcialmente hidrogenado.
10. óleo vegetal hidrogenado
11. óleo de milho hidrogenado
12. óleo vegetal de algodão, soja e palma hidrogenado
13. óleo vegetal líquido e hidrogenadomistura láctea para bebidas (3º ingrediente gordura vegetal)

As substâncias a seguir podem ou não conter gordura trans:
  • gordura vegetal
  • gordura vegetal de girassol
  • gordura vegetal de soja
  • creme vegetal
  • composto lácteo com gordura vegetal (3º ingrediente gordura vegetal) .
  • margarina
  • margarina vegetal
  • margarina vegetal hidrogenada



segunda-feira, 15 de junho de 2015

O não tão doce açúcar ....

Todo mundo gosta de doce, e que ele alegra a vida, não podemos negar. Mas será que são os doces feitos em casa que fazem mal à saúde?

No artigo Açúcar: adoçando a história  contamos um pouco de como essa doçura chegou em nosso país e os diferentes tipos de açúcar que encontramos à venda. 

Falamos também que para adoçar nossos pratos e bebidas o ideal é o mel e a rapadura ralada orgânicos, lembramos que a banana, as tâmaras e as passas também fazem muito bem esse papel.E que na falta desses podemos utilizar o açúcar mascavo orgânico.

Em casa quando faço um doce ou adoço uma bebida, sempre diminuo a quantidade de açúcar que a receita pede e assim vamos acostumando nosso paladar a depender cada vez menos do sabor adocicado demais. 

Pois bem, mas e o açúcar que não podemos controlar? Aquele que está escondido nos alimentos industrializados, os verdadeiros vilões da saúde.

Achei um artigo bem legal na Mdemulher que explica bem as quantidades de açúcar saudáveis ao nosso organismo e o que ingerimos sem prestar atenção:

Açúcar: quantidade diária recomendada
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) 25 gramas de açúcar por dia (cerca de seis colheres de chá) é o ideal para uma alimentação saudável.


Mas como será que o açúcar aparece nos alimentos industrializados?
  • Achocolatado em pó: 3 colheres (sopa) equivalem a 2 colheres (sopa) de açúcar. 
  • 2 balas de caramelo: 2 colheres (sopa) de açúcar.
  • 1 barra de chocolate ao leite (100g) : 3,5 colheres (sopa) de açúcar.
  • 1 barra de chocolate branco (100g): 4 colheres de sopa de açúcar
  • 1 barra de cereal: 1/2 colher de sopa de açúcar
  • 2 biscoitos recheados: 2 colheres de sopa de açúcar
  • Frutas cristalizadas (50g): 2,5 colheres de sopa de açúcar
  • 1 lata de refrigerante: 3 colheres de sopa de açúcar
  • 1 copo de suco industrializado: 1,5 colher de sopa de açúcar
  • 1 lata de leite condensado: 13 colheres de sopa de açúcar

Os outros nomes do açúcar:

Um produto sem açúcar não contém sacarose, mas pode conter outros tipos de açucares como o mel, o xarope de milho e a glicose, entre outros:

  • Maltodextrina, que não tem gosto doce e não é considerado um açúcar por lei - embora 100% se transforme em açúcar no organismo.
  • Maltitol: o produto pode receber a palavra DIET no rótulo e pode receber a expressão ZERO AÇÚCAR no rótulo, mesmo que seja CHEIO de maltitol, que eleva a glicose no sangue quase (75%) tanto quanto o açúcar!
  • Xarope de milho invertido/ glusose / frutose: adoçante concentrado, eleva triglicerídeos, causa obesidade e diabetes. Além de vir do milho que provavelmente é transgênico.
  • Acesulfame-K: duzentas vezes mais doce que o açúcar, pode causar câncer.


Qual é a saída?
Envolva-se com a sua alimentação e com a alimentação de sua família, leia os ingredientes,escolha comida de verdade, caseira. Tem muitas receitas fáceis e rápidas, ideais para quem está se iniciando na arte da culinária. Eu mesma tenho um blog  recheado delas, veja BioCulinária

O único jeito de tomar decisões conscientes é se informar, se educar, entender o que está colocando para dentro do seu corpo, a recompensa é saúde. Parodiando o Pequeno Príncipe, você é eternamente responsável por tudo aquilo que come.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Importância da alimentação orgânica é destaque na BioBrazil

Fonte: Revista Globo Rural

Segundo nutricionista, introduzir hábitos saudáveis na dieta desde cedo é a chave para prevenção de doenças crônicas
POR VINICIUS GALERA DE ARRUDA, COM SUSANA BERBERT


Debate tratou dos benefícios da agricultura orgânica e a nova lei de alimentação orgânica escolar em SP (Foto: Susana Berbert/Ed. Globo)

Nesta semana acontece em São Paulo a 11 ª Feira internacional de produtos orgânicos e agroecologia (BioBrazil Fair | Biofach America Latina). Com 122 expositores, a feira apresenta aos visitantes opções do segmento que vão desde de alimentos orgânicos in natura a biojoias e tecidos, variedade de oferta que aponta para tendência de crescimento do mercado de orgânicos de forma mundial.

Somente no Brasil, o segmento cresce em média 30% a 40% ao ano. Dados do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD) mostram que o faturamento para neste ano pode atingir até R$ 2,6 bilhões, 30% a mais em relação a 2014.

Ming Liu, coordenador executivo da Organics Brasil, acredita que o aumento da produção e procura por orgânicos é reflexo de uma mudança na mentalidade dos consumidores de forma mundial. “A tendência de consumo hoje é voltada a produtos em que questões como bem-estar e saúde são prioritárias. Hoje as empresas devem buscar produtos práticos, mas não necessariamente industrializados, porque a questão de praticidade apenas não resolve mais. A qualidade dos alimentos conta.”

Saiba mais
Orgânicos em foco
Orgânicos se tornam negócio rentável e organizado
5 empresas de orgânicos que estão diversificando seus produtos

Em debate realizado na quarta-feira (10/6) durante a BioBrazil Fair, anutricionista e professora Denise Carreiro afirmou que introduzir hábitos saudáveis, como o consumo de orgânicos, desde cedo é a chave para prevenção de doenças crônicas e que a alimentação desenvolvida por um indivíduo determina toda estruturação de seu organismo. “A única coisa que forma uma célula é nutriente e a única coisa que nos forma são células. É tudo o que vemos, mas principalmente o que a gente não vê: hormônios, enzimas, neurotransmissores. Nossa renovação celular é feita a partir do que a gente absorve, da matéria-prima que se coloca dentro do organismo.”

Os métodos de produção baseados em agrotóxicos e defensivosoferecem alimentos com até 40% menos vitaminas, minerais e fitoquímico do que a 50 anos atrás, de acordo com a nutricionista. Como exemplo, Denise citou o resveratrol, substância presente na uva que previne problema cardiovascular e cerebral. Antifúngico, o resveratrol é produzido pela própria planta, mas quando ela recebe uma quantidade exacerbada de defensivos com essa função, pára de produzi-lo. “Um alimento que teoricamente teria uma das substâncias mais importantes pra vida não tem mais porque não precisou produzir. Muitos do fotoquímicos que fazem as nossas ações antioxidantes, prevenção de câncer, são feitos pelas plantas para se defender do meio e com agrotóxico temos uma queda muito grande disso.”

Segundo Denise, a deficiência de nutrientes nos alimentos, aliada aos hábitos modernos de se consumir menos frutas, legumes e verduras e mais industrializados, é fator que aumenta gradativamente o número de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, e que estas afetam cada vez mais as crianças.

Desenvolvimento humano

O pico do desenvolvimento do cérebro humano ocorre entre o terceiro trimestre de gravidez aos 18 meses da criança. Até os 5 anos, foi desenvolvido 75% do órgão. “Na infância temos a formação do sistema nervoso central e isso interfere pro resto da vida. Com o que isso é formado? Com substâncias presentes nos refrigerantes, que vemos nas mamadeiras? Com iogurte de morango, que acham que estão dando morango?”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) um mínimo de 400 gramas de legumes, verduras e frutas por dia seria o necessário pra evitar doença crônica não transmissível.

A professora também chamou atenção para alternativas ao combate de transtornos como o déficit de atenção, que segundo ela podem ter origem numa alimentação incorreta e serem minimizados ou curados com dietas adequadas “O Brasil é o segundo pais no mundo em venda de ritalina, que age nas mesmas vias da anfetamina. Dão para crianças a partir dos 3 anos de idade para controle dos déficits de atenção e hiperatividade e ninguém pensa no que elas estão comendo. Qual a interferência da matéria-prima que está sendo colocada no organismo para formar e fazer funcionar este cérebro?”

Para auxiliar um consumo saudável desde a infância, em março deste ano o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou a Lei nº 16.140, que prevê a inclusão de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação na rede escolar municipal, onde são servidas diariamente mais de 2 milhões de refeições.

Na opinião da nutricionista ainda há uma inversão de prioridades na hora de escolher um alimento. “A ideia de que somos feitos e funcionamos a partir do que colocamos dentro do nosso organismo não existe. Existe apenas a idéia de quantas calorias possui determinados alimentos.” Para ela, deve haver uma preferência por alimentos naturais na nossa base de alimentação, mas não o radicalismo. “Alimentos naturais, mas, além de tudo, que venham com menos agrotóxicos, como a alimentação orgânica. Neles garantimos mais o que mais está faltando pra gente: vitaminas, minerais e fotoquímicos.”

Relação saudável

Além de benefícios físicos que proporciona, a agricultura orgânica também aparece como grande alternativa para construção de um relacionamento positivo do homem com o meio. Fernando Ataliba, agricultor no Sítio Cataventoe conselheiro da Associação de Agricultura Orgânica, falou sobre a importância da produção para manutenção das condições climáticas e do bem-estar do ecossistema por preservar o ciclo das águas que, segundo ele, é impactado negativamente pela agricultura convencional.

Entre as características prejudiciais da agricultura dominante, ele destacou a ausência de árvores, maquinário pesado e o uso de defensivos. “A sua eficiência é baseada fundamentalmente na grande escala, com maquinário pesado e árvores não podem conviver com este sistema. Também utilizam insumos químicos subsidiados, pagos pela toda sociedade, que tornam a agricultura mais barata.”

O problema da falta de árvore, segundo Fernando, é que não há a regularidade necessária de chuva, como acontece quando existe uma floresta preservada. Em relação ao maquinário e a utilização de herbicidas e agrotóxicos, o solo se torna impermeável, perdendo a capacidade de receber água e de encaminhá-la aos mananciais. “Mais importante do que aprendermos a economizar água é aprendermos a não interromper o ciclo da água ”, disse.

Para Fernando, o benefício da agricultura orgânica para o ecossistema está exatamente no fato de que suas bases para produção são copiadas da natureza: as árvores não são apenas toleráveis nas plantações, mas imprescindíveis, e é impossível haver qualidade nos alimentos produzidos na ausência delas. “Áreas descampadas não podem fazer agricultura orgânica. As árvores criam conforto ambiental, rebatem os ventos, abrigam diversidade biológica.” Outra característica do modo de produção é o solo sempre coberto, protegido da incidência do sol e do impacto direto da chuva. “Não se pode colher maravilhosa produção de orgânicos, com muitos fotoquímicos e minerais, em um solo que não esteja absolutamente vivo, com atividade biológica intensa.”

A manutenção das árvores e preocupação com o solo faz com que o ciclo das águas seja preservado e, ainda, que o cultivo de orgânicos utilize menos água, mesmo em culturas irrigadas. Observar a natureza e incorporar os elementos presentes nela é o segredo para quem espera sucesso na produção. “Aprendemos com a natureza coisas fantásticas. A postura de humildade da agricultura orgânica em relação a ela, de tentar sempre olhá-la para aprender, tem tornado possíveis muitas soluções para problemas que a agricultura convencional não consegue resolver.”

Tabela de Alergênicos do Mac Donalds



 





Lembrando:

  • Corante amarelo - altamente alergênico
  • Os famigerados sulfitos, considerados a causa primária da dor de cabeça do dia depois, e de mais várias intolerâncias
  • Glutamato Monossódico que é um realçador de sabor para viciar o paladar.

Fonte: mcdonalds.com.br/secciones/nutricion/include/pdf/tabela_alergenos.pdf

Assentados fornecem arroz orgânico para escolas municipais de SP

Cooperativa vai entregar 1,5 toneladas de arroz orgânico, garantindo alimentação saudável aos alunos e preservando o equilíbrio ambiental
por Redação da RBA publicado 12/06/2015

INCRA



Arroz orgânico é produzido por 522 famílias, em 16 assentamentos, no Rio Grande do Sul


São Paulo – No terceiro contrato com a Prefeitura de São Paulo, a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), maior produtora de arroz orgânico do país, promete entregar 1,5 toneladas do produto, que vai alimentar cerca de 900 crianças da rede municipal.

Nelson Krupinski, da Cootap, que participa da Feira Bio Brazil Fair, no Parque do Ibirapuera, diz que a inserção de alimentos orgânicos da agricultura familiar na merenda escolar responde a uma demanda da sociedade moderna por uma agricultura que respeita a natureza.

"Produzir de forma respeitosa com a natureza é, também, um ganho econômico, mas também um ganho coletivo, da sociedade, porque não vai contaminar a água, não vai contaminar o solo, e, consumindo mais produtos orgânicos, vamos deixar de consumir o veneno que o agronegócio passa em suas lavouras, anualmente, e dá de presente para a sociedade", afirmou Nelson, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Segundo Nelson, estudos realizados por acadêmicos gaúchos tem comprovado os benefícios da agricultura orgânica na preservação de várias espécies. Em um dos estudos relatados, pesquisadores descobriram que, em uma área determinada de produção tradicional de arroz, com o uso de agrotóxicos, foram encontradas cerca de 200 espécies de insetos. Já para uma área equivalente de cultivo agroecológico, foram encontradas mais de 1.500 espécies vivas.

Para ele, os resultados comprovam que "produzir alimento de qualidade, respeitando a natureza, também respeita outros tipos de vida, fortalecendo o sistema que já existe, de solo, água e demais recursos naturais. Se produz orgânicos, no interior, no campo, e se ganha muito nas cidades".



Carne Suína do Empreendedorismo Familiar Rural chega às unidades educacionais


Compra beneficia cerca de 270 mil alunos


A partir deste mês de junho, a carne suína oriunda do Empreendedorismo Familiar Rural passará a compor as refeições de cerca de 270 mil alunos de 580 unidades educacionais da Rede Municipal de Ensino. O Departamento de Alimentação Escolar (DAE) adquiriu 90 toneladas do produto da Cooperativa dos Suinocultores de Caí Superior, localizada em Harmonia, no Rio Grande do Sul.

O investimento, no valor de R$ 1.089.000,00, beneficiará por seis meses os alunos de unidades educacionais com gestão mista das Diretorias Regionais de Educação (DRE) Butantã, Campo Limpo, Santo Amaro e Pirituba e também as escolas com gestão direta das demais DREs.

A compra também beneficia 59 famílias trabalhadoras de todas as etapas da produção da carne suína, ligadas à Cooperativa dos Suinocultores de Caí Superior.

Na Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Profª Dorina Nowill, da DRE Santo Amaro, a adição da carne suína à composição das refeições foi bem recebida tanto por alunos como pelos educadores. “Gostei muito da carne. Nunca tinha comido antes!”, disse a aluna Julia Gomes. “Também gostei de comer essa carne na escola. Minha mãe já fazia em casa, e eu gosto”, contou o aluno Bruno da Cunha.

Além de saborosa, a carne suína é fonte de proteínas, ferro e vitamina B12, como a maioria das proteínas animais. "A carne suína, comparada com uma carne bovina gorda ou frango com pele, é mais saudável e tem menos gordura, e continua com os mesmos benefícios das proteínas que já oferecemos para os alunos”, explica Isabelle Pinheiro, nutricionista do DAE.

Para a diretora da unidade, Celina Henrique, a introdução da carne suína é importante para a diversificação do cardápio, além de ser mais uma oportunidade de tratar sobre a alimentação em sala de aula. “Com a realização do trabalho em sala de aula antes da apresentação do alimento, as crianças aproveitam mais. Também é importante para elas ter algo a mais no cardápio, poder experimentar algo diferente”, disse Celina.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Impactos da Lei da Alimentação Escolar Orgânica em debate na Bio Brazil Fair



O município de São Paulo ganhou este ano a Lei da Alimentação Escolar Orgânica, sancionada pelo prefeito Fernando Haddad em abril, que prevê a inclusão de produtos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação da rede escolar municipal, onde são servidas diariamente mais de 2 milhões de refeições. No próximo dia 10 de junho, especialistas no tema atualizam dados e apresentam informações sobre a importância da lei e seu impacto sob a ótica da educação, saúde, economia e meio ambiente. Os efeitos positivos vão do apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar orgânica e fixação do homem no campo aos benefícios nos processos cognitivos das crianças e jovens.

A abertura será feita pela presidente da AAO - Associação de Agricultura Orgânica, Maluh Barciotte, seguida de debate com os seguintes especialistas: Denise Carreiro, nutricionista clínica e autora de publicações sobre nutrição, que mostrará o impacto de uma alimentação saudável para as crianças, implicando numa maior expectativa e qualidade de vida; Monica Pilz Borba, pedagoga e fundadora da ONG Instituto 5 Elementos – Educação para a Sustentabilidade, que falará sobre os impactos da lei na educação; Fernando Ataliba, produtor orgânico do Sítio Catavento, que irá revelar os impactos da lei no meio ambiente; e Nelso Krupinski, da COOTAP - Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre, responsável pelo primeiro fornecimento de arroz orgânico às escolas municipais de São Paulo, que abordará o impacto no crescimento da agricultura familiar e na produção de orgânicos.




A nova lei determina que as compras públicas priorizem sempre o alimento orgânico de base familiar, para só então atingir o pequeno e médio produtor, com o pagamento de até 30% a mais que o valor de alimentos similares convencionais, principal forma de garantir a introdução desses produtos, com amplo impacto na produção orgânica. Hoje, o município já compra produtos de base familiar e orgânica, que representam cerca de 17% das aquisições para a alimentação escolar, a exemplo das frutas cítricas, sucos de uva e laranja integral, iogurte, óleo de soja, carne suína, arroz orgânico e feijão carioca e preto.




“Do ponto de vista do movimento orgânico, é a maior conquista dos últimos 20 anos, abrindo amplo horizonte para o apoio aos agricultores orgânicos e agroecológicos e grande impacto na saúde pública. São Paulo é a grande vitrine do país e uma legislação desse tipo abre portas para as pessoas entenderem o que é uma alimentação saudável, revelando sua importância para toda a população. O desafio hoje está no desconhecimento dos orgânicos pela sociedade, ainda vistos como alimentos de elite, o que não corresponde à realidade, a exemplo das possibilidades de compra direta da agricultura familiar ou em feiras orgânicas e hortas urbanas”, afirma a presidente da AAO, Maluh Barciotte. Ela ressalta ainda recente dado divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) relacionando os agrotóxicos aos riscos à saúde e, especialmente, às causas do câncer.




Estudos clínicos já demonstram que uma alimentação saudável e equilibrada pode fazer a diferença na saúde, ao mesmo tempo que alimentos convencionais, com agrotóxicos, possuem até 50% menos de vitaminas e fitoquímicos, segundo Denise Carreiro. O consumo excessivo de alimentos industrializados também vem implicando no aumento de doenças como diabetes ou hipertensão, cada vez mais comuns em crianças. Segundo o IBGE, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos hoje no Brasil está com sobrepeso.




O fortalecimento da produção orgânica também já vem acontecendo no campo, a exemplo da atuação da COOTAP - Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre, que hoje se coloca como a maior produtora brasileira de arroz orgânico, com 15 mil toneladas na última safra. Nesse sentido, a nova lei surge como instrumento importante no estímulo ao crescimento da produção e das cooperativas de produtores em diferentes regiões.




Assessoria de Imprensa – AAO – Associação de Agricultura Orgânica

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Exposição a pesticidas X Hábitos alimentares

Fonte: Informativo Acadêmico
By Polyteck - Vai além da sala de aula on 20/05/2015Polyteck Saúde

Estudo mostra que indivíduos que ingerem alimentos orgânicos apresentam menor exposição a organofosforados do que aqueles que consomem alimentos cultivados de maneira convencional.

As práticas de agricultura atuais empregam, em sua maioria, o uso de pesticidas para garantir o crescimento da lavoura. Eles trabalham destruindo, prevenindo ou pelo menos reduzindo a proliferação de pragas como insetos, ratos, ervas daninhas e microrganismos.

Dentro de uma variedade de pesticidas disponíveis no mercado, os organofosforados (OFs) são os mais utilizados. A sua utilização crescente se deve, em parte, à substituição de outra classe de pesticidas, os organoclorados. Por serem altamente tóxicos, cancerígenos e apresentarem alto poder de acúmulo na cadeia alimentar, compostos como o DDT e o BHC foram banidos no Brasil e em outros países há cerca de 30 anos. O princípio de funcionamento dos OFs é a inibição das colinesterases, enzimas responsáveis pela hidrólise da acetilcolina, um neurotransmissor que controla os impulsos nervosos para os músculos. Os efeitos sobre indivíduos expostos ocupacionalmente (agricultores regularmente expostos aos compostos) são conhecidos, e caracterizam-se principalmente por lacrimejamento, salivação, sudorese, diarreia, tremores e distúrbios cardiorrespiratórios (sendo os últimos consequências de broncoconstricção). 

Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, vem desenvolvendo pesquisas há mais de 20 anos sobre os efeitos e possíveis antídotos para intoxicações por OFs.

Orgânicos X Convencionais
O cultivo do produto orgânico não utiliza nenhum tipo de herbicida, fertilizante ou pesticida, durante o cultivo. Sementes geneticamente modificadas e aditivos químicos e sintéticos são proibidos. Já nos convencionais, o uso de herbicidas, fertilizantes e pesticidas é frequente durante o plantio.

Muitas pessoas podem entender os benefícios de incluir frutas e vegetais nas suas dietas, mas, em geral, não podem mensurar a quantidade de pesticidas que elas ingerem junto com vitamina C e fibras. 


Já que a maioria da população não entra em contato direto com pesticidas, a sua exposição a OFs deve ser influenciada principalmente pelo consumo de alimentos tratados com estes compostos. Por isso um novo estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Washington, de Harvard e do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas na revista Environmental Health Perspectives associou a exposição de uma pessoa a OFs com base em informações sobre suas dietas usuais.

Os pesquisadores analisaram a exposição dietária à organofosforados de aproximadamente 4.500 pessoas de seis cidades americanas. Os cientistas queriam descobrir se a ingestão de produtos orgânicos diminuiria a concentração de metabólitos de 14 OFs na urina dos participantes.

O estudo incluiu dados dietários coletados de participantes do Estudo Multiétnico de Aterosclerose (MESA), um projeto multi-institucional financiado pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos EUA, além do Departamento de Agricultura dos EUA sobre níveis de resíduos de pesticidas em cada tipo de alimento.

Os pesquisadores conseguiram predizer a exposição de cada participante a pesticidas OFs ao cruzar informações sobre o tipo e quantidade de alimentos que cada participante ingere com medidas dos níveis de resíduos de pesticidas encontrados nestes alimentos. 

Os participantes foram subdivididos em três subgrupos de acordo com o nível de exposição calculado com base na dieta: 
  • Consumidores convencionais, que afirmaram raramente ingerir produtos orgânicos;
  • Consumidores medianos, que consumiam orgânicos às vezes; e
  • Consumidores frequentes de alimentos orgânicos. 
As previsões foram comparadas aos níveis de dialquil-fosfato (DAF), metabólito dos OFs comumente utilizados como biomarcadores de OFs, em amostras de urina de um subgrupo de 720 pessoas participantes do MESA.

Os resultados mostram que, entre indivíduos que ingerem quantidades semelhantes de frutas e vegetais, aqueles que afirmam comer apenas alimentos orgânicos têm níveis de exposição a OFs significativamente menores do que os que consumem frutas e vegetais cultivados de maneira convencional. 

Além disso, consumir alimentos tipicamente tratados com OFs durante, incluindo maçãs, nectarinas e pêssegos, foi associado com níveis maiores de exposição. A análise revelou diferenças significativas entre eles: a concentração média de DAF nos consumidores convencionais foi de 163 nmol DAF por grama de creatinina e nos consumidores medianos foi de 121 nmol DAF por grama de creatinina. Enquanto isso, os consumidores frequentes apresentaram concentração média de 106 nmol DAF por grama de creatinina na urina.

Este estudo não é o primeiro a relacionar alimentos orgânicos à exposição reduzida a pesticidas, mas o método utilizado pode ter implicações significativas em pesquisas futuras. Ao combinar informações sobre o consumo típico de alimentos com medidas do Departamento de Agricultura dos EUA, os pesquisadores poderão conduzir pesquisas sobre a relação entre a ingestão de pesticidas e os efeitos sobre a saúde de grandes populações, sem a necessidade de realizar testes de urina. Os cientistas ainda salientam a necessidade do desenvolvimento de melhores métodos de detecção de OFs, já que os metabólitos encontrados na urina têm curta duração.

Como estão associados a uma concentração mais baixa de DAF, os orgânicos podem ser comprovados como reais aliados à saúde. Uma maneira de reduzir a exposição a pesticidas é trocar os alimentos que contém mais resíduos de OFs pelas suas versões orgânicas. Ou seja, aquele tomate orgânico lindo – e mais caro – pode ser a melhor opção. No entanto, os cientistas explicam que mesmo os indivíduos com maiores concentra- ções de DAF não apresentam níveis inaceitáveis de contaminação, compatíveis com estado de intoxicação.
10 alimentos com mais pesticidas

O Grupo de Trabalho Ambiental (EWG, na sigla em inglês) analizou dados do Departamento de Agricultura dos EUA sobre níveis de resíduos de pesticidas em cada tipo de alimento e organizou um guia de compras para alimentos com pesticida. Entre os alimentos que apresentam maiores concentrações de pesticidas estão a maçã, morango e a uva. Os alimentos que apresentaram os menores níveis são abacaxi, milho verde e abacate.
Metodologia

O guia classifica 48 frutas e vegetais populares com base na análise de mais de 32 mil amostras coletadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA e pelo Food and Drug Administration (órgão semelhante à Anvisa). 

Os alimentos não são testados todos os anos, por isso o EWG utilizou a amostragem mais recente para cada produto. Quase todos os testes que servem de base para o guia foram realizados pelo Departamento de Agricultura, onde os alimentos foram lavados ou descascados para replicar as práticas dos consumidores. É razoável assumir que alimentos não lavados provavelmente terão maiores concentrações de resíduos de pesticidas.

Para conseguir comparar os alimentos, o EWG analisou seis métricas de contaminação por pesticida:

• Porcentagem de amostras com algum pesticida detectável;

• Porcentagem de amostras com dois ou mais pesticidas detectáveis;

• Número médio de pesticidas em uma única amostra;

• Quantidade média de pesticidas por amostra, medido em partes por milhão;

• Número máximo de pesticidas em uma única amostra;

• Número total de pesticidas no alimento.

Classificação:  Confira no site da Polyteck

■ Fontes:

» Cynthia L. Curl et al., Environmental Health Perspectives (2015)

» Kathleen Tuck, Boise State University 05/02/2015

» USA Environmental Protection Agency

»“Shopper’s Guide to Pesticides in Produce”, Environmental Working Group (2014)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Por que implantar hortas em escolas é tão importante?




Foto: Horta Escolar desenvolvida pela CIDADES SEM FOME no CEU Três Pontes, em São MIguel Paulista/SP. 

A má alimentação não é problema exclusivo de pobres nem de ricos, gente de todas as classes sociais se alimentam mal.

Os problemas decorrentes de uma alimentação inadequada, como desnutrição, anemia e obesidade afetam tanto crianças, quanto jovens e adultos. Por isso, a educação alimentar desde a mais tenra idade é fundamental.

As escolhas alimentares são experiências aprendidas. A familiaridade com o alimento é fator preponderante para sua aceitação e a partir daí aprende-se a gostar do que está disponível. A escola é indiscutivelmente o melhor agente para promover a educação alimentar, uma vez que é na infância e na adolescência que se fixam atitudes e práticas alimentares, difíceis de modificar na idade adulta. A finalidade da educação alimentar é transformar o alimento em um instrumento pedagógico, transpondo os limites do ato alimentar, fazendo com que este se transforme em um ponto de partida para novas descobertas.

Apesar da alimentação ser servida nas instituições de ensino, raramente esta é vista como conteúdo de ensino. A educação alimentar deve ser levada para o ambiente escolar, onde o educando pode e deve reforçar a adoção de bons comportamentos alimentares. Na infância é que o ato alimentar pode ser vastamente explorado, pois é nesta fase que a curiosidade é extremamente aguçada, os preconceitos ainda não foram adquiridos e onde surge a possibilidade de formação de um senso crítico mais amplo. Por esse motivo, as hortas escolares desempenham um papel importante no desenvolvimento de bons hábitos alimentares das crianças, uma vez que familiariza os envolvidos com os alimentos.

O projeto horta nas escolas pode orientar a inclusão de temas como a reorientação alimentar, alimentação saudável nas atividades pedagógicas. Os conhecimentos e as habilidades que permitam às pessoas selecionar e consumir alimentos saudáveis, de forma segura e adequada, muito contribuem para a promoção da saúde. Contudo não basta apenas defender a idéia do acesso aos alimentos simplesmente, mas também que eles sejam oferecidos aos alunos de forma dinâmica e prazerosa, com qualidade, em atividades que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis.


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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Relatório revela uso de agrotóxicos nas lavouras do Brasil



FONTE: CONSEA

O telejornal “Bom Dia, Brasil”, veiculado pela Rede Globo, exibiu na manhã desta quarta-feira (08/04) uma reportagem de 4 minutos sobre os efeitos dos agrotóxicos – e também dos transgênicos – no Brasil.


Chamo a atenção para alguns dados:
  • 42 milhões de hectaresdas terras brasileiras são plantados com sementes geneticamente modificadas.
  • Os transgênicos aumentam o uso de agrotóxicos
  • 93% da soja plantada no Brasil é transgênica
  • 82% do milho plantado no Brasil é transgênico
  • 65% do algodão plantado no Brasil é transgênico

A reportagem revela dados de um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Câncer, o Inca. O relatório mostra o Brasil como maior consumidor desses produtos no planeta – mais de 1 milhão de toneladas em 2009, uma proporção de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante.

Veja também: Em 2014, cada brasileiro consumiu 7,3 litros de agrotóxicos

De acordo com o Inca, as atuais práticas de uso de produtos químicos sintéticos usados para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano oferecem risco à saúde. A instituição afirma que essas substâncias geram grandes problemas como poluição ambiental e intoxicação de pessoas, como trabalhadores e moradores dos arredores de plantações e criações.

"As intoxicações agudas são caracterizadas por efeitos como irritação da pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarreias, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões e morte", explica a nota do instituto.

"Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer", destaca o documento.

Citando análises realizadas por órgãos oficiais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, o Inca afirma que a presença de agrotóxicos "não ocorre apenas em alimentos 'in natura', mas também em muitos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm como ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo".

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em suas instâncias internas e fóruns como a conferência nacional, tem deliberado sobre o assunto, pedindo a proibição dos produtos já banidos de outros países e um maior controle do Estado sobre o comércio e o uso dos agrotóxicos no país, em sintonia com os estudos realizados pela Anvisa, INCA e Abrasco - Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Além disso, para aprofundar o debate, a partir da pluralidade de opiniões e ideias sobre o assunto, o Consea promoveu recentemente duas "mesas de controvérsias" - uma sobre agrotóxicos e outra sobre transgênicos. Ao final desses encontros, o Consea elaborou relatórios sobre os eventos, nos quais foram listadas as propostas em relação a esses temas.

Para baixar o relatório da Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, clique aqui.
Para o relatório da Mesa de Controvérsias sobre Transgênicos, clique aqui.
Para assistir a reportagem exibida Bom Dia, Brasil - TV Globo , clique aqui.


Fonte: Mundo Virtual

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Projeto 3 Corações - Food Revolution Day adiantado, com muita saúde.


O Food Revolution Day do Projeto 3 Corações veio bem adiantado, pois quisemos unir o Dia da Revolução Alimentar com o Dia das Mães e aproveitamos para mostrar o que fizemos o ano passado.


 Nossas mamães estavam bem interessadas pois o prato do dia era no mínimo intrigante: 
Macarrão de abobrinha.

Ela fica cortadinha bem fininha nesse cortador das bolinhas maiores, colocamos azeite no fundo da travessa, a abobrinha crua, molho de tomate à bolonhesa, 



  Para deixar a receita com mais "sustância" (rs) colocamos milho e ervilhas, já que seria o prato a ser servido em casa delas no Dia das Mães. E por fim um molho branco (leite, fécula de batata, noz moscada e sal marinho a gosto), salpicado de queijo raladinho na hora.






O Projeto 3 Corações pertence ao Exército da Salvação e quinzenalmente tem as aulas de Culinária Saudável para Comer e Vender onde eu procuro dar as melhores noções de alimentação para as nossas famílias carentes. 
Quem quiser mais informações: (11) 3275-0644.coord3coracoes@uol.com.br



Greenpeace lança aplicativo para detectar alimentos transgênicos na China

O banco de dados da ONG inclui mais de três mil produtos geneticamente modificados.

A organização não governamental Greenpeace anunciou nesta quarta-feira (13) o lançamento de um aplicativo para celular que permite detectar alimentos que contenham ingredientes transgênicos na China. A ferramenta deve ser usada para pressionar as empresas a colocarem etiquetas que demonstrem o uso desses produtos.

A organização ambientalista garante que a lei chinesa requer rótulos de advertência sempre que os produtos alimentares, ou seus respectivos derivados, resultem de organismos geneticamente modificados (OGM). No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou no último dia 28 o projeto que acaba com a exigência de afixar o símbolo de transgenia nos rótulos de produtos geneticamente modificados destinados ao consumo humano.

Em nota de imprensa, a organização informou que o aplicativo vai usar o banco de dados da Greenpeace Ásia Oriental, que inclui mais de três mil produtos geneticamente modificados, para verificar se o alimento examinado contém ou não vestígios de organismos manipulados geneticamente.

A soja, o milho, a couve-nabiça, comidas para bebê, produtos lácteos, doces e alimentos para lanches são alguns dos produtos que estão disponíveis no registro da ONG e no aplicativo, que pode ser atualizado para que o utilizador detecte novos produtos sempre que forem incluídos na base de dados.

Em comunicado, a chefe da campanha do Greenpeace na Ásia Oriental, Wang Jing, afirmou que o aplicativo “protege os direitos dos consumidores ao dar o direito de escolher e saber que estão consumindo”.

As informações são do Portal EBC.



Fonte: Ciclo Vivo

Em nova fase da Leite Compensado, MP descobre adulteração para disfarçar leite azedo13 de maio de 2015


Fonte: CLICRBS
* Por Cid Martins

O Ministério Público (MP) deflagrou nesta quarta-feira (13), no Norte do Rio Grande do Sul, a oitava edição da operação Leite Compensado, que compreende uma sequência da última etapa realizada na região há cinco meses. Foram cumpridos – nas cidades de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos – seis mandados de prisão preventiva, três medidas cautelares (quando uma pessoa responde depois em liberdade, mas com algumas restrições) e oito de busca.

Desta vez, não foram detectadas substâncias cancerígenas nas 39 amostras coletadas, mas havia em todas sinais de adulteração, inclusive produtos químicos para esconder que havia leite azedo, com acidez elevada.

Segundo o promotor Mauro Rockenbach, uma transportadora que trabalhava para cooperativa de Gaurama, investigada na sétima edição, passou a atuar para outra de Campinas do Sul. A Cooperativa de Pequenos Agropecuários da cidade (Coopasul), que teve hoje o posto de resfriamento interditado, aceitava leite vencido ou com outros tipos de produtos da Transportadora Odair Ltda.

Ela recolhia dos produtores até dois dias depois do prazo normal e com isso o produto acabava estragando. O motivo era economizar combustível e reduzir o número de viagens.

A Coopasul aceitava leite azedo e adicionava água, bicarbonato de sódio e soda cáustica para corrigir a irregularidade. Dos 1,4 milhões de litros de leite produzidos por mês pela empresa, 600 mil eram oriundos da Transportadora Odair.

O promotor Alcindo Bastos diz que este montante é encaminhado para as indústrias Piracanjuba, unidades em Santa Catarina, Tangará Foods, em Estrela, Lactalis, em Fazenda Vila Nova, Cotal, em Taquara, Tambinho, em Erechim e Frizzo, em Planalto.

O Ministério da Agricultura, vai, agora, averiguar se essas indústrias aceitaram ou rejeitaram o leite com suspeita de adulteração.



Quer saber mais. clique aqui

terça-feira, 12 de maio de 2015

Se você possui um aparelho de micro-ondas em casa preste bastante atenção! E se não tem, preste atenção também.

Mais um excelente texto do Dr. Rondó. Vc já visitou o site dele? Vale a pena




O aparelho de micro-ondas fez toda sua fama através da conversa de que ele veio facilitar a vida das pessoas. Surgiu com a promessa de agilizar a preparação dos alimentos e diminuir o tempo que a dona de casa passaria na cozinha. Mas daí eu te pergunto: será mesmo que o micro-ondas é tão milagroso assim? É o que vamos ver!

As empresas que produzem os micro-ondas dizem que eles não interferem na composição química dos alimentos e líquidos, mas não é bem assim.

Os aparelhos de micro-ondas produzem ondas de alta frequência que se alternam em direções positivas e negativas, causando vibrações com frequência de até 2,5 bilhões de vezes por segundo na moléculas alimentares. Isso gera fricção e calor. Agora, imagine se você vibrasse seu carro 2,5 bilhões de vezes por segundo até ele se tornar vermelho com o calor. O metal derreteria, os vidros quebrariam e os pneus desintegrariam.

Recentemente, o Jornal dos Pediatras, da Universidade de Stanford nos Estados Unidos, relatou que o aquecimento do leite materno em um micro-ondas destruía 98% dos anticorpos de imunoglobulina-A, necessários à imunidade que o leite materno fornece ao bebê, e reduzia 96% da atividade lipossômica, que inibe o crescimento das bactérias. Os pesquisadores concluíram que a própria radiação do micro-ondas pode causar prejuízos ao leite materno exposto antes mesmo de ser aquecido. Após essa conclusão, o Centro Médico da Universidade de Stanford não usa mais micro-ondas para aquecer o leite materno. E você também deveria parar de fazer isso agora mesmo!

Alimentos preparados no micro-ondas podem causar mudanças patológicas nas células do corpo. Foi o que mostrou um estudo realizado na Alemanha, em 1994. O estudo contou com oito pessoas que foram alimentadas com uma refeição matinal que incluía leite ou vegetais levemente cozidos; alguns deles receberam alimentos que haviam sido preparados no micro-ondas. Durante dois messes, esses voluntários coletaram sangue três vezes ao dia para testar o nível de nutrientes e bactérias no organismo. As medidas do sangue dos que comeram alimentos preparados no micro-ondas eram particularmente preocupantes, pois indicavam mudanças nos alimentos que não podiam ser detectadas antes da ingestão.

Eis, então, algumas das descobertas feitas pelo estudo:
O aquecimento do leite ou o cozimento dos vegetais no micro-ondas estava associado ao declínio de hemoglobina em vários níveis. Tais reduções podem significar anemia, que pode levar ao reumatismo, febre e insuficiência da tireoide.
O cozimento dos vegetais no micro-ondas estava associado à queda brusca dos linfócitos e ao aumento crescente na contagem dos leucócitos. Estranhamente, isso indicava que os indivíduos estavam respondendo aos alimentos como se eles fossem agentes infecciosos.
Os níveis de baixa e alta densidade de lipoproteína (medidas de colesterol) aumentam significantemente após o consumo dos vegetais preparados no micro-ondas.
Os níveis de radiação dos emissores leves de bactérias eram mais altos naqueles que consumiam alimentos preparados no micro-ondas, sugerindo que a energia liberada pelo aparelho pode ser transferida do alimento para o indivíduo.

Não é surpresa que o aquecimento dos alimentos no micro-ondas resulte na perda de nutrientes. Todos os métodos de aquecimento fazem isso, embora o aquecimento através do micro-ondas resulte na produção de perdas maiores de nutrientes. Entretanto, o que mais alarmou os pesquisadores foi o fato de que o sangue daqueles que consumiram alimentos preparados no micro-ondas mostrou mudanças patológicas nas células dos seus organismos.

Por isso, meu senhor e minha senhora, antes de pensar na agilidade que o micro-ondas diz que oferece, pensem na sua saúde! Não vai adiantar ter muito tempo se você não tiver a saúde em dia para aproveitá-lo.



Referências bibliográficas:
J. Agric. Food Chem. Feb 26 1998; 46(4):1433-1436
Lancet December 9, 1989
Pediatrics 89(4 part I):667-669
Nutritional and Physical Regeneration. January 26, 2010
Journal of Nutrition 2001; 131(3S):1054S-57S
Livro Prevenção: A Medicina do Século XXI. Editora Gaia

Alimentos que parecem saudáveis, mas não são

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